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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

29
Out25

“Pela rua principal de Sobreira” – Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Pela rua principal de Sobreira”

Águas Frias – Chaves – Portugal

29Out DSC07825_ms

Esta fotografia de Mário Silva capta um pequeno, mas profundamente característico, recanto da aldeia de Sobreira, em Águas Frias (Chaves), no Norte de Portugal.

A composição é dominada por uma antiga fachada rural, rústica e texturada, dividida em duas secções distintas.

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À esquerda, ergue-se uma parede de pedra irregular em tons quentes, banhada por uma luz solar que lhe confere um brilho dourado e acentua a robustez dos materiais de construção tradicionais.

À direita, a parede apresenta um reboco mais claro e desgastado, em contraste suave com a pedra.

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O ponto focal é a porta castanha-avermelhada, de aspeto metálico e simples, que se insere numa moldura de pedra.

Por cima desta porta, luxuriante e viva, cresce uma parreira (videira), com as suas folhas verdes a penderem de forma protetora sobre a entrada e a criarem uma coroa de vitalidade sobre o cenário de pedra antiga.

Esta vide sugere a tradição agrícola e a profunda ligação da vida rural à produção do vinho.

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A telha tradicional no topo da parede, os pequenos pormenores como o tubo de escoamento e a pequena janela, juntamente com a assinatura do autor, emolduram uma cena que exala a calma, a simplicidade e a durabilidade da vida no interior transmontano.

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A Parreira, a Pedra e a Porta – Os Elementos da Memória Rural Transmontana

A fotografia de Mário Silva, capturada na aldeia de Sobreira, em Águas Frias, não é apenas um retrato arquitetónico; é uma síntese visual dos valores e da cultura do Portugal rural e transmontano.

A imagem condensa três elementos centrais da identidade desta região: a pedra, a porta e a videira.

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A Pedra: A Fundação da Resiliência

A parede de pedra, fria e robusta, simboliza a resiliência e a antiguidade destas comunidades.

Construída com o material abundante da região – o granito –, estas fachadas testemunham séculos de vida, resistindo ao rigor do clima e à passagem do tempo.

Cada bloco irregular, iluminado pelo sol, conta a história de uma construção feita à mão, perfeitamente integrada no ambiente circundante.

É uma arquitetura de necessidade, mas também de profunda beleza.

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A Parreira: O Símbolo da Vida e do Sustento

Contrastando com a imobilidade da pedra, a parreira que se debruça sobre a porta traz vida, movimento e cor.

A videira é, historicamente, um pilar da economia e da cultura transmontana.

Crescer à entrada de casa não é apenas decorativo; é um símbolo de sustento, de sombra no verão e, sobretudo, da produção caseira do vinho.

Esta videira luxuriante representa a interdependência entre o homem e a terra, e o ciclo anual de trabalho, colheita e celebração.

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A Porta: O Limiar do Lar

O elemento central, a porta, é o portal entre o mundo público da rua e o santuário privado do lar.

A sua aparência simples e metálica sugere funcionalidade e proteção.

Numa rua principal de uma aldeia, a porta é o ponto de passagem onde se trocam as primeiras palavras do dia, onde o trabalho começa e onde o descanso se encontra.

É o coração visível da vida familiar, emoldurado pelo legado da pedra e pela promessa da videira.

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A fotografia, ao isolar e realçar estes três elementos, captura a essência de Sobreira e de muitas outras aldeias do interior: um lugar onde a tradição se mantém firme na pedra, a subsistência floresce no verde da videira, e o calor da vida reside logo após o humilde limiar da porta.

É um convite à reflexão sobre a autenticidade e a beleza duradoura do Portugal profundo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Out25

Capela da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro - Fiães – Valpaços – Portugal


Mário Silva Mário Silva

Capela da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro

Fiães – Valpaços – Portugal

26Out DSC01854_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “Capela da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro" em Fiães, Valpaços, Portugal, capta uma cena de arquitetura religiosa e popular com uma tonalidade sépia e quente.

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O elemento central é a Capela, uma estrutura rústica, mas sólida, construída em cantaria de granito de cor ocre.

A fachada apresenta uma série de arcos arredondados (dois visíveis), que conduzem à entrada. O telhado é coberto por telha de barro avermelhada, que se destaca contra o céu esbranquiçado.

Na frontaria da capela, eleva-se uma pequena torre sineira ou campanário, também em granito, rematada por uma cruz.

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Em primeiro plano e à direita, destaca-se um cruzeiro ou padrão robusto, feito do mesmo granito, com uma cruz no topo.

À sua base, um vaso preto com flores rosadas e verdes adiciona um toque de cor e vida.

No lado esquerdo, nota-se uma construção mais moderna e simples, com paredes de blocos de cimento e um telhado de telha vermelha, que ladeia a capela, ilustrando o convívio entre o passado e o presente.

O chão é de terra batida e passeio de pedra.

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O Refúgio de Pedra e a Fé Diária: A Capela de Fiães

A Capela da Nossa Senhora do Perpétuo Socorro em Fiães, Valpaços, não é apenas um edifício; é um santuário de resistência e devoção na paisagem transmontana.

A fotografia de Mário Silva capta a essência desta fé simples e profunda, onde o granito e a pedra não são apenas materiais de construção, mas guardiões de séculos de orações.

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A Arquitetura do Amparo

O que impressiona na Capela de Fiães é a sua sobriedade ancestral.

A cantaria de granito, robusta e ligeiramente desgastada pelo tempo, confere-lhe um ar de permanência inabalável.

As aberturas em arco de volta perfeita convidam o fiel ao recolhimento, sugerindo um abraço protetor.

O nome da padroeira, Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, espelha-se perfeitamente na sua arquitetura: a capela é um refúgio constante numa terra de vida árdua.

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A pequena torre sineira não precisa de ser alta para ser importante.

O seu sino, por séculos, marcou o ritmo da vida na aldeia: o tempo da missa, o tempo do trabalho e o tempo da partida e do regresso.

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O Diálogo entre o Sagrado e o Comunitário

A imagem é rica em detalhes que unem o sagrado ao quotidiano.

O Cruzeiro no primeiro plano, com a sua cruz tosca de pedra, serve como um marco visual e espiritual para os que chegam, simbolizando a proteção de Cristo sobre a comunidade.

A presença das flores frescas na sua base é um sinal de que a devoção é viva e mantida com carinho pelos habitantes de Fiães.

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O contraste com a construção moderna à esquerda é eloquente.

A capela antiga não foi demolida nem substituída; foi integrada no tecido contemporâneo da aldeia.

Isto demonstra que, em Fiães, a história e a fé não são relíquias do passado, mas pilares ativos da vida presente.

O lar e o templo coexistem, sublinhando a forma como a fé está intrinsecamente ligada ao lar e à vizinhança na cultura transmontana.

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Perpétuo Socorro: A Fé Resiliente

Valpaços, tal como grande parte de Trás-os-Montes, é uma região que soube o que é a dificuldade, a emigração e o trabalho duro na terra.

A devoção a Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, cuja iconografia representa o auxílio constante e imediato, é particularmente significativa aqui.

A imagem da Virgem, mesmo que não visível na foto, é o centro do amparo.

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Esta capela, com a sua simplicidade de pedra, não celebra o luxo, mas a resiliência.

É o lugar onde as gentes de Fiães trazem as suas alegrias e, principalmente, as suas aflições, buscando a força para continuar.

É um monumento à esperança, construído não por grandes mestres, mas pelo esforço coletivo e pela fé inabalável de uma comunidade que sabe que, mesmo sob um céu por vezes cinzento, há um socorro que é, e sempre será, perpétuo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Out25

“A cerca rústica e a vaquinha”


Mário Silva Mário Silva

“A cerca rústica e a vaquinha”

06Out DSC09219_ms

A fotografia de Mário Silva retrata uma cena campestre serena e com um toque de nostalgia.

Em primeiro plano, uma cerca rústica de madeira crua domina a parte inferior da imagem, com um poste de madeira e uma corda que segura a travessa.

Esta cerca serve como uma moldura natural para a cena do fundo.

No plano intermédio, uma pequena vaca de pelagem branca e preta, com a cabeça levantada, observa o ambiente.

O prado em que se encontra é de tons verdes e castanhos, e as árvores, ao fundo, apresentam cores de outono, amareladas.

A atmosfera da imagem é calma, e a luz sugere um final de tarde tranquilo.

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A Vaquinha e a Cerca da Felicidade

Numa colina suave, banhada pela luz dourada do final de um dia de outono, vivia uma pequena vaca chamada Carmina.

Não era uma vaca como as outras.

Carmina, de pelagem branca e manchas pretas que pareciam nuvens escuras no céu da manhã, tinha uma visão muito particular do mundo.

A sua vida era medida pelos dias que se sucediam e pelo sabor da erva fresca, mas o seu coração pertencia à cerca rústica que delimitava o seu prado.

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A cerca não era bonita.

Era feita de troncos toscos e cordas gastas, e os seus nós e rachaduras contavam histórias de chuvas e de sóis.

Mas para Carmina, aquela cerca era a fronteira da felicidade.

Do seu lado, tinha o pasto verde, a água fresca de um riacho e a companhia das outras vacas.

Era ali, junto à cerca, que ela se sentia segura e em paz.

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Muitas vezes, parava perto do tronco mais velho e, com a cabeça erguida, olhava para o que se passava do outro lado.

Via as árvores mudarem de cor com a chegada do outono, as raposas que passavam ao longe e as nuvens que navegavam lentamente no céu.

Às vezes, os “resistentes” da aldeia, que passavam no caminho, paravam para a observar, e Carmina ficava quieta, sentindo-se a guardiã daquele espaço.

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Houve um dia em que o dono da quinta decidiu arranjar a cerca.

Carmina observou-o a trocar os troncos velhos por novos, mais direitos e polidos.

Sentiu uma ponta de tristeza.

Aquela cerca antiga, com todas as suas imperfeições, era a sua casa.

Mas o dono da quinta, com um gesto simples, pegou nas antigas travessas e deixou-as de lado, sem as deitar fora.

No final, o novo espaço era bonito, mas Carmina sentia que o seu antigo lugar, o seu cantinho, tinha desaparecido.

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O que ela não sabia é que o dono, com a sua sabedoria de homem do campo, pegou nas antigas travessas e construiu uma nova cerca, mais pequena, à volta de um campo de flores silvestres.

A Carmina não viu, mas sabia que, mesmo com um novo aspeto, a cerca antiga continuava a proteger um mundo de beleza.

E assim, a vaquinha de Carmina, que a fotografia de Mário Silva capturou, era, no fundo, a vaquinha da cerca, a guardiã silenciosa de um mundo de paz e simplicidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Set25

“Fonte de mergulho” - Oucidres - Planalto de Monforte – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Fonte de mergulho”

Oucidres - Planalto de Monforte – Chaves – Portugal

25Set DSC03651_ms

A fotografia de Mário Silva, “Fonte de mergulho” (Oucidres, Planalto de Monforte, Chaves, Portugal), mostra uma pequena estrutura de pedra antiga, que é um abrigo para uma fonte.

A estrutura, feita de pedras rústicas e musgosas, tem um telhado de duas águas e uma abertura arqueada na frente.

Há uma grade de ferro enferrujada à sua frente, que impede o acesso ao interior escuro.

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Por trás da estrutura, ergue-se um muro alto de pedras irregulares, coberto de vegetação rasteira.

O solo em frente é de terra batida, com algumas ervas e pedras soltas.

A imagem tem uma tonalidade sépia, que realça a antiguidade e a história do local.

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Estória: Uma fonte de amor

Alonso era um homem de poucas palavras, mas de um coração imenso.

Todos os dias, passava pela Fonte de Mergulho a caminho do campo.

A fonte era um local antigo e misterioso, um portal para memórias de uma Chaves que já não existia.

Alonso nunca parava para a admirar, mas a sua alma gravava-lhe cada pormenor: as pedras musgosas, a grade de ferro que a protegia, a entrada escura que guardava os segredos de gerações.

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Até que um dia, a sua rotina foi interrompida.

Uma jovem, com um vestido florido e os cabelos ao vento, estava sentada no muro de pedra, a desenhar a fonte num pequeno caderno.

Alonso, que sempre se sentira invisível, sentiu o seu coração a bater com força.

Ele parou, indeciso, mas ela, com um sorriso, olhou para ele e disse:

- Não se preocupe, não estou a roubar o seu caminho.

Alonso, envergonhado, apenas murmurou um “Não, de todo”, e seguiu em frente.

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Nos dias que se seguiram, Alonso esperou por ela, a caminho do campo.

E ela estava sempre lá.

Primeiro, apenas se cumprimentavam.

Depois, começaram a trocar breves palavras.

Ela chamava-se Clara, e era uma artista de Lisboa que se apaixonou pela calma da região.

A fonte de mergulho era a sua musa, um símbolo do amor que ela queria expressar na sua arte.

Alonso, tímido, escutava as suas palavras com atenção, descobrindo um mundo novo, de cores e emoções.

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Um dia, choveu.

Alonso abrigou-se sob a fonte, para evitar a intempérie.

Clara juntou-se a ele, e o pequeno espaço, protegido pela pedra e pelo tempo, tornou-se o seu refúgio.

Foi ali, naquele abrigo antigo e seguro, que Alonso e Clara se apaixonaram.

A fonte de mergulho, que antes guardava os segredos de gerações, guardava agora a história de um amor que florescia, um amor tão puro e eterno quanto a água que um dia a fonte guardou.

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Anos mais tarde, Alonso e Clara, casados, passavam pela fonte de mergulho, de mãos dadas.

Clara, com um sorriso, disse-lhe:

- Lembras-te? Foi aqui que tudo começou.

Alonso, com o coração cheio de ternura, respondeu:

- Sempre que te vejo, sinto que voltei a encontrar-me de novo.

E ali, debaixo daquele muro de pedra, a fonte de mergulho testemunhou mais um momento de amor, um amor que se tornara tão forte e eterno quanto a própria pedra.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Ago25

Invulgar Cruzeiro de Santa Apolónia – Mairos – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

Invulgar Cruzeiro de Santa Apolónia

Mairos – Chaves – Portugal

25Ago DSC03412_ms

Esta fotografia de Mário Silva foca-se num cruzeiro de pedra, incomum pela figura que o coroa.

A estátua, esculpida em pedra rústica, apresenta uma figura humana de corpo inteiro, sem braços, com um capuz na cabeça e as pernas juntas, como se estivesse envolta num manto.

A sua forma alongada e a expressão austera e anónima do rosto conferem-lhe um aspeto enigmático.

A estátua está colocada sobre uma base esférica de pedra, que repousa sobre uma coluna (não visível na totalidade).

No fundo, um telhado de telhas de barro de cor laranja-claro e uma parede de cimento com textura servem de pano de fundo.

A luz do sol incide sobre a estátua, realçando a sua textura rugosa e a sua antiguidade.

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O Enigma do Cruzeiro de Santa Apolónia - Uma Peça Única na Paisagem de Chaves

A fotografia de Mário Silva do cruzeiro de Santa Apolónia, em Mairos, Chaves, capta um monumento que se destaca na paisagem de Trás-os-Montes não pela sua beleza convencional, mas pela sua singularidade e mistério.

Este cruzeiro, com a sua estátua invulgar, é um convite a uma reflexão sobre a história, a arte e a fé que moldaram esta região.

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A Origem e a Singularidade

Os cruzeiros, como símbolos da fé cristã, são elementos comuns em Portugal.

Servem como marcadores de devoção, de território ou de eventos importantes.

No entanto, o cruzeiro de Mairos é notavelmente diferente.

Em vez da representação clássica de Jesus Cristo crucificado, ele é encimado por uma figura humana de forma rudimentar, com o corpo estreito e o capuz a cobrir-lhe a cabeça.

Esta representação é incomum e levanta várias questões sobre a sua origem e significado.

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Possíveis Interpretações

A figura pode ser interpretada de várias formas.

Uma delas é a de que se trata de uma representação de Santa Apolónia, a padroeira do local.

Santa Apolónia foi uma virgem mártir, que, segundo a tradição, teve os seus dentes arrancados durante a perseguição aos cristãos no século III.

Embora a figura não apresente qualquer elemento que a associe diretamente a esta história, a sua pose, com as mãos cruzadas sobre o peito, pode sugerir uma atitude de resignação e de fé.

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Outra interpretação é que a figura pode ser uma representação de um eremita ou de um santo penitente.

A forma minimalista e austera da escultura, com o corpo coberto por um manto, evoca a imagem de uma vida dedicada à contemplação e à solidão.

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Há ainda a possibilidade de que o cruzeiro seja de uma época mais antiga, possivelmente pré-cristã, e que tenha sido reutilizado e reinterpretado com o passar do tempo.

A sua forma rudimentar e a sua falta de detalhe podem ser um sinal da sua antiguidade.

A própria escultura é um testemunho da capacidade de uma comunidade de criar símbolos que resistem ao tempo.

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O Valor da Autenticidade

A beleza deste cruzeiro reside na sua autenticidade.

Ele não é uma obra de arte perfeita, mas uma peça com alma, com a marca do tempo e da fé de uma comunidade.

Em vez de ser "restaurado" para corresponder a uma estética moderna, o seu estado atual é um testemunho da sua história e da sua identidade.

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Em suma, a fotografia de Mário Silva do cruzeiro de Santa Apolónia é mais do que um registo visual.

É um convite a explorar o mistério da história, a riqueza da arte popular e a força da fé.

O cruzeiro de Mairos, com a sua figura enigmática, é um símbolo da resistência do tempo e da beleza que se encontra naquilo que é único e invulgar.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Jul25

"A ponte romana do Arquinho” (Chaves - Portugal) … e uma lendária estória


Mário Silva Mário Silva

"A ponte romana do Arquinho” (Chaves - Portugal)

… e uma lendária estória

25Jul DSC01792_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A ponte romana do Arquinho” (Chaves - Portugal), exibe uma encantadora ponte de arco único, construída em pedra rústica, que atravessa um pequeno curso de água.

A ponte, visivelmente antiga, apresenta blocos de granito que mostram o desgaste do tempo e estão cobertos por musgo e líquenes, o que lhe confere um ar pitoresco e histórico.

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A forma do arco é bem definida, criando uma moldura natural através da qual se vê o rio Arcossó.

A água do riacho é pouco profunda, revelando um leito de pedras e areia, e a luz do sol, que penetra através da folhagem, cria reflexos e padrões luminosos na superfície da água.

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A vegetação circundante é exuberante, com árvores de troncos grossos e folhagem densa a flanquear as margens do riacho e a crescer ao redor da ponte, criando um ambiente sombrio e natural.

Fetos e outras plantas rasteiras verdejantes emergem das pedras da ponte e das margens.

A iluminação geral da fotografia, com raios de sol a filtrar-se pelas árvores, realça a textura da pedra e a serenidade do local, evocando uma sensação de paz e intemporalidade.

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A Estória Lendária: O Encontro Secreto do Arquinho

Na distante e mística terra de Chaves, onde as águas termais sussurravam segredos antigos e as fragas guardavam lendas esquecidas, existia uma pequena ponte de pedra, conhecida como o Arquinho.

Não era a grande ponte romana da cidade, mas um modesto arco sobre um ribeiro que serpenteava por um vale escondido.

Mário Silva, com a sua câmara, capturou não só a beleza da sua pedra milenar e da água que por ali corria, mas a aura de um tempo em que o amor e a magia andavam de mãos dadas.

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Diz a lenda que há muitos séculos, quando o Império Romano governava estas terras, e os deuses antigos ainda caminhavam entre os mortais, vivia em Chaves uma jovem patrícia romana chamada Lívia.

Era bela como as deusas e de espírito tão livre quanto os ventos da serra.

Do outro lado do rio, nas florestas profundas onde os lusitanos ainda resistiam aos conquistadores, vivia um jovem guerreiro, Andreo, com o coração tão puro quanto a água que corria sob o Arquinho e a coragem de um leão.

 

Os mundos de Lívia e Andreo eram proibidos.

Romanos e Lusitanos eram inimigos, separados por muralhas e desconfiança.

Mas o destino, ou talvez um deus travesso, uniu-os.

Encontravam-se secretamente junto ao Arquinho, a pequena ponte que era o único ponto de passagem seguro entre os seus dois mundos.

Ali, sob o arco de pedra, trocavam juras de amor eterno, os seus corações a bater ao ritmo das águas.

A ponte tornou-se o seu santuário, o testemunho silencioso de um amor que desafiava todas as convenções.

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Conta-se que uma noite, quando a lua cheia iluminava o vale e a água cintilava como prata, Lívia e Andreo encontraram-se no Arquinho.

Tinham descoberto que as suas famílias planeavam casá-los com outros, selando o seu destino em casamentos de conveniência.

Desesperados, fizeram um pacto.

"Se o nosso amor for verdadeiro, e se os céus nos quiserem juntos", disse Lívia, "que esta ponte nos proteja e nos una para sempre."

Andreo anuiu, com os seus olhos cheios de lágrimas.

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Naquela mesma noite, uma tempestade súbita e violenta abateu-se sobre o vale.

O ribeiro, geralmente tão manso, transformou-se numa torrente furiosa, ameaçando arrastar tudo à sua passagem.

As árvores vergavam, o chão tremia.

 As famílias de ambos correram para o Arquinho, temendo o pior.

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Quando a manhã raiou, o vale estava devastado.

Árvores caídas, margens desfeitas.

Mas o Arquinho, para espanto de todos, estava intocado.

A sua estrutura de pedra, robusta e inabalável, permanecia ali, inquebrável.

No entanto, Lívia e Andreo haviam desaparecido sem rasto.

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Os aldeões, entre o espanto e a tristeza, começaram a sussurrar a lenda.

Diziam que o Arquinho, sensibilizado pelo amor puro dos jovens, os havia transformado.

Alguns acreditavam que se tinham tornado parte da própria ponte, as suas almas entrelaçadas nas pedras que resistiam ao tempo.

Outros, mais românticos, contavam que o ribeiro os levara para um reino escondido sob as suas águas, onde poderiam amar em paz para toda a eternidade.

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Desde então, o Arquinho é considerado um lugar sagrado para os amantes.

Dizem que, se um casal apaixonado atravessar a ponte de mãos dadas ao pôr do sol, e o seu amor for verdadeiro, ouvirão um sussurro nas águas do ribeiro e sentirão a força do amor de Lívia e Andreo a abençoá-los.

E a cada vez que o sol se filtra pelas árvores e se reflete na água, como na fotografia de Mário Silva, é o brilho do amor eterno que reside no coração do Arquinho, a ponte que, um dia, uniu dois mundos e duas almas para sempre.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Jul25

Capela de Nossa Senhora da Natividade (Tinhela – Valpaços – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Capela de Nossa Senhora da Natividade

Tinhela – Valpaços – Portugal

06Jul DSC01593_ms

A fotografia retrata uma pequena capela rural, com uma arquitetura simples, mas charmosa, enquadrada num ambiente natural de colinas.

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A capela ocupa o centro da imagem, enquadrada por uma parede de pedra e um portão de ferro forjado em primeiro plano.

O edifício está ligeiramente inclinado para a direita, dando um dinamismo subtil à composição.

O fundo é dominado por colinas verdes e arbustos, sugerindo a localização rural e a integração da capela na paisagem.

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A paleta de cores é dominada pelos tons terrosos e naturais.

O telhado de telha de barro exibe um vermelho-alaranjado quente e vibrante, que se destaca.

A pedra da capela e das paredes é em tons de cinzento claro e bege, com alguma pátina do tempo.

As portas duplas da capela são de um azul turquesa vibrante, que cria um contraste marcante e um ponto de interesse visual forte.

O verde da vegetação no fundo é suave, com tons de verde-azeitona e castanho.

O céu, embora não muito visível na parte superior, parece ser de um cinzento claro ou esbranquiçado, sugerindo um dia nublado ou de luz difusa.

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A luz parece ser suave e difusa, provavelmente de um dia nublado ou de um sol não muito forte.

Isso resulta numa iluminação uniforme, sem sombras duras, que realça as texturas da pedra e das telhas.

Os detalhes arquitetónicos são bem visíveis.

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A estrutura principal é uma capela retangular, construída em pedra rústica.

Possui um telhado de quatro águas coberto com telhas de barro, com um beiral proeminente suportado por colunas de pedra de estilo dórico.

Uma arcada com três arcos e duas colunas na frente define a entrada, onde se encontram duas grandes portas de madeira pintadas de azul vivo.

Na parte inferior de uma das portas, há uma pequena janela gradeada.

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Em primeiro plano, uma parede de pedra rústica, coberta por algumas plantas rasteiras, estende-se pela base da imagem.

Integrado nesta parede, um portão de ferro forjado, de cor cinzenta clara, com desenhos curvilíneos e ornamentados, convida à entrada para o recinto.

Grandes pedras irregulares estão dispostas ao redor da base da parede e do portão.

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Atrás da capela, a paisagem é composta por colinas suaves, cobertas por vegetação densa, incluindo árvores e arbustos.

Sugere um ambiente rural e natural, típico do interior de Portugal.

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A fotografia capta muito bem as diversas texturas: a rugosidade da pedra, a aspereza das telhas, a suavidade da madeira das portas e os detalhes do ferro forjado.

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A fotografia "Capela de Nossa Senhora da Natividade" de Mário Silva é uma imagem que transmite serenidade, autenticidade e uma forte ligação à identidade rural portuguesa.

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A escolha da perspetiva e do enquadramento é eficaz, centrando-se na capela mas incluindo elementos circundantes que lhe dão contexto.

O primeiro plano com a parede e o portão adiciona profundidade e um elemento de "entrada" para a cena.

A capela ligeiramente angulada evita uma frontalidade estática, tornando a imagem mais dinâmica.

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O contraste vibrante do azul das portas com os tons neutros da pedra e os quentes do telhado é um dos pontos mais fortes da imagem.

Este azul não é apenas uma cor, mas um elemento que "salta" e chama a atenção, conferindo um caráter distintivo à capela e, por extensão, à fotografia.

O telhado, com os seus tons terrosos, reforça a sensação de antiguidade e de elementos naturais.

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A iluminação difusa é ideal para capturar os detalhes arquitetónicos e as texturas sem criar sombras excessivamente duras que pudessem obscurecer a forma.

A atmosfera é de paz e intemporalidade, sugerindo um local de culto e de contemplação numa paisagem inalterada.

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A fotografia demonstra uma excelente nitidez e detalhe, permitindo observar as texturas individuais da pedra, a pátina das telhas e os pormenores do portão de ferro.

Isso reflete uma boa técnica fotográfica e um controlo da profundidade de campo.

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A capela, com a sua arquitetura rústica e o seu enquadramento rural, é um símbolo da religiosidade popular e da identidade cultural do interior de Portugal.

A fotografia de Mário Silva capta com sucesso este aspeto, apresentando não apenas um edifício, mas um pedaço da história e da vida de uma comunidade.

A sensação de abandono ou desuso não é evidente; pelo contrário, a capela parece bem cuidada, apesar da sua idade.

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A imagem pode evocar sentimentos de nostalgia, espiritualidade, calma e uma ligação às tradições.

Para quem conhece o interior de Portugal, a cena será imediatamente familiar e evocativa.

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Em conclusão, "Capela de Nossa Senhora da Natividade" é uma fotografia bem concebida e executada por Mário Silva.

Captura com sensibilidade a essência de um local de culto rural, utilizando a cor e a textura para criar uma imagem que é ao mesmo tempo documental e artisticamente apelativa, expressando a beleza simples e a autenticidade da paisagem e do património de Valpaços.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Jun25

"Para memória futura" - Águas Frias, Chaves, Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Para memória futura"

Águas Frias, Chaves, Portugal

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A imagem capturada por Mário Silva, intitulada "Para memória futura" e ambientada em Águas Frias, Chaves, Portugal, revela uma cena rústica que convida à reflexão.

O espaço, com as suas paredes de pedra antiga, telhado de madeira desgastado e objetos simples como cebolas penduradas e lenha empilhada, transmite a essência de um tempo passado, onde a vida seguia um ritmo mais lento e ligado à natureza.

Atrás da grade de ferro, que parece proteger e ao mesmo tempo limitar o acesso a esse mundo, percebe-se a presença de uma porta fechada, simbolizando talvez o fim de uma era ou a guarda de memórias.

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Tudo tem o seu tempo.

Esta frase ressoa profundamente ao observar a fotografia.

As cebolas maduras, colhidas e penduradas, sugerem o momento certo da colheita, enquanto a estrutura envelhecida reflete o passar dos anos, cada rachadura contando uma história.

É um lembrete de que cada coisa tem o seu ciclo – o crescimento, a maturação, o declínio – e que a beleza reside em respeitar esse fluxo natural.

A luz que entra pelo telhado danificado ilumina suavemente o interior, como se o tempo, na sua inevitabilidade, trouxesse também um brilho de esperança ou nostalgia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Mai25

Casa rústica e jardim no cimento


Mário Silva Mário Silva

"Casa rústica e jardim no cimento”

23Mai DSC00118_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Casa rústica e jardim no cimento", retrata um cenário que, à primeira vista, parece desafiador: uma parede de pedra rústica e um chão de cimento, onde brota um pequeno oásis de vida.

Um banco vermelho vibrante, cercado por vasos de flores coloridas, traz um contraste caloroso ao ambiente cinzento.

Há girassóis artificiais, suculentas e outras plantas, cuidadosamente dispostas, que parecem desafiar as condições adversas do cimento e da pedra.

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Esse cenário fala-nos sobre o prazer de cultivar flores mesmo em situações inóspitas.

Há uma beleza especial em transformar um espaço frio e árido em algo vivo e acolhedor.

O ato de cuidar de plantas, regá-las, podá-las e vê-las florescer, mesmo num chão de cimento, é uma metáfora para a resiliência e a esperança.

É como se cada flor plantada fosse um pequeno ato de resistência contra a aridez, um lembrete de que a vida pode prosperar onde menos se espera.

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O prazer nesse cuidado vai além do resultado estético.

É um exercício de paciência e dedicação, uma ligação com a natureza que acalma a alma.

Num mundo acelerado, parar para cuidar de uma planta, sentir a terra entre os dedos e observar o crescimento lento e constante traz uma sensação de paz.

Mesmo num ambiente pouco propício, como o cimento desta casa rústica, o cultivo de flores torna-se um ato de amor — pela natureza, pela beleza e por si mesmo.

É a prova de que, com carinho e perseverança, até os lugares mais improváveis podem florescer.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Mai25

“O Castelo” – Castelo – Eiras – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

“O Castelo”

Castelo – Eiras – Chaves - Portugal

03Mai DSC06453_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “O Castelo”, captura de forma impressionante a torre do “mini-castelo” localizado próximo da aldeia de Castelo, nas Eiras, Chaves, Portugal.

Esta estrutura, parte integrante do projeto “Pedra Pura Resort”, destaca-se pela sua imponência arquitetónica, evocando a essência histórica da região flaviense, apesar de ser uma construção contemporânea.

Edificado por Isolino Marçal, um emigrante português nos Estados Unidos, o “castelo” não é apenas um marco visual, mas também um símbolo de inovação e desenvolvimento para o concelho de Chaves.

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A torre do “castelo”, com a sua pedra rústica e design que remete às fortalezas medievais, tornou-se um ponto de curiosidade e atração para visitantes, funcionando como um cartão de visita do empreendimento hoteleiro.

Inspirado pela história da aldeia do Castelo, onde outrora existiu um castro, o projeto combina a herança cultural com a modernidade, promovendo o turismo e reforçando a capacidade hoteleira da região.

O “Pedra Pura Resort” não só valoriza o património local, mas também impulsiona a economia e a divulgação da região flaviense, atraindo olhares para a beleza e a história de Chaves, enquanto oferece uma nova experiência de hospitalidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Mai25

"A tradição das “Maias” (giesta amarela - Cytisus striatus)


Mário Silva Mário Silva

"A tradição das “Maias”

(giesta amarela - Cytisus striatus)

01Mai 70ee293118ce4eef0e06252621178df7

A pintura digital de Mário Silva, intitulada "A tradição das 'Maias' (giesta amarela - Cytisus striatus)", retrata uma porta rústica com uma textura desgastada, pintada em tons de branco, amarelo e azul, com uma chave na fechadura.

Em frente à porta, há ramos de giesta amarela (Cytisus striatus), uma planta com flores vibrantes que se destaca no contraste com a porta.

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A tradição das "Maias" remonta a costumes pagãos antigos, associados à celebração da primavera e à fertilidade, que foram mais tarde integrados nas práticas culturais portuguesas.

No dia 1º de maio, é costume em várias regiões de Portugal, especialmente no interior e em zonas rurais, colocar ramos de giesta amarela (conhecida como "maias") nas portas, janelas, chaminés e até em veículos.

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O significado desta tradição está ligado à proteção contra o mau-olhado, espíritos malignos e infortúnios.

A giesta amarela, com a sua cor vibrante, simboliza a renovação, a vida e a prosperidade, associadas à chegada da primavera.

Além disso, acredita-se que a planta afasta influências negativas e traz boa sorte para o lar.

Em algumas regiões, a tradição também está associada ao "Dia das Bruxas" (ou "Dia do Mau-Olhado"), em que se pensava que as bruxas e os maus espíritos estavam mais ativos, sendo a giesta uma forma de proteção.

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A pintura de Mário Silva captura essa essência cultural, destacando a simplicidade e a simbologia da giesta amarela num cenário rústico, evocando a ligação com as tradições populares portuguesas.

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Texto & Pintura digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
30
Abr25

"Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ..."


Mário Silva Mário Silva

"Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ..."

30Abr DSC00054_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ...", captura uma cena típica das aldeias transmontanas, especificamente em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma casa rústica situada em uma rua estreita, característica dessas regiões.

A casa tem uma fachada de cor amarelada, com sinais de desgaste que revelam o passar do tempo.

A estrutura é composta por paredes de pedra e alvenaria, com uma porta verde na parte inferior e uma janela com cortinas brancas no andar superior.

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No topo da casa, há um terraço com uma grade metálica, de onde se pode ver uma bandeira portuguesa tremulando, sugerindo um toque de orgulho local.

À esquerda, uma parede de pedra empilhada, coberta por musgo, adiciona um elemento natural e tradicional à cena.

À direita, outra construção de pedra, parcialmente em ruínas, com telhado de telhas quebradas, reforça a sensação de antiguidade e autenticidade da aldeia.

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A luz do dia ilumina a cena, criando sombras suaves que destacam as texturas das pedras e da parede.

A assinatura de Mário Silva, está visível no canto inferior direito da fotografia, indicando a autoria da obra.

A descrição do autor sobre as ruas estreitas das aldeias transmontanas que escondem "preciosidades ao virar de cada esquina" reflete bem o charme e a simplicidade capturados nesta imagem, que evoca a essência da vida rural em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Abr25

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"


Mário Silva Mário Silva

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"

26Abr DSC01156_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca", retrata uma casa rural que parece encapsular a essência da arquitetura tradicional das aldeias transmontanas, uma região no nordeste de Portugal conhecida pela sua rusticidade e ligação profunda com a terra.

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A imagem mostra uma pequena casa de pedra e reboco, com um telhado de telhas vermelhas tradicionais, ligeiramente desgastadas pelo tempo, o que dá um ar de autenticidade e história.

A casa possui uma varanda elevada, acessível por uma escadaria de pedra rústica, que parece ter sido moldada pelas intempéries ao longo dos anos.

A varanda é delimitada por uma grade de madeira simples, com um desenho em treliça na lateral, e é coberta por um telhado inclinado que protege a entrada principal.

A porta de entrada, de madeira escura, é modesta, com uma pequena janela de grades que permite a entrada de luz.

Ao lado da escadaria, há um barril de madeira, possivelmente usado para armazenar vinho, e algumas plantas verdes que crescem ao redor, sugerindo um ambiente natural e integrado à paisagem.

A parede lateral da casa é de pedra exposta, com blocos irregulares unidos por argamassa, enquanto outras partes são rebocadas e pintadas de branco, um contraste típico que dá charme à construção.

Uma lanterna pendurada na varanda adiciona um toque de funcionalidade e nostalgia.

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A iluminação da fotografia é suave, com uma luz natural que parece ser do final da tarde, criando sombras delicadas que realçam a textura da pedra e da madeira.

A composição da imagem é íntima e acolhedora, transmitindo uma sensação de simplicidade e serenidade, como se a casa fosse um refúgio num meio de vida rural.

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As casas rurais transmontanas são conhecidas pela sua arquitetura funcional, construídas para atender às necessidades de uma vida agrícola e resistir às condições climáticas rigorosas da região, que incluem invernos frios e verões quentes.

A fotografia de Mário Silva reflete várias dessas características, e podemos traçar uma analogia poética entre a casa retratada e o espírito das habitações tradicionais de Trás-os-Montes.

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Assim como na fotografia, as casas transmontanas são frequentemente construídas com pedra de granito, materiais abundantes na região, que conferem durabilidade e um aspeto rústico.

A pedra exposta na parede da casa da imagem é um reflexo direto dessa prática, enquanto o reboco branco noutras partes é comum para proteger as paredes e dar um toque de luminosidade.

Esta combinação de pedra e reboco é como uma metáfora para o povo transmontano: resistente e enraizado como a pedra, mas com um coração acolhedor e simples, simbolizado pelo branco.

O telhado inclinado de telhas vermelhas é uma característica marcante das casas transmontanas, projetado para suportar a neve no inverno e facilitar o escoamento da chuva.

Na fotografia, o telhado desgastado parece contar histórias de muitos invernos e verões, assim como as próprias aldeias transmontanas, que carregam a memória de gerações.

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A varanda elevada com escadaria de pedra é um elemento típico das casas transmontanas, especialmente em terrenos inclinados.

Essa característica permite separar a entrada principal do nível do solo, muitas vezes usado para armazenamento ou para abrigar animais.

Na fotografia, a varanda é como um pequeno palco onde a vida acontece: um lugar para descansar, observar a aldeia ou conversar com vizinhos, refletindo a importância da comunidade na cultura transmontana.

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A casa na imagem é desprovida de ornamentos desnecessários, assim como as casas transmontanas, que priorizam a funcionalidade.

A grade de madeira simples, o barril ao lado da escadaria e a lanterna pendurada são detalhes que mostram uma vida prática, onde cada elemento tem um propósito.

Essa simplicidade é um espelho da vida rural transmontana, onde o essencial é valorizado acima do supérfluo.

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As plantas ao redor da casa e a sensação de harmonia com o ambiente são reminiscentes das aldeias transmontanas, onde as construções parecem surgir organicamente da paisagem.

A casa da fotografia não impõe a sua presença, mas se mistura com a terra, como se fosse uma extensão natural do solo rochoso e dos campos ao redor.

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Em conclusão, a fotografia "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca" de Mário Silva é mais do que uma simples captura de uma casa; ela é um retrato da alma transmontana.

A casa, com a sua pedra rústica, telhado de telha, varanda modesta e detalhes funcionais, é uma analogia perfeita para as habitações tradicionais de Trás-os-Montes: sólidas como o granito da região, simples como o modo de vida rural, e acolhedoras como o coração de quem lá vive.

A imagem marca porque consegue transmitir não apenas a aparência de uma casa, mas o sentimento de pertença, resistência e serenidade que define a vida nas aldeias transmontanas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Nov24

"A cancela de ramos de giesta" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"A cancela de ramos de giesta"

Mário Silva

20Nov DSC08702_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A cancela de ramos de giesta", transporta-nos para um cenário bucólico e familiar, com um forte apelo à tradição e à identidade rural portuguesa.

A imagem captura uma simples cancela de madeira, confecionada com ramos de giesta, que dá acesso a um extenso lameiro verdejante.

Ao fundo, destaca-se uma paisagem campestre, com árvores e arbustos, que se estende até o horizonte.

A luz natural incide sobre a cena, criando um ambiente tranquilo e convidativo.

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A fotografia valoriza a simplicidade e a autenticidade.

A cancela de giesta, rústica e artesanal, é o elemento central da imagem e evoca um passado rural, onde a vida era mais simples e os recursos naturais eram utilizados de forma sustentável.

A escolha deste elemento como protagonista da fotografia revela a sensibilidade do fotógrafo em capturar a beleza nas pequenas coisas.

A imagem estabelece uma forte conexão com a natureza.

A giesta, uma planta típica da região, simboliza a resistência e a adaptação ao meio ambiente.

O lameiro verdejante e a paisagem campestre evocam a força da terra e a importância da agricultura na cultura transmontana.

A fotografia convida o observador a entrar em contacto com a natureza e a apreciar a sua beleza.

A cancela de giesta, aberta e convidativa, pode ser interpretada como uma metáfora para a confiança do povo transmontano.

A tradição de construir cancelas com materiais naturais e simples reflete a honestidade e a abertura das comunidades rurais.

A ausência de fechaduras ou cadeados sugere um ambiente seguro e acolhedor, onde a confiança prevalece.

A fotografia de Mário Silva é um retrato da identidade cultural da região de Trás-os-Montes.

A cancela de giesta, o lameiro, a paisagem campestre e a luz natural são elementos que evocam a memória coletiva e a história da região.

A imagem captura a essência do rural e contribui para a valorização do património cultural e natural de Portugal.

A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A linha diagonal da cancela conduz o olhar do espectador para o fundo da imagem, criando uma sensação de profundidade.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena em um halo de poesia, realçando as texturas e as cores.

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Como conclusão, "A cancela de ramos de giesta" é uma fotografia que transcende a mera representação da realidade, revelando a sensibilidade e a profundidade do olhar de Mário Silva.

A imagem, ao mesmo tempo simples e complexa, convida à reflexão sobre a importância da tradição, da natureza e da identidade cultural.

A fotografia é um hino à beleza da vida rural e um convite a valorizar as raízes e a simplicidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Nov24

“O pastor com a ovelha recém-nascida ao colo”


Mário Silva Mário Silva

“O pastor com a ovelha recém-nascida ao colo”

14Nov DSC02870_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “O pastor com a ovelha recém-nascida ao colo”, retrata uma cena íntima e poética da vida rural, onde um pastor caminha calmamente pelas ruas de pedra de uma pequena aldeia, rodeado pelo seu rebanho de ovelhas.

A composição em preto e branco destaca as texturas rústicas do ambiente, a lã densa das ovelhas, o casaco do pastor, as pedras irregulares das paredes e do caminho, criando uma atmosfera atemporal que evoca tradições antigas de pastoreio e de relação entre o homem e os animais.

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O ponto central da imagem é o pastor segurando uma ovelha recém-nascida nos braços.

Este gesto de cuidado evidencia uma ligação afetuosa entre o pastor e seu rebanho, sugerindo uma responsabilidade que vai além de uma mera relação de trabalho.

Ele simboliza o papel protetor e paternal do pastor, evidenciando uma conexão emocional e empática.

A expressão tranquila do homem e a postura das ovelhas, que o acompanham calmamente, sugere que há confiança e harmonia no grupo.

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A escolha do preto e branco enfatiza a simplicidade e a serenidade da cena, permitindo que o observador se concentre nas formas e nas expressões sem distrações de cores.

A composição também utiliza a profundidade da rua para conduzir o olhar do observador através da imagem, da figura central do pastor até o fundo, onde vemos outros elementos da aldeia.

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Esta imagem é um reflexo da vida comunitária rural, onde seres humanos e animais coexistem numa relação de interdependência e cuidado mútuo.

A fotografia de Mário Silva capta, com sensibilidade e respeito, a essência desse vínculo, promovendo uma reflexão sobre a importância do pastoreio tradicional e do relacionamento com a natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
10
Nov24

Igreja de Nossa Senhora da Natividade - Avelelas (Águas Frias) – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

Igreja de Nossa Senhora da Natividade

Avelelas (Águas Frias) – Chaves – Portugal

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A fotografia de Mário Silva captura a serenidade e a beleza rústica da Igreja de Nossa Senhora da Natividade, localizada em Avelelas, Águas Frias, Chaves.

A construção, de pedra clara e linhas simples, evidencia a arquitetura tradicional das aldeias transmontanas.

A porta de madeira escura, em contraste com as paredes, convida à entrada.

A torre sineira, com o sino e a cruz no topo, domina a paisagem circundante, simbolizando a presença da fé na comunidade.

O céu azul com algumas nuvens e a vegetação discreta completam o cenário bucólico.

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Nossa Senhora da Natividade é uma invocação mariana que celebra o nascimento de Jesus Cristo.

A devoção a esta figura religiosa é particularmente forte em regiões rurais, onde a fé popular está profundamente enraizada na vida das comunidades.

A Natividade é associada à esperança, à renovação e à proteção maternal, valores que ressoam com as preocupações e aspirações das pessoas que vivem no campo.

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A relação entre a população rural transmontana e a Igreja de Nossa Senhora da Natividade é profunda e multifacetada.

A igreja é o coração da aldeia, um lugar de encontro, de celebração e de partilha.

As festas religiosas, como o Natal, são momentos importantes para reforçar os laços comunitários e preservar as tradições.

A devoção a Nossa Senhora da Natividade oferece conforto e esperança às pessoas, especialmente em momentos de dificuldade.

A fé é um pilar fundamental na vida dos habitantes das aldeias, ajudando-os a enfrentar os desafios do dia a dia.

igreja e as suas festas religiosas são parte integrante da identidade cultural da região.

As tradições, os costumes e as crenças transmitidas de geração em geração ajudam a fortalecer o sentido de pertença à comunidade.

A Igreja de Nossa Senhora da Natividade é um testemunho da história e da cultura da região.

A sua arquitetura simples e austera reflete a vida e os valores das comunidades rurais.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a essência da relação entre a população rural transmontana e a Igreja de Nossa Senhora da Natividade.

A imagem transmite a importância da fé, da comunidade e das tradições na vida das pessoas que habitam estas regiões.

A igreja é mais do que um edifício religioso; é um símbolo de identidade, de esperança e de pertença.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Set24

“Casa tradicional” (Tronco – Chaves – Portugal) – Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

“Casa tradicional”

(Tronco – Chaves – Portugal)

Mário Silva

13Set DSC07302_ms

A fotografia de Mário Silva captura a essência de uma casa tradicional portuguesa, transportando-nos para a pacata aldeia de Tronco, em Chaves.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e a seleção precisa da luz, convida-nos a uma imersão profunda neste pedacinho de história e cultura.

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A fachada da casa, com as suas cores vibrantes e a arquitetura típica das aldeias portuguesas, é o elemento central da fotografia.

A porta azul, a varanda com a sua grade de ferro forjado e as paredes de pedra conferem à casa um charme rústico e acolhedor.

A varanda, com suas cadeiras e banco de pedra, é um convite ao descanso e à contemplação.

É o local ideal para apreciar a vista da aldeia e conversar com os vizinhos.

As cores vibrantes da casa, como o amarelo das paredes e o azul da porta e da grade, contrastam com o cinza da pedra e criam uma composição visualmente agradável.

A luz natural incide sobre a fachada da casa, criando sombras e destacando a textura das pedras.

A iluminação suave e dourada confere à imagem uma atmosfera serena e acolhedora.

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A fotografia de Mário Silva é um excelente exemplo de como a fotografia pode capturar a beleza da arquitetura popular portuguesa e transmitir emoções através de elementos simples. A imagem evoca sentimentos de nostalgia, tranquilidade e conexão com a tradição.

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A composição da imagem é equilibrada e harmoniosa.

A casa, posicionada no centro da imagem, é o ponto focal e atrai o olhar do observador.

As cores da fotografia são vibrantes e complementares, criando uma composição visualmente agradável.

Os detalhes da fachada da casa, como a porta de madeira, a grade de ferro forjado e as pedras, conferem à imagem um caráter autêntico e realista.

A fotografia conta uma pequena história, convidando o observador a imaginar a vida que acontece dentro daquela casa e a história daquela aldeia.

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Em resumo, a fotografia "Casa tradicional" de Mário Silva é uma obra que nos convida a apreciar a beleza da arquitetura popular portuguesa e a valorizar o nosso património cultural. A imagem é um convite para desacelerarmos e apreciarmos a beleza das coisas simples.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Set24

“Caixa de correio”   (Bobadela – Chaves – Portugal ) - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

“Caixa de correio”  

(Bobadela – Chaves – Portugal )

Mário Silva

11Set DSC07194-fotor_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Caixa de Correio", captura um momento de simplicidade e nostalgia numa pequena aldeia portuguesa.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e a seleção precisa da luz, transporta-nos para um tempo mais tranquilo e convida-nos a refletir sobre o papel da comunicação e da tradição nas nossas vidas.

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A caixa de correio, construída em madeira rústica e com um telhado de metal enferrujado, é o elemento central da fotografia.

Ela representa um elo entre o mundo rural e o mundo moderno, um canal de comunicação que conecta os habitantes da aldeia com o mundo exterior.

A vegetação exuberante que circunda a caixa de correio cria um cenário bucólico e acolhedor.

As folhas verdes e as flores contrastam com a madeira envelhecida da caixa, simbolizando a passagem do tempo e a força da natureza.

A pequena placa de madeira, com inscrições ilegíveis, acrescenta um toque de mistério à imagem.

Ela pode representar a identidade da casa ou simplesmente um elemento decorativo.

A luz natural incide sobre a caixa de correio, criando sombras e destacando a textura da madeira.

A iluminação suave e dourada confere à imagem uma atmosfera serena e contemplativa.

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A fotografia de Mário Silva é um excelente exemplo de como a fotografia pode capturar a beleza da vida quotidiana e transmitir emoções através de elementos simples.

A imagem evoca sentimentos de nostalgia, tranquilidade e conexão com a natureza.

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A composição da imagem é equilibrada e harmoniosa.

A caixa de correio, posicionada no centro da imagem, é o ponto focal e atrai o olhar do observador.

As cores quentes e terrosas da fotografia criam uma atmosfera acolhedora e familiar.

O contraste entre o verde da vegetação e o castanho da madeira confere à imagem uma sensação de equilíbrio.

Os detalhes da caixa de correio, como as marcas do tempo e as imperfeições da madeira, conferem à imagem um caráter autêntico e realista.

A caixa de correio, além de ser um objeto utilitário, também carrega um significado simbólico.

Ela representa a comunicação, a conexão com o mundo exterior e a passagem do tempo.

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Em resumo, a fotografia "Caixa de Correio" de Mário Silva é uma obra que nos convida a apreciar a beleza das coisas simples e a valorizar a nossa história e as nossas raízes.

A imagem é um convite para desacelerarmos e apreciarmos a beleza da natureza e da vida rural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Ago24

Ponte Romana do Arquinho “Arcum Solium" sobre o rio Arcossó (Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Ponte Romana do Arquinho “Arcum Solium"

sobre o rio Arcossó (Chaves - Portugal)

28Ago DSC01792_ms

A fotografia de Mário Silva captura a Ponte Romana do Arquinho de forma a realçar a sua beleza rústica e a sua integração na paisagem natural.

A perspetiva escolhida, com a ponte ocupando a maior parte do enquadramento, permite ao observador apreciar a majestosa estrutura em pedra, com o seu único arco de volta perfeita.

A luz natural, que penetra entre as árvores, cria um jogo de sombras e realça a textura da pedra, conferindo à imagem uma atmosfera quase mágica.

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A ponte é o elemento central da fotografia.

A sua construção em pedra, com as típicas marcas de "forfex", revela a sua antiguidade e a maestria dos construtores romanos.

O arco único, em perfeito estado de conservação, é um testemunho da engenharia romana e da sua capacidade de adaptar as construções ao meio ambiente.

A natureza envolvente desempenha um papel fundamental na composição da imagem.

As árvores frondosas, que emolduram a ponte, criam um ambiente bucólico e convidativo.

A água cristalina do rio Arcossó, que flui calmamente por baixo da ponte, reflete a luz do sol e acrescenta um toque de movimento à imagem.

A luz natural é um elemento chave nesta fotografia.

A incidência da luz solar entre as árvores cria um efeito de contraluz, que realça a forma da ponte e as suas texturas.

As sombras projetadas na água e nas pedras conferem à imagem uma profundidade e um realismo impressionantes.

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A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A linha curva do arco da ponte contrasta com as linhas verticais das árvores, criando uma dinâmica visual interessante.

A regra dos terços é respeitada, com a ponte posicionada ligeiramente à esquerda do centro da imagem, o que confere à fotografia um equilíbrio visual agradável.

O enquadramento escolhido permite ao observador concentrar a sua atenção na ponte, sem distrações.

As árvores, ao enquadrar a ponte, criam um cenário natural que realça a sua importância histórica e arqueológica.

A fotografia apresenta uma paleta de cores quentes e terrosas, que transmitem uma sensação de tranquilidade e serenidade.

Os tons de verde da vegetação contrastam com o tom acinzentado da pedra, criando uma harmonia visual agradável.

A fotografia de Mário Silva transcende a mera representação da realidade.

A escolha da perspetiva, a luz e a composição conferem à imagem um caráter artístico, convidando o observador a uma reflexão sobre a passagem do tempo e a importância da preservação do património histórico.

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Em conclusão, a fotografia da Ponte Romana do Arquinho, captada por Mário Silva, é uma obra de grande beleza e significado.

Através de uma composição cuidadosa e de uma utilização eficaz da luz, o fotógrafo consegue transmitir a emoção e a magia deste lugar histórico.

Esta imagem é um convite a visitar este monumento e a apreciar a beleza da natureza e da história de Portugal.

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Em suma, a fotografia de Mário Silva é uma obra que merece ser admirada e divulgada, pois contribui para a valorização do património cultural português e para a promoção do turismo na região de Chaves.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Jul24

Uma porta de uma casa transmontana


Mário Silva Mário Silva

Uma porta de uma casa transmontana

Jul27 DSC03765_ms

 

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A fotografia mostra a porta e as escadas de uma casa rústica transmontana.

A porta é azul e verde, e as ombreiras são pintadas de branco.

As escadas são de pedra e estão ladeadas por vasos de plantas.

A casa está situada numa zona rural, rodeada de montanhas.

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As ombreiras das portas serem caiadas de branco é uma tradição comum em Portugal, especialmente nas zonas rurais.

Acredita-se que a cor branca tenha propriedades purificadoras e que sirva para afastar os maus espíritos.

Além disso, o branco é uma cor associada à limpeza e à higiene, o que pode ser importante em áreas onde o acesso à água potável é limitado.

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As portas das casas rústicas transmontanas são frequentemente pintadas de azul ou vermelho.

A cor azul está associada à proteção e à segurança, enquanto a cor vermelha está associada à paixão e à energia.

É possível que a escolha da cor da porta dependa das crenças e preferências dos proprietários da casa.

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A fotografia também mostra alguns detalhes interessantes sobre a arquitetura da casa.

As paredes são feitas de pedra e a porta é feita de madeira maciça.

As escadas são largas e robustas, o que sugere que a casa foi construída para durar.

A presença de vasos de plantas na entrada da casa indica que os proprietários gostam de cuidar da sua casa e tornar as escada e varanda o seu jardim.

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A imagem mostra uma casa rústica transmontana típica, com características que refletem a cultura e as tradições da região.

A porta azul ou vermelha e as ombreiras brancas são elementos decorativos que contribuem para a beleza e o charme da casa.

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Além das razões mencionadas acima, existem outros fatores que podem influenciar a escolha da cor da porta de uma casa rústica transmontana.

Por exemplo, a cor da porta pode ser escolhida para combinar com a cor das outras casas da aldeia, ou para refletir a personalidade dos proprietários da casa.

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As casas rústicas transmontanas são caracterizadas pela sua simplicidade e funcionalidade.

São geralmente construídas com materiais locais, como pedra e madeira.

As paredes são grossas e as portas e janelas são pequenas, o que ajuda a manter a casa quente no inverno e fresca no verão.

As casas rústicas transmontanas são frequentemente decoradas com elementos tradicionais, como rendas, toalhas de mesa e tapetes.

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As casas rústicas transmontanas são um reflexo da cultura e das tradições da região de Trás-os-Montes.

São casas acolhedoras e convidativas que oferecem um refúgio da agitação da vida moderna.

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Texto & Fotografia:©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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