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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

06
Abr25

"O nicho de Santa Rita, em Águas Frias - Chaves - Portugal"


Mário Silva Mário Silva

"O nicho de Santa Rita,

em Águas Frias - Chaves - Portugal"

06Abr DSC01137_ms

A fotografia de Mário Silva, "O nicho de Santa Rita, em Águas Frias - Chaves - Portugal", apresenta um pequeno santuário ou oratório dedicado a Santa Rita, localizado na aldeia de Águas Frias, no concelho de Chaves.

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Um nicho religioso como este pode variar em tamanho e elaboração, desde uma simples cavidade na parede com uma imagem ou estátua da santa, até uma estrutura mais elaborada com detalhes arquitetónicos.

Dada a localização numa aldeia transmontana, é o nicho é feito com materiais locais, como pedra, e apresenta elementos decorativos tradicionais.

A sua localização pode ser variada, encontrando-se numa fachada de uma casa, num muro, num cruzeiro ou noutro local de devoção na aldeia.

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Santa Rita de Cássia (1381-1457) foi uma religiosa italiana da Ordem de Santo Agostinho.

É uma santa muito popular na Igreja Católica, conhecida como a "Santa das Causas Impossíveis" ou a "Advogada dos Casos Desesperados".

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A sua vida foi marcada por diversas provações e sofrimentos:

Rita casou-se com um homem rude e violento, com quem teve dois filhos.

Após o assassinato do marido, ela perdoou os seus assassinos.

Os seus dois filhos morreram pouco depois.

Após a morte do marido e dos filhos, Rita ingressou no Mosteiro Agostiniano de Santa Maria Madalena em Cássia.

Reza a tradição que, durante uma pregação sobre a Paixão de Cristo, Rita recebeu um estigma na testa, uma ferida semelhante à coroa de espinhos de Jesus.

Esta ferida acompanhou-a até à sua morte.

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Muitos milagres são atribuídos à intercessão de Santa Rita, tanto durante a sua vida como após a sua morte.

Um dos mais conhecidos é o "milagre das rosas no inverno", onde, apesar do frio, uma roseira seca no seu jardim floresceu.

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Devido à sua história de vida marcada pelo sofrimento e pela fé, e aos numerosos milagres que lhe são atribuídos, Santa Rita é uma figura de grande devoção popular, sendo invocada em situações difíceis e desesperadas.

A presença de um nicho dedicado a ela em Águas Frias demonstra a fé e a tradição religiosa da comunidade local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Abr25

"A aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal"


Mário Silva Mário Silva

"A aldeia transmontana de

Águas Frias - Chaves - Portugal"

05Abr DSC00987_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal", captura uma vista panorâmica e um aspeto representativo da aldeia, permitindo observar a interação entre as construções humanas e a paisagem natural circundante.

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A harmonia entre a ação do Homem e a beleza da Natureza numa aldeia transmontana como Águas Frias pode manifestar-se de diversas formas na imagem:

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Integração das construções na paisagem: As casas, construídas com materiais locais como a pedra, apresentam cores e texturas que se harmonizam com o ambiente natural.

A sua disposição ao longo do terreno pode seguir as curvas e a topografia, em vez de as alterar drasticamente.

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Utilização de materiais naturais: A presença de telhados de telha cerâmica, paredes de pedra e elementos de madeira contribui para uma estética rústica e integrada no ambiente.

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Presença de vegetação: A fotografia poderá mostrar a aldeia rodeada por campos agrícolas, bosques, árvores de fruto ou jardins, evidenciando a coexistência entre a área habitada e a natureza.

A vegetação pode até mesmo envolver as casas, com trepadeiras ou flores a adornar as paredes.

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Escala humana: A dimensão das construções e a forma como se inserem na vastidão da paisagem podem transmitir uma sensação de equilíbrio e de respeito pela natureza.

As atividades humanas visíveis, como caminhos, muros de pedra ou pequenas hortas, podem também refletir uma interação sustentável com o meio ambiente.

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Cores e luz: A luz natural e as cores predominantes na imagem podem realçar a beleza tanto da arquitetura tradicional quanto da paisagem natural, criando uma sensação de unidade e harmonia visual.

Os tons terrosos das casas podem complementar o verde da vegetação e o azul do céu.

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Preservação de elementos naturais: A fotografia evidencia a preservação de elementos naturais como rios, ribeiros, árvores centenárias ou formações rochosas dentro ou perto da aldeia, demonstrando uma valorização do património natural.

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Em suma, a fotografia de Mário Silva poderá ilustrar como a comunidade de Águas Frias, ao longo do tempo, construiu o seu lar de forma a respeitar e a integrar-se na beleza natural da região de Trás-os-Montes, criando uma paisagem onde a ação humana e a natureza coexistem de forma harmoniosa.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Abr25

"Casa na aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal"


Mário Silva Mário Silva

"Casa na aldeia transmontana 

Águas Frias - Chaves - Portugal"

04Abr DSC01151_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Casa na aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal", apresenta uma habitação típica da região rural de Trás-os-Montes, mais especificamente da aldeia de Águas Frias, no concelho de Chaves.

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As casas rurais transmontanas, como a que provavelmente vemos na fotografia, possuem características arquitetónicas e construtivas que refletem as condições geográficas, climáticas e os materiais disponíveis na região.

 

Algumas das caraterísticas mais comuns incluem:

Tradicionalmente, utilizam-se materiais locais como o granito (abundante na região) e a madeira.

As paredes costumam ser grossas, construídas em pedra aparelhada ou em alvenaria de pedra rebocada.

Os telhados são geralmente de duas águas, com pouca inclinação, cobertos com telha cerâmica tradicional (telha de canudo).

As casas rurais tendem a ter uma planta simples, geralmente retangular, com poucos pisos (normalmente dois: rés-do-chão e primeiro andar).

A volumetria é compacta, o que ajuda a conservar o calor no inverno.

As janelas e portas costumam ser de dimensões modestas para minimizar a perda de calor. As janelas podem ter caixilharia de madeira e, por vezes, portadas interiores ou exteriores em madeira.

Algumas casas podem apresentar varandas pequenas, geralmente em madeira ou pedra, e escadas exteriores de acesso ao primeiro andar.

É comum encontrar anexos para guardar animais ou alfaias agrícolas.

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As casas rurais transmontanas tendem a integrar-se na paisagem natural, utilizando cores e materiais que se harmonizam com o ambiente circundante.

A robustez da construção em pedra confere-lhes um aspeto sólido e duradouro.

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Ao observar a fotografia de Mário Silva, poderemos confirmar estas características e identificar outros detalhes específicos da casa de Águas Frias, como a cor das paredes (caso sejam rebocadas), o tipo de telhado, a presença de elementos decorativos ou funcionais particulares, e a sua relação com o terreno e a envolvente da aldeia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Abr25

A troca de santos no nicho do cemitério de Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

A troca de santos no nicho do cemitério de

Águas Frias – Chaves - Portugal

01Abr DSC08069_ms

Lá no extremo da aldeia transmontana de Águas Frias, onde o vento uiva canções antigas entre os túmulos do cemitério, havia um nicho.

Durante gerações, aquele pequeno abrigo de pedra tinha sido o lar de uma imagem de São Pedro, o guardião das portas do céu, com as suas chaves reluzentes a apaziguar os corações dos que ali repousavam.

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Mas uma manhã de nevoeiro denso, quando o sol ainda hesitava em romper as nuvens, os habitantes de Águas Frias fizeram uma descoberta insólita.

São Pedro tinha desaparecido.

No seu lugar, sorria enigmaticamente Santo António, com o Menino Jesus ao colo e um lírio branco na mão.

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Ninguém conseguia explicar o sucedido.

As portas do cemitério não tinham sinais de arrombamento, até porque estavam sempre abertas.

A imagem de São Pedro parecia ter-se evaporado no ar húmido da madrugada.

Santo António, por sua vez, parecia perfeitamente à vontade no seu novo lar, como se sempre ali tivesse estado.

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A velha Dona Adelaide, a mais antiga da aldeia, lembrou-se de uma lenda antiga, sussurrada pelos seus avós à lareira.

Contava-se que, em noites de lua cheia, os santos padroeiros das aldeias vizinhas trocavam visitas secretas, montados em burros invisíveis, para partilharem histórias e vinho tinto.

Seria possível que São Pedro, cansado de guardar as portas celestiais, tivesse ido visitar algum amigo santo, deixando Santo António a tomar conta do seu posto por uns tempos?

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Outros moradores tinham teorias mais terrenas.

Talvez algum jovem preguiçoso (até porque já são raros), a precisar de um milagre urgente para passar nos exames, tivesse trocado as imagens na esperança de obter uma ajuda mais imediata de Santo António, o santo casamenteiro e dos objetos perdidos.

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O Padre Arlequim, o pároco da aldeia, tentou manter a calma.

Explicou que ambos os santos eram importantes e intercessores poderosos.

Mas, secretamente, sentia um arrepio percorrer-lhe a espinha.

Aquela troca silenciosa, naquela manhã enevoada, tinha algo de estranhamente inquietante.

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Os dias passaram e São Pedro não regressou.

Santo António continuou no nicho, com o seu sorriso sereno a contrastar com a melancolia do cemitério.

Os habitantes de Águas Frias acabaram por se habituar à nova presença.

Começaram até a depositar mais flores no nicho, talvez na esperança de que Santo António lhes trouxesse mais sorte do que São Pedro.

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Mas, em noites de tempestade, quando os raios rasgavam o céu e o vento gemia entre as sepulturas, alguns juravam ouvir um leve tilintar de chaves, vindo de direção incerta, como se São Pedro, algures no éter, ainda se lembrasse do seu antigo posto em Águas Frias.

E, por vezes, no meio da noite, um suave aroma a lírios brancos pairava sobre o cemitério, lembrando a estranha história da troca dos santos no nicho da aldeia transmontana.

Ninguém nunca soube ao certo o que aconteceu naquela manhã de nevoeiro, mas a lenda da troca das imagens de São Pedro e Santo António ficou para sempre gravada na memória de Águas Frias.

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Estória & Fotomontagem: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Mar25

"A aldeia transmontana de Águas Frias” (Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"A aldeia transmontana de Águas Frias”

(Chaves - Portugal)

28Mar DSC06697_ms

Sob o céu de um azul tímido, onde o sol de fim de tarde derrama a sua luz dourada, a aldeia transmontana de Águas Frias, em Chaves, Portugal, repousa como uma memória viva de tempos mais simples.

A fotografia de Mário Silva captura esse cenário com uma ternura quase palpável, como se cada telhado vermelho e cada pedra desgastada sussurrasse histórias de gerações passadas.

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As casas, empoleiradas na encosta suave, parecem abraçar-se umas às outras, com as suas paredes brancas e cinzentas marcadas pelo tempo, mas ainda firmes, como guardiãs de um passado que se recusa a desaparecer.

Os telhados de telha vermelha, alguns já desbotados pelo sol e pela chuva, brilham sob a luz morna, enquanto as chaminés, silenciosas, evocam imagens de lareiras acesas e famílias reunidas em noites frias de inverno.

Entre as construções, ruelas estreitas serpenteiam, convidando a imaginação a percorrer caminhos onde outrora ecoaram risos de crianças e o som cadenciado de carroças.

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Ao redor, a natureza abraça a aldeia com um verde que parece eterno.

Árvores frondosas, algumas despidas pelo inverno, misturam-se a arbustos e campos que se estendem até onde o olhar alcança, salpicados aqui e ali por manchas de relva ainda vibrante.

No horizonte, colinas suaves desenham contornos que parecem dançar com as sombras do entardecer, enquanto uma torre de comunicação, única testemunha da modernidade, ergue-se discreta, quase pedindo desculpas pela sua presença.

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Há uma quietude em Águas Frias que fala ao coração.

É o silêncio das pedras que viram o passar dos anos, das árvores que testemunharam casamentos e despedidas, das janelas que, mesmo fechadas, guardam o calor de tantas vidas.

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A fotografia de Mário Silva não é apenas uma imagem; é um portal para um tempo em que o mundo parecia mais lento, mais humano.

Olhar para ela é sentir o cheiro da lenha queimando, ouvir o murmúrio de um riacho distante, e, por um instante, pertencer a esse lugar onde o passado ainda vive, respirando em cada canto dessa aldeia transmontana.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Mar25

"Vista parcial da aldeia de Águas Frias" … onde o Tempo parece parar ... e o relaxamento parece perdurar ...


Mário Silva Mário Silva

"Vista parcial da aldeia de Águas Frias" …

onde o Tempo parece parar ...

e o relaxamento parece perdurar ...

12Mar DSC09759_ms

A fotografia de Mário Silva, "Vista parcial da aldeia de Águas Frias", captura a essência da tranquilidade e da beleza da paisagem rural transmontana.

A imagem apresenta uma vista panorâmica da aldeia, com as casas de telhado vermelho a contrastar com a vegetação verdejante e o céu nublado.

A névoa que paira sobre a paisagem confere à imagem um ar misterioso e intemporal.

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A composição da fotografia é equilibrada, com a aldeia a ocupar o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a extensão da aldeia e a sua integração na paisagem natural.

Os galhos das árvores em primeiro plano criam um enquadramento natural, convidando o observador a entrar na cena.

A luz natural, difusa e suave, cria uma atmosfera de calma e serenidade.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de verde, castanho e vermelho, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento à terra.

A aldeia, com as suas casas de telhado vermelho e a sua atmosfera tranquila, representa um modo de vida tradicional, marcado pela proximidade com a natureza e pela forte ligação à terra.

A névoa que envolve a paisagem confere à imagem um ar de mistério e de tempo suspenso.

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Águas Frias: Um Refúgio da Agitação Moderna:

A descrição da aldeia como um local onde "o Tempo parece parar... e onde o relaxamento parece perdurar..." é um testemunho da paz e da tranquilidade que se sente em Águas Frias.

A aldeia, com a sua atmosfera calma e a sua paisagem bucólica, é um refúgio da agitação moderna, um local onde se pode escapar do stress do dia a dia e desfrutar da beleza da natureza.

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A Importância da Preservação da Vida Rural:

A preservação da vida rural, com as suas tradições e os seus valores, é fundamental para a manutenção da identidade cultural de um país.

As aldeias como Águas Frias são testemunhas de um modo de vida que está a desaparecer, e a sua preservação é essencial para a memória coletiva e para a valorização do património cultural.

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Em conclusão, a fotografia "Vista parcial da aldeia de Águas Frias" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da vida rural e sobre a necessidade de preservar as nossas raízes.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua atmosfera tranquila, é um convite a visitar Águas Frias e a desfrutar da sua paz e da sua beleza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
10
Mar25

Pela Rua das Maias - Uma Viagem no Tempo Através do olhar de Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

Pela Rua das Maias

Uma Viagem no Tempo Através do olhar de Mário Silva

10Mar DSC09704_ms

Emoldurada pelo casario rústico de Águas Frias, a fotografia de Mário Silva, "Pela Rua das Maias", transporta-nos para um universo onde o tempo parece correr mais lento.

A rua de calçada, ladeada por muros de pedra e janelas floridas, convida-nos a um passeio nostálgico pelas tradições ancestrais da aldeia.

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O olhar do fotógrafo captura a essência da alma transmontana, revelando a beleza singela do quotidiano.

A luz que banha a rua, outrora palco de festas e romarias, confere um toque mágico à imagem, despertando em nós a vontade de desbravar cada recanto daquele lugar.

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Ao fundo, a imponente colina ergue-se como testemunha silenciosa da história daquelas terras.

A vegetação densa que cobre a encosta contrasta com a aridez do chão, criando um jogo de cores e texturas que encanta a nossa visão.

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Mário Silva, com a sua sensibilidade ímpar, eterniza um momento único na história de Águas Frias.

A fotografia transcende o seu valor documental, transformando-se numa obra de arte que nos convida a refletir sobre a nossa própria identidade e sobre a importância de preservar as nossas raízes.

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"Pela Rua das Maias" é um convite à contemplação, um portal que nos transporta para um mundo de encantos e tradições.

Um lugar onde o tempo se dilui e a alma se liga com a essência da vida.

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A Aldeia de Águas Frias

Águas Frias é uma aldeia transmontana situada no concelho de Chaves, em Portugal. Conhecida pela sua beleza natural e pela hospitalidade de seus habitantes, a aldeia preserva tradições seculares que encantam os visitantes.

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Deixe-se Levar pela Magia da Fotografia

Permita que a fotografia de Mário Silva o transporte para um universo de beleza e tradição. Caminhe pelas ruas de Águas Frias, admire a paisagem, e deixe que a alma transmontana o envolva na sua magia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Mar25

"Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres"


Mário Silva Mário Silva

"Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres"

04Mar DSC04187_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres", captura a essência da vida em uma aldeia transmontana, revelando a beleza austera e desafiadora da região.

A imagem retrata uma rua estreita e íngreme, ladeada por casas de pedra tradicionais, na aldeia de Águas Frias, em Chaves, Portugal.

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A composição da fotografia destaca a linha diagonal da rua, criando uma sensação de profundidade e movimento.

As casas de pedra emolduram a rua, guiando o olhar do observador para o topo da colina.

O céu nublado contrasta com o calor da terra e das casas, criando um equilíbrio visual interessante.

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A nitidez da fotografia é notável, especialmente nos detalhes das casas de pedra e do pavimento da rua.

Cada pedra, cada telha, cada janela é revelada com clareza, permitindo que o observador aprecie a rusticidade e a autenticidade da arquitetura local.

O fundo, embora ligeiramente desfocado, sugere a vastidão da paisagem montanhosa.

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A iluminação natural e suave realça a beleza da paisagem sem criar sombras duras ou superexposição.

As cores quentes e terrosas, com tons de castanho, ocre e laranja, dominam a paleta.

O céu nublado contribui para a atmosfera melancólica e introspetiva da fotografia.

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A fotografia transcende a mera representação de uma rua, evocando sentimentos de nostalgia, respeito e ligação com a história e a cultura local.

A rua íngreme pode ser interpretada como uma metáfora da vida nas áreas rurais de Portugal, onde a superação de obstáculos é uma constante.

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A ausência de pessoas na fotografia enfatiza a quietude e a solidão da rua, convidando o observador a imaginar a vida dos habitantes locais.

A vegetação rasteira que cresce entre as pedras do pavimento adiciona um toque de cor e vitalidade à imagem.

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Em resumo, "Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres" é uma fotografia que nos convida à reflexão sobre a natureza, a cultura e a vida nas áreas rurais de Portugal.

Através da sua composição cuidadosa, foco preciso e iluminação suave, Mário Silva captura a beleza e a essência da região de Trás-os-Montes, um microcosmo de um país rico em história e tradições.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Mar25

"Carnaval na Aldeia", 2010, na aldeia de Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Carnaval na Aldeia" - 2010

na aldeia de Águas Frias - Chaves - Portugal

04Mar DSC04456_ms

 

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O Carnaval é uma celebração rica e variada em todo o mundo, e nas aldeias transmontanas de Portugal, ele assume um caráter particularmente único, refletindo tradições locais, história e a identidade comunitária.

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O Carnaval, na sua essência, é uma festa de origem pagã que remonta a celebrações antigas como as Saturnais romanas, onde as normas sociais eram temporariamente invertidas.

Com a cristianização da Europa, essas festividades foram incorporadas ao calendário cristão, situando-se antes da Quaresma, um período de jejum e reflexão.

Nas aldeias transmontanas, o carnaval pode ter sido influenciado tanto por essas tradições antigas quanto pela necessidade de comunidades rurais de marcar o fim do inverno e o início da primavera, um momento de renovação e preparação para o trabalho agrícola intensivo.

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Nas aldeias transmontanas, o uso de máscaras e fantasias é central.

Elas servem não apenas para diversão, mas também para a anulação da identidade individual, permitindo que as pessoas se comportem de maneiras que normalmente não fariam.

A foto de Mário Silva mostra pessoas vestidas com roupas coloridas e acessórios, como chapéus e guarda-chuvas, que são típicos em muitas celebrações locais.

O carnaval nessas aldeias frequentemente inclui desfiles ou "cortes" onde grupos de pessoas percorrem as ruas, cantando, dançando e tocando instrumentos, como se vê na imagem com os participantes carregando instrumentos musicais.

Estes desfiles são ocasiões para a comunidade se reunir, fortalecendo laços sociais.

É comum encontrar elementos de sátira e crítica social durante o carnaval.

As pessoas vestem-se para imitar figuras locais ou para zombar de situações sociais, proporcionando uma válvula de escape para tensões e hierarquias sociais.

Algumas celebrações incluem rituais que podem ter raízes pré-cristãs, como a queima de bonecos que simbolizam o inverno ou o mal, ou danças que imitam movimentos de animais, simbolizando a ligação com a natureza e o ciclo agrícola.

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O carnaval é um momento de união, onde todos, independentemente da idade ou status social, participam.

Isso fortalece a coesão comunitária, especialmente importante em áreas rurais onde a vida pode ser isolada.

Estas festividades ajudam a preservar tradições locais que podem estar em risco de se perder com a modernização e a migração para áreas urbanas.

Simbolicamente, o carnaval representa a renovação.

Para as comunidades agrícolas, é um momento de preparação espiritual e social para a primavera, um período de plantio e renascimento.

O carnaval oferece uma oportunidade para a expressão pessoal e a liberdade de comportamento que é normalmente restringida pelas normas sociais e religiosas.

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Em resumo, o carnaval nas aldeias transmontanas é uma rica tapeçaria de tradição, comunidade e renovação.

A imagem de Mário Silva captura apenas um momento desta celebração, mas ilustra bem como o carnaval é uma expressão vital da cultura e da vida rural em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Fev25

“Cravelho numa velha porta” (caravelho – gravelho - tramela – taramela – ferrolho – travinca)


Mário Silva Mário Silva

“Cravelho numa velha porta”

(caravelho – gravelho - tramela –

taramela – ferrolho – travinca)

27Fev DSC07866_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "Cravelho numa velha porta" retrata um mecanismo de fecho tradicional, conhecido por vários nomes na região de Trás-os-Montes, Portugal: Caravelho, Gravelho, Tramela, Taramela, Ferrolho, Travinca, ...

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A imagem mostra uma porta de madeira antiga, provavelmente de uma construção rústica, possivelmente uma casa ou um celeiro.

A porta é feita de tábuas de madeira envelhecida, com um aspeto rústico e desgastado pelo tempo.

O cravelho, que é o foco da imagem, é um mecanismo de fecho feito de madeira, consistindo em uma peça principal que se encaixa numa estrutura de suporte, também de madeira, para trancar a porta.

A peça de madeira que forma o cravelho é esculpida de forma a permitir que se mova para dentro e para fora da estrutura, garantindo a segurança da porta.

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Para as Gentes transmontanas, o cravelho tem um significado profundo, enraizado na tradição e na simplicidade da vida rural.

Este tipo de fecho é emblemático da engenhosidade e da utilização de materiais locais disponíveis, refletindo um modo de vida que valoriza a sustentabilidade e a simplicidade.

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O uso do cravelho demonstra a continuidade das tradições locais.

Mesmo com o avanço tecnológico, muitos transmontanos mantêm estas práticas antigas, preservando a cultura e o património.

A construção do cravelho é um exemplo de engenharia popular, onde a funcionalidade é alcançada com recursos simples.

Isso destaca a habilidade manual e o conhecimento prático transmitido de geração em geração.

O cravelho não é apenas funcional, mas também simbólico.

Ele representa a proteção do lar, um valor muito importante nas comunidades rurais onde a casa é um refúgio seguro contra os elementos e intrusos.

O uso de madeira e a integração com a construção rústica refletem uma conexão profunda com a natureza, algo característico da cultura transmontana, onde a vida está intrinsecamente ligada ao ambiente natural.

Os diferentes nomes para o mesmo objeto (Caravelho, Gravelho, etc.) mostram a diversidade dentro da própria região, mas também uma unidade na função e na essência do objeto, reforçando a identidade regional.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva não apenas captura um objeto funcional, mas também encapsula um pedaço da alma transmontana, refletindo valores de tradição, engenhosidade, proteção e uma vida em harmonia com a natureza.

O cravelho, com a sua simplicidade e eficácia, é um símbolo duradouro da cultura desta região de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
24
Fev25

"Se as pedras falassem..."


Mário Silva Mário Silva

"Se as pedras falassem..."

24Fev DSC01568_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Se as pedras falassem...", captura a essência da arquitetura rural transmontana, com foco numa casa de pedra.

A imagem apresenta uma fachada de granito, com uma pequena janela e uma porta de madeira, coberta por um telhado de telha.

A casa está parcialmente escondida por uma sebe, que se entrelaça nas pedras e confere à imagem um ar de mistério e abandono.

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A composição da fotografia é vertical, com a casa ocupando a maior parte da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a textura da pedra e a volumetria da construção.

A linha diagonal da sebe conduz o olhar do espectador para o interior da imagem, convidando-o a explorar os detalhes da fachada.

A luz natural incide sobre a fachada da casa, criando sombras que acentuam a textura da pedra e a irregularidade das paredes.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera de nostalgia e de tempo passado.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de cinza, castanho e verde, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento no solo.

A casa de pedra, com as suas paredes grossas e a sua porta de madeira, é um símbolo de resistência e de tradição.

A vegetação que cresce nas paredes e no telhado representa o ciclo da vida e a força da natureza.

O título da fotografia, "Se as pedras falassem...", convida o observador a imaginar a história da casa e das pessoas que a habitaram.

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As casas de granito são um elemento característico da arquitetura rural transmontana.

Estas construções, com as suas paredes grossas e resistentes, foram erguidas com o objetivo de proteger os seus habitantes das intempéries e de garantir a sua segurança.

O granito, uma rocha abundante na região, era o material de construção mais utilizado, devido à sua durabilidade e resistência.

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A preservação do património construído, como as casas de pedra de Águas Frias, é fundamental para a salvaguarda da identidade cultural de uma região.

Estas construções são testemunhas da história e da forma de vida das comunidades locais, e a sua destruição representaria uma perda irreparável para o património nacional.

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Em resumo, a fotografia "Se as pedras falassem..." de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância do património construído e sobre a necessidade de preservar as nossas raízes.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, é um testemunho da sabedoria ancestral e da capacidade do homem de se adaptar ao meio ambiente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Fev25

"A aldeia transmontana de Águas Frias, em 2008"


Mário Silva Mário Silva

"A aldeia transmontana de Águas Frias, em 2008"

08Fev DSC04393_ms

A fotografia de Mário Silva, capturada em 2008, apresenta-nos uma visão aérea da aldeia transmontana de Águas Frias.

A imagem revela a típica arquitetura rural portuguesa, com casas de pedra e telhado de telha, agrupadas em torno de uma igreja.

A paisagem é marcada pela rusticidade e pela simplicidade, com campos cultivados e árvores pontuando o horizonte.

A ausência de grandes construções e a predominância de edifícios de pequena dimensão evocam um sentimento de tranquilidade e de vida comunitária.

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A composição da fotografia é equilibrada, com a aldeia ocupando o centro da imagem.

A perspetiva aérea permite uma visão abrangente da localidade, destacando a sua integração na paisagem natural.

A linha do horizonte divide a imagem em duas partes, criando uma sensação de profundidade.

A luz natural incide sobre a aldeia, criando sombras que acentuam a textura das paredes de pedra e a volumetria dos edifícios.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de terra, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento no solo.

A aldeia representa um modo de vida tradicional, marcado pela proximidade com a natureza e pela forte ligação à terra.

A imagem da aldeia, com as suas casas agrupadas em torno da igreja, evoca um sentimento de comunidade e de pertença.

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Passados 17 anos desde o registo fotográfico de Mário Silva, é natural questionar se a aldeia de Águas Frias se manteve inalterada.

A fotografia captura um momento específico no tempo, mas a realidade é dinâmica e as comunidades rurais estão sujeitas a constantes transformações.

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A população da aldeia envelheceu consideravelmente, com um decréscimo radical do número de habitantes mais jovens.

Muitas casas antigas podem ter sido abandonadas, devido ao êxodo rural e à falta de manutenção.

A paisagem circundante pode ter sofrido alterações, devido à intensificação da agricultura ou a outras atividades humanas.

Algumas casas podem ter sido modernizadas ou ampliadas, adaptando-se às necessidades da vida contemporânea.

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O que pode ter levado à estagnação ou pouca mudança na aldeia?

Várias razões podem explicar a aparente estagnação da aldeia de Águas Frias:

- A localização remota da aldeia pode dificultar o acesso a serviços e infraestruturas, limitando as possibilidades de desenvolvimento.

- O envelhecimento da população pode levar a uma diminuição da atividade económica e a uma menor capacidade de investimento na melhoria das condições de vida.

A ausência de políticas públicas direcionadas para o desenvolvimento das zonas rurais pode dificultar a fixação de população e a criação de novas oportunidades económicas.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é um documento valioso que nos permite compreender a realidade de uma aldeia transmontana no início do século XXI.

A comparação desta imagem com a realidade atual permite-nos refletir sobre as transformações ocorridas nas zonas rurais e sobre os desafios que estas comunidades enfrentam.

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Passaram-se 17 anos e quase nada mudou.

Porque será?

Os que encontrarem diferenças com a atualidade, por favor, mencionem as diferenças e qualifiquem-nas: se foram melhores, piores ou tudo ficou na mesma.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Fev25

"A Porta Azul" (estória trágico-dramática)


Mário Silva Mário Silva

"A Porta Azul"

(estória trágico-dramática)

06Fev DSC05525_ms

Numa pequena aldeia transmontana, perdida entre as montanhas, existia uma adega antiga, com paredes de pedra e um telhado de telhas vermelhas.

A porta da adega era azul, um azul vivo e intenso que contrastava com a paisagem verdejante.

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Um dia, um grupo de amigos, todos eles viticultores, decidiram reunir-se na adega para celebrar a colheita.

Eram amigos de longa data, unidos pelo amor ao vinho e pela paixão pela terra.

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A adega estava cheia de alegria e risadas.

Os amigos bebiam vinho, comiam queijo e pão, e contavam histórias.

A noite estava a passar rapidamente quando, de repente, a porta da adega se abriu e entrou um homem estranho.

O homem era alto e magro, com um olhar sombrio.

Usava um casaco preto e um chapéu de abas largas.

Ninguém o conhecia, mas ele parecia familiar de alguma forma.

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O homem sentou-se numa cadeira e pediu um copo de vinho.

Os amigos olharam-se uns para os outros, confusos.

Ninguém se lembrava de ter visto aquele homem antes.

O homem bebeu o vinho e sorriu.

- Eu sei que vocês não me conhecem - disse ele - Mas eu conheço-vos. Eu sei tudo sobre vocês.

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Os amigos ficaram assustados.

O homem parecia saber coisas que eles não deveriam saber.

Ele sabia os seus nomes, as suas idades, os seus segredos mais íntimos.

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O homem levantou-se e caminhou em direção à porta.

- Eu voltarei - disse ele - E quando eu voltar, vou levar tudo.

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Os amigos ficaram em silêncio, atordoados.

Não sabiam o que fazer.

O homem tinha desaparecido, mas a sua presença ainda pairava no ar.

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Nos dias que se seguiram, os amigos falaram sobre o homem estranho.

Ninguém conseguia esquecer o seu olhar sombrio e as suas palavras ameaçadoras.

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Um dia, enquanto estavam a trabalhar na vinha, os amigos viram o homem estranho a aproximar-se.

Ele estava vestido de preto, como da última vez, e o seu olhar era mais sombrio do que nunca.

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Os amigos tentaram fugir, mas o homem era mais rápido do que eles.

Ele apanhou-os um a um e matou-os.

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A aldeia ficou em choque com a notícia.

Ninguém conseguia acreditar que o homem estranho tinha matado os seus amigos.

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A polícia investigou o caso, mas não conseguiu encontrar o homem estranho.

Ele desapareceu sem deixar rasto.

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A adega ficou abandonada e a porta azul fechada para sempre.

Os amigos foram esquecidos, mas a sua morte nunca foi esquecida.

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A história do homem estranho tornou-se uma lenda na aldeia.

As pessoas contavam-na aos seus filhos e netos, como um aviso dos perigos do desconhecido.

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A porta azul continuou a ser uma lembrança da tragédia.

Era um símbolo da morte e da perda, uma lembrança de que o mal pode existir mesmo nas aldeias mais pacíficas.

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Estória & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Fev25

"A Neve no cume da serra, por entre árvores"


Mário Silva Mário Silva

"A Neve no cume da serra, por entre árvores"

05Fev DSC09331_ms

A fotografia "A Neve no cume da serra, por entre árvores" de Mário Silva captura a beleza agreste e serena da paisagem transmontana num dia de inverno.

A imagem apresenta uma vista panorâmica, com uma montanha coberta de neve no horizonte, vista através da copa de árvores despidas.

A paisagem, dominada por tons de cinza, branco e castanho, evoca uma sensação de tranquilidade e isolamento.

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A composição da fotografia é diagonal, com os galhos das árvores conduzindo o olhar do observador para o cume da montanha.

A perspetiva adotada permite apreciar a vastidão da paisagem e a grandeza da natureza.

A luz, fria e difusa, cria uma atmosfera de inverno, com sombras longas e contrastes suaves.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de cinza, branco e castanho, que reforçam a sensação de frio e de inverno.

A neve, além de ser um elemento natural, possui um forte simbolismo.

Na cultura popular, a neve está associada à pureza, à renovação e à esperança.

Na fotografia de Mário Silva, a neve que cobre o cume da montanha pode ser vista como um símbolo de resistência e de adaptação da natureza às condições adversas.

A fotografia captura a essência da vida rural em Portugal, revelando a importância da natureza na vida das comunidades locais.

A imagem da montanha coberta de neve evoca um sentimento de nostalgia e de pertença, remetendo para um tempo em que a vida era mais simples e as pessoas estavam mais ligadas à natureza.

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As regiões montanhosas de Trás-os-Montes são caracterizadas por invernos rigorosos, com temperaturas baixas e nevadas frequentes.

As populações locais desenvolveram ao longo dos séculos diversas estratégias para enfrentar as condições climáticas adversas:

-  As casas tradicionais transmontanas são construídas com materiais naturais, como pedra e madeira, que proporcionam um bom isolamento térmico.

- A agricultura de montanha adaptou-se às condições climáticas adversas, com a produção de culturas resistentes ao frio e a criação de animais adaptados ao clima.

- A população local utiliza roupas quentes e impermeáveis para se proteger do frio e da neve.

A vida em comunidade é fundamental para enfrentar as dificuldades do inverno.

Os vizinhos ajudam-se mutuamente nas tarefas como a limpeza da neve e a manutenção das casas.

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Em suma, a fotografia "A Neve no cume da serra, por entre árvores" de Mário Silva é um tributo à beleza e à resiliência da natureza.

A imagem captura a essência do inverno transmontano, com as suas paisagens brutas e sua beleza agreste.

A obra convida-nos a refletir sobre a relação entre o homem e a natureza e sobre a capacidade de adaptação das comunidades rurais às condições climáticas adversas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Fev25

Escola Primária – Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Escola Primária"

Águas Frias – Chaves - Portugal

04Fev DSC09617_ms

A fotografia de Mário Silva captura a essência da arquitetura escolar rural portuguesa do século XX.

A imagem apresenta uma pequena escola primária, com fachada branca e telhado de telha, situada na aldeia transmontana de Águas Frias (Chaves – Portugal).

A simplicidade da construção contrasta com a importância do seu papel na comunidade.

A porta principal, encimada por um arco, convida à entrada, enquanto as janelas, com as suas persianas fechadas, sugerem um interior acolhedor.

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A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A escola, situada no centro da imagem, é o ponto focal, enquanto o céu azul e as árvores ao fundo criam um enquadramento sereno.

A perspetiva adotada permite apreciar a fachada principal do edifício e os seus detalhes arquitetónicos.

A luz natural incide sobre a fachada da escola, criando sombras que acentuam a textura da pedra e a volumetria da construção.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de branco, cinza e terracota, que evocam a sensação de simplicidade e funcionalidade.

A escola, como elemento central da imagem, representa o conhecimento, a educação e o futuro.

A sua presença na aldeia simboliza a importância da educação para o desenvolvimento das comunidades rurais.

A arquitetura da escola, com as suas linhas simples e funcionais, é característica da arquitetura escolar construída em Portugal durante o Estado Novo.

A ênfase na educação, como instrumento de modernização e de promoção da identidade nacional, era uma das prioridades do regime.

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O Plano Centenário, lançado em 1939 para comemorar o centenário da morte de D. Pedro IV, tinha como um dos seus objetivos a expansão e modernização do sistema educativo português.

 A construção de novas escolas, como a retratada na fotografia, era uma das prioridades do regime, que pretendia garantir o acesso à educação a todas as crianças, independentemente da sua origem social.

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As escolas construídas no âmbito do Plano Centenário apresentavam algumas características comuns:

 

- As escolas eram construídas de forma a atender às necessidades pedagógicas básicas, com salas de aula amplas e iluminadas, pátios e espaços verdes.

- A arquitetura era simples e funcional, utilizando materiais locais e técnicas de construção tradicionais.

- As escolas eram concebidas como espaços de formação de cidadãos, transmitindo os valores nacionais e promovendo a unidade do povo português.

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A fotografia de Mário Silva, ao retratar uma escola primária construída no âmbito do Plano Centenário, convida-nos a refletir sobre a importância da educação e sobre o papel do Estado na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A imagem, com a sua simplicidade e beleza, é um testemunho do passado e um convite à reflexão sobre o futuro da educação em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Fev25

"O Portelo” - Um Olhar Sobre o Passado


Mário Silva Mário Silva

"O Portelo”

Um Olhar Sobre o Passado

03Fev DSC09253_ms

A fotografia "O Portelo" de Mário Silva, ao apresentar um portão de ferro enferrujado encravado em muros de pedra, transporta-nos para um universo rural, carregado de história e tradição.

O portelo, elemento central da imagem, revela-se mais do que uma simples passagem: é um portal para o passado, um testemunho da vida que outrora se desenrolou por trás daqueles muros.

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A composição da fotografia é marcada pela simplicidade e pela força evocativa.

O portão, com as suas linhas retas e verticais, contrasta com a organicidade da vegetação que o circunda.

A ferrugem que cobre o ferro evoca o passar do tempo, a ação dos elementos naturais sobre o objeto construído pelo homem.

A luz, suave e dourada, confere à imagem uma atmosfera melancólica, convidando à reflexão.

O portelo é um elemento característico das aldeias transmontanas.

Ele delimita propriedades, separa o espaço público do privado, mas também conecta os habitantes entre si.

A fotografia de Mário Silva captura a essência desse elemento arquitetónico, revelando a sua importância no quotidiano das comunidades rurais.

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A fotografia "O Portelo" convida-nos a refletir sobre a importância da propriedade privada nas aldeias transmontanas.

Esses pequenos pedaços de terra, muitas vezes herdados de geração em geração, são mais do que simples propriedades: são alicerces de identidades, testemunhos de histórias familiares e elementos essenciais da paisagem cultural.

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As aldeias transmontanas enfrentam desafios como o envelhecimento da população, o êxodo rural e a desvalorização do património rural.

Nesse contexto, a propriedade privada encontra-se ameaçada.

Muitas terras estão abandonadas, os muros caem e os portelos enferrujam.

A preservação do património rural, incluindo a propriedade privada, é fundamental para a salvaguarda da identidade das aldeias transmontanas.

É preciso valorizar a história e a cultura desses lugares, promovendo a sua preservação e revitalização.

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Em conclusão, a fotografia "O Portelo" de Mário Silva é mais do que uma simples imagem: é um convite à reflexão sobre a importância do património rural e da propriedade privada nas aldeias transmontanas.

Ao capturar a essência desse elemento arquitetónico, o fotógrafo convida-nos a valorizar a história e a cultura desses lugares, contribuindo para a sua preservação e revitalização.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Jan25

"Águas Frias... gelada"


Mário Silva Mário Silva

"Águas Frias... gelada"

29Jan Águas Frias 27_ms

A fotografia "Águas Frias... gelada" de Mário Silva captura a essência de um inverno rigoroso numa aldeia transmontana.

A imagem apresenta uma pequena casa de aldeia, com o telhado coberto de neve, ao fundo.

Em primeiro plano, destaca-se uma antiga placa com a inscrição "Águas Frias", também coberta por uma espessa camada de neve.

A placa, direcionada para a direita, indica o caminho a seguir, convidando o observador a adentrar-se na paisagem invernal.

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A composição é marcada pela simplicidade e pela elegância.

A casa, com as suas linhas simples e a sua cor clara, contrasta com a brancura da neve, criando um efeito visualmente impactante.

A placa, com a sua inscrição clara e concisa, funciona como um elemento de orientação e de identificação do lugar.

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A composição é equilibrada e harmoniosa.

A casa, situada no fundo da imagem, cria um ponto de referência visual, enquanto a placa, em primeiro plano, atrai o olhar do observador.

A diagonal da placa conduz o olhar para a direita, convidando o observador a imaginar o que se encontra além da imagem.

A luz, fria e difusa, cria uma atmosfera de tranquilidade e isolamento.

A neve, que cobre toda a paisagem, reflete a luz de forma uniforme, criando uma sensação de paz e serenidade.

As sombras, suaves e ténues, acentuam a textura da neve e da placa.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de branco, cinza e castanho.

Essa escolha cromática reforça a sensação de frio e de inverno.

A neve, além de ser um elemento natural, possui um forte simbolismo.

Na cultura popular, a neve está associada à pureza, à renovação e à esperança.

Na fotografia de Mário Silva, a neve cobre a paisagem, criando uma espécie de véu branco que oculta a realidade subjacente.

A fotografia captura a essência da vida rural em Portugal, revelando a importância da natureza na vida das comunidades locais.

A imagem da aldeia coberta de neve evoca um sentimento de nostalgia e de pertença, remetendo para um tempo em que a vida era mais simples e as pessoas estavam mais ligadas à natureza.

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O inverno é uma estação marcante nas aldeias transmontanas, caracterizada por temperaturas baixas, nevadas e longas noites.

A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a força da natureza nesta época do ano, mostrando como a vida continua a fluir, mesmo nas condições mais adversas.

A imagem da placa, com a inscrição "Águas Frias", é um lembrete da dureza do clima e da resistência dos habitantes desta região.

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Em conclusão, "Águas Frias... gelada" é uma fotografia que nos transporta para um universo de paz e serenidade.

A imagem, com a sua composição equilibrada e a sua atmosfera poética, convida o observador a uma reflexão sobre a beleza da natureza e a força do homem diante das adversidades.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Jan25

"Igreja transmontana" - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Igreja transmontana"

Águas Frias - Chaves - Portugal

19Jan DSC00317_ms

A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a serenidade de uma típica igreja rural transmontana, localizada em Águas Frias, Chaves.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e paleta de cores harmoniosa, convida o observador a uma reflexão sobre a importância da fé e da tradição na vida das comunidades rurais.

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A fotografia apresenta uma perspetiva frontal da igreja, com a fachada principal destacando-se contra um céu nublado.

A igreja, de pequenas dimensões e linhas simples, é construída em pedra e apresenta um campanário com dois sinos.

A porta de entrada, em madeira, é ladeada por duas colunas e sobreposta por um frontão triangular.

A vegetação circundante, com árvores de folha caduca, confere à imagem um ar melancólico e introspetivo.

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A composição é equilibrada, com a igreja ocupando o centro da imagem e a vegetação servindo como enquadramento.

A linha diagonal formada pelo telhado da igreja e pelas árvores cria uma sensação de profundidade e conduz o olhar do observador para o ponto focal da imagem.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de terra e ocre, que evocam a sensação de antiguidade e tradição.

A pedra da igreja, com as suas tonalidades envelhecidas, contrasta com o verde da vegetação, criando um efeito visual interessante.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da pedra e a atmosfera do local.

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São Pedro, o apóstolo a quem Jesus confiou as "chaves do Reino dos Céus", ocupa um lugar central na fé católica.

Considerado o primeiro Papa, é venerado como o patrono dos pescadores, dos arquitetos, dos carpinteiros e dos prisioneiros.

A escolha de São Pedro como orago desta igreja reflete a importância da fé católica na vida das comunidades rurais e a crença na proteção divina.

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A atmosfera serena da fotografia, com a igreja isolada no campo, transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

A igreja, com a sua arquitetura simples e a sua história secular, evoca um sentimento de respeito e admiração pelo passado.

A igreja, integrada na paisagem natural, estabelece uma conexão entre o homem e a natureza.

A igreja, como lugar de culto, evoca sentimentos de espiritualidade e fé.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância histórica da igreja de São Pedro em Águas Frias.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a fé, a tradição e a importância da preservação do património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Jan25

"Espreitando a Aldeia Transmontana" - Águas Frias, Chaves, Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Espreitando a Aldeia Transmontana"

Águas Frias, Chaves, Portugal

22Jan DSC00328_ms

A fotografia intitulada "Espreitando a Aldeia Transmontana" de Mário Silva retrata a aldeia de Águas Frias, situada em Chaves, Portugal.

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A imagem apresenta um conjunto de casas típicas de uma aldeia transmontana, com os telhados de telha avermelhada que contrastam com as tonalidades cinzentas das paredes de pedra e as fachadas rebocadas.

Ao fundo, é possível observar o ambiente rural, com árvores desfolhadas e um terreno verde, indicando que a fotografia foi tirada no inverno.

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As construções originais, feitas de pedra, são uma marca distintiva da arquitetura das aldeias transmontanas.

Este tipo de construção, durável e resistente ao clima rigoroso da região, reflete a adaptação ao ambiente natural.

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A aldeia encontra-se rodeada por campos agrícolas e vegetação, demonstrando a ligação entre os habitantes e o meio ambiente.

Esse vínculo é comum nas comunidades rurais do norte de Portugal.

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As construções e o ambiente capturado na fotografia demonstram um estilo de vida simples, refletindo as raízes da vida comunitária em Trás-os-Montes.

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Algumas casas apresentam revestimentos modernos ou alterações nas fachadas que escondem a pedra original.

Este tipo de intervenção, frequentemente motivado pela busca de conforto ou estética, pode comprometer a preservação do aspeto tradicional da aldeia.

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A introdução de varandas e estruturas mais modernas destaca-se como um contraste em relação às construções tradicionais.

Embora práticas, estas modificações tendem a descaracterizar o património histórico.

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Os postes de eletricidade e cabos visíveis no primeiro plano são uma necessidade moderna, mas podem impactar a paisagem e desviar a atenção da beleza natural e histórica da aldeia.

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A fotografia é uma janela para a transição entre o passado e o presente nas aldeias transmontanas.

Por um lado, testemunha a riqueza patrimonial e a ligação profunda ao território.

Por outro, revela como as mudanças nas necessidades e preferências dos habitantes alteraram o caráter original do espaço.

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A imagem convida à reflexão sobre a importância de preservar a autenticidade cultural e arquitetónica enquanto se adaptam as aldeias às exigências modernas.

Este equilíbrio é crucial para garantir que as gerações futuras possam apreciar o legado histórico, sem comprometer a qualidade de vida dos residentes atuais.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Jan25

"Aldeia à noite" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

Aldeia à noite

07Jan DSC00276 (2)_ms

A fotografia "Aldeia à noite" de Mário Silva captura a essência da pequena aldeia transmontana de Águas Frias, Chaves, Portugal, sob a luz crepuscular.

A imagem apresenta uma composição harmoniosa, com as casas aglomeradas em torno de uma colina, onde se destaca a torre da igreja.

Os telhados de telha de barro, em tons quentes, contrastam com o céu noturno, pintado em tons de azul e cinza.

A iluminação artificial, proveniente dos postes de luz e das janelas das casas, cria um efeito aconchegante e acolhedor.

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A composição é equilibrada, com a aldeia a ocupar o centro da imagem e o céu noturno servindo como pano de fundo.

A linha do horizonte divide a imagem em duas partes, criando uma sensação de profundidade. A torre da igreja, como ponto mais alto, atrai o olhar do observador e confere um senso de verticalidade à composição.

A paleta de cores é predominantemente quente, com os tons de laranja e vermelho da iluminação artificial contrastando com o azul frio do céu.

Essa combinação de cores cria uma atmosfera acolhedora e convidativa.

A luz desempenha um papel fundamental na fotografia, criando uma atmosfera mágica e envolvente.

A iluminação artificial, juntamente com a luz natural do crepúsculo, confere à imagem uma profundidade e um realismo únicos.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a beleza da luz crepuscular e a atmosfera da noite.

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A fotografia "Aldeia à noite" evoca uma série de emoções e sensações no observador.

A ausência de movimento e a iluminação suave criam uma atmosfera de calma e tranquilidade. A aldeia, adormecida sob a noite, transmite uma sensação de paz e serenidade.

A imagem evoca um sentimento de pertença e nostalgia.

A aldeia, com as suas luzes acesas, representa um lugar de acolhimento e de raízes.

A transição do dia para a noite simboliza a passagem do tempo e a renovação.

A aldeia, adormecida sob a noite, parece estar num estado de repouso, pronta para um novo dia.

A atmosfera noturna, com a névoa e a iluminação suave, confere à imagem um toque de mistério e magia.

A torre da igreja, iluminada, parece vigiar sobre a aldeia.

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Em resumo, a fotografia "Aldeia à noite" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a poesia da vida rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma viagem no tempo e no espaço, transportando-o para uma aldeia adormecida sob a luz das estrelas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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