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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

29
Set24

Nicho com imagens da Sagrada Família na aldeia de Parada (Sanfins- Chaves- Portugal) - A Religiosidade nas Aldeias Transmontanas


Mário Silva Mário Silva

Nicho com imagens da Sagrada Família na aldeia de Parada (Sanfins- Chaves- Portugal)

A Religiosidade nas Aldeias Transmontanas

29Set DSC07106_ms

A fotografia apresenta um nicho com imagens da Sagrada Família, localizado na aldeia de Parada, em Sanfins, Chaves, Portugal.

A imagem captura um elemento fundamental da religiosidade popular em Portugal, especialmente nas regiões mais rurais e tradicionais como Trás-os-Montes.

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O nicho, construído em granito, material característico da região, apresenta uma arquitetura simples e tradicional.

A cruz no topo e as imagens da Sagrada Família no interior são elementos iconográficos claramente identificáveis com a fé católica.

A presença de velas e flores artificiais sugere que o nicho é um local de devoção e oração, visitado e cuidado pelos habitantes da aldeia.

O fundo da imagem, com campos e árvores, evoca a paisagem rural de Trás-os-Montes, estabelecendo uma conexão entre a fé e a natureza.

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A imagem do nicho em Parada é mais do que um simples registro fotográfico.

Ela representa um conjunto de valores, crenças e práticas religiosas que moldaram a identidade das comunidades rurais portuguesas ao longo dos séculos.

A religiosidade popular, manifesta em elementos como nichos, capelinhas e cruzes, é profundamente enraizada na cultura de Trás-os-Montes.

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Os nichos são pontos de encontro e de expressão da fé comunitária.

Eles servem como locais de oração, de pedidos de proteção e de agradecimento.

A sua presença nas aldeias reforça os laços sociais e a identidade coletiva.

A religiosidade popular em Portugal é marcada por um rico sincretismo, com a mistura de elementos da fé católica com práticas e crenças mais antigas.

Essa hibridização é evidente na presença de elementos naturais, como árvores e fontes, associados a ritos e crenças pagãs.

Os nichos são testemunhos da resistência das tradições populares face à modernidade.

Apesar das transformações sociais e económicas que ocorreram nas últimas décadas, a fé continua a ser um elemento fundamental na vida das comunidades rurais.

Os nichos são parte integrante do património cultural de Portugal.

Eles são testemunhos de um passado rico e complexo, e devem ser preservados como expressão da identidade e da memória coletiva.

Em conclusão, a fotografia do nicho em Parada oferece-nos uma janela para o mundo da religiosidade popular em Trás-os-Montes.

Através dela, podemos compreender a importância da fé na vida das comunidades rurais, a riqueza das tradições populares e a necessidade de preservar esse património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Set24

"Cruzeiro da aldeia de Parada (Sanfins - Chaves – Portugal)"


Mário Silva Mário Silva

"Cruzeiro da aldeia de Parada

(Sanfins - Chaves – Portugal)"

21Set DSC07115_ms

A fotografia apresenta um "Cruzeiro" localizado na aldeia de Parada, em Sanfins, Chaves, Portugal.

O "Cruzeiro" é uma estrutura de pedra com uma base circular maciça e um fuste cilíndrico, no topo do qual se encontra uma cruz.

O cruzeiro, marcado pelo tempo e pela exposição aos elementos, exibe sinais de desgaste natural, como musgo e manchas de líquen, que se destacam na superfície da pedra.

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Ao fundo, podemos ver uma construção típica da região, com paredes de pedra e um telhado de telhas de barro avermelhadas, evidenciando o estilo arquitetónico tradicional das aldeias do norte de Portugal.

A fachada da construção parece envelhecida, com janelas antigas e portas de madeira envelhecidas pelo tempo.

Algumas roupas penduradas a secar ao sol adicionam um toque de vida quotidiana ao cenário, refletindo a simplicidade e o caráter autêntico da vida rural portuguesa.

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A luz do sol, provavelmente captada no final da tarde, proporciona uma tonalidade quente à fotografia, destacando o contraste entre o cruzeiro de pedra e o fundo rústico da casa.

A composição é centrada no cruzeiro, destacando a sua importância e imponência na praça da aldeia.

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A fotografia de Mário Silva capta com precisão a essência e a atmosfera da ruralidade portuguesa, especialmente no que diz respeito à arquitetura vernacular e à presença histórica dos cruzeiros nas aldeias.

O uso da luz natural e o enquadramento centralizado do cruzeiro permitem que o observador sinta a presença robusta e espiritual desse elemento religioso e cultural, que tem uma importância significativa na cultura local.

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A imagem transmite um sentimento de nostalgia e de respeito pelas tradições e crenças que moldaram o modo de vida das aldeias portuguesas ao longo dos séculos.

O contraste entre a robustez da pedra e a fragilidade da madeira envelhecida nas janelas e portas ao fundo simboliza, de certa forma, a resistência da fé e da cultura perante a passagem do tempo.

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Os cruzeiros são monumentos religiosos comuns em muitas aldeias de Portugal, especialmente no Norte.

Eles desempenham um papel importante tanto do ponto de vista espiritual quanto cultural.

Tradicionalmente, os cruzeiros eram erguidos em locais estratégicos, como entradas de aldeias, encruzilhadas, praças centrais, cemitérios ou caminhos peregrinos, simbolizando proteção divina e demarcação de território sagrado.

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Os cruzeiros são pontos de oração e reflexão para os habitantes locais e peregrinos.

Muitas vezes, são erigidos para comemorar eventos religiosos ou milagres, ou simplesmente como símbolos de fé.

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Representam a identidade das comunidades rurais e a sua herança histórica.

Cada cruzeiro é único, muitas vezes esculpido localmente com estilos e elementos decorativos que refletem a história e a cultura da aldeia.

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Historicamente, os cruzeiros serviam como pontos de orientação para viajantes e como símbolos de proteção para quem entrava ou saía da aldeia.

Acreditava-se que traziam proteção espiritual contra males e infortúnios.

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Muitos cruzeiros datam da Idade Média e do Renascimento, tendo grande valor patrimonial.

Eles são testemunhos da arte sacra portuguesa, mostrando a evolução da escultura em pedra e da iconografia religiosa ao longo dos séculos.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva não apenas captura a estética e a simplicidade do cruzeiro de Parada, mas também convida a refletir sobre a importância cultural e histórica dos cruzeiros nas aldeias de Portugal.

Eles são mais do que monumentos religiosos; são símbolos de fé, história, e identidade que resistem ao tempo e continuam a ser pontos de referência e reflexão para as comunidades que os cercam.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Set24

"Vista panorâmica desde o adro da Igreja de Nossa Senhora da Orada" Santa Cruz – Sanfins – Chaves – Portugal  de Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"Vista panorâmica desde o adro da

Igreja de Nossa Senhora da Orada"

Santa Cruz – Sanfins – Chaves – Portugal 

Mário Silva

18Set DSC07099_ms

A fotografia de Mário Silva captura uma vista panorâmica serena e bucólica desde o adro da Igreja de Nossa Senhora da Orada, localizada em Santa Cruz, Sanfins, Chaves, Portugal.

A imagem, dominada por tons quentes e suaves, evoca uma sensação de tranquilidade e conexão com a natureza.

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A fotografia utiliza uma perspetiva ampla, que abarca uma vasta extensão da paisagem circundante.

O ponto de vista elevado do adro da igreja proporciona uma visão panorâmica da região, destacando a relação entre a arquitetura religiosa e o ambiente natural.

As linhas diagonais do corrimão e as linhas horizontais da paisagem criam uma sensação de profundidade e direcionam o olhar do observador para o horizonte.

A paleta de cores é predominantemente composta por tons de verde, ocre e azul, que evocam a vegetação exuberante, a terra e o céu, respetivamente.

A luz natural, quente e suave, intensifica a beleza da paisagem.

Os bancos de pedra em primeiro plano convidam o observador a se sentar e apreciar a vista, criando uma sensação de imersão na cena.

A igreja e as casas espalhadas pela paisagem proporcionam um senso de escala e localizam a fotografia num contexto histórico e cultural específico.

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A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa, com os elementos visuais organizados de forma a criar uma sensação de ordem e beleza.

A imagem captura a essência do lugar, transmitindo a tranquilidade e a beleza da paisagem rural portuguesa.

A fotografia possui um valor documental, registrando a arquitetura religiosa e a paisagem natural de uma determinada região de Portugal.

A imagem possui um grande potencial estético, podendo ser utilizada em diversas aplicações, como ilustrações de livros, revistas, guias turísticos e materiais promocionais.

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Como conclusão, a fotografia de Mário Silva "Vista panorâmica desde o adro da Igreja de Nossa Senhora da Orada" é uma obra de grande beleza e significado, que captura a essência de uma paisagem rural portuguesa.

A composição equilibrada, a paleta de cores harmoniosa e a perspetiva ampla contribuem para a criação de uma imagem marcante e memorável.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Set24

“Uma antiga placa de posto de correios”, numa casa em ruínas na aldeia de Parada (Sanfins) – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

“Uma antiga placa de posto de correios”,

numa casa em ruínas na

aldeia de Parada (Sanfins) – Chaves – Portugal

09Set DSC07117_ms

A fotografia de Mário Silva captura de forma poética e melancólica a imagem de uma antiga placa de posto de correios numa casa em ruínas na aldeia de Parada (Sanfins) - Chaves - Portugal.

A imagem evoca uma série de reflexões sobre a passagem do tempo, a transformação das comunidades rurais e o papel fundamental que os postos de correios desempenharam na vida das aldeias transmontanas.

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A placa de esmalte, com a inscrição "Correio de Portugal" e o desenho de um cavaleiro, é o elemento central da fotografia.

Ela representa um tempo passado, quando os postos de correios eram pontos de encontro e de comunicação essenciais para as comunidades rurais.

A casa de pedra, com o telhado de telha e coberta por vegetação, contrasta com a placa colorida e vibrante.

As ruínas simbolizam a passagem do tempo e o declínio de uma era, onde a comunicação era mais lenta e as relações humanas mais próximas.

A presença da vegetação, com as folhas verdes e as flores, cria um contraste entre a vida e a ruína.

A natureza reconquista o espaço construído, simbolizando a força da vida e a inevitabilidade da mudança.

A luz natural incide sobre a placa e a casa, criando um jogo de sombras e destacando a textura das pedras.

A luz confere à imagem uma atmosfera poética e melancólica.

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Os postos de correios desempenharam um papel fundamental na vida das aldeias transmontanas.

Eram o ponto de encontro da comunidade, onde as pessoas se reuniam para receber cartas, enviar telegramas e trocar notícias.

Além disso, os postos de correios eram um importante canal de comunicação entre as aldeias e o mundo exterior.

A fotografia de Mário Silva captura a importância simbólica desses locais e a saudade que muitos sentem por esse tempo passado.

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A fotografia de Mário Silva é uma obra que transcende a mera representação visual, convidando o observador a uma reflexão sobre a história, a memória e a identidade das comunidades rurais.

A imagem é rica em simbolismo e evoca uma série de emoções, como nostalgia, melancolia e esperança.

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A composição da imagem é equilibrada e harmoniosa, com a placa como ponto focal.

O contraste entre as cores vibrantes da placa e os tons neutros da casa e da natureza cria uma imagem visualmente interessante.

A imagem é rica em simbolismo, evocando temas como a passagem do tempo, a mudança e a memória.

A fotografia transmite uma forte carga emocional, despertando no observador sentimentos de nostalgia e melancolia.

Em resumo, a fotografia "Uma antiga placa de posto de correios" de Mário Silva é uma obra de grande beleza e profundidade, que nos convida a refletir sobre a importância da história e da memória para a construção da nossa identidade.

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A imagem é um testemunho do tempo que passou e um convite a valorizar as raízes e as tradições das nossas comunidades.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Set24

Banda de Música da Portela, na festa em honra do Divino Salvador, na aldeia trasmontana de Mosteiro da Castanheira, freguesia de Sanfins, concelho de Chaves, Portugal


Mário Silva Mário Silva

Banda de Música da Portela,

na festa em honra do Divino Salvador,

na aldeia trasmontana de Mosteiro da Castanheira, freguesia de Sanfins, concelho de Chaves, Portugal

08Set DSC07081_ms

A Festa na uma aldeia trasmontana de Mosteiro da Castanheira, na freguesia de Sanfins, Chaves – Portugal, realiza-se primeiro sábado de agosto, e é em honra do Divino Salvador.

Numa tarde escaldante de agosto, e sem coreto, a Banda de Música da Portela (Vila Real), acomodou-se, como pode, num pequeno espaço à sombra, no diminuto larguinho, junto à capela, em festa.

Mas o excesso de calor não esmoreceu o empenho de todos os elementos da banda filarmónica, que brindou a assistência com belos trechos musicais, com uma excelente execução.

Fiquei maravilhado, que numa recôndita aldeia, pudesse brindar os meus ouvidos com as variadas melodias que foram executadas por uma banda que era constituída por elementos de ambos os sexos e principalmente muito jovens.

Afinal, com a música eletrónica em voga, a música instrumental ainda tem o seu espaço na cultura popular e jovem. Bem hajam.

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As bandas filarmónicas são herdeiras de uma tradição musical que remonta à séculos.

Elas mantêm viva uma forma de expressão cultural que, de outra forma, poderia perder-se com o tempo.

Em eventos como a festa em honra do Divino Salvador, essas bandas trazem à tona músicas que são passadas de geração em geração, perpetuando o legado cultural da região.

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Um dos aspetos mais impressionantes das bandas filarmónicas é a participação de jovens músicos, como foi observado na apresentação da Banda de Música da Portela.

Essas bandas servem como escolas de música informais, onde jovens são iniciados no universo da música, aprendendo a tocar instrumentos e a interpretar peças musicais.

Esta formação não só promove o desenvolvimento cultural, como também oferece uma alternativa saudável e enriquecedora ao tempo livre dos jovens.

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As bandas filarmónicas atuam como um elo entre os membros da comunidade, independentemente da idade, género ou background.

A presença de elementos de ambos os sexos e de diversas idades na banda reflete uma união que transcende diferenças individuais, promovendo o espírito de comunidade.

Durante as festividades, como as da aldeia de Mosteiro da Castanheira, a banda não apenas proporciona entretenimento, mas também reforça os laços entre os residentes e visitantes.

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Num tempo onde a música eletrónica e outras formas de entretenimento digital dominam, as bandas filarmónicas resistem como baluartes da cultura tradicional.

A sua capacidade de atrair e envolver públicos, mesmo num ambiente sem coreto e sob calor intenso, demonstra que a música instrumental ainda tem um espaço significativo na cultura popular.

Esta resistência é crucial para assegurar que as tradições culturais não sejam eclipsadas por tendências modernas.

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Em conclusão, a experiência vivida na festa do Divino Salvador, onde a Banda de Música da Portela demonstrou a sua habilidade e dedicação, é um testemunho da vitalidade e relevância contínua das bandas filarmónicas em Portugal.

Elas não só enriquecem os eventos comunitários, como também desempenham um papel fundamental na educação cultural e na preservação das tradições musicais portuguesas.

As bandas filarmónicas são, portanto, um património cultural que merece reconhecimento e apoio contínuo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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