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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

13
Fev25

"As casas, abandonadas da antiga Guarda Fiscal, na fronteira entre Portugal e Espanha" (Vila Verde da Raia – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"As casas, abandonadas da antiga Guarda Fiscal,

na fronteira entre Portugal e Espanha"

(Vila Verde da Raia – Chaves – Portugal)

13Fev DSC07583_ms

A fotografia de Mário Silva captura a melancolia de um edifício abandonado, testemunha de um passado marcado pela vigilância e pelo controlo fronteiriço.

A imagem retrata um conjunto de casas, com paredes descascadas e janelas tapadas, rodeadas por um terreno ermo e vegetação espontânea.

A ausência de vida e a deterioração das construções evocam uma sensação de abandono e de tempo passado.

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A composição da fotografia é horizontal, com as casas ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a extensão do edifício e a sua relação com o ambiente circundante.

As linhas horizontais das paredes e do telhado conferem à imagem uma sensação de estabilidade e de permanência.

A luz natural incide sobre as fachadas das casas, criando sombras que acentuam a textura das paredes e a volumetria das construções.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera de mistério e de abandono.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de branco, cinza e ocre, que evocam a sensação de tempo e de decadência.

As casas abandonadas são um símbolo da passagem do tempo e das mudanças sociais.

A sua presença evoca memórias de um passado marcado pela vigilância e pelo controlo.

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As casas da Guarda Fiscal desempenharam um papel fundamental no controlo das fronteiras durante o Estado Novo.

Estas construções, estrategicamente localizadas em zonas de fronteira, tinham como função:

 

- Controlar a passagem de pessoas e bens entre os dois países.

- Garantir a segurança das fronteiras e prevenir a entrada de contrabando.

- Combater o contrabando e a atividade subversiva.

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Com o fim do Estado Novo e a abertura das fronteiras, as casas da Guarda Fiscal perderam a sua função original.

A maioria destas construções foi abandonada e encontra-se em estado de ruína, como a retratada na fotografia de Mário Silva.

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A preservação da memória histórica é fundamental para compreender o presente e construir o futuro.

As casas da Guarda Fiscal são testemunhas de um passado recente e representam um importante capítulo da história de Portugal.

A sua preservação, mesmo em estado de ruína, contribui para a valorização do património cultural e para a memória coletiva.

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Em resumo, a fotografia "As casas, abandonadas da antiga Guarda Fiscal" de Mário Silva é um documento histórico que nos convida a refletir sobre as transformações ocorridas nas fronteiras e na sociedade portuguesa.

A imagem, com a sua beleza melancólica, é um testemunho do passado e um convite à reflexão sobre o futuro.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Fev25

"Os potes de ferro de três pernas" - A Fotografia como Lente para o Passado


Mário Silva Mário Silva

"Os potes de ferro de três pernas"

A Fotografia como Lente para o Passado

07Fev DSC09512_ms

A fotografia de Mário Silva, "Os potes de ferro de três pernas", transporta-nos para um tempo em que a vida rural era mais simples e os utensílios de cozinha eram construídos para durar gerações.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e a sua paleta de cores quentes, evoca uma atmosfera de nostalgia e de aconchego, convidando o observador a uma reflexão sobre a importância da tradição e da memória.

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Os potes de ferro, com as suas três pernas e as suas formas arredondadas, são os protagonistas da imagem.

Estes utensílios, feitos de ferro fundido, eram utilizados para cozinhar os alimentos em lareiras. A escuridão do ferro, contrastando com a luz que incide sobre eles, confere à imagem uma sensação de solidez e durabilidade.

A lareira, com a sua pedra rústica e as suas cinzas, é o cenário perfeito para os potes de ferro.

A lareira era o coração da casa, o lugar onde a família se reunia para se aquecer e para preparar as refeições.

A vassoura, pendurada na parede, completa a composição, evocando a rotina diária da vida rural.

A vassoura era um instrumento essencial para a limpeza da lareira e sua envolvente.

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Os potes de ferro de três pernas eram um utensílio essencial nas casas rurais de Trás-os-Montes.

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O ferro fundido é um material extremamente resistente ao calor e à corrosão, o que tornava os potes muito duráveis.

Os potes de ferro podiam ser utilizados para cozinhar uma grande variedade de alimentos, desde sopas e ensopados até carnes e legumes.

Os potes de ferro eram transmitidos de geração em geração, tornando-se parte integrante da identidade cultural da região.

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A fotografia de Mário Silva não é apenas uma bela imagem, mas também um documento histórico.

Ao representar um objeto quotidiano, como um pote de ferro, o artista oferece-nos um vislumbre do passado, permitindo-nos compreender melhor a vida das pessoas que viviam nas zonas rurais de Portugal.

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Em resumo, a fotografia "Os potes de ferro de três pernas" é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da tradição e da memória.

Através de uma linguagem visual simples e poética, o artista captura a essência de um objeto que, embora tenha sido substituído por utensílios mais modernos, continua a evocar um sentimento de nostalgia e de pertença.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Fev25

"O Portelo” - Um Olhar Sobre o Passado


Mário Silva Mário Silva

"O Portelo”

Um Olhar Sobre o Passado

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A fotografia "O Portelo" de Mário Silva, ao apresentar um portão de ferro enferrujado encravado em muros de pedra, transporta-nos para um universo rural, carregado de história e tradição.

O portelo, elemento central da imagem, revela-se mais do que uma simples passagem: é um portal para o passado, um testemunho da vida que outrora se desenrolou por trás daqueles muros.

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A composição da fotografia é marcada pela simplicidade e pela força evocativa.

O portão, com as suas linhas retas e verticais, contrasta com a organicidade da vegetação que o circunda.

A ferrugem que cobre o ferro evoca o passar do tempo, a ação dos elementos naturais sobre o objeto construído pelo homem.

A luz, suave e dourada, confere à imagem uma atmosfera melancólica, convidando à reflexão.

O portelo é um elemento característico das aldeias transmontanas.

Ele delimita propriedades, separa o espaço público do privado, mas também conecta os habitantes entre si.

A fotografia de Mário Silva captura a essência desse elemento arquitetónico, revelando a sua importância no quotidiano das comunidades rurais.

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A fotografia "O Portelo" convida-nos a refletir sobre a importância da propriedade privada nas aldeias transmontanas.

Esses pequenos pedaços de terra, muitas vezes herdados de geração em geração, são mais do que simples propriedades: são alicerces de identidades, testemunhos de histórias familiares e elementos essenciais da paisagem cultural.

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As aldeias transmontanas enfrentam desafios como o envelhecimento da população, o êxodo rural e a desvalorização do património rural.

Nesse contexto, a propriedade privada encontra-se ameaçada.

Muitas terras estão abandonadas, os muros caem e os portelos enferrujam.

A preservação do património rural, incluindo a propriedade privada, é fundamental para a salvaguarda da identidade das aldeias transmontanas.

É preciso valorizar a história e a cultura desses lugares, promovendo a sua preservação e revitalização.

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Em conclusão, a fotografia "O Portelo" de Mário Silva é mais do que uma simples imagem: é um convite à reflexão sobre a importância do património rural e da propriedade privada nas aldeias transmontanas.

Ao capturar a essência desse elemento arquitetónico, o fotógrafo convida-nos a valorizar a história e a cultura desses lugares, contribuindo para a sua preservação e revitalização.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Out24

"O Estábulo em Ruínas" - Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"O Estábulo em Ruínas"

Águas Frias – Chaves - Portugal

23Out DSC07378_ms

A fotografia "O Estábulo em Ruínas" de Mário Silva, capturada em Águas Frias - Chaves, Portugal, é uma poderosa evocação do passado rural.

A imagem, além de documentar um estado de abandono, suscita reflexões sobre a importância dos antigos estábulos na vida da aldeia e sobre as transformações que as comunidades rurais têm sofrido.

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A fotografia apresenta um estábulo em ruínas, localizado no meio de uma paisagem rural.

O edifício, com paredes de pedra e telhado de telha parcialmente desabado, demonstra o efeito do tempo e da falta de manutenção.

A vegetação, que invade o espaço interior e exterior do estábulo, reforça a ideia de abandono e decadência.

Ao fundo, um campo seco e uma cerca de madeira completam a composição, sugerindo um ambiente isolado e pouco habitado.

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A fotografia documenta um elemento fundamental da vida rural em Portugal, os estábulos.

Essas estruturas, outrora essenciais para a subsistência das comunidades, são agora testemunhas de um modo de vida que está a desaparecer.

Os estábulos fazem parte do património cultural de muitas comunidades rurais.

A fotografia de Mário Silva contribui para a preservação da memória e da identidade dessas comunidades.

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A composição da fotografia, com o estábulo em ruínas no centro da imagem, evoca um sentimento de desolação e melancolia.

A vegetação que invade o edifício reforça essa ideia de abandono.

A fotografia estabelece um contraste entre a força da natureza, representada pela vegetação, e a fragilidade da construção humana, representada pelo estábulo em ruínas.

A perspetiva utilizada pelo fotógrafo cria uma sensação de profundidade e imersão na paisagem.

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O estábulo em ruínas representa o ciclo da vida e da morte, a passagem do tempo e a inevitabilidade da decadência.

A ruína do estábulo simboliza as transformações que as comunidades rurais têm sofrido, com o êxodo rural e a mecanização da agricultura.

O estábulo evoca memórias e histórias de vida, ligadas ao trabalho agrícola, à criação de animais e à vida em comunidade.

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Como conclusão, a fotografia "O Estábulo em Ruínas" é uma obra que nos convida a refletir sobre o passado, o presente e o futuro das nossas comunidades rurais.

É uma imagem que nos toca, que nos emociona e que nos faz questionar o nosso lugar no mundo.

A fotografia de Mário Silva é um testemunho da importância de preservar a nossa memória e o nosso património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Jun24

A casa em ruínas e a janela aberta: Uma porta para o passado medieval


Mário Silva Mário Silva

A casa em ruínas e a janela aberta:

Uma porta para o passado medieval

Jun23 DSC08879_ms

A fotografia evoca um sentimento de nostalgia e mistério.

A casa em ruínas, com a sua janela aberta, sugere um passado glorioso que agora está perdido.

A luz que entra pela janela parece convidar-nos a entrar e explorar o que resta.

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Castelo de Monforte de Rio Livre: Um símbolo da história medieval

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A localização da casa, nas proximidades do Castelo de Monforte de Rio Livre, intensifica ainda mais a sensação de viagem no tempo.

O castelo, construído nos séculos XIII e XIV, foi um importante centro de defesa e comércio durante a Idade Média.

Hoje, as suas ruínas ainda impõem respeito e admiração.

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Imaginando o mundo medieval

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Ao olhar para a casa em ruínas e para o castelo, podemos imaginar como era a vida no passado.

Podemos imaginar os cavaleiros montados nos seus cavalos, as damas com os seus vestidos longos e os camponeses trabalhando nos campos.

Podemos imaginar o barulho das batalhas e o cheiro da comida a cozinhar.

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A importância da preservação do património histórico

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A imagem da casa em ruínas também serve como uma anotação da importância da preservação do património histórico.

O Castelo de Monforte de Rio Livre é um monumento importante que deve ser preservado para as gerações futuras.

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Conclusão

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A fotografia da casa em ruínas e da janela aberta é um convite para viajar no tempo e imaginar o mundo medieval.

É também um lembrete da importância da preservação do nosso património histórico.

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A imagem também pode levar-nos a refletir sobre a passagem do tempo e a impermanência das coisas.

A casa em ruínas é um símbolo de que nada dura para sempre, nem mesmo os castelos mais poderosos.

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No entanto, a imagem também pode ser vista como um símbolo de esperança.

A janela aberta sugere que ainda há algo a ser descoberto, que o passado ainda pode nos ensinar algo.

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Em última análise, a interpretação da imagem é livre para cada um.

O importante é que ela nos inspire a pensar sobre o passado, o presente e o futuro.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Jan21

EU AMO TUDO O QUE FOI - Águas Frias (Chaves) - Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

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EU AMO TUDO O QUE FOI

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Eu amo tudo o que foi,

Tudo o que já não é,

A dor que já não me dói,

A antiga e errónea fé,

Ontem que dor deixou,

O que deixou alegria,

Só porque foi, e voou

E hoje já é outro dia.

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Fernando Pessoa

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Mário Silva 📷

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