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MÁRIO SILVA - Fotografia & Escrita

*** *** A realidade e a "minha realidade" em imagens e escrita

19
Jan23

CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE - Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

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CASTELO de MONFORTE de RIO LIVRE

Águas Frias – Chaves - Portugal

19 DSC05259_ms_marca agua

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“Os aglomerados populacionais românicos, do séc. XII e XIII, não apresentam grandes características urbanísticas que nos permitam traçar uma tipologia. Sabemos que as povoações medievais são, na sua maioria, aglomerados habitacionais que tiveram a sua origem na época romana. Adicionalmente, a sua situação geográfica e estratégica, sob o ponto de vista militar, permitiu que este aglomerado obtivesse uma importância para aos poderes reais, o terá conduzido à sua evolução e ocupação ao longo dos tempos. Ficamos, desde já, com a certeza de que esta povoação foi crescendo a partir do monte do castelo, expandindo-se pelos arrabaldes ao longo dos séc. XIII e em diante. Foi nos finais do séc. XIII que esta localidade se viu abrangida por uma cerca urbana, à maneira dos burgos góticos. Sabemos que a partir dos reinados de D. Pedro e D. Manuel, novas atenções por parte da coroa foram dadas à edificação de cercas urbanas.

Importantes estudos, que têm vindo a ser realizados para a questão do urbanismo, prendem-se com a existência ou não de alguma regularidade no traçado das ruas à maneira clássica; a existência de espaços abertos, praças, locais públicos; a realização de mercados ou feiras; e a presença de fontes, cisternas e outros tipos de engenhos que permitam a extração da água.

Neste capítulo pretendemos traçar e relacionar os elementos que constituem o povoado de Monforte de Rio Livre. Entendemos que é importante relacionar os elementos que constituem o traçado do povoado e que contribuem para a fixação de pessoas, para o crescimento do concelho e, consequentemente, para a evolução da arquitetura militar.

A terra de Monforte de Rio Livre cresceu e desenvolveu-se a partir da centúria do Duzentos, pelo que se pode relacionar com o estabelecimento de uma hierarquia territorial manifestada e possibilitada pelo desenvolvimento de instituições concelhias. Efetivamente, a póvoa de Monforte de Rio Livre surgiu no século XIII, no seguimento da política de D. Afonso III e de D. Dinis de criação de novos núcleos urbanos em Trás-os-Montes. Esta política ficou conhecida pela expressão “Fazer vila”. Esta expressão obrigava na maior parte dos casos à escolha de locais que mostravam condições naturais de defesa, facilmente identificáveis à distância e possuindo amplo controlo visual do espaço envolvente, características adequadas a um centro de território.

Neste sentido, estas implantações de grande altitude, oferecem amplas plataformas com capacidade para acolher áreas de habitação suficientemente dimensionadas a uma população que se pretenda numerosa, rodeada por um muro de cerca. Para além disso, esta expressão nos tempos medievais era utilizada como sinónimo de demarcação espacial através da construção de muralhas, na medida em que eram estas que delimitavam com precisão o espaço sujeito à nova ordem instituída pelos seus documentos fundacionais. 

Este movimento de criação de póvoas de iniciativa régia, na segunda metade do século XIII, nos reinados de D. Afonso III e D. Dinis, demonstram a constituição de estruturas mais evoluídas e em áreas relativamente superiores. A procura de uma maior adequação entre a morfologia urbana das povoações e o tipo de implantação orientou a preferência por morros amplos de perfil pouco acidentados ou mesmo por plataformas. Na realidade, o movimento estendeu-se mantendo a forma ovalada e a organização urbana com um padrão ortogonal, com eixos longitudinais estruturadores, cortados em ângulo reto por ruas e travessas mais estreitas, indiciando um superior cuidado na planificação dos novos núcleos.

A observação da planta permite facilmente reconhecer o traçado ovalado da cerca da vila. No interior, observando o debuxo da vista Nordeste de Duarte de Armas parece-nos patente um plano urbano planificado ortogonal com um eixo maior longitudinal e diversos outros transversais.

Este recinto amuralhado, onde se desenvolve o povoado, era constituído por habitações, a Casa da Câmara, a Cadeia, e ainda a Igreja Matriz de São Pedro de Batocas e da Capela da Senhora do Prado. Contudo, o estado atual de abandono e degradação do povoado, uma vez que se encontra coberto por uma densa vegetação, dificulta a perceção dos elementos que caracterizavam a malha urbana. Apesar de os arruamentos serem quase impossíveis de se visualizar na atualidade, conseguimos observar que o esquema utilizado passou pela opção dos arruamentos de esquema quadricular. “

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In: “A Evolução do Povoado e Castelo de Monforte de Rio Livre na Idade Média” - Ricardo Jorge Pinheiro Teixeira

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Ago22

CASTELO DE MONFORTE DE RIO LIVRE e os visitantes no cimo da sua muralha


Mário Silva Mário Silva

CASTELO DE MONFORTE DE RIO LIVRE

e os visitantes no cimo da sua muralha

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Nota: a foto tem marca de água, já que alguém (José Silva - https://www.instagram.com/castelomonforte2016/?hl=pt) publica fotos de outros sem menção de autor e recortando mesmo a parte inferior onde está a marca(assinatura) do autor. Mesmo alertado continua com o mesmo procedimento.

Assim a partir de hoje as fotos, terão além da marca de autor, também marcas de água.

Desculpem !!!!    Obrigado !!!!

19 DSC04653_ms_ com marca de água

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AFINAL, A MELHOR MANEIRA DE VIAJAR É SENTIR.

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Afinal, a melhor maneira de viajar é sentir.

Sentir tudo ele todas as maneiras.

Sentir tudo excessivamente

Porque todas as coisas são, em verdade excessivas

E toda a realidade é um excesso, uma violência,

Uma alucinação extraordinariamente nítida

Que vivemos todos em comum com a fúria das almas,

O centro para onde tendem as estranhas forças centrífugas

Que são as psiques humanas no seu acordo de sentidos.

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Quanto mais eu sinta, quanto mais eu sinta como várias pessoas,

Quanto mais personalidades eu tiver,

Quanto mais intensamente, estridentemente as tiver,

Quanto mais simultaneamente sentir com todas elas,

Quanto mais unificadamente diverso, dispersadamente atento,

Estiver, sentir, viver, for,

Mais possuirei a existência total do universo,

Mais completo serei pelo espaço inteiro fora,

Mais análogo serei a Deus, seja ele quem for,

Porque, seja ele quem for, com certeza que é Tudo,

E fora d'EIe há só EIe, e Tudo para Ele é pouco.

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_____  Álvaro de Campos   _____

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Abr21

MONFORTE DE RIO LIVRE


Mário Silva Mário Silva

 

MONFORTE DE RIO LIVRE

“Monforte de Rio Livre foi uma vila e sede de concelho localizada na atual freguesia de Águas Fias no município de Chaves.

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A importância da vila esteve ligada ao seu castelo, mandado construir pelo rei Afonso III em 1253 aquando visitou a região. Em 1273 a povoação recebeu foral do mesmo rei, altura em que devem ter-se iniciado as obras de reforma do conjunto que, na sua maior parte, chegou até aos nossos dias.

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Logo a seguir Afonso III alçou a vila a cabeça de território, dentro do mesmo processo de organização da fronteira setentrional, e concedeu-lhe uma série de facilidades, entre as quais, um couto de homiziados, sede duma das 4 judiarias de Trás-os-Montes (junto a Chaves, Mogadouro e Bragança) e instituiu-lhe uma feira na região de dous dias, célebre até recentemente.

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Estes privilégios, para além duma localização perto da fronteira com a Galiza, facilitou a instalação de Judeus que, como no caso da Judiaria galega de Monte-Rei, moravam dentro da fortaleza, mas na área murada que envolve o castelo, permitindo o desenvolvimento de toda classe de negócios. 

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Porém, a zona nunca se desenvolveu muito e pensa-se que muitos dos judeus que moraram aqui no século XIV foram para Chaves. No final do século XVIII habitavam junto do castelo 5 famílias judaicas.

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No início do século XIX a vila encontrava-se despovoada e, numa reforma administrativa, em 1836 a sede do município é transferida para a freguesia de Lebução, e em 1853 o concelho é extinto, passando parte das suas freguesias para Chaves ou Valpaços. Com a extinção do Concelho, o castelo foi abandonado, assim como a povoação.”

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Artigo redigido a partir de informações do historiador Jorge Alves Ferreira

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Ver também:

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Mário Silva 📷
15
Mar21

Águas Frias (Chaves) – Portugal, vista das muralhas do Castelo de Monforte de Rio Livre


Mário Silva Mário Silva

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A aldeia de Águas Frias (Chaves)Portugal vista das muralhas do Castelo de Monforte de Rio Livre

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Monforte de Rio Livre era uma vila e sede de concelho de Portugal, localizada na atual freguesia de Águas Frias, no município de Chaves. Teve foral em 1273, vindo a ser suprimido em 1853.

A importância da vila esteve ligada ao seu castelo, sendo por isso alvo de diversos cercos e lutas, em especial durante a guerra da Restauração entre 1640 e 1668.

No início do século XIX a vila encontrava-se despovoada e a sede do município tinha sido transferida para a freguesia de Lebução.

O município era constituído pelas seguintes freguesias:

  • Águas Frias; Aguieiras; Alvarelhos; Avelelas; Barreiros; Bobadela; Bouça do Nunes; Bouçoães; Casas de Monforte; Cimo de Vila da Castanheira; Curral de Vacas; Fiães; Fornos do Pinhal; Lama de Ouriço; Lebução; Mairos, Nozelos; Oucidres; Paradela; Roriz; Sanfins; Santa Valha; São Vicente; Sonim; Tinhela; Travancas; Tronco; Vilartão.

Tinha, em 1801, 8 259 habitantes. Após as reformas administrativas do início do liberalismo, as freguesias de Aguieiras, Bouça do Nunes e Fornos do Pinhal foram desanexadas deste município. Tinha, em 1849, 8 465 habitantes.

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