A casa tinha cor vermelha E quando o sol batia nas telhas Nasciam flores douradas Era perto do luar Quem morava nela Gostava de amar Era próxima ao céu Em todas as janelas fuxico e véu Era perto de nós A voz do vento da casa Encantava a poesia Noite e dia Os corações que a habitavam Se inspiravam de emoção e bem querer. .
Tem flores branquinhas este medronheiro com muitas folhinhas todo o ano inteiro.
. Refrão é verde, amarelo é fruto de sonho redondo tão belo vermelho o medronho. . Sem folhas nem ramos no cesto lá ponho e juntos cantamos ao lindo medronho. . De encostas e ribeiro nos campos da serra a da bela Brunheiro é a nossa terra. . E o tempo passado numa cura lenta o mosto é dourado enquanto fermenta. . Aromas já lega na dorna dormindo no frio da adega o março vem vindo. . Fogueira que arde sob o alambique de noite e de tarde até que boa fique. . No cântaro corre e fico risonho quando ele escorre já puro medronho. . O pão com “choriça” também nos atesta depois desta liça que venha a festa. . _____________________________________________Fernando Reis Luís ____________
As folhas pousam, se o vento é brando tapeteando os caminhos. O sol é intruso, se espreita pela manhã... e o chão não queima à meia tarde. O dia e a noite começam cedo e a chuva cai, arrefecendo sem gelar. Vão-se os pássaros ficam os ninhos franqueados ao silêncio.
No outono... se de brio se quer estação o ar arrefece e ao pó não se deve o cinzento dos dias. No outono quando o vento chega varre o chão, penteia a floresta e obriga o inverno a esperar permitindo aos rios descer ainda sem sobressaltos.
Um horizonte, — a saudade Do que não há de voltar; Outro horizonte, — a esperança Dos tempos que hão de chegar; No presente, — sempre escuro,— Vive a alma ambiciosa Na ilusão voluptuosa Do passado e do futuro.
... o gatito que "fugiu" para o campo para evitar o contacto social com outros gatos ...
Os doces brincos da infância Sob as asas maternais, O vôo das andorinhas, A onda viva e os rosais; O gozo do amor, sonhado Num olhar profundo e ardente, Tal é na hora presente O horizonte do passado.
... casa na Aldeia (Lampaça) ...
Ou ambição de grandeza Que no espírito calou, Desejo de amor sincero Que o coração não gozou; Ou um viver calmo e puro À alma convalescente, Tal é na hora presente O horizonte do futuro.
... ave colorida (Pisco de peito ruivo - "Erithacus rubecula") de belo canto, alegrando o "silêncio" dos campos ...
No breve correr dos dias Sob o azul do céu, — tais são Limites no mar da vida: Saudade ou aspiração; Ao nosso espírito ardente, Na avidez do bem sonhado, Nunca o presente é passado, Nunca o futuro é presente.
... a igreja matriz, mesmo em situação de "quarentena" ladeada de árvores "vestidas" de flores brancas ...
Que cismas, homem? – Perdido No mar das recordações, Escuto um eco sentido Das passadas ilusões. Que buscas, homem? – Procuro, Através da imensidade, Ler a doce realidade Das ilusões do futuro.
... galinhas caseiras Vivem alegremente (afinal não é a "gripe aviária") ...
A natureza é mãe de todos E a todos trata com cuidado Pois como toda mãe que ama Não quer seu filho maltratado …
... a diferença na igualdade ...
Mas o homem, filho desobediente E muitas vezes mal educado Não dá a mãe natureza O carinho que devia ser dado …
... o relógio de sol na igreja matriz (não precisa de se lhe dar corda, colocar pilhas ou ligar à corrente) mas temperamental como é só mostra as horas se o sol aparecer ...
Polui o ar , contamina a água Leva destruição para todo lado Corta a árvore , mata a planta Mata até o bicho , coitado !…
... casas na Aldeia, junto à estrada nacional ...
Ei homem , fique esperto Deixe de ser atolado Aprenda a preservar e reciclar E viva bem sossegado !
... no meio do verde sempre aparece uma árvore que para se destacar se vestiu de alvas flores
Amar não é só a Natureza e Pessoas, mas passa por todas as coisas boas da Vida, exercitando todos os nossos sentidos: visão; audição; olfato e também o sabor ....
... imagem de rara beleza, mas ainda melhor será a sua degustação.
Este fumeiro não é industrial,
mas sim fruto, de mãos hábeis e fiéis à ancestral tradição ...
"Chove. Há silêncio, porque a mesma chuva Não faz ruído senão com sossego. Chove. O céu dorme. Quando a alma é viúva Do que não sabe, o sentimento é cego. Chove. Meu ser (quem sou) renego..".
... A cancela meio aberta ou ... meio fechada ...
Tão calma é a chuva que se solta no ar (Nem parece de nuvens) que parece Que não é chuva, mas um sussurrar Que de si mesmo, ao sussurrar, se esquece. Chove. Nada apetece...
... um olhar restrito, para a Aldeia ...
Não paira vento, não há céu que eu sinta. Chove longínqua e indistintamente, Como uma coisa certa que nos minta, Como um grande desejo que nos mente. Chove. Nada em mim sente...
Fernando Pessoa, in "Cancioneiro"
... a fonte ... que já foi de muito valor para a Aldeia mas que só ficou na memória dos mais antigos, da sua importância e valor para a Aldeia de antão ..
Dias de hibernar
Inverno: frio... Chuva...
Hora de resgatar cachecol, luva
Botas, casacos... Pura elegância!
E neste quesito, já tenho vivência.
Bom seria não ter que sair.
... uma casa restaurada ... em cor vibrante ...
Um café ou chá quentes
O escalda-pé ou aspirina
O inverno nos deixa dormentes
Apegados à cama, é sina.
... o cordeiro e a Aldeia como fundo ...
Ainda que o frio lá fora
Embace o vidro e a alma
O sereno fino cai e chora
A solidão da noite calma.
... pôr do sol neste pequena, mas bela Aldeia transmontana ...
Embora muitas pessoas digam que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite.
... vista sobre Cimo de Vila ...
Ora, o que pretendo mostrar, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que se possam imaginar. Começa logo porque fica no cimo de Portugal, como os ninhos ficam no cimo das árvores para que a distância os torne mais impossíveis e apetecidos.
E quem namora ninhos cá de baixo, se realmente é rapaz e não tem medo das alturas, depois de trepar e atingir a crista do sonho, contempla a própria bem-aventurança.
Vê-se primeiro um mar de pedras. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus criador e dominador.
Tudo parado e mudo. Apenas e move e se faz ouvir o coração no peito, inquieto, a anunciar o começo duma grande hora. De repente, rasga a crosta do silêncio uma voz de franqueza desembainhada:
– Para cá do Marão, mandam os que cá estão!…
... o cão atento, vigiando a entrada de casa ...
Sente-se um calafrio. A vista alarga-se de ânsia e de assombro. Que penedo falou? Que terror respeitoso se apodera de nós?
Mas de nada vale interrogar o grande oceano megalítico, porque o nume invisível ordena: – Entre!
A gente entra, e já está no Reino Maravilhoso.
... ó lua que vais tão alto, iluminando a noite desta terra do Reino Maravilhoso ...
A autoridade emana da força interior que cada qual traz do berço. Dum berço que oficialmente vai de Vila Real a Chaves, de Chaves a Bragança, de Bragança a Miranda, de Miranda a Régua.
Um mundo! Um nunca acabar de terra grossa, fragosa, bravia, que tanto se levanta a pino num ímpeto de subir ao céu, como se afunda nuns abismos de angústia, não se sabe por que telúrica contrição.
Terra-Quente e Terra-Fria. Léguas e léguas de chão raivoso, contorcido, queimado por um sol de fogo ou por um frio de neve. Serras sobrepostas a serras. Montanhas paralelas a montanhas. Nos intervalos, apertados entre os rios de água cristalina, cantantes, a matar a sede de tanta angústia.
E de quando em quando, oásis da inquietação que fez tais rugas geológicas, um vale imenso, dum húmus puro, onde a vista descansa da agressão das penedias. Mas novamente o granito protesta. Novamente nos acorda para a força medular de tudo. E são outra vez serras, até perder de vista.
... planta encarnada que rompe por entre as folhas já a entrarem em decomposição ...
Não se vê por que maneira este solo é capaz de dar pão e vinho. Mas dá. Nas margens de um rio de oiro, crucificado entre o calor do céu que de cima o bebe e a sede do leito que de baixo o seca, erguem-se os muros do milagre.
Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas. No Setembro, os homens deixam as eiras da Terra-Fria e descem, em rogas, a escadaria do lagar de xisto. Cantam, dançam e trabalham. Depois sobem.
E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo. A terra é a própria generosidade ao natural. Como num paraíso, basta estender a mão.
Bata-se a uma porta, rica ou pobre, e sempre a mesma voz confiada nos responde: – Entre quem é! Sem ninguém perguntar mais nada, sem ninguém vir à janela espreitar, escancara-se a intimidade duma família inteira. O que é preciso agora é merecer a magnificência da dádiva.
... nicho de S.ta Rita - manifestação da devoção cristã das Gentes da Aldeia ...
Nos códigos e no catecismo o pecado de orgulho é dos piores. Talvez que os códigos e o catecismo tenham razão. Resta saber se haverá coisa mais bela nesta vida do que o puro dom de se olhar um estranho como se ele fosse um irmão bem-vindo, embora o preço da desilusão seja às vezes uma facada.
Dentro ou fora do seu dólmen (maneira que eu tenho de chamar aos buracos onde vive a maioria) estes homens não têm medo senão da pequenez. Medo de ficarem aquém do estalão por onde, desde que o mundo é mundo, se mede à hora da morte o tamanho de uma criatura.
Acossados pela necessidade e pelo amor da aventura emigram. Metem toda a quimera numa saca de retalhos, e lá vão eles. Os que ficam, cavam a vida inteira. E, quando se cansam, deitam-se no caixão com a serenidade de quem chega honradamente ao fim dum longo e trabalhoso dia.
O nome de Trasmontano, que quer dizer filho de Trás-os-Montes, pois assim se chama o Reino Maravilhoso de que vos falei.
in: "Trás-os-Montes, o Reino Maravilhoso" de Miguel Torga
... placa sinalizando a entrada para o centro da Aldeia ...
... e a água já corre por entre as árvores e encharca os lameiros ...
... monumento em forma de estrela, com as seguintes gravações na pedra: M P F (será Mocidade Portuguesa Feminina); a data de 1965 e a identificação: Águas Frias ...
... cruzeiro do Senhor dos Milagres ...
... cogumelos (amanita parcivolvata) que têm tanto de vistosos
como de tóxicos ...
... café /restaurante "Quim Russo" ...
... vista da Aldeia em dia de nevoeiro ...
... o edifício da Junta de Freguesia, em tempo outonal ...
... uma cesta com saborosas castanhas, acabadas de apanhar ...
... as folhas flamejantes, descendo do telhado e cobrindo as belas paredes de granito de uma casa (que já teve, dentro, muito movimento ...
... o pastor e o seu rebanho ...
... a flor e as portas vermelhas ...
... a torre sineira da igreja matriz, por entre a folhagem ...
... a fonte, os tanques e o nicho da N.ª Sr.ª dos Prazeres,
em Cimo de Vila ...
... uma cancela artesanal, mas funcional ...
... após o incêndio de setembro, por entre o negro das cinzas, a Natureza luta contra as adversidades (muitas vezes criminosas), mas tenta renovar-se, brotando novas plantas
(um bom exemplo para os Humanos - seres "pensantes" ) ...
... (ex) Escola "Primária", com o nome na parede, junto à porta de entrada, em azulejos, dos beneméritos da Aldeia, deste edifício,
onde se lê "Escola Alfredo Soares e Tereza Soares" ...
... os castanheiros exibem os seus ouriços que guarda
... folhas de "parreira" (videira) - "Vitis vinifera", com as suas cores vivas mas indicando o fim da sua função ...
O Dia Mundial da Gratidão celebra-se a 21 de setembro.
O verbo do Dia Mundial da Gratidão é agradecer. Neste dia, as pessoas são convidadas a agradecer a todos aqueles que fazem parte das suas vidas.
Este é o dia do ano de parar e de refletir em tudo o que de bom há na vida, um gesto que acaba por ter impacto no bem-estar da pessoa e por fazê-la mais feliz.
Por isso, para celebrar esse dia, envie mensagens de agradecimento aos seus familiares e amigos.
Demonstre às pessoas especiais o quanto elas são importantes para si, mas não se deixe ficar por aí: sorria e agradeça a todos os que o rodeiam e a todas as pessoas com que se cruza. Contribuirá para a alegria dos outros e também para a sua.
Origem do Dia Mundial da Gratidão
Este dia teve origem em 1965 no Havaí, onde se realizou um encontro internacional sobre a ideia de tirar um dia do ano para agradecer formalmente por todas as coisas de bem que se encontram no mundo.
De regresso à casa, no ano seguinte, no mesmo dia 21 de setembro, muitos dos participantes no encontro mantiveram o gesto. Desde então, o Dia Mundial da Gratidão ganhou mais adeptos, passando a se celebrado um pouco por todo o mundo.
... gatito espreitando por entre as pedras esverdeadas ...
O Dia Mundial da Proteção Civil, ou Dia Internacional da Proteção Civil, é uma data global instituída pela Organização Internacional de Proteção Civil (OIPC). Foi escolhido o dia 1 de março já que foi neste dia que entrou em vigor a Constituição desta organização.
O objetivo do dia é chamar a atenção dos vários países do mundo para a importância da proteção civil, nomeadamente para a prevenção e para a coordenação de esforços em caso de emergência e calamidade.
A proteção civil surgiu em 1949 no protocolo 1 do Tratado de Genebra “Proteção das vítimas dos conflitos internacionais armados”, definindo-se como um sistema nacional de gestão dos serviços de emergência que proporciona assistência e proteção a toda a população perante um desastre ou acidente.
Dia da Proteção Civil em Portugal
Em Portugal comemora-se a data oficialmente como Dia da Proteção Civil, no mesmo dia 1 de março, sendo uma efeméride criada pelo Despacho 6915/2008 de 21 de fevereiro do Ministro da Administração Interna.
A coordenação das comemorações do Dia da Proteção Civil está a cargo da Autoridade Nacional de Proteção Civil e de outras entidades com agentes do sistema nacional de proteção civil. Organizam-se habitualmente simulações, exposições, ações de sensibilização e outras iniciativas que tentam informar e integrar a população em geral na proteção civil.
Em 2016 celebrou-se em Lisboa a data com o seminário “Proteção Civil e Sociedade do Risco”. Em 2015 o tema do Dia da Proteção Civil foi "A Proteção Civil e a Educação para o Risco".
... edifício da junta de freguesia elegantemente egalanada com a explendorosa folhagem da árvore em tons outonais ...
... a Dete na antiga taberna e comércio da carismática sua mãe, a "tia Adélia" ...
... o contraste do encarnado das folhas e o cinzento da pedra da parede e a ombreira da porta caiada de branco ...
(que mistura encantadora !!!!!)
... cogumelo - penso que comestivel (senão me engano, trata-se de uma "roca" ou em outra regiões de "frade") ...
NOTA: Em caso de dúvida, não colha cogumelos ... Há espécies muito parecidas que só os "especialistas" conhecem. Todos os anos, infelizmente, são intóxicadas muitas pessoas pelo consumo de cogumelos selvagens venenosos. Todo o cuidade é pouco !!!