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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

26
Abr25

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"


Mário Silva Mário Silva

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"

26Abr DSC01156_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca", retrata uma casa rural que parece encapsular a essência da arquitetura tradicional das aldeias transmontanas, uma região no nordeste de Portugal conhecida pela sua rusticidade e ligação profunda com a terra.

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A imagem mostra uma pequena casa de pedra e reboco, com um telhado de telhas vermelhas tradicionais, ligeiramente desgastadas pelo tempo, o que dá um ar de autenticidade e história.

A casa possui uma varanda elevada, acessível por uma escadaria de pedra rústica, que parece ter sido moldada pelas intempéries ao longo dos anos.

A varanda é delimitada por uma grade de madeira simples, com um desenho em treliça na lateral, e é coberta por um telhado inclinado que protege a entrada principal.

A porta de entrada, de madeira escura, é modesta, com uma pequena janela de grades que permite a entrada de luz.

Ao lado da escadaria, há um barril de madeira, possivelmente usado para armazenar vinho, e algumas plantas verdes que crescem ao redor, sugerindo um ambiente natural e integrado à paisagem.

A parede lateral da casa é de pedra exposta, com blocos irregulares unidos por argamassa, enquanto outras partes são rebocadas e pintadas de branco, um contraste típico que dá charme à construção.

Uma lanterna pendurada na varanda adiciona um toque de funcionalidade e nostalgia.

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A iluminação da fotografia é suave, com uma luz natural que parece ser do final da tarde, criando sombras delicadas que realçam a textura da pedra e da madeira.

A composição da imagem é íntima e acolhedora, transmitindo uma sensação de simplicidade e serenidade, como se a casa fosse um refúgio num meio de vida rural.

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As casas rurais transmontanas são conhecidas pela sua arquitetura funcional, construídas para atender às necessidades de uma vida agrícola e resistir às condições climáticas rigorosas da região, que incluem invernos frios e verões quentes.

A fotografia de Mário Silva reflete várias dessas características, e podemos traçar uma analogia poética entre a casa retratada e o espírito das habitações tradicionais de Trás-os-Montes.

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Assim como na fotografia, as casas transmontanas são frequentemente construídas com pedra de granito, materiais abundantes na região, que conferem durabilidade e um aspeto rústico.

A pedra exposta na parede da casa da imagem é um reflexo direto dessa prática, enquanto o reboco branco noutras partes é comum para proteger as paredes e dar um toque de luminosidade.

Esta combinação de pedra e reboco é como uma metáfora para o povo transmontano: resistente e enraizado como a pedra, mas com um coração acolhedor e simples, simbolizado pelo branco.

O telhado inclinado de telhas vermelhas é uma característica marcante das casas transmontanas, projetado para suportar a neve no inverno e facilitar o escoamento da chuva.

Na fotografia, o telhado desgastado parece contar histórias de muitos invernos e verões, assim como as próprias aldeias transmontanas, que carregam a memória de gerações.

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A varanda elevada com escadaria de pedra é um elemento típico das casas transmontanas, especialmente em terrenos inclinados.

Essa característica permite separar a entrada principal do nível do solo, muitas vezes usado para armazenamento ou para abrigar animais.

Na fotografia, a varanda é como um pequeno palco onde a vida acontece: um lugar para descansar, observar a aldeia ou conversar com vizinhos, refletindo a importância da comunidade na cultura transmontana.

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A casa na imagem é desprovida de ornamentos desnecessários, assim como as casas transmontanas, que priorizam a funcionalidade.

A grade de madeira simples, o barril ao lado da escadaria e a lanterna pendurada são detalhes que mostram uma vida prática, onde cada elemento tem um propósito.

Essa simplicidade é um espelho da vida rural transmontana, onde o essencial é valorizado acima do supérfluo.

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As plantas ao redor da casa e a sensação de harmonia com o ambiente são reminiscentes das aldeias transmontanas, onde as construções parecem surgir organicamente da paisagem.

A casa da fotografia não impõe a sua presença, mas se mistura com a terra, como se fosse uma extensão natural do solo rochoso e dos campos ao redor.

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Em conclusão, a fotografia "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca" de Mário Silva é mais do que uma simples captura de uma casa; ela é um retrato da alma transmontana.

A casa, com a sua pedra rústica, telhado de telha, varanda modesta e detalhes funcionais, é uma analogia perfeita para as habitações tradicionais de Trás-os-Montes: sólidas como o granito da região, simples como o modo de vida rural, e acolhedoras como o coração de quem lá vive.

A imagem marca porque consegue transmitir não apenas a aparência de uma casa, mas o sentimento de pertença, resistência e serenidade que define a vida nas aldeias transmontanas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Jul24

A Importância da Agricultura de Subsistência no Nordeste Transmontano de Portugal


Mário Silva Mário Silva

A Importância da Agricultura de Subsistência

no Nordeste Transmontano de Portugal

Jul05 DSC06786_ms

Introdução

A agricultura de subsistência tem um papel crucial na preservação das tradições, na segurança alimentar e na sustentabilidade económica de muitas regiões rurais.

No nordeste transmontano de Portugal, esta prática é não apenas uma forma de vida, mas também uma herança cultural mantida por gerações.

Nesta região, a velhice continua a ser a força humana mais prevalente nos campos, onde o trabalho árduo só cessa com a doença, comorbidades ou óbito.

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Contexto Histórico e Cultural

A agricultura de subsistência no nordeste transmontano tem raízes profundas que remontam a séculos.

Esta prática foi, e continua a ser, uma resposta às condições geográficas e climáticas desafiadoras da região.

Os agricultores locais cultivam uma variedade de culturas, incluindo batatas, milho, feijão e diversos tipos de hortaliças, que são fundamentais para a alimentação das famílias.

Além disso, a criação de gado, especialmente ovinos e caprinos, complementa a subsistência, fornecendo leite, carne e lã.

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Importância Económica e Social

Apesar do avanço tecnológico e da industrialização agrícola em muitas partes do mundo, a agricultura de subsistência no nordeste transmontano mantém-se relevante por várias razões:

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Garante que as famílias tenham acesso a alimentos frescos e nutritivos, minimizando a dependência de mercados externos.

A prática de agricultura orgânica e de baixo impacto ambiental contribui para a preservação do ecossistema local.

A venda de excedentes nos mercados locais gera renda adicional para as famílias agricultoras, fortalecendo a economia da região.

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Desafios e Resiliência

Os agricultores envelhecidos enfrentam inúmeros desafios, incluindo o declínio da saúde física, o isolamento social e a falta de apoio institucional adequado.

No entanto, a resiliência e a determinação destes indivíduos são notáveis.

Muitos continuam a trabalhar nos campos até que a saúde os impeça, demonstrando um profundo compromisso com a terra e com a tradição.

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O Papel da Velhice na Agricultura de Subsistência

A fotografia associada a este artigo mostra dois idosos trabalhando arduamente na lavoura.

Esta cena é representativa da realidade no nordeste transmontano, onde os idosos são a espinha dorsal da agricultura de subsistência.

Eles possuem conhecimento e habilidades que foram passados de geração em geração, assegurando a continuidade das práticas agrícolas tradicionais.

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Futuro da Agricultura de Subsistência

Para garantir a continuidade da agricultura de subsistência no nordeste transmontano, é crucial implementar políticas que apoiem os agricultores idosos, promovam a transferência de conhecimentos para as gerações mais jovens e incentivem a juventude a permanecer no campo.

Investimentos em infraestrutura, acesso a tecnologias apropriadas e programas de apoio financeiro podem ajudar a revitalizar a agricultura na região.

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Conclusão

A agricultura de subsistência no nordeste transmontano de Portugal é um pilar essencial da vida rural, sustentada principalmente pelos idosos que, com sua dedicação incansável, mantêm vivas as tradições e asseguram a segurança alimentar.

Reconhecer e apoiar este esforço é fundamental para a preservação da cultura e do bem-estar económico da região.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Jun24

Numa casa nordestina (poema) - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

Numa casa nordestina

Jun20 DSC08090_ms

 

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Numa casa nordestina, com as escadas de pedra,

Cheias de sardinheiras, coloridas e alegres,

Um jardim florido, com plantas trepadeiras,

E um aroma doce, que invade o ar e os segredos.

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A casa nordestina, com suas paredes brancas,

E telhas vermelhas, que o sol acaricia,

Um lugar aconchegante, cheio de lembranças,

Onde a família se reúne, e a vida se felicita.

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As escadas de pedra, gastas pelo tempo,

Testemunhas de histórias, de alegrias e dores,

Um caminho que leva, a um mundo diferente,

Onde a magia acontece, e os sonhos se transformam em flores.

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As sardinheiras coloridas, penduradas nas paredes,

Trazem vida e cor, a este lugar tão querido,

Um símbolo da arte popular, que o nordeste concede,

E que encanta os olhos, com seu brilho colorido.

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O jardim florido, com plantas trepadeiras,

Que se entrelaçam nos muros, e criam um véu verde,

Um refúgio de paz, em meio à agitação da cidade,

Onde a natureza reina, e a alma se liberta.

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O aroma doce, que invade o ar e os segredos,

É a essência da casa, e do amor que ali reside,

Um perfume de afeto, de carinho e de saudade,

Que aquece o coração, e a alma acalenta.

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A família se reúne, na varanda aconchegante,

Para conversar, rir e compartilhar momentos,

Criando laços de amor, que são eternos e constantes,

E que fazem da casa nordestina, um lar verdadeiramente.

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A vida na casa nordestina, é simples e feliz,

Cheia de alegria, música e sabor,

Um lugar onde o tempo parece parar,

E onde a felicidade reina, em cada canto e em cada flor.

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Este poema é uma homenagem à casa nordestina,

Um lugar mágico e acolhedor,

Onde a vida é simples, mas cheia de amor,

E onde a felicidade floresce, em cada canto e em cada flor.

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Poema & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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