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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

06
Nov25

"Outono e os castanheiros transmontanos"


Mário Silva Mário Silva

"Outono e os castanheiros transmontanos"

06Nov DSC09006_ms

A fotografia de Mário Silva retrata uma paisagem florestal dominada pela transformação sazonal.

O cenário é um souto de castanheiros sob a luz do outono, que realça a riqueza de cores da estação.

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As árvores, com os seus troncos robustos e escuros, têm a folhagem em plena mudança, apresentando uma paleta que varia do verde escuro (em algumas árvores mais à direita) ao amarelo e vermelho vivo (especialmente nas árvores mais à esquerda, banhadas pela luz do sol).

O sol, vindo de cima ou da lateral superior esquerda, cria um efeito de raios de luz que atravessam as copas, iluminando o ambiente.

O chão está completamente forrado por uma espessa camada de folhas caídas em tons de castanho e ocre, e as sombras projetadas pelos troncos alongam-se pelo terreno.

A cena evoca uma sensação de tranquilidade e de colheita.

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Os Castanheiros: Colunas Vivas da Identidade Transmontana no Outono

A imagem capturada por Mário Silva dos castanheiros transmontanos no esplendor do outono não é apenas uma fotografia de uma floresta; é um retrato da alma da região de Trás-os-Montes.

O castanheiro (Castanea sativa) é uma das árvores mais emblemáticas e economicamente vitais do interior de Portugal, e a sua presença marca a paisagem, a cultura e a economia local.

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A Coroa Dourada do Outono

O castanheiro é um dos protagonistas visuais do outono.

Na região transmontana, o clima e o solo favorecem o seu desenvolvimento, e é nesta estação que as suas folhas, antes de caírem para forrar o solo (como se vê na fotografia), se transformam num magnífico espetáculo de tons amarelos e vermelhos, que parecem competir com o sol.

A queda das folhas é o anúncio de que a verdadeira riqueza, o fruto, está pronta para ser colhida.

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Mais que um Fruto, um Tesouro

A castanha é o "pão" de Trás-os-Montes, e o outono é o tempo de festa da colheita.

Antigamente, a castanha era um alimento fundamental na dieta das populações rurais, funcionando como um substituto do cereal em tempos de escassez.

Hoje, mantém a sua importância económica e gastronómica, sendo celebrada em feiras e festas como o magusto, onde é assada e acompanhada por jeropiga ou vinho novo.

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O processo de apanha — a abertura dos ouriços espinhosos no solo, o som das castanhas a cair e a corrida para as recolher — é um ritual social que une famílias e vizinhos.

A qualidade das castanhas de Trás-os-Montes, especialmente as variedades da Terra Quente (como a Longal e a Judia), é reconhecida e valorizada.

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A Cultura do Souto

O bosque de castanheiros é tradicionalmente chamado de souto.

Estes soutos não são florestas selvagens, mas sim espaços cultivados e cuidadosamente mantidos ao longo de séculos.

Os troncos robustos e centenários, como os da fotografia, testemunham a longevidade destas árvores, que são passadas de geração em geração.

A sua gestão é uma forma de património cultural, que demonstra o profundo respeito e a ligação das gentes transmontanas à sua terra e aos seus recursos.

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O outono, com a sua luz mágica e o tapete de folhas, celebra o momento em que a natureza partilha o seu fruto, reafirmando o castanheiro como um símbolo da resiliência, da tradição e da abundância transmontana.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
31
Out25

“Campo de futebol relvado, de erva seca” - Travancas – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Campo de futebol relvado, de erva seca”

Travancas – Chaves – Portugal

31Out DSC08003_ms

Esta fotografia de Mário Silva, capturada em Travancas, Chaves, retrata um cenário que evoca a melancolia e o contraste entre o desporto e o abandono.

O plano principal é dominado por um campo coberto por erva alta e seca, em tons profundos de castanho-dourado e ocre, sugerindo o final do verão ou o avanço do Outono no interior transmontano.

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Em contraste com o tom da relva, destacam-se duas balizas de futebol em ferro, visivelmente enferrujadas e sem redes, que se erguem como esqueletos sobre o campo.

A primeira baliza, mais próxima e maior, é ladeada por arbustos.

A segunda, mais distante, reforça a profundidade da composição.

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O fundo da imagem é preenchido por uma paisagem montanhosa, suavemente ondulada, que se estende sob um céu dramático, pesado, com nuvens carregadas em tons de cinzento e amarelo-sujo.

A luz é difusa e quente, conferindo à cena uma atmosfera de quietude, isolamento e a memória de jogos passados.

O campo, outrora palco de atividade, surge agora como um monumento à pausa e à espera.

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O Relvado Seco e as Balizas Enferrujadas – O Futebol como Metáfora no Portugal Rural

O “campo de futebol relvado, de erva seca”, capturado em Travancas, Chaves, é muito mais do que um mero registo paisagístico; é uma profunda metáfora da vida e da memória nas aldeias do interior de Portugal.

A imagem evoca a dualidade entre a paixão comunitária e a realidade do despovoamento.

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O Templo do Desporto no Interior

Em comunidades pequenas, o campo de futebol – por mais rústico que seja – transcende a função desportiva.

É um verdadeiro templo social.

É o ponto de encontro de jovens, o palco de rivalidades amigáveis entre aldeias, e o espaço onde a identidade local se reforça a cada golo.

O “relvado” de erva seca, longe do glamour dos grandes estádios, representa a autenticidade e o engenho do futebol praticado na sua forma mais pura, em condições simples.

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As Balizas: Memória e Abandono

As balizas enferrujadas são o ponto focal dramático da fotografia.

A sua corrosão e a falta de redes simbolizam o passo do tempo e, inevitavelmente, o abandono.

O metal, castigado pelos Invernos e Verões, reflete a estagnação da atividade.

Estas balizas permanecem de pé, orgulhosas, mas vazias, a guardar a memória dos jogos, dos gritos de vitória e dos lamentos de derrota.

Elas representam a resistência de uma tradição que teima em não desaparecer, mesmo quando os jogadores já partiram.

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A Paisagem e a Quietude Transmontana

O cenário de montanhas distantes e o céu carregado enquadra o campo numa quietude quase solene.

A paisagem vasta e rural reforça o sentido de isolamento destas comunidades.

A cena, capturada no silêncio da tarde, convida à reflexão sobre o ciclo de vida das aldeias: a vitalidade trazida pelo verão e pelos regressos, e a pausa melancólica trazida pelo Outono e o Inverno, quando a vida comunitária se recolhe e o campo espera pacientemente pela próxima estação.

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Em Travancas, como em muitas outras aldeias de Chaves, este campo de futebol é uma cápsula do tempo, celebrando a paixão inata pelo jogo enquanto lamenta, silenciosamente, os filhos da terra que já não vêm chutar a bola.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Out25

"Mais um belo dia nasce..."


Mário Silva Mário Silva

"Mais um belo dia nasce..."

16Out DSC03104_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Mais um belo dia nasce...", é uma imagem que captura a beleza dramática do nascer do sol sobre uma paisagem rural.

Dominada por tonalidades quentes de laranja, dourado e sépia, a foto transmite uma sensação de esperança e renovação.

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O sol, um disco brilhante e intenso, está a emergir por trás das colinas distantes, banhando o horizonte com a sua luz.

Em primeiro plano, os elementos da natureza são apresentados em silhueta escura, com ramos de árvores suspensos no topo e arbustos a emoldurar o terço inferior.

O contraste entre a silhueta da vegetação e o brilho intenso do sol cria um poderoso efeito visual de profundidade e mistério.

É uma cena de transição, onde a escuridão da noite dá lugar à promessa do dia.

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A Promessa Dourada da Aurora: A Esperança que Renasce a Cada Manhã

A fotografia de Mário Silva não é apenas o registo de um fenómeno astronómico; é uma ode à esperança e ao poder da renovação diária.

O título, "Mais um belo dia nasce...", é um convite à contemplação, uma lembrança de que, não importa a escuridão da noite que passou, a luz regressa sempre, implacável e gloriosa.

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O Confronto de Cores e Sentimentos

Na imagem, a escuridão dos ramos e das árvores em silhueta representa os desafios, as incertezas e a quietude da noite.

É o peso do que fica para trás.

No entanto, o horizonte está a ser invadido pelo laranja-fogo e pelo dourado do sol.

Este contraste dramático é profundamente emotivo.

O sol não apenas ilumina, ele incendeia a paisagem, forçando a sombra a recuar e anunciando a chegada de uma nova oportunidade.

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A Lição da Persistência da Luz

Na vida, enfrentamos as nossas próprias "noites escuras", momentos em que o horizonte parece distante e incerto.

Mas o espetáculo da aurora, repetido com uma fidelidade inabalável pela natureza, é uma lição de persistência.

A luz, embora nasça lentamente e exija que a escuridão se dissipe, vence sempre.

A cada nascer do sol, somos confrontados com a beleza de um novo começo, uma tela em branco onde podemos reescrever as nossas histórias.

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Um Convite à Gratidão

Observar o nascer do sol, como nos convida esta fotografia, é um ato de gratidão.

É agradecer pela força que nos permite sobreviver à escuridão e pela beleza que nos é oferecida gratuitamente.

É respirar o ar fresco da manhã e sentir o calor do sol a despertar a terra.

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Assim, o que Mário Silva capturou não é apenas o sol a subir, mas a promessa de um novo ciclo; a garantia de que a esperança é uma energia tão poderosa quanto a luz que irradia do horizonte e que nos convida a erguer a cabeça e a receber o belo dia que acaba de nascer.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Set25

“Rio Tuela” – Torre de Dona Chama - Mirandela - Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Rio Tuela”

Torre de Dona Chama - Mirandela - Portugal

22Set  DSC04175_ms

Esta fotografia de Mário Silva retrata o Rio Tuela, com as suas margens densamente arborizadas.

A imagem, com o seu reflexo na água, evoca a serenidade do rio e a beleza da paisagem.

O rio, com a sua água escura e calma, flui entre as margens.

A luz do sol, que incide sobre a vegetação, cria um efeito de brilho e de sombra.

A fotografia, com a sua luz e a sua cor, é um retrato da beleza natural de Portugal.

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Estória: O Sussurro do Rio

O Rio Tuela, com as suas águas escuras e profundas, era o guardião de segredos.

Ao longo dos anos, ele tinha ouvido as estórias dos amantes, os lamentos dos solitários e as promessas dos viajantes.

A sua vida era um conto de silêncio e de murmúrio, com o seu nome a ser ecoado por cada folha, por cada pedra e por cada ave.

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Uma manhã, o rio, com as suas águas calmas, ouviu o lamento de uma jovem.

O nome dela era Estrelinha, e a sua vida era um conto de dor e de saudade.

Ela tinha perdido o seu amor, e o seu coração, como o rio, tinha-se tornado um túmulo para as suas memórias.

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O rio, com a sua voz calma, sussurrou-lhe a estória do tempo.

- O tempo - disse ele - não para. As águas do rio, como as nossas lágrimas, vão para o mar. Mas as nossas memórias, como as pedras do rio, ficam para sempre.

Estrelinha, que tinha ouvido o lamento do rio, sentou-se na margem.

O sol, com os seus raios, incidiu sobre o rio e sobre as folhas.

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Estrelinha, com a sua mão, tocou na água.

A sua dor, que era como uma tempestade, começou a dissipar-se.

O rio, com o seu murmúrio, disse-lhe:

- Não te esqueças de mim. A tua estória está no meu coração, e eu, como o teu amor, vou estar sempre contigo.

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A fotografia de Mário Silva é um retrato do encontro entre a natureza e a alma humana.

O rio Tuela não é apenas um curso de água, mas um espelho da nossa alma.

O seu poder, o seu silêncio e a sua beleza são uma lembrança de que, mesmo na nossa solidão, a natureza tem o poder de nos confortar e de nos curar.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
10
Set25

"Não é uma Aldeia qualquer ... é Águas Frias"


Mário Silva Mário Silva

"Não é uma Aldeia qualquer ... é Águas Frias"

10Set DSC03906_ms

A fotografia "Não é uma Aldeia qualquer... é Águas Frias" de Mário Silva capta uma vista panorâmica de uma aldeia aninhada numa paisagem rural.

Em primeiro plano, uma cerca rústica e vegetação verde enquadram o cenário.

A aldeia é composta por casas de diferentes cores, com telhados de cerâmica, espalhadas por uma colina.

A paisagem é dominada por uma vasta área arborizada e montanhosa no horizonte.

A fotografia é tirada num dia de poucas nuvens e a luz do sol realça as cores vivas das casas.

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A Lenda de Águas Frias

Há muito, muito tempo, quando as montanhas de Verín, na Espanha, eram ainda mais altas e o rio corria com mais força, existia uma aldeia que vivia sob uma maldição.

Era a "Aldeia das Águas Quentes", e a sua maldição era a falta de água.

Os rios estavam secos, as colheitas morriam e o povo sofria.

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Um dia, um viajante, um antigo peregrino, chegou à aldeia.

Ele, que tinha percorrido os caminhos de Santiago, tinha ouvido falar da maldição.

Ele disse ao povo:

- O vosso coração está cheio de ganância. O vosso amor é por ouro, não pela terra.

E disse-lhes que a única forma de quebrar a maldição era encontrar a fonte de "águas frias", uma fonte lendária que, segundo a lenda, se encontrava no coração da floresta.

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O povo riu-se do viajante.

Eles não acreditavam em lendas.

Mas o seu coração estava endurecido pela falta de água.

No entanto, uma jovem, de coração puro, que não tinha ganância, acreditou na lenda.

Ela, que tinha visto a sua família a sofrer, decidiu procurar a fonte.

A fotografia de Mário Silva, com as suas cores vibrantes e a sua beleza, capta o seu espírito.

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Ela entrou na floresta, aquela floresta densa e sombria que o fotógrafo capturou no horizonte.

Ela andou por dias, sem comer, sem beber, apenas com a esperança de encontrar a fonte.

Ela não tinha medo, pois o seu amor pela família e pelo seu povo era mais forte que o seu medo.

Ela não desistiu.

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E, num dia, quando a sua esperança estava quase a acabar, ela viu.

Não era uma fonte de água, mas uma fonte de luz.

Uma luz que brilhava por entre as árvores e que a chamava.

Ela seguiu a luz e chegou a uma clareira.

No centro da clareira, havia uma pequena fonte.

A água, límpida e fresca, parecia ter um brilho próprio.

Ela bebeu, e sentiu uma paz que nunca tinha sentido.

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A jovem voltou à aldeia e contou a sua história.

O povo, que tinha sofrido, finalmente acreditou.

Eles foram à fonte e beberam da água, e a sua ganância desapareceu, substituída pela bondade.

E, a partir desse dia, a maldição foi quebrada.

O rio voltou a correr, as colheitas voltaram a crescer, e a aldeia prosperou.

E a aldeia, que antes era conhecida como a "Aldeia das Águas Quentes", passou a ser conhecida como Águas Frias, uma homenagem à jovem corajosa e à sua fé.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Set25

"Árvore seca e solitária"


Mário Silva Mário Silva

"Árvore seca e solitária"

09Set DSC07679_ms

A fotografia "Árvore seca e solitária" de Mário Silva foca numa paisagem árida, onde uma árvore solitária, com a maioria dos seus galhos despidos e secos, destaca-se no topo de uma colina coberta por vegetação de cor ocre.

A luz do sol incide sobre a vegetação, criando um efeito de brilho intenso e sombras profundas.

O céu, em tons de azul e cinzento claro, contrasta com as cores da paisagem.

A imagem, com a sua composição simples e minimalista, realça a beleza da solidão e da resiliência da natureza.

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Estória: O Guardião Silencioso da Colina

A colina, que Mário Silva capturou na sua fotografia, era um lugar de lendas.

A aldeia chamava-lhe "a Colina da Esperança", e a árvore que se erguia no seu cume era o seu guardião silencioso.

Para os aldeões, a árvore não era apenas um pinheiro; era um símbolo de resiliência, de força e de esperança.

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A árvore tinha visto tudo.

Tinha visto o sol a nascer e a pôr-se, a chuva a cair e o vento a soprar.

Tinha visto a vida a passar lá em baixo, a aldeia a crescer, as crianças a brincar, as gerações a virem e a irem.

Ela era a testemunha silenciosa da história da aldeia, o seu coração e a sua alma.

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A fotografia de Mário Silva capturou a sua beleza e a sua solidão.

O seu tronco, cinzento e rugoso, era a prova da sua idade e da sua força.

Os seus galhos, despidos e secos, eram os seus braços estendidos para o céu, uma prece por mais um ano de vida.

A vegetação de cor ocre, que Mário Silva capturou com a sua luz intensa, era a vida que se agarrava à terra, a prova de que mesmo num lugar árido, a vida encontra sempre um caminho.

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A lenda dizia que a árvore tinha um segredo.

A sua alma, dizia-se, estava escondida num pequeno ninho de pássaros que se encontrava no seu tronco.

A lenda dizia que, se alguém com o coração puro subisse a colina e sussurrasse o seu desejo no ninho, o desejo seria realizado.

Mas ninguém o tinha feito.

O medo e a superstição eram mais fortes que a fé.

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A fotografia de Mário Silva era um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, a esperança permanece.

A árvore, com a sua solidão, era um farol, um guia para a aldeia.

E os aldeões, que olhavam para a fotografia, sentiam uma profunda gratidão.

A árvore, o seu guardião, estava ali, a protegê-los, a dar-lhes força, a ser o seu farol.

E eles, a sua aldeia, estavam ali, a protegê-la, a dar-lhe vida, a ser o seu porto seguro.

A árvore e a aldeia eram uma só, unidas por uma lenda, uma história, e uma fotografia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
31
Ago25

"Mais um agosto está a finar” … e um poema


Mário Silva Mário Silva

"Mais um agosto está a finar” … e um poema

31Ago DSC05758_ms

Mário Silva capta a paisagem de um campo de palha ceifado, sob um céu claro.

O campo, de cor dourada, estende-se até ao horizonte, onde se avista uma cadeia de montanhas em tons de azul e cinzento.

Em primeiro plano, dois fardos de palha, redondos, repousam no campo, como se estivessem à espera de algo.

A luz do sol da tarde incide sobre a palha, realçando a sua textura e a sua cor.

A imagem transmite uma sensação de melancolia e de fim de ciclo, como se o agosto estivesse a despedir-se, e o campo, antes cheio de vida, estivesse a ser preparado para o próximo outono.

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Poema: O Fim do Agosto

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O sol, cansado e lento,

dourou a palha no campo.

Mais um agosto se vai embora,

um adeus sem lamento.

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Os fardos, redondos e quietos,

guardam a luz do verão.

Lá longe, a serra dorme,

em tons de azul, em cansaço.

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O vento, um sopro de saudade,

leva consigo a vida que foi.

As promessas de um tempo bom,

a memória do que se foi.

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O campo, antes vivo e verde,

agora em silêncio e dourado,

espera o outono que vem,

o inverno que será.

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E o sol, já a finar,

deixa a sua marca no ar.

A certeza de que, apesar da dor,

mais um verão vai voltar.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Ago25

"Do verde ao azul das águas quentes e calmas” … e uma breve estória


Mário Silva Mário Silva

"Do verde ao azul das águas quentes e calmas”

… e uma breve estória

26Ago DSC04416_ms

Esta fotografia de Mário Silva, capta a beleza de uma paisagem de praia tranquila.

A imagem é dominada por um mar sereno, com a água a mudar de cor, passando do verde-claro na margem para o azul mais escuro no horizonte.

Pequenas e suaves ondas quebram na praia de areia clara, criando uma fina faixa de espuma branca.

À direita, a costa é delimitada por uma área rochosa e uma pequena floresta, enquanto no fundo, avistam-se montanhas a perder de vista.

O céu é de um azul límpido e com poucas nuvens, refletindo-se na água e acentuando a sensação de calma e de paz.

A fotografia transmite uma atmosfera de tranquilidade e a beleza natural do lugar.

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Estória: A Viagem de uma Concha

A concha, um pequeno milagre da natureza, era o lar de um caranguejo ermita há anos.

Mas o caranguejo, cansado de uma vida de medos e de se esconder, tinha decidido que era tempo de partir.

Deixou a concha na areia da praia, um pequeno trono de substância calcária brilhante e rosada da concha.

A fotografia de Mário Silva, com a sua paisagem de águas verdes e azuis, capturou o momento em que a concha, pela primeira vez na sua longa vida, se viu livre.

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A concha, na sua solidão, sentiu o sol quente e a água calma a beijar-lhe o corpo.

As ondas, que antes eram uma ameaça, tornaram-se um amigo, que a embalava e a levava em pequenos passeios pela areia.

A sua vida de concha era monótona, mas a sua alma era cheia de curiosidade. Queria saber o que havia para além do mar, para lá das montanhas distantes que se viam no horizonte.

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Um dia, uma onda, mais forte do que as outras, apanhou-a e levou-a para o mar aberto.

A concha sentiu um medo profundo.

Estava sozinha e longe da segurança da praia.

Mas, com a luz do sol a brilhar nas suas costas, ela decidiu que era tempo de ter coragem.

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Flutuou no mar, observando as cores que mudavam do verde na margem para o azul no horizonte.

Viu peixes coloridos, medusas transparentes, e ouviu o som de barcos que passavam.

Ela era pequena e frágil, mas a sua coragem era grande.

A sua viagem era um sonho, uma aventura.

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O mar era um mundo de maravilhas.

A concha, que antes era apenas um lar, tornara-se um viajante.

As suas costas, outrora lisas, foram polidas pelas ondas, e o seu nácar brilhou com a luz do sol.

Ela estava a viver, não a sobreviver.

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Depois de dias, talvez semanas, de viagem, uma corrente mais forte do que as outras, atirou-a para uma praia distante.

A concha, exausta, mas feliz, pousou na areia quente.

Olhou à sua volta e viu um novo mundo.

Um novo porto.

As águas, que antes eram verdes e azuis, eram agora de um tom diferente, mas a sua beleza era a mesma.

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A fotografia de Mário Silva é a imagem daquele momento de transição.

É a imagem da concha, que tinha deixado o seu passado para trás e tinha a coragem de começar uma nova vida.

A sua estória é uma chamada de atenção de que, por mais pequenas que sejamos, a nossa coragem e a nossa vontade de explorar o desconhecido podem levar-nos aos lugares mais bonitos e mais pacíficos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Ago25

"22 de agosto - dia pessoal da Harmonia, Paz, Amor e Realização” e uma estória


Mário Silva Mário Silva

22 de agosto

dia pessoal da Harmonia, Paz, Amor e Realização

e uma estória

22Ago DSC03313_ms

Esta fotografia de Mário Silva, intitulada "22 de agosto - dia pessoal da Harmonia, Paz, Amor e Realização”, é uma vista aérea de um vale, que me faz lembrar o rio Tuela, em Trás-os-Montes.

A imagem mostra um rio, que serpenteia pelo meio da paisagem, ladeado por duas linhas de árvores, com as suas copas redondas e densas.

Em volta do rio, a paisagem é preenchida por campos de cultivo, com oliveiras a ocupar a maior parte da área.

A cor da terra, em tons de ocre e castanho, contrasta com o verde escuro das árvores e com o verde mais claro dos campos.

A perspetiva elevada dá à fotografia uma sensação de paz e de ordem, como se a paisagem tivesse sido esculpida pela mão da natureza, em perfeita harmonia.

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Estória: A Canção Secreta do Rio

O rio, para as gentes do vale, não tinha nome.

Era apenas "o rio", a linha de prata que traçava a vida e a morte, o ciclo das estações.

Mário Silva capturou-o naquele dia, 22 de agosto, e chamou-lhe "dia pessoal da Harmonia, Paz, Amor e Realização”.

E era exatamente isso que o rio representava.

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O rio tinha uma canção secreta.

Uma melodia que era apenas ouvida por aqueles que tinham a paciência de a escutar.

As suas águas, que serpenteavam entre as árvores, cantavam a história da terra.

Cantavam sobre o sol que lhes dava vida, sobre a chuva que as alimentava, sobre as oliveiras que se inclinavam para elas.

A sua canção era sobre o amor que o rio tinha pela terra, e sobre a paz que ele trazia às suas gentes.

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Naquele dia, 22 de agosto, o rio cantava uma melodia de realização.

O sol, alto no céu, fazia as suas águas brilhar como prata, e a paisagem à sua volta parecia respirar em uníssono.

Os campos de oliveiras, em perfeito alinhamento, pareciam uma orquestra de cores, com o ocre da terra e o verde das folhas.

O ar estava calmo e o som da natureza era a única melodia que se podia ouvir.

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A canção do rio não era apenas para as gentes, mas para as árvores.

Cada uma delas, com as suas raízes a tocar na água, sentia a vida que o rio lhe dava.

As árvores mais velhas, com as suas copas densas, sabiam que a sua vida dependia do rio.

E o rio sabia que a sua existência dependia das árvores, que lhe davam sombra e o protegiam do calor.

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A canção era sobre um amor que era mais antigo do que a memória dos homens.

Um amor entre a terra e a água, entre o sol e a sombra, entre a vida e a morte.

Uma canção que ensinava que a verdadeira realização não era o que se tinha, mas o que se era.

Era a harmonia da natureza, a paz do vale, o amor entre todas as coisas.

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O rio, visto do alto na fotografia de Mário Silva, não era apenas um curso de água.

Era o coração do vale, o maestro de uma orquestra de cores e de vida.

O 22 de agosto, aquele dia de Harmonia, Paz, Amor e Realização, não era apenas um dia no calendário; era a promessa do rio, a canção que ele cantava para todos aqueles que tivessem a paciência de o ouvir.

Era a certeza de que, no meio da dureza da vida, havia sempre um lugar para a beleza e para a paz.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Ago25

"Igreja da Isla de La Toja"


Mário Silva Mário Silva

"Igreja da Isla de La Toja"

03Ago DSC04593_ms

Esta fotografia de Mário Silva, intitulada "Igreja da Isla de La Toja", capta uma vista exterior de uma pequena e singular igreja, distinguindo-se pela sua cobertura quase total de conchas de vieira.

A igreja apresenta uma arquitetura charmosa, com uma torre sineira proeminente no centro da fachada principal, que se eleva em vários níveis.

A estrutura é predominantemente de cor clara, com os detalhes das conchas visíveis por toda a superfície das paredes e da torre.

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A fachada frontal possui uma porta central e duas janelas laterais, todas com molduras simples e um aspeto clássico.

O telhado da igreja, visível na parte direita da imagem, também está coberto por conchas, criando uma textura escamosa e única.

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A igreja está inserida num ambiente ajardinado, com relva verde bem cuidada e palmeiras altas, que adicionam um toque tropical e mediterrânico à paisagem.

No fundo, vislumbra-se um corpo de água, sugerindo a localização insular da igreja, e a linha do horizonte sob um céu claro e luminoso.

A iluminação é forte e natural, realçando a brancura das conchas e o verde da vegetação.

A imagem transmite uma sensação de tranquilidade, singularidade e uma forte ligação ao ambiente marinho.

 

A Igreja das Conchas de La Toja

Um Santuário Marítimo na Galiza

A Ilha de La Toja (O Grove, Pontevedra, Espanha), um dos destinos mais emblemáticos das Rias Baixas galegas, é famosa pelas suas águas termais, pela paisagem luxuriante e por uma joia arquitetónica verdadeiramente singular: a Capela de San Caralampio e da Virgem do Carmo, mais conhecida como a "Igreja das Conchas".

Capturada com mestria pela objetiva de Mário Silva na sua fotografia, esta igreja é um testemunho da devoção popular e da criatividade humana em harmonia com a natureza circundante.

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Uma Devoção Enraizada no Mar

Embora a sua estrutura original seja do século XIX, o que torna esta igreja verdadeiramente única e digna de nota é a sua cobertura externa: está completamente revestida por conchas de vieiras (Pecten maximus), o símbolo universal dos peregrinos do Caminho de Santiago.

Mais do que um mero adorno, esta característica confere-lhe um aspeto orgânico e uma profunda ligação ao mar que a rodeia.

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A capela é dedicada a duas figuras de grande importância para a comunidade local.

San Caralampio é um santo venerado pela sua proteção contra doenças da pele, o que faz todo o sentido numa ilha que se tornou um reconhecido balneário termal.

A sua intercessão era procurada por aqueles que vinham às águas curativas de La Toja.

A segunda padroeira é a Virgem do Carmo (Virgen del Carmen), a padroeira dos marinheiros e pescadores, cuja presença é omnipresente nas comunidades costeiras da Galiza.

Esta dupla dedicação reflete a alma de La Toja: a saúde e o mar.

 

As Vieiras: Mais que Decoração

As vieiras que cobrem as paredes, a torre sineira e até o telhado da igreja não são apenas um capricho estético.

Tradicionalmente, as vieiras eram e são um símbolo do Caminho de Santiago.

Os peregrinos, ao chegar a Santiago de Compostela, levavam uma vieira como prova da sua jornada.

A sua disposição em camadas, como escamas, cria uma textura visual fascinante, que muda com a luz do sol e as condições atmosféricas, conferindo à igreja um brilho perolado e uma mimetização com o ambiente marinho.

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A prática de cobrir a igreja com conchas começou por volta de 1900, impulsionada pelos próprios habitantes da ilha e visitantes, que viam nas conchas um elemento decorativo barato e abundante, ao mesmo tempo que simbolizava a ligação da ilha ao mar e à peregrinação.

Com o tempo, esta particularidade tornou-se a sua maior atração, transformando a capela num ícone reconhecível da Galiza e um ponto de paragem obrigatório para qualquer visitante.

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Um Marco de Fé e Beleza Natural

A Igreja das Conchas de La Toja é mais do que um edifício religioso; é um marco cultural e natural que encapsula a devoção, a história e a singularidade da Ilha de La Toja.

A sua imagem, como a que Mário Silva nos oferece, convida à contemplação da beleza criada pela fusão da fé humana com os tesouros que o mar oferece, tornando-a um santuário verdadeiramente marítimo e um tesouro da arquitetura popular galega.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Jun25

"Serpenteando as Terras de Monforte"


Mário Silva Mário Silva

"Serpenteando as Terras de Monforte"

A fotografia "Serpenteando as Terras de Monforte" de Mário Silva apresenta uma paisagem rural serena em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem destaca um caminho de terra sinuoso que atravessa campos verdes e vinhedos, ascendendo suavemente até uma colina coberta de vegetação densa.

No topo da colina, uma estrutura histórica, o castelo de Monforte de Rio Livre, ergue-se contra um céu parcialmente nublado, adicionando um elemento de profundidade histórica.

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A composição é dominada por tons verdes e terrosos, refletindo a natureza exuberante e a agricultura local.

O caminho central guia o olhar do observador através da cena, criando um sentido de movimento e exploração.

As casas espalhadas na encosta sugerem uma comunidade rural tranquila, enquanto a estrutura no topo da colina serve como ponto focal, contrastando com a horizontalidade do horizonte.

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A fotografia utiliza eficazmente a técnica de linhas guiadas pelo caminho, que conduz o observador pela narrativa visual.

A profundidade de campo é bem explorada, com o primeiro plano de vegetação detalhado e o fundo ligeiramente desfocado, enfatizando a vastidão da paisagem.

A iluminação natural sugere uma hora do dia amena, possivelmente início da tarde, destacando as texturas da vegetação e da terra.

Contudo, a moldura preta adicionada pode ser vista como um elemento distrativo, confinando a cena e reduzindo a sensação de abertura.

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A obra evoca uma ligação com a tradição e a simplicidade rural das Terras de Monforte, capturando a harmonia entre o homem e a natureza.

A estrutura histórica simboliza o passado duradouro da região, enquanto o caminho sugere uma jornada contínua.

A assinatura de Mário Silva no canto inferior esquerdo reforça a autoria e a intenção artística, convidando a uma apreciação pessoal da beleza natural e cultural de Águas Frias.

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Em suma, a fotografia é uma celebração da paisagem portuguesa, equilibrando elementos naturais e humanos com uma composição visualmente envolvente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Jun25

“O marco geodésico e as eólicas” - Paradela de Monforte (Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

“O marco geodésico e as eólicas”

Paradela de Monforte (Chaves – Portugal)

05Jun DSC06720_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “O marco geodésico e as eólicas” em Paradela de Monforte (Chaves – Portugal), captura uma paisagem rural serena com um marco geodésico em primeiro plano e torres eólicas ao fundo.

O marco, uma estrutura de cimento desgastada pelo tempo, destaca-se contra a vegetação verdejante e a rocha exposta, simbolizando a conexão histórica com a medição do terreno.

Ao longe, as eólicas erguem-se sobre colinas douradas, representando o avanço tecnológico rumo à energia renovável.

O céu claro e a luz natural ampliam a sensação de espaço e tranquilidade da região.

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Os marcos geodésicos são fundamentais para a cartografia e a topografia, servindo como pontos de referência precisos para medir altitudes e coordenadas.

Eles foram essenciais no mapeamento detalhado de Portugal, contribuindo para o planeamento urbano, agrícola e de infraestruturas.

Já as torres eólicas simbolizam o compromisso com a sustentabilidade, aproveitando os ventos da região para gerar energia limpa, reduzindo a dependência de combustíveis fósseis.

Juntas, estas estruturas ilustram uma harmonia entre o legado histórico e o progresso ecológico, destacando a importância de preservar o passado enquanto se constrói um futuro sustentável.

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Em conclusão, a paisagem capturada por Mário Silva reflete a importância de valorizar tanto os marcos geodésicos quanto as torres eólicas.

Juntas, elas contam uma história de continuidade e inovação, essencial para o futuro de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Mai25

"Lavrar no fértil vale de Chaves (Portugal)”


Mário Silva Mário Silva

"Lavrar no fértil vale de Chaves (Portugal)”

26Mai DSC06512_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de trabalho agrícola no fértil vale de Chaves, em Portugal, mostrando um trator lavrando a terra no meio de uma paisagem rural.

A imagem reflete a essência da atividade agrícola, uma prática fundamental para a região de Trás-os-Montes e para o país

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A agricultura sempre foi um pilar essencial para a economia e a cultura de Portugal, especialmente em regiões como Trás-os-Montes, onde o vale de Chaves se destaca pela sua fertilidade.

A fotografia de Mário Silva, que retrata um trator lavrando a terra, simboliza o trabalho árduo dos agricultores e a ligação profunda entre o povo e a terra.

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Trás-os-Montes é uma região marcada por um relevo acidentado e um clima continental, com invernos rigorosos e verões quentes.

Apesar dos desafios, a agricultura é a espinha dorsal da economia local.

Culturas como a batata, o milho, a castanha e a vinha são predominantes, enquanto a criação de gado, especialmente ovino e bovino, também desempenha um papel crucial.

O vale de Chaves, conhecido pela sua fertilidade, é um exemplo de como a terra pode ser generosa quando bem trabalhada.

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Os produtos agrícolas de Trás-os-Montes não apenas sustentam as comunidades locais, mas também têm reconhecimento nacional e internacional.

O azeite transmontano, por exemplo, é valorizado pela sua qualidade, e a castanha é um símbolo da região.

Além disso, a agricultura familiar, predominante na região, preserva tradições e saberes passados de geração em geração, mantendo viva a identidade cultural do povo transmontano.

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A nível nacional, a agricultura portuguesa é vital para a segurança alimentar e para a economia.

Portugal é conhecido por produtos como o vinho, o azeite e os lacticínios, que têm uma forte presença nos mercados internacionais.

Regiões como Trás-os-Montes contribuem para essa reputação, fornecendo matérias-primas de alta qualidade.

Além disso, a agricultura desempenha um papel importante na fixação das populações rurais, combatendo o despovoamento do interior, um problema crescente no país.

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A atividade agrícola também é essencial para a sustentabilidade ambiental.

Práticas tradicionais, como as que vemos na fotografia de Mário Silva, muitas vezes promovem a conservação do solo e o uso responsável dos recursos naturais.

Em Trás-os-Montes, os agricultores frequentemente utilizam métodos que respeitam os ciclos da natureza, contribuindo para a preservação da biodiversidade.

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Apesar da sua importância, a agricultura em Trás-os-Montes enfrenta desafios, como o envelhecimento da população rural, a falta de mão de obra e os impactos das mudanças climáticas.

No entanto, há oportunidades para o futuro.

A modernização agrícola, o investimento em tecnologias sustentáveis e a valorização dos produtos locais podem revitalizar o setor.

Iniciativas como o turismo rural e a certificação de produtos com denominação de origem protegida também ajudam a promover a região e os seus produtos.

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Em conclusão, a agricultura, como retratada na fotografia de Mário Silva, é mais do que uma atividade económica em Trás-os-Montes e em Portugal – é um modo de vida, uma ligação à terra e às tradições.

Para as gentes de Trás-os-Montes, ela representa resiliência e identidade; para Portugal, é uma fonte de riqueza cultural e económica.

Valorizar e apoiar os agricultores é essencial para garantir que esta atividade continue a florescer, sustentando não apenas o vale de Chaves, mas todo o país.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Abr25

Giesta Branca (Cytisus multiflorus)”


Mário Silva Mário Silva

"Giesta Branca (Cytisus multiflorus)”

07Abr DSC06659_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A Giesta Branca (Cytisus multiflorus)", mostra uma paisagem rural com um campo verdejante ao fundo, uma antiga estrutura de pedra parcialmente coberta por vegetação e, em primeiro plano, uma abundância de giestas brancas em flor.

A giesta branca, com as suas pequenas flores brancas, domina a cena, criando um contraste vibrante com o verde da vegetação ao redor e o azul claro do céu.

A imagem transmite uma sensação de serenidade e conexão com a natureza, com colinas suaves visíveis ao longe.

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A giesta branca, uma planta da família “Fabaceae”, desempenha papéis fundamentais nos ecossistemas equilibrados, especialmente em regiões de clima mediterrâneo, como Portugal, onde é nativa.

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Como muitas plantas da família das leguminosas, a giesta branca tem a capacidade de fixar nitrogénio atmosférico no solo através de uma simbiose com bactérias do gênero Rhizobium, que vivem nas suas raízes.

Esse processo enriquece o solo com nitrogénio, um nutriente essencial para o crescimento de outras plantas, promovendo a fertilidade do solo de forma natural.

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A giesta branca possui um sistema radicular profundo e extenso, que ajuda a estabilizar o solo, especialmente em áreas inclinadas ou degradadas.

Isso é crucial para prevenir a erosão do solo causada por chuvas ou ventos, contribuindo para a conservação do terreno e a proteção de ecossistemas frágeis.

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As flores da giesta branca atraem polinizadores, como abelhas e borboletas, que são essenciais para a reprodução de muitas plantas no ecossistema.

Além disso, as suas sementes e folhas servem de alimento para aves e pequenos mamíferos, enquanto os arbustos densos oferecem abrigo e locais de nidificação para várias espécies.

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A giesta branca é uma planta pioneira, ou seja, é uma das primeiras a colonizar solos pobres ou áreas afetadas por incêndios florestais.

A sua capacidade de crescer em condições adversas ajuda a iniciar o processo de sucessão ecológica, preparando o terreno para a chegada de outras espécies vegetais mais exigentes.

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Quando as folhas e ramos da giesta branca caem e se decompõem, eles contribuem para a formação de matéria orgânica no solo, melhorando a sua estrutura e capacidade de retenção de água.

Isso é especialmente importante em solos arenosos ou pobres, comuns em algumas regiões mediterrâneas.

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A giesta branca é uma planta resistente à seca e a solos pobres, o que a torna uma aliada em ecossistemas sujeitos a condições climáticas extremas.

A sua presença ajuda a manter a biodiversidade vegetal em áreas onde outras plantas podem não sobreviver.

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Embora a giesta branca tenha muitos benefícios ecológicos, é importante notar que, em algumas situações, ela pode tornar-se invasiva, especialmente em áreas onde não é nativa.

O seu crescimento rápido e capacidade de se espalhar podem competir com outras espécies vegetais, reduzindo a biodiversidade local.

Em ecossistemas equilibrados, no entanto, ela desempenha um papel vital, promovendo a saúde do solo, a biodiversidade e a resiliência ambiental.

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A fotografia de Mário Silva captura não apenas a beleza da giesta branca, mas também a sua integração harmoniosa num ecossistema rural, destacando a sua relevância para a paisagem natural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Abr25

"A aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal"


Mário Silva Mário Silva

"A aldeia transmontana de

Águas Frias - Chaves - Portugal"

05Abr DSC00987_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal", captura uma vista panorâmica e um aspeto representativo da aldeia, permitindo observar a interação entre as construções humanas e a paisagem natural circundante.

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A harmonia entre a ação do Homem e a beleza da Natureza numa aldeia transmontana como Águas Frias pode manifestar-se de diversas formas na imagem:

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Integração das construções na paisagem: As casas, construídas com materiais locais como a pedra, apresentam cores e texturas que se harmonizam com o ambiente natural.

A sua disposição ao longo do terreno pode seguir as curvas e a topografia, em vez de as alterar drasticamente.

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Utilização de materiais naturais: A presença de telhados de telha cerâmica, paredes de pedra e elementos de madeira contribui para uma estética rústica e integrada no ambiente.

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Presença de vegetação: A fotografia poderá mostrar a aldeia rodeada por campos agrícolas, bosques, árvores de fruto ou jardins, evidenciando a coexistência entre a área habitada e a natureza.

A vegetação pode até mesmo envolver as casas, com trepadeiras ou flores a adornar as paredes.

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Escala humana: A dimensão das construções e a forma como se inserem na vastidão da paisagem podem transmitir uma sensação de equilíbrio e de respeito pela natureza.

As atividades humanas visíveis, como caminhos, muros de pedra ou pequenas hortas, podem também refletir uma interação sustentável com o meio ambiente.

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Cores e luz: A luz natural e as cores predominantes na imagem podem realçar a beleza tanto da arquitetura tradicional quanto da paisagem natural, criando uma sensação de unidade e harmonia visual.

Os tons terrosos das casas podem complementar o verde da vegetação e o azul do céu.

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Preservação de elementos naturais: A fotografia evidencia a preservação de elementos naturais como rios, ribeiros, árvores centenárias ou formações rochosas dentro ou perto da aldeia, demonstrando uma valorização do património natural.

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Em suma, a fotografia de Mário Silva poderá ilustrar como a comunidade de Águas Frias, ao longo do tempo, construiu o seu lar de forma a respeitar e a integrar-se na beleza natural da região de Trás-os-Montes, criando uma paisagem onde a ação humana e a natureza coexistem de forma harmoniosa.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Mar25

“Caminho rural com arbustos a florir” - A Natureza a despedir-se do inverno …


Mário Silva Mário Silva

“Caminho rural com arbustos a florir”

A Natureza a despedir-se do inverno …

17Mar DSC04548_ms

O caminho serpenteia entre a vegetação renascida, como um fio de esperança que se desenrola na paisagem.

A terra, ainda húmida do inverno, guarda a memória das chuvas frias, mas já se veste de um verde vibrante, prenúncio da primavera que se aproxima.

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Os arbustos, outrora adormecidos, despertam com uma explosão de flores brancas, como se a natureza se quisesse despedir do inverno com um último suspiro de beleza.

As pétalas delicadas, como flocos de neve que se renderam ao sol, perfumam o ar com um aroma doce e fresco, convidando à contemplação.

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As árvores, ainda despidas de folhas, erguem-se como esqueletos elegantes, contrastando com a exuberância da vegetação rasteira.

Os seus ramos nus, como braços que se estendem em direção ao céu, parecem ansiar pelo calor do sol e pelo toque das folhas novas.

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A luz, suave e dourada, que banha a cena, confere-lhe um ar de magia e mistério.

As sombras alongadas, que se projetam no chão, criam um jogo de luz e escuridão que realça a beleza da paisagem.

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Neste cenário idílico, onde a natureza se despede do inverno e se prepara para receber a primavera, o amor encontra o seu refúgio perfeito.

O caminho, outrora trilhado por passos solitários, agora convida a um passeio a dois, de mãos dadas, em sintonia com a melodia da natureza.

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O aroma das flores, a brisa suave que acaricia a pele, o canto dos pássaros que anunciam a nova estação, tudo se conjuga para criar um ambiente romântico e apaixonante.

Neste lugar mágico, onde o tempo parece ter abrandado o seu ritmo, o amor floresce como as flores da primavera, intenso e eterno.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Mar25

"As mimosas (Acacia dealbata) e os carvalhos (Quercus faginea)"


Mário Silva Mário Silva

"As mimosas (Acacia dealbata)

e os carvalhos (Quercus faginea)"

13Mar DSC01746_ms

A fotografia de Mário Silva captura um contraste interessante entre a vivacidade das mimosas em flor e a sobriedade dos carvalhos num ambiente outonal.

A imagem apresenta um plano próximo de mimosas (Acacia dealbata) com as suas flores amarelas vibrantes, contrastando com um plano de fundo de carvalhos (Quercus faginea) com as suas folhas secas e tons acinzentados.

A paisagem, com as suas colinas e vegetação rasteira, evoca um sentimento de tranquilidade e de beleza natural.

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A composição da fotografia é equilibrada, com as mimosas a ocupar o primeiro plano e os carvalhos o segundo plano.

A perspetiva adotada permite apreciar o contraste entre as duas espécies e a sua relação com a paisagem circundante.

A linha diagonal dos galhos das mimosas conduz o olhar do observador para o interior da imagem.

A luz natural incide sobre a paisagem, criando sombras que acentuam a textura das folhas e a volumetria das árvores.

A paleta de cores é marcada pelo contraste entre o amarelo vibrante das mimosas e os tons acinzentados dos carvalhos, que evocam a sensação de outono e de transição.

As mimosas, com as suas flores amarelas vibrantes, representam a beleza, a alegria e a renovação.

Os carvalhos, com as suas folhas secas e seus troncos robustos, representam a força, a resistência e a passagem do tempo.

A imagem como um todo evoca um sentimento de equilíbrio entre a beleza e a força da natureza.

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A Importância dos Carvalhos e a Beleza das Mimosas:

Os carvalhos (Quercus faginea) são árvores nativas da Península Ibérica, com um papel fundamental nos ecossistemas mediterrânicos.

Eles fornecem abrigo e alimento para diversas espécies animais, contribuem para a fertilidade do solo e ajudam a regular o ciclo da água.

As mimosas (Acacia dealbata) são árvores exóticas, originárias da Austrália, que foram introduzidas em Portugal no século XIX.

Elas são apreciadas pela beleza das suas flores amarelas, que florescem no final do inverno e início da primavera.

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A Ação Invasora das Mimosas:

Apesar da sua beleza, as mimosas são consideradas uma espécie invasora em Portugal.

Elas reproduzem-se rapidamente e espalham-se com facilidade, competindo com as espécies nativas por recursos como luz, água e nutrientes.

A ação invasora das mimosas pode levar à perda de biodiversidade e à degradação dos ecossistemas naturais.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva captura um momento de beleza e de contraste na paisagem natural.

A imagem convida-nos a refletir sobre a importância da conservação dos ecossistemas e sobre a necessidade de controlar a propagação de espécies invasoras.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Mar25

"Vista parcial da aldeia de Águas Frias" … onde o Tempo parece parar ... e o relaxamento parece perdurar ...


Mário Silva Mário Silva

"Vista parcial da aldeia de Águas Frias" …

onde o Tempo parece parar ...

e o relaxamento parece perdurar ...

12Mar DSC09759_ms

A fotografia de Mário Silva, "Vista parcial da aldeia de Águas Frias", captura a essência da tranquilidade e da beleza da paisagem rural transmontana.

A imagem apresenta uma vista panorâmica da aldeia, com as casas de telhado vermelho a contrastar com a vegetação verdejante e o céu nublado.

A névoa que paira sobre a paisagem confere à imagem um ar misterioso e intemporal.

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A composição da fotografia é equilibrada, com a aldeia a ocupar o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a extensão da aldeia e a sua integração na paisagem natural.

Os galhos das árvores em primeiro plano criam um enquadramento natural, convidando o observador a entrar na cena.

A luz natural, difusa e suave, cria uma atmosfera de calma e serenidade.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de verde, castanho e vermelho, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento à terra.

A aldeia, com as suas casas de telhado vermelho e a sua atmosfera tranquila, representa um modo de vida tradicional, marcado pela proximidade com a natureza e pela forte ligação à terra.

A névoa que envolve a paisagem confere à imagem um ar de mistério e de tempo suspenso.

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Águas Frias: Um Refúgio da Agitação Moderna:

A descrição da aldeia como um local onde "o Tempo parece parar... e onde o relaxamento parece perdurar..." é um testemunho da paz e da tranquilidade que se sente em Águas Frias.

A aldeia, com a sua atmosfera calma e a sua paisagem bucólica, é um refúgio da agitação moderna, um local onde se pode escapar do stress do dia a dia e desfrutar da beleza da natureza.

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A Importância da Preservação da Vida Rural:

A preservação da vida rural, com as suas tradições e os seus valores, é fundamental para a manutenção da identidade cultural de um país.

As aldeias como Águas Frias são testemunhas de um modo de vida que está a desaparecer, e a sua preservação é essencial para a memória coletiva e para a valorização do património cultural.

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Em conclusão, a fotografia "Vista parcial da aldeia de Águas Frias" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da vida rural e sobre a necessidade de preservar as nossas raízes.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua atmosfera tranquila, é um convite a visitar Águas Frias e a desfrutar da sua paz e da sua beleza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Mar25

"A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias ao Castelo de Monforte de Rio Livre"


Mário Silva Mário Silva

"A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias

ao Castelo de Monforte de Rio Livre"

01Mar DSC04061_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias ao Castelo de Monforte de Rio Livre" apresenta uma paisagem que retrata a relação histórica e geográfica entre a aldeia de Águas Frias e o Castelo de Monforte de Rio Livre.

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A fotografia mostra um cenário natural com uma elevação de terreno coberto por vegetação. No topo dessa elevação, encontra-se o Castelo de Monforte de Rio Livre, uma estrutura antiga e imponente que domina a paisagem.

Na parte inferior da imagem, há um sinal de trânsito com o nome "Águas Frias", indicando a localização da aldeia.

Este sinal é proeminente e está em primeiro plano, sugerindo a proximidade entre a aldeia e a estrutura do castelo.

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Após o declínio e extinção do concelho de Monforte de Rio Livre, a população migrou para uma área menos agreste e com terras mais produtivas, que é a atual localização de Águas Frias.

Isso sugere uma migração histórica da população da área do castelo para um local mais favorável, mantendo uma conexão simbólica e visual através da paisagem.

A imagem captura a "ligação umbilical" sugerida pelo título, simbolizando a conexão histórica e cultural entre a população de Águas Frias e o seu passado ligado ao castelo.

O termo "umbilical" implica uma ligação vital e profunda, algo que é visualmente reforçado pela proximidade do castelo ao horizonte da aldeia.

A composição da fotografia é interessante.

O castelo, embora distante, é o ponto focal devido à sua posição elevada e estrutura destacada.

O sinal de "Águas Frias" serve como um marcador visual que liga o observador à localização específica da aldeia, criando um diálogo entre o presente (a aldeia) e o passado (o castelo).

A vegetação densa e a paisagem natural ao redor do castelo e da aldeia sugerem uma área rural, talvez menos desenvolvida, que mantém uma certa rusticidade e proximidade com a natureza, o que pode ser um reflexo da busca por terras mais produtivas.

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Esta fotografia não só documenta um lugar específico, mas também conta uma história de migração, adaptação e continuidade cultural através dos séculos.

A escolha do ângulo e da composição por Mário Silva enfatiza essa narrativa, tornando a imagem não apenas um registro visual, mas um meio de contar uma história profunda e enraizada na identidade local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Fev25

"A Neve no cume da serra, por entre árvores"


Mário Silva Mário Silva

"A Neve no cume da serra, por entre árvores"

05Fev DSC09331_ms

A fotografia "A Neve no cume da serra, por entre árvores" de Mário Silva captura a beleza agreste e serena da paisagem transmontana num dia de inverno.

A imagem apresenta uma vista panorâmica, com uma montanha coberta de neve no horizonte, vista através da copa de árvores despidas.

A paisagem, dominada por tons de cinza, branco e castanho, evoca uma sensação de tranquilidade e isolamento.

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A composição da fotografia é diagonal, com os galhos das árvores conduzindo o olhar do observador para o cume da montanha.

A perspetiva adotada permite apreciar a vastidão da paisagem e a grandeza da natureza.

A luz, fria e difusa, cria uma atmosfera de inverno, com sombras longas e contrastes suaves.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de cinza, branco e castanho, que reforçam a sensação de frio e de inverno.

A neve, além de ser um elemento natural, possui um forte simbolismo.

Na cultura popular, a neve está associada à pureza, à renovação e à esperança.

Na fotografia de Mário Silva, a neve que cobre o cume da montanha pode ser vista como um símbolo de resistência e de adaptação da natureza às condições adversas.

A fotografia captura a essência da vida rural em Portugal, revelando a importância da natureza na vida das comunidades locais.

A imagem da montanha coberta de neve evoca um sentimento de nostalgia e de pertença, remetendo para um tempo em que a vida era mais simples e as pessoas estavam mais ligadas à natureza.

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As regiões montanhosas de Trás-os-Montes são caracterizadas por invernos rigorosos, com temperaturas baixas e nevadas frequentes.

As populações locais desenvolveram ao longo dos séculos diversas estratégias para enfrentar as condições climáticas adversas:

-  As casas tradicionais transmontanas são construídas com materiais naturais, como pedra e madeira, que proporcionam um bom isolamento térmico.

- A agricultura de montanha adaptou-se às condições climáticas adversas, com a produção de culturas resistentes ao frio e a criação de animais adaptados ao clima.

- A população local utiliza roupas quentes e impermeáveis para se proteger do frio e da neve.

A vida em comunidade é fundamental para enfrentar as dificuldades do inverno.

Os vizinhos ajudam-se mutuamente nas tarefas como a limpeza da neve e a manutenção das casas.

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Em suma, a fotografia "A Neve no cume da serra, por entre árvores" de Mário Silva é um tributo à beleza e à resiliência da natureza.

A imagem captura a essência do inverno transmontano, com as suas paisagens brutas e sua beleza agreste.

A obra convida-nos a refletir sobre a relação entre o homem e a natureza e sobre a capacidade de adaptação das comunidades rurais às condições climáticas adversas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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