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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

16
Jun25

"Serpenteando as Terras de Monforte"


Mário Silva Mário Silva

"Serpenteando as Terras de Monforte"

A fotografia "Serpenteando as Terras de Monforte" de Mário Silva apresenta uma paisagem rural serena em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem destaca um caminho de terra sinuoso que atravessa campos verdes e vinhedos, ascendendo suavemente até uma colina coberta de vegetação densa.

No topo da colina, uma estrutura histórica, o castelo de Monforte de Rio Livre, ergue-se contra um céu parcialmente nublado, adicionando um elemento de profundidade histórica.

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A composição é dominada por tons verdes e terrosos, refletindo a natureza exuberante e a agricultura local.

O caminho central guia o olhar do observador através da cena, criando um sentido de movimento e exploração.

As casas espalhadas na encosta sugerem uma comunidade rural tranquila, enquanto a estrutura no topo da colina serve como ponto focal, contrastando com a horizontalidade do horizonte.

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A fotografia utiliza eficazmente a técnica de linhas guiadas pelo caminho, que conduz o observador pela narrativa visual.

A profundidade de campo é bem explorada, com o primeiro plano de vegetação detalhado e o fundo ligeiramente desfocado, enfatizando a vastidão da paisagem.

A iluminação natural sugere uma hora do dia amena, possivelmente início da tarde, destacando as texturas da vegetação e da terra.

Contudo, a moldura preta adicionada pode ser vista como um elemento distrativo, confinando a cena e reduzindo a sensação de abertura.

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A obra evoca uma ligação com a tradição e a simplicidade rural das Terras de Monforte, capturando a harmonia entre o homem e a natureza.

A estrutura histórica simboliza o passado duradouro da região, enquanto o caminho sugere uma jornada contínua.

A assinatura de Mário Silva no canto inferior esquerdo reforça a autoria e a intenção artística, convidando a uma apreciação pessoal da beleza natural e cultural de Águas Frias.

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Em suma, a fotografia é uma celebração da paisagem portuguesa, equilibrando elementos naturais e humanos com uma composição visualmente envolvente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Mai25

O Castelo de Monforte de Rio Livre


Mário Silva Mário Silva

O Castelo de Monforte de Rio Livre

08Mai DSC01031_ms

O Castelo de Monforte de Rio Livre, localizado em Águas Frias, Chaves, Portugal, é uma fortaleza medieval que reflete a história turbulenta da região de Trás-os-Montes.

Construído possivelmente no século XIII, durante o reinado de D. Afonso III, o castelo fazia parte da linha defensiva do norte de Portugal, numa época em que o reino enfrentava ameaças de invasões e disputas territoriais, especialmente com Castela.

A sua posição estratégica, numa elevação com vista para o vale do rio Livre, permitia o controle de rotas e a proteção das populações locais.

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A estrutura do castelo, como vista na fotografia de Mário Silva, exibe características típicas da arquitetura militar medieval portuguesa: muralhas robustas de pedra, uma torre de menagem quadrangular e pequenas aberturas para defesa.

Apesar de hoje estar em ruínas, o castelo mantém vestígios da sua importância histórica, como os arcos góticos visíveis nas janelas da torre.

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Ao longo dos séculos, o Castelo de Monforte de Rio Livre perdeu relevância militar com a consolidação das fronteiras portuguesas e a pacificação da região.

Durante a Guerra da Restauração (1640-1668), ainda pode ter sido usado esporadicamente, mas, a partir do século XVIII, foi gradualmente abandonado.

A ação do tempo e a falta de manutenção levaram à degradação da estrutura, que hoje é um testemunho silencioso da Idade Média em Portugal.

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Atualmente, o castelo é um ponto de interesse histórico e cultural, atraindo visitantes que buscam conhecer o passado da região.

A sua localização em Águas Frias, uma freguesia rural de Chaves, também oferece uma paisagem natural que complementa a experiência, como capturado na fotografia, com o verde dos campos contrastando com a pedra antiga.

O Castelo de Monforte de Rio Livre é, assim, um símbolo da resiliência e da história de um Portugal medieval que ainda ecoa no presente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Abr25

"A porta norte do castelo de Monforte de Rio Livre" - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"A porta norte do castelo de Monforte de Rio Livre"

Águas Frias - Chaves - Portugal

11Abr DSC01004_ms

A fotografia de Mário Silva retrata a "porta norte do castelo de Monforte de Rio Livre", localizado em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma pequena entrada em forma de arco, construída com pedras rústicas e desgastadas pelo tempo, cobertas por musgo e vegetação rasteira.

A estrutura parece sólida, mas com sinais de deterioração, típicos de construções medievais expostas aos elementos por séculos.

A porta é estreita e baixa, sugerindo que não era destinada a grandes movimentações, mas sim a um propósito mais específico.

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As pequenas entradas, como a porta norte do castelo de Monforte de Rio Livre, tinham uma importância tática crucial na arquitetura militar medieval.

- Controle de acesso e defesa: Portas pequenas, como a da fotografia, eram projetadas para limitar o número de pessoas que podiam entrar ou sair ao mesmo tempo.

Isso dificultava invasões em massa por inimigos, pois apenas um ou dois indivíduos podiam passar de cada vez, tornando-os alvos fáceis para os defensores dentro do castelo. Além disso, essas portas eram frequentemente protegidas por mecanismos defensivos, como ranhuras para barras ou portões internos.

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- Entradas secundárias para saídas estratégicas: Essas portas, conhecidas como postigos, eram usadas para saídas discretas ou missões furtivas.

Durante um cerco, os defensores podiam usá-las para enviar mensageiros, buscar suprimentos ou realizar ataques surpresa contra os sitiantes, sem expor as entradas principais do castelo.

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- Dificuldade de acesso para atacantes: A localização e o tamanho dessas portas eram estrategicamente planeados.

Muitas vezes, ficavam em pontos elevados ou de difícil acesso, como encostas ou áreas protegidas por outros elementos naturais ou artificiais.

A porta norte de Monforte de Rio Livre, por exemplo, parece estar numa área inclinada, o que dificultaria a aproximação de um inimigo com equipamento pesado, como aríetes.

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- Proteção contra armas de cerco: Portas pequenas eram menos vulneráveis a armas de cerco, como catapultas ou aríetes, que eram mais eficazes contra portões principais maiores.

A construção em arco, como a da fotografia, também aumentava a resistência estrutural, distribuindo melhor o peso e os impactos.

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- Uso em tempos de paz: Além da sua função defensiva, essas portas podiam ser usadas em tempos de paz para acesso de moradores ou para atividades rotineiras, como a entrada de suprimentos ou a saída de guarnições para patrulhas, sem a necessidade de abrir os portões principais, que demandavam mais esforço e vigilância.

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O castelo de Monforte de Rio Livre, situado em Águas Frias, Chaves, é um exemplo de fortificação medieval portuguesa, construído no século XII, durante o período de consolidação do reino de Portugal e das lutas contra os mouros e os reinos cristãos vizinhos, como Leão e Castela.

A sua localização na região de Trás-os-Montes, próxima à fronteira com a Espanha, reforça a sua importância estratégica para a defesa do território português.

Pequenas portas como a da fotografia eram elementos essenciais para a sobrevivência do castelo em tempos de conflito, garantindo tanto a segurança quanto a flexibilidade tática.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Mar25

Amor encantado - Castelo de Monforte de Rio Livre - (Águas Frias – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Amor encantado

Castelo de Monforte de Rio Livre

(Águas Frias – Chaves – Portugal)

26Mar DSC06028_ms

Nos altos muros do Castelo de Monforte de Rio Livre, entre pedras centenárias cobertas de musgo, ecoavam os lamentos de Aldara, filha do alcaide.

O vento, cúmplice dos amores proibidos, sussurrava o seu pranto pela aldeia abaixo, onde, entre marteladas e labaredas, Gonçalo, o filho do ferreiro, sentia no seu peito o mesmo desespero.

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Desde a infância, os dois corações entrelaçaram-se como as raízes de um carvalho milenar.

Cresceram sob a mesma lua, compartilharam risos e promessas em segredo, mas o destino, implacável, não cedia ao anseio dos amantes.

O alcaide, senhor de vontades e guardião da honra, jamais permitiria que a sua filha se unisse a alguém de condição tão baixa.

E assim, num gesto frio de autoridade, encerrou Aldara na torre de menagem, onde os raios do sol se filtravam apenas pelas estreitas janelas góticas.

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Ali, entre a dura pedra e a solidão, Aldara chorava o seu amor proibido.

Mas não cedia ao desespero.

Com o olhar firme, buscava pelos recortes das aberturas o vulto de Gonçalo, lá em baixo, na forja, onde o fogo dançava e o ferro tomava forma.

Ela via-o inclinar-se sobre a bigorna, os músculos retesados, o suor misturando-se às cinzas.

Mesmo distante, sentia a sua força, e isso mantinha-a viva.

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Gonçalo, por sua vez, trabalhava como nunca.

Cada golpe de martelo era um grito de amor, uma promessa de resistência.

Criou, com as mãos calejadas e coração ardente, uma chave de ferro adornada com arabescos.

Não era uma chave qualquer, mas uma feita sob a bênção do fogo e da esperança.

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Numa noite de lua alta, quando os guardas se perderam na embriaguez do vinho, Gonçalo deslizou pela muralha como um gato e encontrou a torre onde a sua amada suspirava.

Aldara estendeu os braços pela fresta, tocando-lhe os dedos pela primeira vez em meses.

Com mãos trêmulas, recebeu a chave que ele forjara e, num giro audacioso, libertou-se.

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Fugiram sem olhar para trás, pelos bosques húmidos de névoa, guiados pelo murmúrio do riacho de águas frias.

Para trás, ficaram os muros frios e o destino traçado pelo alcaide.

Para a frente, apenas a incerteza e a liberdade de um amor que nem ferro nem pedra poderiam conter.

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O que aconteceu, a seguir?!!

Deixo, a sua imaginação fluir … e tentar … concluir a estória …

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Estória & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Mar25

"A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias ao Castelo de Monforte de Rio Livre"


Mário Silva Mário Silva

"A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias

ao Castelo de Monforte de Rio Livre"

01Mar DSC04061_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias ao Castelo de Monforte de Rio Livre" apresenta uma paisagem que retrata a relação histórica e geográfica entre a aldeia de Águas Frias e o Castelo de Monforte de Rio Livre.

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A fotografia mostra um cenário natural com uma elevação de terreno coberto por vegetação. No topo dessa elevação, encontra-se o Castelo de Monforte de Rio Livre, uma estrutura antiga e imponente que domina a paisagem.

Na parte inferior da imagem, há um sinal de trânsito com o nome "Águas Frias", indicando a localização da aldeia.

Este sinal é proeminente e está em primeiro plano, sugerindo a proximidade entre a aldeia e a estrutura do castelo.

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Após o declínio e extinção do concelho de Monforte de Rio Livre, a população migrou para uma área menos agreste e com terras mais produtivas, que é a atual localização de Águas Frias.

Isso sugere uma migração histórica da população da área do castelo para um local mais favorável, mantendo uma conexão simbólica e visual através da paisagem.

A imagem captura a "ligação umbilical" sugerida pelo título, simbolizando a conexão histórica e cultural entre a população de Águas Frias e o seu passado ligado ao castelo.

O termo "umbilical" implica uma ligação vital e profunda, algo que é visualmente reforçado pela proximidade do castelo ao horizonte da aldeia.

A composição da fotografia é interessante.

O castelo, embora distante, é o ponto focal devido à sua posição elevada e estrutura destacada.

O sinal de "Águas Frias" serve como um marcador visual que liga o observador à localização específica da aldeia, criando um diálogo entre o presente (a aldeia) e o passado (o castelo).

A vegetação densa e a paisagem natural ao redor do castelo e da aldeia sugerem uma área rural, talvez menos desenvolvida, que mantém uma certa rusticidade e proximidade com a natureza, o que pode ser um reflexo da busca por terras mais produtivas.

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Esta fotografia não só documenta um lugar específico, mas também conta uma história de migração, adaptação e continuidade cultural através dos séculos.

A escolha do ângulo e da composição por Mário Silva enfatiza essa narrativa, tornando a imagem não apenas um registro visual, mas um meio de contar uma história profunda e enraizada na identidade local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Jan25

"A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre"


Mário Silva Mário Silva

"A névoa entre a lenha cortada e

o Castelo de Monforte de Rio Livre"

08Jan DSC05448_ms

A fotografia "A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre" de Mário Silva captura uma cena rica em contrastes e nuances, típica da região de Águas Frias em Chaves, Portugal.

A imagem apresenta um castelo medieval, imponente e solitário, situado no alto de uma colina e envolto numa névoa misteriosa.

Na base da colina, um amontoado de lenha cortada contrasta com a natureza selvagem circundante, criando uma atmosfera de trabalho e tradição.

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A composição é diagonal, com a colina e o castelo ocupando o plano de fundo e a lenha cortada no primeiro plano.

Essa diagonal cria uma sensação de profundidade e guia o olhar do observador para o castelo.

A névoa, que se eleva entre os dois elementos, acrescenta um toque de mistério e isolamento ao castelo.

A paleta de cores é predominantemente fria e acinzentada, com a névoa e o céu nublado dominando a imagem.

A lenha cortada, com os seus tons de castanho e laranja, contrasta com o fundo e adiciona um toque de calor à cena.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

A névoa, que difunde a luz, confere à imagem um ar de mistério e magia.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da névoa e a atmosfera da paisagem.

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A fotografia "A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre" evoca uma série de emoções e sensações no observador.

A névoa que envolve o castelo cria uma atmosfera mágica e misteriosa.

O castelo, como um guardião ancestral, parece emergir da névoa, carregado de história e lendas.

A imagem evoca uma sensação de tempo suspenso e de continuidade.

O castelo, como testemunha do passado, contrasta com a atividade humana presente na pilha de lenha, simbolizando a passagem do tempo e a relação entre o homem e a natureza.

O castelo, situado no alto da colina e envolto em névoa, transmite uma sensação de solidão e isolamento.

A figura humana está ausente, deixando o castelo como protagonista da cena.

A névoa, que cobre a paisagem, simboliza a força da natureza e a sua capacidade de transformar o ambiente.

O castelo, apesar de sua imponência, parece submisso à força da natureza.

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Em resumo, a fotografia "A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a poesia da paisagem rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores minimalista, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a história, a natureza e a passagem do tempo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Nov24

O desaparecimento do alcaide do castelo de Monforte de Rio Livre 


Mário Silva Mário Silva

O desaparecimento do alcaide do

castelo de Monforte de Rio Livre 

21Nov DSC09292_ms

Numa manhã de denso nevoeiro, deu-se um estranho desaparecimento do valente, corpulento e impiedoso alcaide do castelo de Monforte de Rio Livre, no cimo da serra do Brunheiro, perto de Aqua Flaviae, em Portucale. 

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Na manhã seguinte, o vilarejo estava agitado.

Os aldeões sussurravam entre si, tentando entender o que poderia ter acontecido com o Alcaide.

O nevoeiro ainda pairava sobre o vale, denso e impenetrável, como se escondesse segredos antigos e perigosos.

Os cavaleiros do castelo foram enviados para procurar qualquer pista que pudesse esclarecer o desaparecimento.

Eles vasculharam cada canto do castelo, desde a alta torre de menagem até as masmorras mais profundas.

Tudo estava em ordem, exceto a ausência inexplicável do Alcaide.

Enquanto isso, na grande sala de reuniões, os conselheiros do Alcaide debatiam ferozmente.

Alguns acreditavam que ele poderia ter sido sequestrado, enquanto outros sugeriam que forças sobrenaturais estavam em jogo.

A verdade era que ninguém sabia ao certo o que havia acontecido.

Ao cair da noite, uma figura misteriosa foi vista rondando os muros do castelo.

Vestida com um manto escuro, ela movia-se silenciosamente, como uma sombra.

Alguns diziam que era um mensageiro enviado por uma antiga profecia, outros acreditavam que era o próprio Alcaide, transformado por algum feitiço poderoso.

E você?

O que acha que aconteceu?

 Se tiver algum conhecimento do que realmente aconteceu, por favor, relate nos comentários, pois o povo da aldeia de “Frigidae Aquae”, ainda hoje treme quando a névoa envolve o referido castelo.

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 Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Nov24

"Os girassóis e o Castelo de Monforte de Rio Livre, desfocado, ao fundo"


Mário Silva Mário Silva

"Os girassóis e o Castelo de Monforte de Rio Livre, desfocado, ao fundo"

04Nov DSC07758_ms

A fotografia intitulada "Os girassóis e o Castelo de Monforte de Rio Livre, desfocado, ao fundo" de Mário Silva captura a interação entre a natureza e a história de uma maneira visualmente cativante e simbolicamente rica.

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No primeiro plano, vemos um conjunto de girassóis destacados, com as suas pétalas amarelas vibrantes iluminadas pela luz do sol, o que cria um efeito de transparência nas pétalas.

O centro escuro das flores contrasta fortemente com o fundo mais claro, destacando a vivacidade das flores.

Um dos girassóis está em plena floração, enquanto outro, à esquerda, já parece estar no final do seu ciclo, com as pétalas caindo.

Essa justaposição sugere o ciclo natural de crescimento e declínio.

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Ao fundo, em segundo plano, está o Castelo de Monforte de Rio Livre, situado no topo de uma colina e desfocado.

Embora a forma do castelo seja percetível, a sua falta de nitidez direciona o olhar para o primeiro plano, permitindo que os girassóis sejam o ponto de foco da imagem.

O castelo parece envolto numa luz suave, sugerindo distância e quase um tom de mistério ou nostalgia.

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A técnica usada aqui é de uma profundidade de campo rasa, onde o primeiro plano (os girassóis) está em foco nítido, enquanto o castelo no fundo está desfocado.

Essa escolha direciona a atenção do observador inicialmente para as flores e, somente depois, para o castelo.

O desfoque do castelo cria uma sensação de espaço e profundidade, enquanto também insinua uma separação temporal ou simbólica entre os dois elementos.

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A luz desempenha um papel crucial na fotografia, iluminando as pétalas dos girassóis de forma a criar uma sensação de brilho e calor.

O amarelo vibrante das flores é realçado contra o fundo mais desmaiado, que apresenta cores suaves e tons terrosos da colina e do castelo.

Essa combinação de cores cria um contraste visual agradável que ressalta a vitalidade dos girassóis.

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O alinhamento dos girassóis à esquerda do quadro cria uma composição equilibrada.

A presença do castelo no centro ao fundo, desfocado, adiciona profundidade e contexto histórico, sem competir visualmente com as flores, que são as protagonistas da imagem.

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Os girassóis representam a vida, o crescimento e o ciclo da natureza, com a sua beleza efémera sendo destacada no foco.

O castelo, por outro lado, é um símbolo de permanência e resistência, uma lembrança duradoura da história que permanece em segundo plano.

O contraste entre esses dois elementos sugere uma reflexão sobre o tempo: a natureza floresce, vive e morre, enquanto as construções humanas, mesmo que desfocadas e distantes, continuam a marcar o cenário, testemunhas silenciosas do passado.

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A imagem também pode ser vista como uma metáfora do ciclo da vida.

O girassol em plena floração e o girassol que já está murchando representam diferentes fases da vida, em contraste com o castelo que, apesar de estar presente há séculos, é mostrado de forma menos detalhada, sugerindo que a vida e o crescimento imediato da natureza podem ofuscar a longevidade histórica.

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O desfoque do castelo, envolto por uma luz suave, cria uma atmosfera quase romântica e nostálgica.

Ele não é o foco da imagem, mas a sua presença sugere uma história rica que está sempre à espreita, ao fundo, enquanto a vida contemporânea (representada pelos girassóis) toma o centro das atenções.

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A obra de Mário Silva parece explorar o contraste entre a vitalidade presente e o passado remoto.

A técnica de desfocar o castelo ao fundo é um artifício visual que permite ao observador perceber a história sem necessariamente se fixar nela.

É como se a imagem dissesse que, embora o passado esteja sempre lá, a vida e a beleza estão no presente.

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A escolha dos girassóis também é significativa, pois essa flor tem uma forte conotação com o sol e o otimismo, sempre girando em direção à luz.

Isso pode ser interpretado como um convite a focar no que está florescendo agora, enquanto a história permanece em segundo plano, como um pano de fundo estável, mas não central.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é uma composição visualmente impactante que equilibra habilmente a beleza efémera da natureza com a longevidade da história.

A combinação de girassóis vibrantes com o castelo de Monforte desfocado ao fundo cria um contraste simbólico entre o passado e o presente, a vida e a permanência, convidando o observador a refletir sobre o fluxo do tempo e a interação entre o homem e a natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Nov24

"Feira Medieval no Castelo de Monforte de Rio Livre", na aldeia de Águas Frias - Chaves - Portugal, em 06 de setembro de 1998


Mário Silva Mário Silva

 

"Feira Medieval no Castelo de Monforte de Rio Livre",

na aldeia de Águas Frias - Chaves - Portugal,

em 06 de setembro de 1998

06Nov Feira medieval 2_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento vibrante e histórico da Feira Medieval realizada no Castelo de Monforte de Rio Livre, na aldeia de Águas Frias, Chaves, em 1998.

A imagem transporta-nos para um passado medieval, com trajes característicos da época, barracas de artesanato, jogos e atividades que evocam a vida medieval.

O castelo, imponente e histórico, serve como cenário principal, adicionando um toque de autenticidade e grandiosidade à cena.

A luz natural e a composição da fotografia realçam a atmosfera festiva e a beleza do local.

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A fotografia de Mário Silva transcende o mero registro visual, tornando-se um documento histórico de valor inestimável.

Ela captura um evento único que não se repetiu, oferecendo às futuras gerações uma visão autêntica de como foi realizada uma feira medieval nesse local específico.

A imagem revela aspetos da cultura local e da identidade regional, demonstrando o interesse e a paixão das pessoas pela história e pelas tradições medievais.

A participação da comunidade e a recriação de um período histórico demonstram um forte senso de pertença e um desejo de preservar a memória coletiva.

A fotografia, além do seu valor documental, possui qualidades estéticas significativas.

A composição, a luz e a escolha do momento capturam a essência da feira, transmitindo emoções e convidando o observador a imergir na cena.

A imagem pode ser utilizada como um recurso promocional para atrair turistas e divulgar o património histórico e cultural da região.

Ao mostrar a beleza do Castelo de Monforte de Rio Livre e a riqueza da cultura medieval, a fotografia contribui para o desenvolvimento do turismo local.

Por que não foi realizada novamente?

A ausência de novas edições da feira medieval pode ter diversas causas, como falta de recursos financeiros, dificuldades logísticas, mudanças de prioridades políticas ou simplesmente a falta de interesse por parte dos organizadores.

É importante ressaltar que a realização de eventos desse tipo exige um grande investimento em termos de tempo, dinheiro e recursos humanos.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é uma verdadeira joia histórica e cultural.

Ela permite-nos viajar no tempo e experimentar a atmosfera mágica de uma feira medieval.

A ausência de novas edições é uma perda para a comunidade e para os amantes da história.

No entanto, a imagem continua a ser uma fonte de inspiração e um testemunho do rico património cultural de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Out24

A Importância do Castelo de Monforte de Rio Livre para a Região e Portugal


Mário Silva Mário Silva

A Importância do Castelo de Monforte de Rio Livre

para a Região e Portugal

18Out DSC07803_ms

O Castelo de Monforte de Rio Livre, localizado em Águas Frias. no concelho de Chaves, distrito de Vila Real, é um monumento de grande importância histórica e cultural para a região de Trás-os-Montes e para Portugal como um todo.

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Acredita-se que o castelo tenha sido construído no século XII, durante o período da Reconquista.

Ao longo dos séculos, o castelo passou por várias fases de construção e reconstrução, refletindo diferentes estilos arquitetónicos.

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 O castelo desempenhou um papel crucial na defesa da fronteira norte de Portugal contra invasões.

Foi palco de diversos conflitos, incluindo disputas entre Portugal e Castela.

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O castelo é um símbolo de orgulho para a comunidade local, representando a rica história da região.

Serve como um importante ponto de referência geográfico e cultural para Trás-os-Montes.

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O castelo atrai visitantes para a região, contribuindo para a economia regional mas nenhuma para local.

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O Castelo de Monforte de Rio Livre é um excelente exemplo da arquitetura militar medieval portuguesa.

Foi classificado como Monumento Nacional em 1950, reconhecendo a sua importância para o património nacional.

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 Oferece "insights" valiosos sobre a história medieval de Portugal.

Serve como um importante local para pesquisas arqueológicas e históricas.

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O castelo está associado a várias lendas e histórias que enriquecem o folclore da região.

Poderia inspirar eventos culturais e celebrações locais, mantendo vivas as tradições, mas nada se faz.

Tem sido fonte de inspiração para escritores, poetas e artistas ao longo dos anos.

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Como muitos monumentos antigos, o castelo enfrenta desafios de conservação.

Projetos de restauração podem proporcionar empregos e desenvolvimento de habilidades na região.

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Há oportunidades para aumentar a visibilidade do castelo no cenário turístico nacional e internacional.

Pode ser integrado em rotas turísticas temáticas, como a dos castelos medievais portugueses.

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Em conclusão, o Castelo de Monforte de Rio Livre é muito mais do que uma simples estrutura medieval.

É um testemunho vivo da história de Portugal, poderia ser um símbolo de identidade regional e um importante recurso cultural e económico.

A sua preservação e promoção não apenas honram o passado, mas também contribuem significativamente para o presente e o futuro da região de Trás-os-Montes e de Portugal como um todo.

A contínua valorização deste monumento asseguraria que ele permaneceria como um elo vital entre o passado glorioso e as aspirações futuras do país.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Ago24

Castelo de Monforte de Rio Livre - Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

Castelo de Monforte de Rio Livre

Águas Frias – Chaves - Portugal

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A fotografia de Mário Silva apresenta uma vista panorâmica do Castelo de Monforte de Rio Livre, situado na freguesia de Águas Frias, no município de Chaves, em Portugal.

A imagem captura a imponência da fortificação, erguendo-se sobre uma colina verdejante, com o rio Tâmega serpenteando ao longe.

A torre de menagem, em pedra granítica, destaca-se no centro da composição, cercada por muralhas e torres de alvenaria.

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O Castelo de Monforte de Rio Livre desempenhou um papel crucial na defesa do território português durante a época medieval.

Localizado numa zona fronteiriça com o Reino de Leão, o castelo servia como ponto estratégico para monitorar e defender o território contra invasões.

A sua construção, iniciada no século XIII por ordem de D. Afonso III, visava reforçar a segurança da região e consolidar a autoridade real.

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Ao longo da sua história, o Castelo de Monforte de Rio Livre foi palco de diversos acontecimentos importantes.

Foi cercado e conquistado por tropas castelhanas durante a Guerra dos Cem Anos, e posteriormente recuperado pelas forças portuguesas.

No século XVI, o castelo perdeu a sua importância militar, mas continuou a ser habitado até ao século XVIII.

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Atualmente, o Castelo de Monforte de Rio Livre encontra-se em estado de ruína, mas conserva ainda grande valor histórico e patrimonial.

A sua imponência e beleza paisagística fazem dele um dos locais mais emblemáticos do concelho de Chaves.

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A fotografia de Mário Silva destaca alguns elementos importantes do Castelo de Monforte de Rio Livre:

A torre de menagem, em pedra granítica, era o principal elemento defensivo do castelo. A sua altura e robustez permitiam aos seus ocupantes observar a área circundante e lançar projéteis sobre os inimigos.

As muralhas do castelo, também em pedra granítica, protegiam o seu interior e serviam como base para a construção de torres e outras estruturas defensivas.

O castelo possuía duas portas de entrada, uma a norte e outra a sul. As portas eram protegidas por torres de flanqueamento e pontes levadiças.

 

O pátio interior do castelo era o local onde se concentrava a vida da comunidade. Aqui, encontravam-se casas, lojas, armazéns e outros edifícios.

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A fotografia de Mário Silva do Castelo de Monforte de Rio Livre é um testemunho valioso da importância desta fortificação na época medieval.

A imagem captura a imponência do castelo e o seu papel crucial na defesa do território português.

O Castelo de Monforte de Rio Livre é um importante monumento histórico e patrimonial que merece ser preservado e valorizado.

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A fotografia não mostra a cerca urbana que rodeava o castelo.

A cerca, construída no século XIV, era reforçada por torres e cubelos e protegia a vila medieval que se encontrava no interior das suas muralhas.

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A fotografia também não mostra a capela de Nossa Senhora do Prado, que se encontrava no interior do castelo.

A capela foi construída no século XIII e era um local de devoção popular.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Jul24

A Lenda do Castelo de Monforte de Rio Livre


Mário Silva Mário Silva

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A Lenda do Castelo de Monforte de Rio Livre

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Em tempos idos, no cimo de uma colina verdejante, erguia-se o imponente Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias, Chaves, Portugal.

O castelo era governado pelo alcaide Dom Afonso, um homem justo e bondoso, que vivia com a sua esposa Dona Beatriz e seus filhos.

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Dona Beatriz era uma mulher bela e gentil, amada por todos no castelo.

Ela tinha uma aia dedicada, chamada Inês, que a acompanhava em todas as suas tarefas.

Inês era uma jovem inteligente e perspicaz, e logo conquistou a confiança da rainha.

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O Carrasco e o Fiel Vassalo

No castelo também vivia um homem sombrio e cruel, chamado Martinho, o carrasco.

Martinho era responsável pelas punições e execuções, e a sua presença causava medo e apreensão entre os habitantes.

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Em contraste com Martinho, havia João, o fiel vassalo do alcaide.

João era um homem corajoso e leal, que sempre estava disposto a defender o castelo e os seus habitantes.

Ele era conhecido pela sua força e bravura, e era muito respeitado por todos.

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O Burro do Moleiro e a Filha

Numa pequena aldeia próxima ao castelo, vivia um humilde moleiro chamado Manuel.

Manuel tinha um burro fiel chamado Paco, que o ajudava a transportar os grãos para o moinho.

Paco era um animal forte e trabalhador, e era muito querido por Manuel e sua filha, Maria.

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Maria era uma jovem doce e gentil, que vivia com o pai e o burro.

Ela era conhecida pela sua beleza e bondade, e era amada por todos na aldeia.

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A Fonte de “Aquae frigidae”

No sopé da colina onde se erguia o castelo, brotava uma fonte de águas cristalinas e geladas.

A fonte era conhecida como a Fonte de “Aquae frigidae”, e era um local frequentado pelos habitantes da região.

As pessoas acreditavam que as águas da fonte tinham propriedades curativas, e muitas vezes vinham buscar água para tratar de doenças.

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As Masmorras e o Bretamontes

Nas profundezas do castelo, havia um labirinto de masmorras escuras e húmidas.

As masmorras eram usadas para aprisionar os inimigos do castelo, e muitos sofreram torturas e morte nesses lugares sombrios.

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No entanto, dizia-se que as masmorras também eram habitadas por um ser misterioso chamado Bretamontes.

O Bretamontes era uma criatura monstruosa, com olhos flamejantes e garras afiadas.

Ele era temido por todos no castelo, e muitos acreditavam que ele era o guardião das masmorras.

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A Maldição do Castelo

Um dia, um grupo de bandidos, conhecidos como os “Bretamontes”, invadiu o castelo e capturou o alcaide e sua família.

Os bandidos torturaram o alcaide e os seus filhos, e depois mataram-nos brutalmente.

Dona Beatriz, desesperada, suplicou aos bandidos que a poupassem, mas eles não a ouviram. Eles atiraram-na para as masmorras e deixaram-na morrer de fome e sede.

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Antes de morrer, Dona Beatriz amaldiçoou o castelo e todos os que nele habitavam.

Ela disse que o castelo seria assombrado pelos seus fantasmas para sempre, e que ninguém jamais teria paz.

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O Fantasma da Rainha

Desde então, diz-se que o fantasma de Dona Beatriz assombra o Castelo de Monforte de Rio Livre.

A sua figura branca pode ser vista vagueando pelos corredores do castelo, lamentando a morte do seu marido e filhos.

O fantasma de Dona Beatriz é conhecido por ser vingativo, e muitos dizem que ele já matou vários dos bandidos que a assassinaram.

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O Carrasco e a Aia

Martinho, o carrasco, também foi amaldiçoado por Dona Beatriz.

Ele ficou louco e começou a ver fantasmas por toda parte.

Ele matou-se na sua própria cela, e o seu fantasma ainda assombra as masmorras do castelo.

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Inês, a aia de Dona Beatriz, também foi amaldiçoada.

Ela ficou presa no castelo por toda a vida, e nunca mais pôde ver o mundo exterior.

Diz-se que ela ainda vive no castelo, cuidando do fantasma de sua senhora.

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O Fiel Vassalo e o Burro do Moleiro

João, o fiel vassalo do alcaide, jurou vingar a morte de seu senhor e sua família.

Ele liderou um grupo de cavaleiros e atacou os Bretamontes, derrotando-os numa batalha épica.

João então libertou Maria, a filha do moleiro.

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Mas, os fantasmas … esses ele não conseguiu libertar, continuando, por séculos e séculos a vaguear pelo castelo, tentando vingar todos os descendentes dos “Bretamontes”.

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Nota:

 Já fez a sua árvore genealógica?!!!  

Não será você descendente de algum “Bretamontes”?!!

Tenha cuidado … mesmo que não acredite em fantasmas, não vá ao Castelo de Monforte de Rio Livre, nem beba água da fonte “Aquae frigidae”.

Vá-se lá saber se o “espírito de Dona Beatriz”, não lhe aparece, em especial em noite de Lua Nova.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Jun24

A muralha do castelo de Monforte de Rio Livre e o “Reino Maravilhoso”


Mário Silva Mário Silva

A muralha do castelo de Monforte de Rio Livre

e o “Reino Maravilhoso”

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A muralha do castelo de Monforte de Rio Livre, de onde se avista o Reino Maravilhoso:

"Embora haja muita gente que diz que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite.

O que agora vou descrever, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que um ser humano pode imaginar. Senão, reparem:

"Fica ele no alto de Portugal, como os ninhos ficam no alto das árvores para que a distância dos torne mais impossíveis e apetecidos. Quem o namora cá de baixo, se realmente é rapaz e gosta de ninhos, depois de trepar e atingir a crista do sonho contempla a própria bem-aventurança.

Vê-se primeiro um mar de pedra. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus genesíaco. Tudo parado e mudo. Apenas se move e se faz ouvir o coração no peito, inquieto, a anunciar o começo duma grande hora. De repente rasga a crosta do silêncio uma voz atroadora:

- Para cá do Marão, mandam os que cá estão! …" (Miguel Torga)

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A fotografia mostra a muralha do castelo de Monforte de Rio Livre, em Portugal.

O castelo está situado no alto de uma colina na serra do Brunheiro, com vista para a serra do Larouco.

A muralha é feita de pedra granítica e tem cerca de 10 metros de altura.

No topo da muralha, há um adarve, que era utilizado pelos soldados para defender o castelo.

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A imagem também mostra uma vista da serra do Larouco, que fica ao fundo.

A serra do Larouco é uma das maiores cadeias montanhosas de Portugal, e é conhecida pelas suas paisagens selvagens e pela sua rica flora e fauna.

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O Reino Maravilhoso

O texto é um excerto do livro "O Reino Maravilhoso", de Miguel Torga.

No livro, Torga descreve um reino imaginário que fica escondido nas montanhas de Portugal.

O reino é descrito como um lugar de beleza extraordinária, onde tudo é perfeito.

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Torga argumenta que o Reino Maravilhoso não é apenas uma fantasia, mas que existe de verdade.

Ele acredita que o reino só pode ser visto por aqueles que têm os olhos puros e o coração aberto.

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A muralha do castelo de Monforte de Rio Livre pode ser vista como uma metáfora para o Reino Maravilhoso.

A muralha é um símbolo de proteção e segurança, e também representa a entrada para um mundo diferente.

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Assim como a muralha do castelo só pode ser vista por aqueles que estão no topo da colina, o Reino Maravilhoso só pode ser visto por aqueles que têm a mente aberta e o coração puro.

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A fotografia da muralha do castelo de Monforte de Rio Livre é uma chamada de atenção de que a beleza pode ser encontrada nos lugares mais inesperados.

Também é um lembrete de que a imaginação é um poder poderoso que nos pode levar a lugares incríveis.

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Miguel Torga (1907-1995) foi um poeta, ficcionista, dramaturgo e ensaísta português.

Ele é considerado um dos maiores escritores portugueses do século XX.

Torga nasceu em Trás-os-Montes, uma região montanhosa do norte de Portugal.

Ele passou a maior parte da sua vida na sua terra natal, e a sua obra é profundamente influenciada pela paisagem e cultura da região.

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Torga era um escritor prolífico, e publicou mais de 50 livros ao longo da sua carreira.

Ele é mais conhecido pela sua poesia, mas também escreveu romances, contos, peças de teatro e ensaios.

A sua obra é caracterizada por um estilo lírico e evocativo, e muitas vezes explora temas como a natureza, o amor, a morte e a fé.

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Torga foi um defensor da cultura portuguesa, e ele desempenhou um papel importante no desenvolvimento da literatura portuguesa moderna.

Ele foi galardoado com vários prémios literários, incluindo o Prémio Camões, o mais prestigiado prémio literário de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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18
Mai24

A importância da torre de menagem num castelo medieval - Castelo de Monforte de Rio Livre


Mário Silva Mário Silva

A importância da torre de menagem num castelo medieval

Castelo de Monforte de Rio Livre

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A torre de menagem era uma estrutura crucial num castelo medieval, servindo diversos propósitos essenciais para a defesa e o poder dos seus habitantes.

A torre de menagem, pela sua altura elevada, proporcionava uma vista ampla dos arredores do castelo, permitindo que os sentinelas observassem a movimentação de tropas inimigas e identificassem potenciais ameaças.

Essa vigilância constante era essencial para a segurança do castelo, possibilitando a antecipação de ataques e a tomada de medidas defensivas adequadas.

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Em caso de invasão, a torre de menagem funcionava como um último refúgio para os defensores do castelo.

A sua construção robusta, geralmente com paredes espessas e estrutura reforçada, dificultava a entrada dos invasores.

Além disso, a torre era frequentemente equipada com armamentos e recursos para resistir a longos cercos.

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A torre de menagem também representava o poder e a autoridade do senhor feudal que controlava o castelo.

A sua grandiosidade e imponência serviam como uma chamada de atenção constante da força e influência do senhor, intimidando os seus inimigos e inspirando respeito aos seus súbditos.

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Em alguns casos, a torre de menagem também servia como residência para o senhor feudal e a sua família, oferecendo proteção e segurança num ambiente fortificado.

Além disso, a torre podia ser utilizada para armazenar alimentos, armas e outros bens valiosos, garantindo a sobrevivência dos habitantes do castelo durante períodos de cerco ou escassez.

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A torre de menagem podia ser utilizada como um posto de comando durante batalhas, permitindo que o líder dos defensores coordenasse as ações dos seus soldados e dirigisse a estratégia de combate.

Além disso, a torre podia ser usada para enviar sinais de comunicação para outros castelos aliados, solicitando ajuda ou informando sobre a situação da batalha.

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Em alguns casos, a torre de menagem podia contar com um poço ou cisterna para armazenar água potável, garantindo o acesso a este recurso essencial durante longos períodos de cerco ou em situações de escassez.

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A torre de menagem também podia ser utilizada para armazenar munição, como flechas, pedras e outros projéteis, garantindo que os defensores tivessem os recursos necessários para repelir ataques inimigos.

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Em casos extremos, a torre de menagem podia servir como uma rota de fuga para o senhor feudal e sua família, caso o castelo estivesse prestes a cair nas mãos dos invasores.

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A torre de menagem também era um símbolo de status social para o senhor feudal, demonstrando a sua riqueza, poder e influência.

A grandiosidade e a sofisticação da torre podiam ser usadas para impressionar visitantes e aliados, reforçando a posição do senhor feudal na hierarquia social da época.

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Em resumo, a torre de menagem era uma estrutura multifuncional que desempenhava um papel crucial na defesa, segurança e simbolismo dos castelos medievais.

A sua presença imponente era um lembrete constante do poder e da autoridade do senhor feudal, enquanto as suas funções práticas garantiam a sobrevivência e a proteção dos seus habitantes.

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Na fotografia da torre de menagem do Castelo de Monforte de Rio Livre, observamos um detalhe de uma parede de pedra sólida com um céu claro ao fundo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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07
Mai24

Uma Estória Estranha no Castelo de Monforte de Rio Livre - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

Uma Estória Estranha no

Castelo de Monforte de Rio Livre

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Cena: Entrada norte da muralha exterior do Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias, Chaves, Portugal.

Personagens:

Mário Silva: Um homem local, conhecido pela sua bondade e generosidade.

Mulher misteriosa: Uma figura feminina com roupas escuras e um olhar penetrante.

Criatura estranha: Uma entidade alta e magra, envolta em um manto negro.

História:

Numa noite fria e nebulosa, Mário Silva, um homem de coração bondoso, caminhava pelos arredores do Castelo de Monforte de Rio Livre.

Ao se aproximar da entrada norte da muralha exterior, ele foi subitamente tomado por uma sensação de estranheza e desconforto.

A névoa densa parecia adensar-se em torno dele, e o silêncio era perturbado apenas pelo farfalhar das folhas secas sob seus pés.

De repente, Mário avistou uma figura estranha parada no arco da entrada.

Era uma criatura alta e magra, envolta num manto negro que cobria completamente seu corpo.

Os seus olhos, que brilhavam com uma luz sinistra, eram os únicos elementos visíveis.

Mário sentiu um calafrio percorrer a sua espinha e instintivamente virou-se para correr.

Mas antes que pudesse dar um passo, uma voz suave e melodiosa paralisou-o.

- Não tenha medo- disse a voz. - Não lhe farei mal.

Mário virou-se lentamente e deparou-se com uma mulher misteriosa.

Ela era alta e esguia, com longos cabelos negros que caíam em cascata sobre os seus ombros.

Seus olhos, de um verde esmeralda profundo, transbordavam de sabedoria e gentileza.

- Quem é você? - perguntou Mário, ainda hesitante.

- Sou a guardiã deste castelo - respondeu a mulher. - Fiquei sabendo que você é um homem bom e que deseja ajudar os outros. É por isso que o chamei aqui.

Mário não sabia o que acreditar, mas a aura de calma e paz que emanava da mulher tranquilizava-o.

- O que você precisa de mim? - perguntou ele.

A mulher sorriu tristemente.

- Este castelo está em perigo - disse ela - Uma força das trevas está aproximando-se, e só um coração puro como o seu pode detê-la.

Mário ficou chocado com a revelação da mulher.

Ele nunca havia acreditado em coisas sobrenaturais, mas a sinceridade dos seus olhos era inegável.

- O que devo fazer? - perguntou ele, com determinação nascendo no seu coração.

A mulher guiou-o até ao interior do castelo, onde lhe revelou um antigo portal mágico.

- Este portal leva ao reino das trevas - disse ela - É lá que a fonte do mal reside. Você deve entrar no portal e enfrentar a criatura que ameaça este castelo.

Mário sabia que a missão era perigosa, mas ele não podia recusar.

A vida de muitas pessoas dependia dele.

Com um profundo suspiro, ele atravessou o portal e viu-se num lugar sombrio e árido.

No centro do reino das trevas, uma criatura demoníaca aguardava-o.

Os seus olhos vermelhos flamejantes perfuravam a alma de Mário, e a sua voz gutural ecoava pelo local.

- Você não me pode derrotar - rosnou a criatura - Eu sou mais poderoso do que você, jamais poderá imaginar.

Mas Mário não se intimidou.

Ele lembrou-se das palavras da mulher misteriosa e concentrou-se na força da luz que emanava de seu interior.

- Eu não vim sozinho - disse ele - A luz da esperança está comigo, e ela é mais poderosa do que qualquer escuridão.

Com um grito de bravura, Mário canalizou a luz num raio ofuscante que atingiu a criatura em cheio.

O monstro demoníaco soltou um rugido de agonia e desintegrou-se em milhares de fragmentos de escuridão.

A luz da esperança havia triunfado sobre as trevas.

O reino das trevas dissolveu-se, e Mário viu-se de volta ao interior do Castelo de Monforte de Rio Livre.

A mulher misteriosa recebeu-o com um sorriso radiante.

- Você o fez! - exclamou ela - Você salvou o castelo e todos que vivem nele.

Mário sentiu-se inundado por uma sensação de paz e satisfação.

Ele havia enfrentado os seus medos e saiu vitorioso.

A partir daquele dia, ele tornou-se um herói local, conhecido pela sua bravura e sua fé inabalável na luz.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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30
Abr24

A controversa escada em caracol (“subidório”) do Castelo de Monforte de Rio Livre - Águas Frias (Chaves), Portugal


Mário Silva Mário Silva

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A controversa escada em caracol (“subidório”)

do Castelo de Monforte de Rio Livre

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A recente instalação de uma escada em caracol de ferro no Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias (Chaves), Portugal, gerou um debate acalorado entre os defensores da modernização e os defensores da preservação histórica.

Propósito da escada:

A escada, apelidada de "subidório" pelo autor da imagem, tem como único objetivo facilitar o acesso à porta de entrada da torre de menagem, localizada no topo da muralha.

Impacto na experiência do visitante:

No entanto, a sua construção provocou preocupações significativas. A escada e o gradil que a acompanha impedem que os visitantes circulem livremente pelas muralhas, privando-os da vista deslumbrante do vale do rio Tâmega, do planalto da serra do Brunheiro, das aldeias vizinhas e das serras portuguesas e espanholas circundantes, incluindo o castelo de Monterrey em Verin.

Perspetivas em conflito:

Os defensores da intervenção argumentam que a escada era necessária por motivos de segurança e para facilitar o acesso à torre de menagem para pessoas com mobilidade reduzida. Além disso, sustentam que a sua presença não compromete significativamente a estética do castelo.

Do outro lado, os detratores da escada criticam a sua intromissão numa estrutura histórica como o castelo, defendendo que a sua construção deturpa a autenticidade do monumento e limita a experiência dos visitantes em apreciar a beleza natural da região.

Pontos de reflexão:

A controvérsia em torno da escada de Monforte de Rio Livre levanta questões importantes sobre o equilíbrio entre a modernização e a preservação do património histórico. É crucial ponderar cuidadosamente as vantagens e desvantagens de tais intervenções, buscando soluções que conciliem a acessibilidade e a segurança com a preservação da autenticidade e da experiência do visitante.

Cabe a cada um ponderar:

A escada em caracol compromete significativamente a estética do castelo?

A sua presença impede de forma crucial a fruição da vista panorâmica?

A sua construção era realmente necessária por motivos de segurança e acessibilidade?

Existiriam alternativas menos invasivas para alcançar os mesmos objetivos?

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A resolução do debate reside no diálogo aberto e na busca de soluções criativas que considerem as diferentes perspetivas e garantam a preservação do rico património histórico e cultural do Castelo de Monforte de Rio Livre.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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10
Abr24

A Lenda do Fantasma do Castelo de Monforte de Rio Livre – Águas Frias (Chaves) - Portugal


Mário Silva Mário Silva

A Lenda do Fantasma do Castelo de Monforte de Rio Livre

Águas Frias (Chaves) - Portugal

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O Castelo de Monforte de Rio Livre, situado na freguesia de Águas Frias, em Chaves, Portugal, é uma imponente fortificação medieval que guarda muitos segredos e histórias.

Uma das mais intrigantes é a lenda do fantasma que assombra os seus muros há séculos.

Diz a lenda que o fantasma é o espírito de D. Maria de Noronha, uma jovem condessa que viveu no castelo no século XIV.

Era conhecida pelar sua beleza e gentileza, mas também pelo seu temperamento forte e rebelde.

Um dia, D. Maria apaixonou-se por um cavaleiro de origem humilde, contrariando a vontade de seu pai, o Alcaide de Monforte.

O alcaide, furioso com a desobediência da filha, trancou-a na torre do castelo.

Desesperada e sem esperança, D. Maria suicidou-se, atirando-se da torre.

Diz-se que seu fantasma ainda vagueia pelo interior do castelo, vestindo um longo vestido branco e carregando uma vela.

O fantasma de D. Maria é frequentemente visto por visitantes e moradores da região.

Alguns relatam ter visto a figura branca caminhando pelo interior da torre de menagem, enquanto outros ouvem os seus lamentos e sussurros.

Diz-se que o fantasma de D. Maria busca redenção pelos seus pecados.

Ela aparece para aqueles que estão em perigo, alertando-os sobre eventos futuros e ajudando-os a encontrar o caminho certo.

A lenda do fantasma do Castelo de Monforte de Rio Livre é uma das mais populares da região. Ela contribui para a aura de mistério e encanto que rodeia o castelo, atraindo visitantes de todo o mundo.

A foto mostra uma pilha de pedras num campo com erva.

As pedras podem ser os restos de uma antiga torre ou muralha do castelo. A erva verdejante representa a vida que continua, mesmo após a morte.

A lenda do fantasma do Castelo de Monforte de Rio Livre é uma história rica em simbolismo e significado.

Ela lembra-nos que o passado nunca está completamente morto e que as nossas ações podem ter consequências duradouras.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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20
Dez23

Está um frio "de rachar" e a névoa envolve o Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

Está um frio "de rachar" e a névoa envolve o

Castelo de Monforte de Rio Livre,

em Águas Frias - Chaves - Portugal

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É uma manhã fria e cinzenta em Águas Frias, Trás-os-Montes.

 O ar está gelado e a névoa envolve o Castelo de Monforte de Rio Livre. Os muros do castelo estão cobertos de gelo e a torre parecem flutuar na névoa.

Um pequeno grupo de visitantes caminha pelo castelo, abrigando-se do frio no interior da torre.

Eles admiram as vistas panorâmicas da região, que se estendem até as montanhas da Serra do Gerês.

A névoa é tão espessa que é difícil ver a distância.

O castelo parece uma visão de outro mundo, preso no tempo.

O frio é tão intenso que a respiração dos visitantes forma nuvens de vapor. Eles movem-se lentamente, como se estivessem em câmara lenta.

A névoa cria uma atmosfera misteriosa e mágica.

 O castelo parece uma fortaleza fantasmagórica, guardando os segredos do passado.

É uma manhã inesquecível, uma experiência única que só é possível num dia frio e nebuloso em Águas Frias - Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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10
Set23

Uma visita ao Castelo de Monforte do Rio Livre


Mário Silva Mário Silva

Uma visita ao

Castelo de Monforte do Rio Livre

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Estás pronto para uma aventura?

Uma viagem ao Castelo de Monforte de Rio Livre irá deliciar o seu explorador interior! Aninhado nas colinas acima da aldeia de Águas Frias, este castelo medieval oferece um vislumbre do passado histórico de Portugal.

Quando chegar, ganhe coragem e atravesse a “hipotética ponte levadiça” sobre o fosso do castelo. No interior das grossas muralhas de pedra, encontrará um pátio e uma torre de menagem que se mantêm de pé há mais de 800 anos. Suba as escadas sinuosas (“subidório”) da torre para ter uma vista panorâmica do campo. A posição estratégica do castelo permitia aos defensores avistar os inimigos a quilómetros de distância.

Ao percorrer as muralhas, imagine os arqueiros a vigiar os invasores. Bolas de canhão e fendas para flechas mostram como o castelo estava armado para a batalha. Apesar de pequeno, o Castelo de Monforte resistiu a muitos ataques ao longo dos séculos. A sua força duradoura é um testemunho do génio militar dos seus construtores.

O interior esparso do castelo reflete a austeridade da vida medieval, embora “subsistam” belos pormenores como uma “hipotética chaminé ornamentada” e janelas “góticas”. As habitações esparsas albergavam soldados e criados, enquanto a torre de menagem proporcionava aposentos “nada luxuosos” para o senhor e a senhora.

Depois de explorar as alturas, desça até à aldeia de Águas Frias. Desfrute de uma refeição de legumes frescos, variados enchidos e pão caseiro numa, já não existente, “taberna rústica”.

A comida deliciosa e o ambiente acolhedor realçam a cultura vibrante que se desenvolveu à sombra da fortaleza.

Uma viagem ao Castelo de Monforte transporta-o para uma época crucial da história de Portugal. Apesar dos séculos passados, o castelo continua a ser uma visão imponente e uma fonte de orgulho para a comunidade local. Descubra as histórias escondidas nas suas pedras e aprecie de novo a beleza e a história do interior de Portugal.

A aventura espera-o no Castelo de Monforte!

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Texto & Fotopintura: ©MárioSilva

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07
Jun23

Monforte de Rio Livre assombrado e da aia cativa (2.ª parte)


Mário Silva Mário Silva

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Lenda do castelo de

Monforte de Rio Livre assombrado

e da aia cativa

(2.ª parte)

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(… continuação)

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O misterioso desaparecimento da donzela

A lenda de Monforte de Rio Livre está impregnada de mistério. Um dos seus mistérios mais duradouros é o da donzela mantida em cativeiro no antigo castelo - e o seu estranho desaparecimento.

Durante séculos, os habitantes locais têm-se interrogado sobre o que lhe terá acontecido. Alguns afirmam que ela foi raptada por um grupo de vilões da aldeia local, enquanto outros acreditam que ela simplesmente desapareceu no ar. Seja qual for o caso, o seu desaparecimento continua a ser um mistério por resolver até aos dias de hoje.

Os pormenores que envolvem a sua prisão variam ligeiramente, dependendo de quem conta a história. Alguns dizem que foi fechada numa torre e escondida, enquanto outros afirmam que um poderoso feiticeiro a enfeitiçou, impedindo qualquer pessoa de a ver ou falar diretamente com ela.

Ao longo dos anos, foram lançadas inúmeras expedições com o objetivo de descobrir o que aconteceu à donzela e desvendar os segredos de Monforte de Rio Livre. No entanto, todas as tentativas foram infrutíferas e nunca ninguém encontrou indícios claros do que lhe terá acontecido.

Até hoje, o destino da donzela permanece desconhecido e envolto em mistério - uma homenagem final a uma antiga lenda de romance e aventura que cativará os leitores durante séculos.

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O castelo ainda hoje é assombrado? Lendas e avistamentos

A lenda do castelo assombrado de Monforte de Rio Livre e da donzela cativa mantém-se viva até hoje. Muitas testemunhas afirmam ter visto ocorrências estranhas e sinistras no castelo e nas suas imediações, alimentando a especulação de que o castelo é, de facto, ainda assombrado por um espírito inquieto.

Alguns dos fenómenos mais relatados incluem visões e sons de uma mulher desconhecida a chorar, aparições fantasmagóricas a pairar no pátio do castelo, luzes tremeluzentes no interior das muralhas do castelo à noite e uivos estranhos vindos do interior. Segundo o folclore local, todos estes fenómenos são provas de uma presença fantasmagórica inquieta em busca da sua amada perdida.

Outros relatos incluem pontos frios em certos locais do castelo, sensação de estar a ser observado, rajadas de vento inexplicáveis dentro das instalações - todos os sinais que apontam para alguma forma de atividade paranormal dentro das muralhas do Castelo de Monforte de Rio Livre. Embora ainda não existam provas concretas que confirmem estas alegações, uma coisa é certa - se alguma vez se encontrar perto deste local, mantenha os olhos bem abertos para qualquer coisa fora do normal!

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Conclusão

A história do Castelo Assombrado de Monforte de Rio Livre e da Donzela Cativa é um conto cheio de mistério, suspense e romance que tem sido transmitido através de gerações em Portugal. É uma história fascinante que combina o sobrenatural com o amor cortês de outrora. O conto lembra-nos que o amor é mais forte do que qualquer outra força no universo e que a boa vontade e a coragem prevalecerão sempre. Quer se acredite ou não na lenda, a história do Castelo Assombrado de Monforte de Rio Livre e da Donzela Cativa vai certamente cativar e inspirar.

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Texto e Fotografia: ©MárioSilva

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