Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

02
Set24

O "Cartaxo-comum (Saxicola rubicola)" e o início do mês de setembro


Mário Silva Mário Silva

.

O "Cartaxo-comum (Saxicola rubicola)"

e o início do mês de setembro

02Set DSC05370_ms

Lembrança da agitação do mês de agosto com o aumento da população dos humanos que vieram da diáspora, passar as suas férias na sua terra natal.

.

A fotografia apresenta um exemplar adulto de Saxicola rubicola, popularmente conhecido como Cartaxo-comum, num momento de repouso sobre um poleiro.

A espécie está numa plumagem não reprodutora, caracterizada por tons predominantemente castanhos e alaranjados, que conferem excelente camuflagem no seu habitat natural.

A pose do indivíduo, com a cabeça levemente inclinada para trás, sugere vigilância e alerta, comportamentos típicos durante a procura por alimento.

.

A composição da imagem é marcada pela simplicidade e pela eficácia na comunicação.

O fundo desfocado e claro enfatiza o sujeito principal, isolando-o visualmente e permitindo uma apreciação detalhada da sua plumagem e postura.

A luz natural, incidente de forma lateral, modela as formas do pássaro, realçando a textura das suas penas.

.

A associação da imagem com o mês de setembro e o retorno de emigrantes durante o mês de agosto estabelece um paralelo interessante entre os ciclos naturais e os ciclos da vida humana.

O Cartaxo-comum, espécie residente em Portugal, pode ser visto como um símbolo de permanência e adaptação, contrastando com a mobilidade dos indivíduos que retornam às suas origens.

.

A imagem pode ser utilizada para ilustrar conceitos de ecologia comportamental, como a importância da camuflagem para a sobrevivência, a seleção de micro-habitats e as estratégias de procura de alimento.

A fotografia pode servir como um apelo à conservação dos habitats naturais do Cartaxo-comum, destacando a beleza e a importância dessa espécie para os ecossistemas.

A imagem pode ser utilizada em materiais educativos para promover o conhecimento sobre a avifauna portuguesa e estimular o interesse pela observação de aves.

.

Plumagem não reprodutora: Pelagem característica de algumas aves fora da época de reprodução, geralmente com cores mais discretas.

Micro-habitat: Pequena área com características físicas e biológicas específicas, utilizadas por um organismo para realizar atividades como alimentação, reprodução ou descanso.

Biodiversidade: Variedade de vida num determinado local, incluindo a diversidade de espécies, de genes e de ecossistemas.

.

Em conclusão, a fotografia, além do seu valor estético, apresenta um rico potencial para a interpretação e discussão de diversos temas relacionados à biologia, à ecologia e à conservação da natureza.

A imagem do Cartaxo-comum, na sua simplicidade, convida-nos a refletir sobre a complexidade da vida e a importância de preservar o património natural.

.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
10
Ago24

Picanço-Barreteiro (Lanius senator)


Mário Silva Mário Silva

Picanço-Barreteiro

(Lanius senator)

10Ago DSC03997_ms

A fotografia de Mário Silva captura a beleza singular do Picanço-Barreteiro (Lanius senator), uma ave passeriforme da família Laniidae.

A ave está pousada num ramo seco, com a sua plumagem contrastante em tons de branco e preto se destacando contra o fundo verde da vegetação.

O bico forte e aduncado, característica distintiva dos picanços, é claramente visível.

.

O Picanço-Barreteiro é uma ave de beleza marcante.

A sua plumagem apresenta um esquema de cores contrastante, com o preto predominante na cabeça, dorso e asas, e o branco no ventre e peito.

A máscara preta na face e a nuca castanha-avermelhada conferem à ave um aspeto único e elegante.

.

O Picanço-Barreteiro é uma ave predadora que se alimenta principalmente de insetos, como gafanhotos, louva-a-deus e besouros.

Também pode consumir pequenos lagartos, cobras e até mesmo outras aves menores.

.

O controle populacional de insetos por essa espécie é fundamental para o equilíbrio dos ecossistemas onde habita.

Além disso, o Picanço-Barreteiro é um indicador da qualidade ambiental, pois prefere áreas abertas com arbustos e árvores dispersas, como pomares e campos agrícolas.

.

A fotografia de Mário Silva também apresenta alguns detalhes que enriquecem a experiência de observá-la:

A nitidez da imagem permite apreciar a textura das penas e a delicadeza dos detalhes da plumagem do Picanço-Barreteiro.

A composição da fotografia, com o Picanço-Barreteiro centralizado no quadro e a vegetação verde em segundo plano, cria um efeito visual agradável e direciona o olhar para a ave.

A iluminação natural da fotografia realça as cores vibrantes da plumagem do Picanço-Barreteiro e contribui para a beleza da imagem.

Em suma, a fotografia de Mário Silva do Picanço-Barreteiro captura a beleza dessa ave notável e destaca a sua importância na biodiversidade.

A qualidade da imagem e a composição cuidadosa permitem que o observador aprecie os detalhes da plumagem e o habitat natural do Picanço-Barreteiro, além de refletir sobre o papel fundamental que essa espécie desempenha no equilíbrio ecológico.

.

A fotografia apresenta a marca d'água de Mário Silva, confirmando inequivocamente da autoria da imagem.

.

Em resumo, podemos concluir que a fotografia de Mário Silva do Picanço-Barreteiro é um registro valioso da beleza e importância dessa espécie na biodiversidade.

A imagem captura a atenção do observador e convida-o a aprender mais sobre essa ave fascinante e o seu papel crucial nos ecossistemas onde habita.

.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
06
Jul24

O Picanço-barreteiro (Lanius senator)


Mário Silva Mário Silva

O Picanço-barreteiro (Lanius senator)

Jul06 DSC06685_ms

O picanço-barreteiro (Lanius senator) é uma ave passeriforme da família Laniidae, conhecida por sua plumagem distintiva e comportamento peculiar.

Esta espécie é caracterizada por uma combinação de cores que a torna facilmente identificável.

.

O picanço-barreteiro possui uma cabeça de cor ruiva, dorso castanho e peito branco.

As suas asas são pretas com uma mancha branca, e a cauda também é preta com bordas brancas.

Esta ave mede cerca de 18 a 20 cm de comprimento, com uma envergadura de asas que varia entre 30 a 32 cm.

Prefere áreas abertas com arbustos e árvores dispersas, podendo ser encontrada em pomares, sebes, clareiras de florestas e áreas agrícolas.

.

O picanço-barreteiro é conhecido pelo seu comportamento de predador.

Alimenta-se principalmente de grandes insetos, mas também caça pequenos mamíferos, aves e répteis.

Uma característica marcante desta espécie é seu hábito de empalar suas presas em espinhos ou arame farpado, um comportamento que facilita a alimentação subsequente.

.

O picanço-barreteiro desempenha um papel significativo na manutenção da biodiversidade dos ecossistemas onde habita.

Ao se alimentar de insetos e pequenos vertebrados, ajuda a controlar populações de pragas agrícolas, contribuindo para a saúde das plantas e a produtividade das colheitas.

Como predador de topo na sua categoria, a presença do picanço-barreteiro indica a saúde e o equilíbrio do ecossistema.

Uma população saudável desta ave sugere um ambiente com boa diversidade de espécies e recursos naturais suficientes.

.

A conservação do picanço-barreteiro é vital para a biodiversidade.

Apesar de ainda ser relativamente comum em algumas áreas, esta espécie enfrenta ameaças devido à perda de habitat, uso de pesticidas e mudanças climáticas.

A proteção de seus habitats naturais e a promoção de práticas agrícolas sustentáveis são essenciais para garantir a sobrevivência desta ave.

.

Em conclusão, o picanço-barreteiro é uma espécie fascinante, tanto pela sua aparência quanto pelo seu comportamento predador único.

O seu papel na cadeia alimentar e na regulação de populações de pragas sublinha a sua importância na biodiversidade.

Proteger o picanço-barreteiro é, portanto, essencial para manter a saúde dos ecossistemas onde esta ave é encontrada.

.

A fotografia mostra um picanço-barreteiro no seu habitat natural, evidenciando a beleza e a importância desta ave na biodiversidade local.

Com esforços de conservação adequados, podemos assegurar que futuras gerações também desfrutem da presença desta espécie notável nos nossos ecossistemas.

.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
03
Jun24

A Felosa-comum (Phylloscopus collybita)


Mário Silva Mário Silva

A Felosa-comum (Phylloscopus collybita)

Jun03 DSC00136_ms

A felosa-comum é uma pequena ave migratória da família Muscicapidae.

É uma das aves mais comuns na Europa, Ásia e América do Norte.

É uma ave robusta, com plumagem verde oliva nas partes superiores e branca nas partes inferiores. Tem uma cauda longa e fina e um bico curto e fino.

.

A felosa-comum é uma ave insectívora, ou seja, alimenta-se principalmente de insetos. Também come larvas, aranhas e outros pequenos invertebrados.

Ela encontra o seu alimento no solo, na vegetação rasteira e nas árvores.

.

A felosa-comum é uma ave solitária, exceto durante a época de reprodução.

Ela constrói o seu ninho em árvores ou arbustos, e a fêmea põe de 4 a 6 ovos.

O macho ajuda a incubar os ovos e a cuidar dos filhotes.

.

A felosa-comum é uma parte importante da biodiversidade.

Ela ajuda a controlar as populações de insetos, o que pode beneficiar as plantas e outros animais.

Ela também é uma presa importante para outras aves de rapina, como gaviões e falcões.

.

A felosa-comum está classificada como uma espécie de menor preocupação pela União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN).

No entanto, as suas populações estão diminuindo em algumas partes de sua área de distribuição devido à perda de habitat e ao uso de pesticidas.

.

A fotografia mostra uma felosa-comum pousada num galho de árvore.

A ave está olhando para frente e parece estar alerta.

O seu bico está fechado e as suas penas estão lisas e bem cuidadas.

.

A fotografia é um bom exemplo da felosa-comum no seu habitat natural.

A ave está num ambiente florestal, que é o tipo de habitat que ela prefere.

A imagem também mostra a ave numa boa pose, o que facilita a identificação.

.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
29
Abr24

O cuco “Cuculus canorus”, … cucu … cucu ...


Mário Silva Mário Silva

O cuco “Cuculus canorus”, … cucu … cucu ...

A29 DSC05820_ma

Estava na floresta, um cuco a cantar

Na floresta verdejante, o sol se esconde,

Folhas dançam ao vento, em tons de bronze.

Um cuco canta melodia suave e triste,

Escondido entre as giestas, com seu canto insiste.

.

Nós o ouvimos cantar, cuco, cuco, cuco,

Sua voz ecoa na floresta, num ritmo profundo.

Curiosos, seguimos o som familiar,

Atrás da giesta, a busca vai começar.

.

Lá encontramos a ave, de plumagem escura,

Empoleirada num ramo, com sua canção pura.

Observamos em silêncio, sua beleza admirar,

Enquanto o cuco continua a nos encantar.

.

O sol se põe, a noite se aproxima,

As estrelas brilham no céu, a lua ilumina.

Deixamos a floresta, com o canto na mente,

E a lembrança do cuco, que nos faz contente.

.

Análise do poema

O poema "Estava na floresta, um cuco a cantar" narra a experiência do narrador ao encontrar um cuco na floresta.

O poema é composto por quatro estrofes de quatro versos cada, com rima ABCB.

A linguagem é simples e direta, utilizando vocabulário relacionado com a natureza.

O tom do poema é tranquilo e contemplativo, transmitindo a sensação de paz e serenidade que o narrador sente ao observar a ave.

 

A primeira estrofe introduz o cenário da floresta verdejante, onde o sol se esconde e as folhas dançam ao vento.

O canto do cuco é descrito como suave e triste, despertando a curiosidade do narrador.

Na segunda estrofe, o narrador relata a busca pelo cuco, seguindo o seu canto.

A ave é finalmente encontrada empoleirada num ramo, com a sua plumagem escura e canção pura.

A terceira estrofe descreve a observação do cuco pelo narrador, que admira sua beleza e se encanta com seu canto.

O sol se põe e a noite se aproxima, enquanto as estrelas brilham no céu e a lua ilumina.

Na quarta estrofe, o narrador despede-se da floresta, levando consigo a lembrança do cuco e a sensação de paz que ele proporcionou.

.

Poema & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
18
Abr24

O dia-a-dia de um Cartaxo (Saxicola rubicola)


Mário Silva Mário Silva

O dia-a-dia de um Cartaxo (Saxicola rubicola)

A18 DSC00883_ms

O dia-a-dia de um Cartaxo-comum (Saxicola rubicola) é bastante ativo e envolve uma variedade de atividades, desde a procura de alimento até a defesa do território e o cuidado dos filhotes.

O Cartaxo-comum é um insetívoro, o que significa que a sua dieta é composta principalmente por insetos. Ele passa grande parte do dia à procura de alimento no solo, em arbustos e em árvores.

Ele usa a sua visão aguçada para localizar insetos, como besouros, moscas, lagartas e aranhas.

Ele então, captura-os com seu bico forte e engole-os inteiros.

O Cartaxo-comum é uma ave territorial, o que significa que defende um território contra outros machos da mesma espécie. Ele faz isso cantando e exibindo as suas penas coloridas.

Se outro macho entrar em seu território, o Cartaxo-comum ataca-o.

O Cartaxo-comum é uma ave monogâmica, o que significa que se acasala com um único parceiro para toda a vida.

O casal constrói um ninho no solo, geralmente num local escondido, entre a vegetação.

A fêmea coloca de 4 a 6 ovos, que são incubados por ambos os pais por cerca de 13 dias.

Quando os filhotes nascem, os pais alimentam-nos com insetos até que estejam suficientemente grandes para se alimentarem por si mesmos.

O Cartaxo-comum também passa algum tempo banhando-se, limpando as suas penas e descansando.

Ele também pode envolver-se em comportamentos sociais, como cantar juntos ou brincar uns com os outros.

Na fotografia, podemos ver um Cartaxo-comum sentado em cima de um poste de madeira. É provável que o pássaro esteja à procura de alimento, pois está olhando atentamente para o chão. O poste de madeira também pode ser um local de descanso ou de canto para o pássaro.

No verão, os Cartaxos-comuns estão mais ocupados a cuidar dos seus filhotes.

No inverno, eles passam mais tempo à procura de alimento e abrigo.

O clima pode afetar a disponibilidade de alimento e a capacidade do Cartaxo-comum de se locomover.

O Cartaxo-comum é predado por aves de rapina, gatos e cobras. A presença desses predadores pode fazer com que o pássaro passe mais tempo escondendo-se e menos tempo a alimentar-se.

O Cartaxo-comum é uma parte importante do ecossistema, pois ajuda a controlar as populações de insetos.

Ele também é uma ave bonita e popular entre os observadores de aves.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
03
Abr24

Corvo (“Corvus corax”)


Mário Silva Mário Silva

Corvo (“Corvus corax”)

A03 DSC00722_ms

O corvo é uma ave de grande porte com plumagem preta brilhante. Possui um bico forte e curvo, pernas pretas robustas e uma cauda longa e em forma de cunha. Os seus olhos podem ser castanhos ou azuis, dependendo da espécie.

Comprimento: 56 a 78 cm

Envergadura: 100 a 150 cm

Peso: 0,8 a 1,5 kg

O corvo prefere habitats abertos com árvores altas, como florestas, campos e áreas montanhosas. Também pode ser encontrado em áreas urbanas.

O corvo é uma ave omnívora e sua dieta varia de acordo com a estação do ano e a disponibilidade de alimentos. Ele come uma variedade de itens, incluindo: animais mortos, insetos, pequenos mamíferos, frutas, nozes, sementes, ovos e peixes.

O corvo é uma ave inteligente e social. Ele vive em pares ou em grupos familiares de até 10 indivíduos. Os corvos são conhecidos pela sua capacidade de usar ferramentas e resolver problemas.

O corvo é uma das aves mais inteligentes do mundo. Ele pode imitar sons humanos e outros sons da natureza. O corvo tem uma vida útil de até 20 anos na natureza.

O corvo é considerado um símbolo de morte e má sorte em algumas culturas.

Em outras culturas, o corvo é visto como um símbolo de sabedoria e inteligência.

O corvo tem um simbolismo rico e complexo que varia de acordo com a cultura. Algumas das principais associações do corvo incluem:

Em muitas culturas, o corvo é visto como um símbolo de morte e má sorte. Isso provavelmente se deve à sua associação com cadáveres e a sua cor preta, que muitas vezes é associada à morte.

Em outras culturas, o corvo é visto como um símbolo de sabedoria e inteligência. Isso deve-se à sua capacidade de usar ferramentas e resolver problemas.

Noutras culturas, o corvo é visto como um símbolo de criação e transformação. Isso deve-se à sua capacidade de imitar sons e se adaptar a diferentes ambientes.

O corvo também é frequentemente associado à magia e ao mistério. Isto devido à sua inteligência e comportamento enigmático.

O corvo é um símbolo importante na obra de Edgar Allan Poe, como no poema "O Corvo".

O corvo aparece em muitas mitologias, como na mitologia grega, onde é associado ao deus Apolo.

O corvo aparece em muitos filmes, como "O Corvo" (1994) e "Os Vingadores" (2012).

O corvo é uma ave fascinante com uma rica história e simbolismo. É uma criatura inteligente e adaptável que tem um papel importante em muitas culturas ao redor do mundo.

A fotografia mostra um corvo-comum (“Corvus corax”) empoleirado num poste de madeira.

O corvo está olhando para a câmara com os seus olhos castanhos.

A plumagem do corvo é preta brilhante e seu bico é forte e curvo.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
28
Set23

Pensamentos de um Picanço-barreteiro (Lanius senator)


Mário Silva Mário Silva

.

Pensamentos de um

Picanço-barreteiro

(Lanius senator)

20 DSC04021_ms

.

Nas Terras Transmontanas, entre serras e montes,

O Picanço-barreteiro encontra seus horizontes.

No norte de Portugal, ele voa com destreza,

E seus pensamentos voam com leveza.

.

No topo de um carvalho, ele observa o cenário,

Pensando em sua vida, solitária e solitário.

Com seu traje negro e barrete vermelho,

Ele é um mestre da arte de ser discreto.

.

Em sua mente, ele voa mais alto do que as águias,

Pensando em suas presas, em suas migrações tão antigas.

Asas afiadas, bico curvado, olhos atentos,

Ele é um caçador habilidoso, dos mais sedentos.

.

Na brisa fria das manhãs transmontanas,

Ele se sente em casa, com suas asas arianas.

As gentes da aldeia, tão simples e amigas,

Observam-no voar com suas cores tão antigas.

.

Pensamentos de sobrevivência, instintos em ação,

No norte de Portugal, ele encontra sua razão.

Pousa em ramos secos, com olhar perspicaz,

E o mundo ao seu redor, ele sabe como é capaz.

.

Enquanto o sol se põe sobre as terras do norte,

O Picanço-barreteiro, sem pressa, parte e suporta a sorte.

Em terras transmontanas, ele é rei e senhor,

Com pensamentos selvagens, voa com fervor.

.

Assim, nas Terras Transmontanas, ele permanece,

Com sua plumagem negra e barrete que enobrece.

Seus pensamentos, um mistério para nós, meros mortais,

Mas sua presença é um tributo às terras ancestrais.

.

Poema & fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
14
Jun23

O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)


Mário Silva Mário Silva

O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)

12DSC01082_ms

.

(continuação …)

Numa manhã de Primavera, encontraram-se duas aves antagónicas, tanto pela sua beleza como pelas suas características: o abelharuco "Merops apiaster" e o estorninho preto “Sturnus unicolor”. Os dois pássaros estavam empoleirados num ramo de árvore, olhando um para o outro de lados opostos.

O colorido abelharuco olhava para o seu reflexo nas penas pretas e brilhantes do estorninho, enquanto este - que se destaca pelo seu comportamento silencioso - se recusava a reconhecê-lo.

O abelharuco era uma visão vívida de penas cor-de-laranja e amarelas brilhantes, com manchas azuis nas asas e um toque de vermelho na cauda. Por outro lado, o estorninho preto ostentava uma pelagem totalmente preta que irradiava um brilho lustroso aos raios de sol.

Os dois pássaros observavam-se de uma altura quase desdenhosa - o abelharuco com o seu bico orgulhoso inclinado para cima e o estorninho com os seus olhos de bico virado para o lado. Naquele momento, eles encapsularam dois estilos contrastantes: um extravagante e vaidoso, e outro solene e digno.

Conclusão

O encontro entre o Abelharuco e o Estorninho-preto é um exemplo fascinante da interação entre espécies na natureza. É certo que o Abelharuco era bastante colorido e o Estorninho Negro bastante conservador, mas foram capazes de ultrapassar as suas diferenças e coexistir pacificamente. Este encontro serve como um ótimo lembrete de que devemos tentar apreciar e respeitar a diversidade do nosso mundo natural e que todos podemos aprender algo uns com os outros. Todos nós podemos ser um pouco mais como o Abelharuco e o Estorninho-preto - abraçando as nossas diferenças e celebrando as nossas semelhanças.

O encontro entre aves tão diferentes serve para lembrar que a diversidade enriquece a natureza. Embora as suas aparências e hábitos fossem muito diferentes, tanto o abelharuco como o estorninho encontraram uma forma de coexistir pacificamente no mesmo ramo. Isto reflete a forma como os seres humanos com diferentes perspetivas, origens e interesses podem aprender uns com os outros se nos aproximarmos com abertura e respeito.

Quando abraçamos a diversidade em vez de tentarmos conformar os outros às nossas próprias preferências, ganhamos novos conhecimentos e ideias que expandem as nossas perspetivas limitadas. Diferentes culturas, religiões e etnias enriquecem a experiência humana quando nos encontramos como iguais. E apesar de, por vezes, surgirem inevitavelmente conflitos, podemos resolver as nossas divergências de forma não violenta através de uma comunicação aberta e de um compromisso.

À medida que continuamos a nossa viagem de descoberta na natureza, devemos esforçar-nos por interagir com os outros da mesma forma que o abelharuco e o estorninho o fizeram - com harmonia, aceitação e vontade de experimentar a beleza que a diversidade traz quando unidos no mesmo ramo. Que possamos aprender a ver para além das diferenças superficiais a maravilha partilhada que une toda a vida no nosso pequeno planeta.

.

Texto e fotografia: ©MárioSilva

.

 

 

Mário Silva 📷
23
Ago21

Ave colorida (abelharuco “Merops apiaster”) - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

.

Uma ave colorida (abelharuco “Merops apiaster”),

perscrutando os céus de Águas Frias (Chaves), tentando vislumbrar um inseto para o seu jantar.

Blog 23 DSC04624_ms

.

“Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça
que canta na tua garganta
canta onde lhe apeteça
.
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
mesmo as que julgas que não
.
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada

.

E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
.
e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.”

.

                                                                                                                                   Manuel António Pina

.

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mariofernando.silva.9803/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA...

https://twitter.com/MrioFernandoGo2

https://www.instagram.com/mario_silva_1957/

 

Mário Silva 📷
06
Out20

Um chamariz (Serinus serinus) em Águas Frias - Chaves - PORTUGAL


Mário Silva Mário Silva

 

Chamariz (Serinus serinus)

*********************************************************************************************************

Um chamariz (Serinus serinus) todo esticado observando não sei o quê nos ares puros de Águas Frias – Chaves – PORTUGAL

**********************************************************************************************************

 

chamarizmilheirinhaserrazina ou grasina (Serinus serinus) é um pequeno pássaro da família Fringillidae.

DSC04725a_ms

.

Pássaro muito enérgico, é dócil, apenas na época de acasalamento se torna mais agressivo e territorial.

As aves meridionais são residentes.

O voo é rápido e ondulado.

Possui um canto repetitivo e prolongado, áspero e com um ritmo rápido, lembrando vidro a partir.

.

.                                                        

                                                       🐤

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mario.silva.3363

https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/

www.flickr.com/photos/7791788@N04

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA?view_as=subscriber

.

                                                                                           🐤

.

 

Mário Silva 📷
20
Set20

. UM INVULGAR ESPANT(ALHO) - Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL


Mário Silva Mário Silva

.

UM INVULGAR ESPANT(ALHO)

 

Um espanta pássaros “invulgar”: Trata-se de um “vulgar” garrafão de plástico, de tons prateados, com 4 aberturas laterais, que devido à forma curvilínea, roda ao sabor da brisa, fazendo algum ruído e espelhando os raios de sol em todas as direções. Este mecanismo espalhado em zonas de árvores de fruto, é um artefacto que usa a energia eólica grátis e se resultar é um verdadeiro “espanta pássaros” 100% ecológico. Este entre muitos outros, foram construídos por um jovem aquafrigidense, num dos seus campos arborícolas.

*****************************************************************************************

O engenho poderá ser observado na aldeia de Águas Frias – Chaves - PORTUGAL

*****************************************************************************************

 

 

“O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são.”

                                                                                                                                                 Aristóteles

                                                                  *********************

“Há coisas que sempre me espantam, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente.”

                                                                                                                                                Roland Barthes

                                                              *********************

”Eu não espanto os pássaros da árvore que me deu frutos amargos."

                                                                                                                                                  Provérbio Árabe

                                                              *********************

 

DSC04511_ms

O ESPANTO

“Com as passadas pisadas na palha

o encanto desencantou,

e a rola, voou...

.

Voou com as asas

voou com as penas

voou com os ventos

voou de casa

voou serena.

.

A rola fogo - pagou

... Mas não apagou!

E não pagou...

O milho que encheu o tempo

o tempo que encheu o papo

encheu por ali os sentimentos

que o vento atirou no espaço...

Com o pisar dos passos,

a palha chiou...

a fogo - pagou, voou...

.

O guiso chocalhou

o cascavel de sua ródia,

processou...

Em processo deu bote

sem saber nadar

navegou no ar,

sem amor, e sem cor,

mas a morte não alcançou.”

                                                                                                                                          António Montes

.

                                                                                      💫

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mario.silva.3363

https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/

www.flickr.com/photos/7791788@N04

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA?view_as=subscriber

.

                                                                                           💫   

.

Mário Silva 📷
08
Set20

O voo dos pardais em Águas Frias (Chaves) - Portugal ... assim como no resto do mundo ...


Mário Silva Mário Silva

 

 

O voo dos pardais

 .

Voam em bando os pardais

irmanados de sonhos inocentes

à procura de pródigas sementes

abundantes nos dourados trigais.

 .

Chilreando alegres melodias

pousam os destemidos pardais

por breves instantes nos beirais

anunciando o raiar dos dias.

DSC00482_ms

 .

Durante o apelo da natureza

criam ninhos de amor frugais

doces-abrigos de pura beleza.

 .

Chegada a hora da partida

voam em bando os pardais

rumo ao céu da nova vida.

 .

                                                                                       Daniel Bastos, “O voo dos pardais”, in Terra

.

                                                                                        🐤

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mario.silva.3363

https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/

www.flickr.com/photos/7791788@N04

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA?view_as=subscriber       

.                        

                                                                                  🐤

 

Mário Silva 📷
15
Jul20

Felosa-comum - "Phylloscopus collybita"


Mário Silva Mário Silva

 

Felosa-comum
Phylloscopus collybita

 

Esta insectívora diminuta é uma das mais comuns invernantes em Portugal, observando-se em praticamente todos os habitats, tal é o seu ecletismo.

DSC03448_ms_Felosa-comum

Identificação
Esta espécie apresenta algumas pequenas variações nas tonalidades de plumagem para plumagem, mas no geral o seu aspeto é rechonchudo e pequeno, o dorso é cinzento-esverdeado, as asas escuras, as partes inferiores pálidas, e uma lista supraciliar ténue.

As patas escuras e o bico pálido, curto e fino completam as características a reter da felosa-comum.

                                                            🐤

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mario.silva.3363

https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/

www.flickr.com/photos/7791788@N04

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA?view_as=subscriber

                                 

                                                                🐤          🐤         🐤

 

Logo Mário Silva 2

 

.

.

Mário Silva 📷
20
Mai20

Toutinegra de salgueiro - "Phylloscopus trochilus"


Mário Silva Mário Silva

 

Toutinegra de salgueiro

"Phylloscopus trochilus"

 

Comprimento: 11-13cm

Envergadura: 19cm

Peso: 10g

Vida útil média: 2 anos

 

Toutinegra de salgueiro (Phylloscopus trochilus)_CutOut

 

A toutinegra de salgueiro é uma ave fina e delicada de bosques, matagais, parques e jardins. Pode-se ouvir cantando uma canção melodiosa e distorcida da copa das árvores. As toutinegra de salgueiro são aves migratórias, reproduzindo-se na Europa e migrando para o sul da África durante o inverno. Eles são pássaros incomuns porque mudam todas as suas penas duas vezes por ano - uma vez nos criadouros e outra no inverno; no entanto, a razão para isso não é clara. Como outros toutinegra, eles são insetívoros, mas comem bagas e frutas no outono.

 

Como identificar

A toutinegra de salgueiro é verde acima e amarelo pálido abaixo, com uma barriga esbranquiçada e uma faixa de sobrancelha.

 
 
 
 
 

 

Mário Silva 📷
12
Mai20

Abelharuco “Merops apiaster”


Mário Silva Mário Silva

 

Abelharuco

“Merops apiaster”

 

Identificação

Inconfundível. É uma ave terrestre de tamanho médio, ricamente

colorida. Os aspetos mais característicos são a garganta amarela,

o peito e o ventre azulados, o dorso vermelho e a máscara preta. A

cauda é comprida, com as duas penas centrais a destacarem-se

das restantes.

DSC01166_InPixio_ms

 

Abundância e calendário

O abelharuco é estival e chega geralmente a Portugal no início de

Abril (por vezes em finais de março) e está presente até ao mês de

Setembro. É comum em quase toda a região a sul do Tejo,

enquanto que para norte deste rio é menos comum e se distribui

sobretudo pela metade interior do território, nas zonas de influência

mediterrânica (Beira Baixa, Beira Alta e Trás-os-Montes).

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷
29
Mar20

Águas Frias (Chaves) - - ... Os Dois Horizontes ...


Mário Silva Mário Silva

 

Os Dois Horizontes

 

Dois horizontes fecham nossa vida:

Águas Frias (Chaves) - ... a porta vermelha ...

... a velha porta vermelha ...

 

        Um horizonte, — a saudade
          Do que não há de voltar;
          Outro horizonte, — a esperança
          Dos tempos que hão de chegar;
          No presente, — sempre escuro,—
          Vive a alma ambiciosa
          Na ilusão voluptuosa
          Do passado e do futuro.

 

Águas Frias (Chaves) - ... o gatito que "fugiu" para o campo para evitar o contacto social com outros gatos ...

... o gatito que "fugiu" para o campo para evitar o contacto social com outros gatos ...

 

         Os doces brincos da infância
          Sob as asas maternais,
          O vôo das andorinhas,
          A onda viva e os rosais;
          O gozo do amor, sonhado
          Num olhar profundo e ardente,
          Tal é na hora presente
          O horizonte do passado.

 

Águas Frias (Chaves) - ... casa na Aldeia (Lampaça) ...... casa na Aldeia (Lampaça) ...

 

          Ou ambição de grandeza
          Que no espírito calou,
          Desejo de amor sincero
          Que o coração não gozou;
          Ou um viver calmo e puro
          À alma convalescente,
          Tal é na hora presente
          O horizonte do futuro.

 

Águas Frias (Chaves) - ... ave colorida (Pisco de peito ruivo - "Erithacus rubecula") de belo canto, alegrando o "silêncio" dos campos ...... ave colorida (Pisco de peito ruivo - "Erithacus rubecula") de belo canto, alegrando o "silêncio" dos campos ...

 

          No breve correr dos dias
          Sob o azul do céu, — tais são
          Limites no mar da vida:
          Saudade ou aspiração;
          Ao nosso espírito ardente,
          Na avidez do bem sonhado,
          Nunca o presente é passado,
          Nunca o futuro é presente.

 

Águas Frias (Chaves) - ... a igreja matriz, mesmo em situação de "quarentena" ladeada de árvores "vestidas" de flores brancas ...... a igreja matriz, mesmo em situação de "quarentena" ladeada de árvores "vestidas" de flores brancas ...

 

          Que cismas, homem? – Perdido
          No mar das recordações,
          Escuto um eco sentido
          Das passadas ilusões.
          Que buscas, homem? – Procuro,
          Através da imensidade,
          Ler a doce realidade
          Das ilusões do futuro.

 

Águas Frias (Chaves) - ... galinhas caseiras ...... galinhas caseiras Vivem alegremente (afinal não é a "gripe aviária") ...

 

Dois horizontes fecham nossa vida.

                                                                                                                    Machado de Assis, in "Crisálidas"

 

 

Até breve !!!!

 

 

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷
21
Mar20

Águas Frias (Chaves) - ... a Aldeia deserta e o COVID-19 ( Alguns conselhos sobre o coronavírus (em forma de poema))...


Mário Silva Mário Silva

 

... a Aldeia

quase deserta

e o COVID-19

Alguns conselhos sobre o coronavírus

(em forma de poema)

Águas Frias (Chaves) - ... a igreja matriz emoldurada por flores de cerdeira (cerejeira) ...

... a igreja matriz emoldurada por flores de cerdeira (cerejeira) ...

 

"Há doenças piores que as doenças." – Fernando Pessoa

 

Águas Frias (Chaves) - ... a hera invade a casa que era ... ... a hera invade a casa que era ...

 

Saí de casa e fui ao supermercado,

Comprei o que sempre compro habitualmente,

Mas fiquei boquiaberto e até mesmo chocado,

Quando constatei que havia lá muita gente,

A açambarcar, cegos pela sua enorme ganância,

 

Águas Frias (Chaves) - ... um belo exemplar de ave:Chapim-carvoeiro (Periparus ater) ... ... um belo exemplar de ave: Chapim-carvoeiro (Periparus ater) ...

 

Preocupa e até assusta ver tanta ignorância.

Voltei para casa a pensar como é a vida,

E as situações com que nela a gente se depara,

E mesmo assim com a mente entretida,

Tive sempre o cuidado de não tocar na cara,

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma casa na Aldeia (Cimo de Vila) ...... uma casa na Aldeia (Cimo de Vila) ...

 

Enquanto entre pensamentos maus e outros bons,

Entrei dentro de casa e fui logo lavar as mãos.

Água e sabão desde as mãos até ao cotovelo,

Sem esquecer as unhas e entre os dedos,

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma vista (parcial) da Aldeia ...... uma vista (parcial) da Aldeia ...

 

O vírus esconde-se e não conseguimos vê-lo,

Mas sabemos bem que os seus segredos,

São maléficos, malfazejos e fecundos,

Assim, lavemos as mãos pelo menos por vinte segundos.

São hábitos que se devem sempre usar,

 

Águas Frias (Chaves) - ... lavrando a vinha ...

... isolado, sozinho ... mas a vinha tem que ser lavrada ...

 

E lembrarmo-nos deles é regra a cumprir,

De cada vez que tossir ou espirrar,

Usar lenço de papel para pôr no lixo logo a seguir.

E na falta de lenço de papel, é preciso dizê-lo,

Tussa ou espirre para o seu cotovelo.

Águas Frias (Chaves) - ... pequena mas bela violeta campestre ...

... pequena mas bela violeta campestre , também ela sozinha e isolada ...

 

Estamos numa guerra com um inimigo invisível,

Somos soldados de uma tropa pronta a lutar,

Mas vencer esta guerra só é possível,

Se ao toque do clarim toda a tropa se juntar.

 

Águas Frias (Chaves) - ... o bidão azul em "isolamento" ...

... o bidão azul em "isolamento" ...

 

Vamos manter a calma e não entrar em pânico,

Vamos lutar com inteligência e dinamismo,

Este vírus facilmente se propaga porque é dinâmico,

Este vírus vai ser vencido com o nosso humanismo.

 

Águas Frias (Chaves) - ... um antigo lagar e anexos (na Lampaça)...... um antigo lagar e anexos (na Lampaça) ...

 

 

Chegou o tempo meus amigos,

De mostrar o nosso melhor lado de humanos,

Só assim seremos vencedores e não vencidos,

Protegendo-nos a nós e àqueles que tanto amamos.

 

Águas Frias (Chaves) - ... a curiosidade do cavalo ...... a curiosidade do cavalo ...

 

 

É a minha vida, mas o mundo é nosso não só meu,

E por ele lutaremos, com a força e a coragem que Deus nos deu.

 

António Magalhães – Possivelmente Poemas

 

Águas Frias (Chaves) - ... flor campestre ...... simplesmente, uma pequena flor campestre ...

 

 

Até Breve!!!

 

 

            

 

 

 

 

Mário Silva 📷
14
Mar20

Águas Frias (Chaves) - ... A Neve Branca das Cerdeiras (Cerejeiras) ...


Mário Silva Mário Silva

 

 


A NEVE BRANCA

DAS CERDEIRAS

(CEREJEIRAS)

 

Águas Frias (Chaves) - ... a maravilha das cerejeiras em flor ...

 ... a maravilha das cerejeiras em flor ...

 

Só quem não sabe a terra que pisa se pode admirar deste março, marçagão com manhãs de inverno e tardes de verão, do friozinho nocturno, das intermitências de chuva, e, também, das abertas de sol que logo põem um frémito de esperança na aspereza do tempo.

 

Águas Frias (Chaves) - ... os "pinchéis" - flor campestre que anuncia a chegada da primavera ...... os "pinchéis" - flor campestre que anuncia a chegada da primavera ...

 

A neve branca das cerejeiras, como eu costumo chamar, às flores brancas que povoam agora o lugar do Passal e aqui e além pelos campos da Aldeia.

Águas Frias (Chaves) - ... as amarelas mimosas e brancas flores de árvores de fruto, alindam a perspetiva da torre sineira da igreja ...... as amarelas mimosas e brancas flores de árvores de fruto, alindam

a perspetiva da torre sineira da igreja ...

 

Por vezes ando por esse território de fantasia, assim podemos dizer, e mais uma vez aquele sentimento de deslumbramento me encheu os olhos.

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma velha nora que já tirou muita água para regas os terrenos envolventes ...

... uma velha nora que já tirou muita água para regas os terrenos envolventes ...

 

É decerto uma coisa estupenda poder caminhar pelos pomares, rodeado de milhares de flores brancas, descobrir pequenos detalhes na paisagem, tentar arquivar na memória, tanto quanto for possível, esse sortilégio, como coisa pessoal e intransmissível.

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma casa na Aldeia ...

... uma casa na Aldeia ...

 

A mancha branca, que domina o Passal, apesar da chuva insistente, resiste. Todos os dias, que posso, para lá olho e fico feliz por elas resistirem. Penso, aliás, que o cartaz atravessa também as quatro estações.

 

Águas Frias (Chaves) - ... castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional), por entre as árvores ainda despidas ...

... castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional), por entre as árvores ainda despidas ...

 

Vemos as flores e estamos já a sonhar com as cerejas vermelhas e depois porventura com o outono na Aldeia que é outra imagem mágica.

 

Águas Frias (Chaves) - ... cavando a terra seca ...... cavando a terra seca ...

 

Poucas árvores têm tanta presença na cultura. Desde "O Cerejal", de Tchekov, àquela mítica canção da Comuna com que Yves Montand nos fazia bater mais depressa o coração, "Le Temps des Cerises", até à poesia em que a cereja se transforma abundantemente em metáfora de amor.

 

Águas Frias (Chaves) - ... perdiz, olhando de lado, com ar desconfiado ...... perdiz, olhando de lado, com ar desconfiado ...

 

"Haver no fundo um templo ou uma casa

é ter consigo, amante, uma cereja aberta

onde é madeira ao centro e solução

do suco rosa e negro  onde se abrasa

e torna leve e limpo, e mal desperta

se torna coração"

 

Texto adaptado de Fernando Paulo Louro

Original in: http://www.fernandopaulouro.com/2016/04/a-neve-branca-das-cerejeiras.html

 

 

Até breve !!!

 

 

   

 

 

 

Mário Silva 📷
29
Fev20

Águas Frias (Chaves) - ... O canto das aves e ... os verbos ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR ...


Mário Silva Mário Silva

 

... O canto das aves e ...

... os verbos

ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... um casal de pintarroxos - "Carduelis Cannabina" ...

... um casal de pintarroxos - "Carduelis Cannabina" ...

Sou um amante confesso.

O canto dos pássaros,

o mendigo que pede dinheiro na rua

Águas Frias (Chaves) - ... os últimos raios de sol iluminando a igreja matriz e casas ao lado - o castelo no cimo do Brunheiro, já parece que "adormeceu" ...... os últimos raios de sol iluminando a igreja matriz e casas ao lado - o castelo no cimo do Brunheiro, já parece que "adormeceu" ...

 

ou mesmo o vento fresco

que me abraça

quando o calor parece vencer a disputa.

Águas Frias (Chaves) - ... a janela aberta, em casa desabitada ...... a janela sempre aberta, em casa que já fora habitada...

 

Amor é meu combustível,

o sentido que dou a vida.

Águas Frias (Chaves) - ... pela Rua 1.º de Maio ... ... pela rua 1.º de Maio ...

 

Sem ele não conjugamos os verbos

ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR.

Águas Frias (Chaves) - ... O Castelo de Monforte de Rio Livre, tendo a Natureza alindado a sua envolvente com flores campestres ...

... o castelo de Monforte de Rio Livre, tendo a Natureza alindado a sua envolvente

com flores campestres ...

 

E Você já amou hoje?

Allyson Moreira

Águas Frias (Chaves) - ... e o fim do dia aproxima-se ...... e o fim do dia aproxima-se ...

 

Amar não é só a Natureza e Pessoas, mas passa por todas as coisas boas da Vida, exercitando todos os nossos sentidos: visão; audição; olfato e também o sabor ....

Águas Frias (Chaves) - ... imagem de rara beleza, mas ainda melhor será a sua degustação. Este fumeiro não é industrial, mas sim fruto de mãos hábeis e fiéis à tradição ...... imagem de rara beleza, mas ainda melhor será a sua degustação.

Este fumeiro não é industrial,

mas sim fruto, de mãos hábeis e fiéis à ancestral tradição ...

 

 

Até breve !!!

 

 

 

 

Mário Silva 📷

Agosto 2024

Mais sobre mim

foto do autor

LUMBUDUS

blog-logo

Hora em PORTUGAL

Calendário

Setembro 2024

D S T Q Q S S
1234567
891011121314
15161718192021
22232425262728
2930

O Tempo em Águas Frias

Pesquisar

Sigam-me

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.