AS FLORES SILVESTRES E A ALDEIA
Mário Silva Mário Silva
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AS FLORES SILVESTRES E A ALDEIA
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Era uma vez, numa bela aldeia rural, flores silvestres roxas que enchiam os campos com sua beleza estonteante e vibrante.
Essas flores faziam as delícias dos aldeões, que costumavam fazer longas caminhadas para apreciar sua fragrância e admirar sua elegância.
A cor roxa dessas flores silvestres era única e diferente de qualquer outra flor encontrada na área.
Ninguém sabia de onde elas vinham; elas pareciam ter surgido da noite para o dia e floresceram sem nenhum cuidado ou cultivo na aldeia.
Com o passar do tempo, os aldeões começaram a contar histórias e rumores sobre essas flores. Alguns disseram que foram trazidos por fadas que viviam na floresta próxima para trazer cor e alegria para a aldeia.
Outros acreditavam que eram um presente dos deuses para abençoar as pessoas que ali viviam.
Num verão, quando as flores estavam em plena floração, uma garotinha chamada Maria começou a se questionar sobre a história das flores e de onde elas vieram.
Ela decidiu perguntar à avó sobre as flores silvestres roxas e por que elas eram tão únicas e amadas na aldeia.
Sua avó levou Maria para um longo passeio pelo campo e, enquanto caminhavam e apreciavam a beleza e a fragrância das flores, ela começou a contar a história dessas flores.
Há muitos anos, quando os primeiros habitantes chegaram à aldeia, encontraram a terra árida e seca.
Eles tentaram cultivar a terra e plantar, mas nada parecia crescer.
Uma noite, o ancião da aldeia sonhou com uma flor roxa que traria beleza e fertilidade à terra. Ele acordou e compartilhou seu sonho com os restantes habitantes, que decidiram procurar por essas flores, na esperança de encontrar a solução para seu problema.
Eles procuraram por meses e meses, nas florestas, montanhas e vales, até encontrarem as flores silvestres roxas que pareciam crescer sem nenhum cuidado ou cultivo.
Eles pegaram as flores e as plantaram na aldeia e, para sua surpresa, a terra começou a florescer com vida e fertilidade.
As colheitas cresceram, os animais prosperaram e a aldeia tornou-se próspera.
Desde então, todos os verões, os aldeões comemoram sua boa sorte decorando as suas casas e ruas com lindas flores silvestres roxas, e Maria, que ouviu a história da sua avó, entendeu o amor e o orgulho que os aldeões sentiam por essas flores.
A partir daquele dia, Maria fazia longas caminhadas para admirar a beleza das flores silvestres roxas, sabendo que não eram apenas flores, mas um símbolo de esperança, fortuna e amor por sua aldeia.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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