"As giestas brancas (Cytisus multiflorus) invadiram o interior das muralhas" - Castelo de Monforte de Rio Livre - Águas Frias – Chaves - Portugal
Mário Silva Mário Silva
"As giestas brancas (Cytisus multiflorus)
invadiram o interior das muralhas"
Castelo de Monforte de Rio Livre
Águas Frias – Chaves - Portugal
A fotografia de Mário Silva, intitulada "As giestas brancas (Cytisus multiflorus) invadiram o interior das muralhas", retrata o interior do Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias, Chaves, Portugal.
A imagem mostra muralhas de pedra antigas, parcialmente cobertas por vegetação, com um grande número de giestas brancas (Cytisus multiflorus) dominando o espaço interno.
O céu claro ao fundo e a luz natural sugerem um dia ensolarado, destacando o contraste entre a estrutura histórica e a vegetação que a invade.
.
O tema da fotografia aborda a relação entre a natureza e o património histórico, evidenciando como a vegetação, neste caso as giestas brancas, pode ocupar e transformar espaços construídos pelo homem.
As giestas, com as suas flores brancas e densas, criam uma atmosfera quase etérea, mas também sugerem um estado de abandono ou negligência do castelo.
As muralhas de pedra, que deveriam simbolizar força e permanência, aparecem desgastadas e parcialmente cobertas por trepadeiras, reforçando a ideia de que a natureza está retomando o espaço.
.
Do ponto de vista estético, a fotografia é bem composta, com as muralhas emoldurando a cena e as giestas brancas adicionando textura e cor.
A luz natural realça os detalhes das plantas e da pedra, criando uma sensação de serenidade, mas também de melancolia, ao sugerir o declínio de uma estrutura histórica.
.
Do ponto de vista da preservação histórica, a presença massiva das giestas é prejudicial.
Plantas como o “Cytisus multiflorus” podem acelerar a deterioração das muralhas ao enraizar-se nas fendas das pedras, causando rachaduras e erosão.
Além disso, a vegetação densa pode dificultar o acesso ao local e obscurecer elementos arquitetónicos importantes, comprometendo a sua valorização histórica e turística.
A falta de manutenção sugerida pela fotografia pode indicar negligência na conservação do património.
.
Ecologicamente, a presença das giestas pode ser benéfica.
O “Cytisus multiflorus” é uma planta nativa de Portugal, conhecida por atrair polinizadores como abelhas, contribuindo para a biodiversidade local.
Além disso, a integração da natureza com as ruínas cria um cenário visualmente interessante, que pode atrair visitantes interessados em história natural ou fotografia.
A cena também pode ser interpretada como uma reflexão poética sobre a transitoriedade das construções humanas frente ao poder da natureza.
.
Wm conclusão, a invasão das giestas brancas no Castelo de Monforte de Rio Livre tem impactos mistos.
É prejudicial à preservação do património histórico, mas benéfica para o ecossistema local e esteticamente intrigante.
Idealmente, um equilíbrio poderia ser alcançado com a manutenção controlada da vegetação, permitindo que a natureza coexista com a história sem comprometer a integridade das muralhas.
A fotografia de Mário Silva, nesse sentido, não apenas documenta uma realidade, mas também provoca uma reflexão sobre a relação entre o homem, a natureza e o legado histórico.
.
Texto & Fotografia: ©MárioSilva
.
.