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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

29
Out25

“Pela rua principal de Sobreira” – Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Pela rua principal de Sobreira”

Águas Frias – Chaves – Portugal

29Out DSC07825_ms

Esta fotografia de Mário Silva capta um pequeno, mas profundamente característico, recanto da aldeia de Sobreira, em Águas Frias (Chaves), no Norte de Portugal.

A composição é dominada por uma antiga fachada rural, rústica e texturada, dividida em duas secções distintas.

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À esquerda, ergue-se uma parede de pedra irregular em tons quentes, banhada por uma luz solar que lhe confere um brilho dourado e acentua a robustez dos materiais de construção tradicionais.

À direita, a parede apresenta um reboco mais claro e desgastado, em contraste suave com a pedra.

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O ponto focal é a porta castanha-avermelhada, de aspeto metálico e simples, que se insere numa moldura de pedra.

Por cima desta porta, luxuriante e viva, cresce uma parreira (videira), com as suas folhas verdes a penderem de forma protetora sobre a entrada e a criarem uma coroa de vitalidade sobre o cenário de pedra antiga.

Esta vide sugere a tradição agrícola e a profunda ligação da vida rural à produção do vinho.

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A telha tradicional no topo da parede, os pequenos pormenores como o tubo de escoamento e a pequena janela, juntamente com a assinatura do autor, emolduram uma cena que exala a calma, a simplicidade e a durabilidade da vida no interior transmontano.

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A Parreira, a Pedra e a Porta – Os Elementos da Memória Rural Transmontana

A fotografia de Mário Silva, capturada na aldeia de Sobreira, em Águas Frias, não é apenas um retrato arquitetónico; é uma síntese visual dos valores e da cultura do Portugal rural e transmontano.

A imagem condensa três elementos centrais da identidade desta região: a pedra, a porta e a videira.

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A Pedra: A Fundação da Resiliência

A parede de pedra, fria e robusta, simboliza a resiliência e a antiguidade destas comunidades.

Construída com o material abundante da região – o granito –, estas fachadas testemunham séculos de vida, resistindo ao rigor do clima e à passagem do tempo.

Cada bloco irregular, iluminado pelo sol, conta a história de uma construção feita à mão, perfeitamente integrada no ambiente circundante.

É uma arquitetura de necessidade, mas também de profunda beleza.

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A Parreira: O Símbolo da Vida e do Sustento

Contrastando com a imobilidade da pedra, a parreira que se debruça sobre a porta traz vida, movimento e cor.

A videira é, historicamente, um pilar da economia e da cultura transmontana.

Crescer à entrada de casa não é apenas decorativo; é um símbolo de sustento, de sombra no verão e, sobretudo, da produção caseira do vinho.

Esta videira luxuriante representa a interdependência entre o homem e a terra, e o ciclo anual de trabalho, colheita e celebração.

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A Porta: O Limiar do Lar

O elemento central, a porta, é o portal entre o mundo público da rua e o santuário privado do lar.

A sua aparência simples e metálica sugere funcionalidade e proteção.

Numa rua principal de uma aldeia, a porta é o ponto de passagem onde se trocam as primeiras palavras do dia, onde o trabalho começa e onde o descanso se encontra.

É o coração visível da vida familiar, emoldurado pelo legado da pedra e pela promessa da videira.

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A fotografia, ao isolar e realçar estes três elementos, captura a essência de Sobreira e de muitas outras aldeias do interior: um lugar onde a tradição se mantém firme na pedra, a subsistência floresce no verde da videira, e o calor da vida reside logo após o humilde limiar da porta.

É um convite à reflexão sobre a autenticidade e a beleza duradoura do Portugal profundo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Out25

Resultados das Eleições Autárquicas 2025, na freguesia de ÁGUAS FRIAS (Águas Frias-Casas de Monforte-Assureiras-Avelelas-Sobreira) - Chaves Portugal.


Mário Silva Mário Silva

Resultados das Eleições Autárquicas 2025, na freguesia de ÁGUAS FRIAS
(Águas Frias-Casas de Monforte-Assureiras-Avelelas-Sobreira) - Chaves Portugal.
 
Parabéns a Romeu Gomes, o novo presidente de freguesia eleito
 

ELEIÇÕES  AUTÁRQUICAS  2025

 

Mário Silva 📷
16
Mar25

A Capela de São Miguel - Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

A Capela de São Miguel

Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)

16Mar DSC07821_ms

A capela de São Miguel, em Sobreira, Águas Frias, Chaves, ergue-se como um testemunho da fé e da história, capturada com maestria pelo olhar de Mário Silva.

A imagem transporta-nos para um lugar de serenidade, onde o tempo parece ter abrandado o seu ritmo.

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A capela, com a sua arquitetura simples e austera, construída em granito, irradia uma beleza intemporal.

As pedras, desgastadas pelo tempo, contam histórias de gerações que ali encontraram refúgio e conforto espiritual.

O telhado de telha vermelha, com a sua tonalidade quente, contrasta com o cinzento da pedra, criando um jogo de cores que encanta o olhar.

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A torre sineira, com o seu campanário coroado por cruzes de pedra, ergue-se como um farol de esperança, guiando os fiéis e anunciando os momentos de oração.

A porta de madeira, com a sua simplicidade, convida à entrada, a um espaço de paz e introspeção.

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A vegetação exuberante, que abraça a capela, confere-lhe um ar de frescura e vitalidade.

As árvores, com as suas folhas verdes, contrastam com o céu azul, criando uma atmosfera de tranquilidade e harmonia.

O muro de pedra, que delimita o espaço da capela, protege-a do mundo exterior, criando um refúgio de paz e serenidade.

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Nesta imagem, Mário Silva captura a essência da capela de São Miguel, um lugar de fé e história, onde a beleza da arquitetura se funde com a serenidade da natureza.

A luz suave, que banha a cena, realça a beleza dos detalhes, convidando à contemplação e à reflexão.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
24
Nov24

Capela de São Miguel Arcanjo Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Capela de São Miguel Arcanjo

Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)

24Nov DSC07823_ms

A fotografia de Mário Silva, "Capela de São Miguel Arcanjo", transporta-nos para o interior de um espaço sagrado e intimista, repleto de simbolismo e tradição.

A imagem captura a beleza e a simplicidade de uma pequena capela rural, localizada na aldeia de Sobreira, em Trás-os-Montes.

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O altar, peça central da composição, é adornado com rica ornamentação dourada e abriga uma série de imagens sacras.

Ao centro, sob um arco, destaca-se a imagem de São Miguel Arcanjo, figura central da fé católica, frequentemente representado combatendo o dragão.

À sua volta, outras imagens de santos guardam o altar, criando um ambiente de devoção e espiritualidade.

As paredes da capela são adornadas com pinturas e esculturas, e a luz natural, que penetra pelas janelas, incide sobre as imagens, criando um efeito luminoso e místico.

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A fotografia de Mário Silva valoriza a simplicidade e a beleza da arquitetura religiosa popular.

A capela, com as suas linhas simples e a decoração modesta, evoca a tradição e a fé das comunidades rurais.

A luz natural, que incide sobre o altar, cria uma atmosfera serena e contemplativa, convidando o observador a um momento de reflexão e oração.

A imagem de São Miguel Arcanjo, como figura central da composição, carrega um profundo significado simbólico.

O arcanjo, representado como um guerreiro celestial, simboliza a luta contra o mal e a proteção dos fiéis.

A presença de outras imagens sacras reforça a ideia de comunidade e de proteção divina.

A capela é mais do que um edifício religioso; é um espaço de encontro e de partilha para a comunidade local.

A fotografia de Mário Silva captura a essência desse lugar, transmitindo a sensação de pertença e de identidade.

A presença de velas, flores e outros objetos pessoais indica que a capela é um lugar vivo, onde a fé é praticada e celebrada.

A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

As linhas verticais das colunas e das imagens sacras conduzem o olhar do observador para o alto, em direção ao teto da capela.

As cores quentes e acolhedoras, dominadas pelos tons de dourado e vermelho, criam uma atmosfera festiva e convidativa.

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São Miguel Arcanjo, como patrono da capela, desempenha um papel fundamental na vida da comunidade.

Ele é considerado um protetor contra o mal e um intercessor junto a Deus.

A devoção a São Miguel é profundamente enraizada na cultura popular, e as festas em sua honra são momentos importantes de celebração e confraternização.

A capela, como lugar de culto, é um ponto de referência para a comunidade, um espaço onde os fiéis podem encontrar conforto, esperança e orientação espiritual.

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Em conclusão, a fotografia "Interior da Capela de São Miguel Arcanjo" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da fé e da tradição nas nossas vidas.

A imagem captura a beleza e a simplicidade de um lugar sagrado, transmitindo a emoção e a espiritualidade que permeiam as comunidades rurais.

Através da sua obra, Mário Silva oferece-nos um testemunho da riqueza cultural e religiosa de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Nov24

"Edifício da Junta de Freguesia de Águas Frias (aldeias: Águas Frias, Assureiras, Casas de Monforte, Sobreira, Avelelas)"


Mário Silva Mário Silva

"Edifício da Junta de Freguesia de Águas Frias

(aldeias: Águas Frias, Assureiras,

Casas de Monforte, Sobreira, Avelelas)"

05Nov DSC05759_ms

A fotografia de Mário Silva que retrata o "Edifício da Junta de Freguesia de Águas Frias" é uma imagem que carrega múltiplos significados.

Ela vai além de apenas documentar uma construção administrativa, capturando a essência de uma paisagem e de um conjunto de aldeias transmontanas que têm uma profunda conexão com o território, a natureza e a atividade agrícola.

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A imagem mostra o edifício da Junta de Freguesia de Águas Frias, localizado no concelho de Chaves, em Trás-os-Montes, Portugal.

O prédio parece destacar-se pela sua simplicidade arquitetónica, alinhada com a estética rural típica da região, com linhas retas, materiais rústicos e uma paleta de cores neutras que se misturam com a envolvente.

À volta do edifício, a paisagem revela-se em tons de verde e dourado, sugerindo campos agrícolas e vegetação autóctone.

Há uma suavidade na luz que parece realçar o caráter natural do ambiente e transmitir a tranquilidade dessas aldeias.

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A simplicidade do edifício capturado por Mário Silva não é apenas uma característica estética, mas um reflexo da identidade local.

O prédio da Junta de Freguesia não se apresenta com a monumentalidade típica de edifícios públicos de grandes cidades, mas sim com uma humildade que dialoga diretamente com o quotidiano dos moradores das aldeias de Águas Frias, Assureiras, Casas de Monforte, Sobreira e Avelelas.

Este caráter modesto pode ser interpretado como uma expressão do valor que a comunidade local dá à funcionalidade e à praticidade em detrimento de ostentações arquitetónicas.

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A fotografia também destaca a beleza natural envolvente.

O facto de o edifício estar inserido numa paisagem marcada por campos e vegetação reforça o papel central que a natureza desempenha na vida destas comunidades.

A zona de Trás-os-Montes, onde se situam estas aldeias, é conhecida pela sua ruralidade, e a paisagem que Mário Silva retrata transmite essa ideia de harmonia entre as construções humanas e o ambiente natural.

As cores terrosas e o céu, muitas vezes envoltos em neblina devido à altitude da região, compõem um cenário que sublinha a riqueza e tranquilidade do espaço rural.

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Além do aspeto estético, a fotografia remete ao contexto agrícola que define a economia e a forma de vida destas aldeias.

O ambiente retratado sugere campos agrícolas, que são a principal fonte de sustento para as comunidades de Águas Frias e arredores.

A terra transmontana, com a sua geografia acidentada e clima rigoroso, impõe desafios que fazem com que os habitantes desenvolvam uma profunda relação com o solo e os recursos naturais.

Mário Silva consegue captar essa simbiose entre a vida humana e a terra, onde o ritmo das estações e as práticas agrícolas tradicionais definem o dia a dia.

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A fotografia, ao focar um edifício administrativo simples, também aponta para a importância de valorizar o património rural.

Estas aldeias, com o passar do tempo, enfrentam desafios como o envelhecimento da população e a emigração, mas a manutenção de estruturas como a Junta de Freguesia simboliza a resistência e a preservação da identidade local.

O edifício, mais do que uma mera construção, é um ponto de convergência para os habitantes, sendo um símbolo de coesão social.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva não só documenta um espaço físico, mas captura a alma de um conjunto de aldeias que vivem em sintonia com o meio natural e as tradições agrícolas.

A imagem comunica uma beleza serena e nostálgica, ao mesmo tempo que nos faz refletir sobre a importância de preservar estas pequenas comunidades, que carregam consigo um conhecimento profundo da terra e uma maneira de viver que, para muitos, está a desaparecer.

Ao trazer esta paisagem e esta arquitetura modesta para o primeiro plano, Mário Silva convida-nos a apreciar a riqueza cultural e ambiental de Águas Frias e suas aldeias vizinhas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Out24

Uma casa transmontana: Um olhar sobre a Sobreira


Mário Silva Mário Silva

Uma casa transmontana

Um olhar sobre a Sobreira

26Out DSC07850_ms

A fotografia de Mário Silva captura a essência da vida rural em Sobreira, uma aldeia situada em Águas Frias, Chaves.

A imagem retrata uma casa tradicional transmontana, com as suas características arquitetónicas típicas e marcas do tempo.

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A construção em pedra, material abundante na região, confere à casa uma robustez e durabilidade que a protegem das intempéries.

A varanda, coberta por um telhado de madeira, oferece um espaço de sombra e abrigo, ideal para descansar e apreciar a paisagem circundante.

As escadas de pedra que dão acesso ao piso superior são um elemento comum nas casas rurais, facilitando a circulação entre os diferentes níveis da habitação.

O pátio, com o seu piso de terra batida e rodeado por muros de pedra, era um espaço multifuncional, utilizado para diversas atividades do dia a dia, como secar roupa, guardar lenha e criar animais.

A presença de fardos de palha, ferramentas agrícolas e outros objetos do quotidiano rural revelam a importância da agricultura na vida dos habitantes da aldeia.

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A fotografia de Mário Silva vai além de uma simples representação visual de uma casa.

Ela evoca um conjunto de sensações e emoções, transportando-nos para um tempo e um lugar onde a vida era mais simples e os ritmos eram ditados pela natureza.

A casa, com as suas marcas de desgaste e adaptações ao longo dos anos, conta a história de uma família e de uma comunidade que se moldaram à paisagem e às suas necessidades.

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A casa em Sobreira é um exemplo de arquitetura rural tradicional, representando um património cultural de valor inestimável.

A construção da casa em pedra e a sua organização espacial demonstram uma adaptação inteligente às condições climáticas e geográficas da região.

A fotografia também pode ser vista como um documento histórico, registrando as transformações ocorridas nas áreas rurais, como o êxodo rural e a modernização da agricultura.

Para muitos, a imagem pode despertar sentimentos de nostalgia, evocando memórias de infância ou de visitas a familiares no campo.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância de preservar o património cultural e a valorizar as raízes rurais.

Através de uma simples imagem, somos capazes de viajar no tempo e no espaço, conectando-nos com a história e com as pessoas que moldaram a paisagem que hoje conhecemos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Mai20

SOBREIRA ou ASSOBREIRA (Águas Frias) – CHAVES - PORTUGAL


Mário Silva Mário Silva

SOBREIRA ou ASSOBREIRA

(Águas Frias) – CHAVES - PORTUGAL

 

SOBREIRA (Assobreira) é uma aldeia pertencente à freguesia de Águas Frias, concelho de Chaves, distrito de Vila Real – região de Trás-Os-Montes - PORTUGAL

Nota: Vou reproduzir o texto sobre esta Aldeia, escrito e publicado a 22 de maio de 2008 in: https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/14969.html

Sobreira (Águas Frias) - Chaves - Torre sineira da Igreja

“Seguindo a Estrada Nacional 103 – (Chaves → Vinhais → Bragança) até a Assureiras (do Meio) e encontrará à direita uma placa indicativa da aldeia de Assobreira (Sobreira), tomando “a estrada 541-1”.

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A subida é sinuosa. Mas a paisagem que se vislumbra é fabulosa. O melhor será parar a meio e deliciar-se com uma visão deslumbrante das aldeias em redor e até serras “galegas”.

Outra visão que encontrará será a do Castelo de Monforte do Rio Livre que na altura que está rodeado de gestas (giestas) brancas e amarelas, qual “neve” branca em dia solarengo.

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Depois da subida, encontramos um cruzamento e, seguindo a placa “Sobreira”, viramos à direita, pela estrada municipal 1059. Mesmo antes de entrar na Aldeia fiquei maravilhado com a paisagem de planalto e com os terrenos bem trabalhados com extensas terras de centeio que balouçavam ao ritmo da aragem um pouco fresca. . Ao longo a rua principal encontrei casas de construção recente. . Parei no largo da igreja e ...

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... embrenhei-me pelo núcleo da Aldeia. . Encontrei recantos belíssimos, embora com muitas casas em estado de abandono em contraste com casas renovadas e com habitações construídas de raiz, em especial nas extremidades da Aldeia.

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A parte central da Aldeia, com as suas ruas estreitas, traz-nos um encanto em cada esquina, em que o granito das suas paredes transparece todas as características de Aldeia rural de montanha.

Sobreira 2

Pelo que me apercebi os residentes (resistentes) são cada vez menos e com cada vez menos crianças e jovens, sendo a população envelhecida. Esta evidência é notória quando vemos o edifício da escola primária em abandono, em que o lugar onde outrora corriam e brincavam crianças está agora ocupado por ervas daninhas.

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Em contraste com esta realidade, as poucas pessoas que encontrei e que fui abordando, foram de uma gentileza que me sensibilizou, já que ali eu era um perfeito desconhecido. . Fiquei encantado com a Aldeia da Sobreira e com as suas Gentes.

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O nome da Aldeia, sempre me intrigou, já que aparece de diferentes grafias: Sobreira; Assobreira ou Assobreiras. As pessoas que abordei e questionadas sobre a verdadeira denominação, todas elas me afirmaram peremptoriamente que sempre a conheceram como sendo Sobreira e que a placa que se encontra nas Assureiras estava errada.

Sobre o assunto, logo que me seja possível, investigarei um pouco mais. Assim, fica a dúvida. Sobreira, Assobreira ou Assobreiras? Uma coisa é certa, devia haver uma uniformização da denominação nas placas identificativas.

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Voltei, para trás, pela mesma estrada. Ainda parei, para mais uma vez observar a Aldeia de Sobreira e quanto se enquadrava na paisagem. E pensando … voltarei muito brevemente.

Sobreira 3

Segui até ao cruzamento e virei à esquerda, retomando novamente a estrada municipal 514-1 que me levaria até …”

Ver post já publicado (com mais fotos) in: https://aguasfrias.blogs.sapo.pt/14969.html

 

Mário Silva 📷
13
Jul10

XIII Encontro da Blogosfera Flaviense e Fotógrafos (Castelo de Monforte do Rio Livre)


Mário Silva Mário Silva

No passado dia 10 (sábado), Águas Frias teve o previlégio e o prazer em receber os autores dos blogs flavienses e fotógrafos, que gastam um pouco do seu tempo livre divulgando, comentando, anunciando, mostrando através da escrita e/ou fotografia a "sua" Terra, as suas Gentes, as suas tradiçoões, emoções, ... aos seus conterrâneos ou àqueles que por contigências da Vida estão loge, espalhados por todo o País e Mundo.

 

Este amor é bem visível do modo como falam ou mostram a sua região.  Este ponto comum, está também patente na camaradagem, amizade que deixam transparecer quando se encontram.

 

 

Foi neste espírito de boa disposição e descontração que chegaram ao largo da Junta de Freguesia de Águas Frias.

Percorreram a Rua Central, munidos das suas máquinas fotográficas para poderem eternizar a sua passagem por esta pequena mas bela Aldeia flaviense. 

A primeira paragem foi no Café Pires do nosso amigo Henrique que serviu um cafézinho e biscoitos para estabelecer energia para um dia de real convívio.

 

De seguida fez-se uma breve incursão por várias artérias desta Aldeia.

 

Clic ... Clic ... Clic ... ia-se ouvindo no meio do chilrear dos pássaros e da animada conversa entre os convívas.

 

Foi já em ameno convívio que se deixou a Aldeia, dando entrada no autocarro cedido pela Câmara Municipal de Chaves, que se rumou até à célebre Fraga da Bolideira.

Quase todos, com mais ou menos jeito, tentavam fazer bulir a enorme fraga. Uns diziam que bulia, outros que não, mas ... a vara não engana.

 

Desde a Bolideira, rumou-se pelo trajecto programado: Bobadela, Vilar d'Izeu, Oucidres e nova paragem em Avelelas, Aldeia da freguesia de Águas Frias e, claro, de terras de Monforte.

 

Fez-se uma incursão pelo interior da aldeia, parando, aqui ou ali para mais um clic ... registando mais um pormenor e deixando um comentário com o amigo do lado.

 

 Depois de Avelelas novo destimo se rumou: a pequena, mas característica Aldeia de (A)Sobreira, onde ainda se podem observar a essência de aldeia de montanha, onde a cada esquina se vislumbrava um novo encanto e até a hospitalidade não se fez rogada, personificada na Dona Ritinha que convidava para entrar e "tomar qualquer coisinha".

 

Novamente de autocarro desciamos o Brunheiro até às Assureiras para novamente o subirmos em direcção ao Castelo do Rio Livre, onde nos esperava uma comprida mesa, com os pratos devidamente voltado ao contrário, escondendo, em surpresa, um doce de ovos moles, gentilmente oferecidos pelo Sr. Luís (Tupamaro) - um "gentlemen".

 

Aí pousamos as máquinas e demo-nos ao prazer dos saberes das Gentes de Águas Frias, com os seus sabores do tradicional folar, um pão caseiro que era uma perdição e um  cordeiro e vitela assada que estava uma tentação. Obras-primas confeccionadas pela Dona Irene, esposa do Quim "Russo" que ficou incumbido do serviço deste lauto almoço.

Nada faltou (penso eu) ... até o cafezinho com "cheirinho" servido na .... e acompanhado com a já famosa aguardente "made in Eiras".

 

Depois deste saboroso almoço, bem regado com tinto flaviense, chegava a hora do divertimento:

- Senhoras e senhores, vamos lá acertar com a malha na boca do sapo.

Houve de tudo um pouco, uns com mais destreza, outros com mais azar, todos faziam oseu melhor, mas fosse qual fosse a pontuação, todos se divertiam.

 

Mas faltava o mais importante - a visita ao ex-libris de Águas Frias - o Castelo de Monforte do Rio Livre.

Peno que nunca este monumento nacional teve tantos observadores atentos e tantos registos fotográficos num só dia. Não houve recanto por esquadrinhar, até foi possivel, com a ajuda de uma escada levada para o local, visitar o cimo da sua torre de menagem.

Se das muralhas já se tem uma paisagem maravilhosa, imagimem-se no seu ponto mais alto, ... olhar percorrwe a paisagem e deixa-nos enebriados com o seu encanto.

 

Pois, mas como "alguém" dizia:"- Subir, eu subi, mas agora.... descer". Mas nada há que faça demover quem anda por gosto e, com ou sem as pernas a tremer, houve muitos que não deixaram escapar esta oportunidade de subir à torre de menagem pra verem em toda a sua plenitude os domínios de Monforte.

 

 

 

 

 

O Sol ia já se aproximando do horizonte e já se começava a pensar que depressa se tinha passado este dia de sábado.

Antes do regresso, e para confortar o estômago até casa ainda houve oportunidade de degustar um "caldo verde".

 

Era tempo de regresso ... o XIII Encontro de Blogues Flavienses e Fotógrafos estava a chegar ao fim ... mas já estava marcado o novo encontro de Inverno - em Terras de Valpaços.

 

Penso que foi um dia repleto de boas vivências e que a memória vai armazenar.

 

Antes de terminar não posso deixar uma palavra de apreço a Todos os que nele participaram e aos que para ela trabalharam, como sejam:

- O Henrique, a Noémia e o Bino que nos serviram o cafezinho com biscoitos;

- O Quim "Russo", Irene, filhos e a esposa do Felisberto (desculpem mas neste momento não me lembro do seu nome), que confeccionaram e tão profissionalmente serviram o delicioso almoço; que ao constatarem que desejavam café, desceram à Aldeia e trouxeram uma máquina de café; que montaram a longa mesa; que disponibilizaram o jogo do Sapo; a escada para possibilitarem a subida à torre de menagem;

- Ao presidente da Junta de Freguesia de Águas Frias (que não pode estar presente por se encontrar no estrangeiro, mas que deixou uma mensagem "Com imensa pena minha não vou poder estar presente no convívio da gente da blogosfera . Espero e acredito que estejam bem entregues aos meus conterrâneos Mário e Celestino. Abraço. Romeu") que conjuntamente com o presidente da Câmara Municipal de Chaves (que embora tivesse dito que estaria presente não pode vir), tornaram o local condigno para este Encontro e ainda a cedência do autocarro da Autarquia de Chaves para a visita que se realizou às várias Aldeias e Castelo de Monforte do Rio Livre.

 

Agora, o Sol já quase toca o horizonte e ... mais um Encontro termina ... deixando Terras de  Monforte ... mas, com o pensamento já no próximo.

 

Até Valpaços.....

 

Mário Silva 📷
22
Mai08

Águas Frias (Chaves) - Percorrendo a Freguesia (II) - Sobreira


Mário Silva Mário Silva

 .

… Depois de termos deixado Assureiras e tomando “a estrada 541-1, seguindo a placa que indica as Aldeias de Avelelas e Sobreira (a placa indica incorrectamente o nome de Assobreiras).
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A subida é sinuosa. Mas a paisagem que se vislumbra é fabulosa. O melhor será parar a meio e deliciar-se com uma visão deslumbrante das aldeias em redor e até serras galegas”. Outra visão que encontrará será a do Castelo de Monforte do Rio Livre que na altura estava rodeado de gestas brancas, qual “neve” branca em dia solarengo.
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Depois da subida, encontramos um cruzamento e, seguindo a placa “Sobreira”, viramos à direita, pela estrada municipal 1059. Mesmo antes de entrar na Aldeia fiquei maravilhado com a paisagem de planalto e com os terrenos bem trabalhados com extensas terras de centeio que balouçavam ao ritmo da aragem um pouco fresca.
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Ao longo a rua principal encontrei casas de construção recente.
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Parei no largo da igreja e ...
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... embrenhei-me pelo núcleo da Aldeia.
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Encontrei recantos belíssimos embora com muitas casas em estado de abandono em contraste com casas renovadas e com habitações construídas de raiz, em especial nas extremidades da Aldeia.
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A parte central da Aldeia, com as suas ruas estreitas, traz-nos um encanto em cada esquina, em que o granito das suas paredes transparece todas as características de Aldeia rural de montanha.
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Pelo que me apercebi os residentes (resistentes) são cada vez menos e com cada vez menos crianças e jovens, sendo a população envelhecida. Esta evidência é notória quando vemos o edifício da escola primária em abandono, em que o lugar onde outrora corriam e brincavam crianças está agora ocupado por ervas daninhas.
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Em contraste com esta realidade, as poucas pessoas que encontrei e que fui abordando, foram de uma gentileza que me sensibilizou, já que ali eu era um perfeito desconhecido.
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Fiquei encantado com a Aldeia da Sobreira e com as suas Gentes.
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O nome da Aldeia, sempre me intrigou, já que aparece de diferentes grafias: Sobreira; Assobreira ou Assobreiras. As pessoas que abordei e questionadas sobre a verdadeira denominação, todas elas me afirmaram peremptoriamente que sempre a conheceram como sendo Sobreira e que a placa que se encontra nas Assureiras estava errada. Sobre o assunto, logo que me seja possível, investigarei um pouco mais. Assim, fica a dúvida. Sobreira, Assobreira ou Assobreiras? Uma coisa é certa, devia haver uma uniformização da denominação nas placas identificativas.
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Voltei, para trás, pela mesma estrada. Ainda parei, para mais uma vez observar a Aldeia de Sobreira e quanto se enquadrava na paisagem. E pensando … voltarei muito brevemente.
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Segui até ao cruzamento e virei à esquerda, retomando novamente a estrada municipal 514-1 que me levaria até …
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Mário Silva 📷

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