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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

26
Jun25

“Coruja-do-mato (Strix aluco)” ou coruja-parda


Mário Silva Mário Silva

“Coruja-do-mato (Strix aluco)” ou coruja-parda

26Jun DSC00624_ms

A coruja-do-mato (Strix aluco), também conhecida como coruja-parda, é a espécie retratada na fotografia de Mário Silva.

Estas aves noturnas, com os seus olhos penetrantes e voo silencioso, fascinam a humanidade há milénios, gerando uma rica tapeçaria de mitos e, claro, muitas realidades científicas.

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Desde a antiguidade, as corujas têm sido figuras proeminentes no folclore de diversas culturas, muitas vezes associadas a dualidades e simbolismos opostos:

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Na mitologia grega, a coruja era o animal sagrado da deusa Atena, deusa da sabedoria, da guerra estratégica e das artes.

Esta associação perdura até hoje, sendo a coruja frequentemente utilizada como símbolo de inteligência, erudição e estudo.

Acredita-se que a sua capacidade de ver no escuro simbolize a capacidade de enxergar além das aparências, desvendando verdades ocultas.

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Paradoxalmente, em muitas outras culturas, especialmente em algumas tradições europeias e latino-americanas, a coruja é vista como um presságio de morte, doença ou desgraça.

O seu piar noturno, muitas vezes percebido como um lamento, era interpretado como um anúncio de fatalidade.

A crença de que a coruja "chama a alma" dos doentes ainda persiste em algumas regiões.

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Na Idade Média, a coruja foi frequentemente associada a bruxas, magias negras e rituais noturnos.

A sua vida noturna e hábitos discretos contribuíram para essa reputação, tornando-a um símbolo do misterioso e do sobrenatural.

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Contudo, nem todos os mitos são negativos.

Em algumas culturas, a coruja era vista como um amuleto de proteção contra maus espíritos ou um portador de boa sorte, especialmente para aqueles que buscavam conhecimento.

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Longe dos véus do mito, a ciência revela-nos a verdadeira natureza das corujas, criaturas notáveis com adaptações impressionantes.

 

A mais notável adaptação das corujas é a sua visão noturna superdesenvolvida.

Os seus olhos grandes e tubulares, que não se movem nas órbitas como os nossos, são projetados para captar o máximo de luz disponível.

Para compensar a falta de mobilidade ocular, as corujas conseguem girar a cabeça em até 270 graus, proporcionando um campo de visão incrivelmente amplo.

Além da visão, a audição das corujas é extremamente aguçada e direcional.

A face em forma de disco atua como um coletor de som, e a assimetria das aberturas auditivas de muitas espécies permite-lhes localizar presas com precisão milimétrica, mesmo na escuridão total.

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As penas das asas das corujas possuem uma estrutura especial que permite um voo praticamente inaudível.

As bordas das penas são serrilhadas, quebrando o fluxo de ar e eliminando o ruído que normalmente acompanharia o bater das asas.

Essa adaptação é crucial para a caça, permitindo que se aproximem das presas sem serem detetadas.

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As corujas são predadores noturnos por excelência.

A sua dieta consiste principalmente de pequenos mamíferos (roedores, musaranhos), aves, insetos e, ocasionalmente, anfíbios e répteis.

Desempenham um papel vital no controlo de pragas em ecossistemas naturais e agrícolas.

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A maioria das espécies de corujas é solitária e territorial, defendendo rigorosamente o seu espaço de caça e nidificação.

A coruja-do-mato, por exemplo, é uma espécie sedentária que ocupa o mesmo território durante toda a sua vida.

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As corujas não constroem ninhos elaborados.

Geralmente utilizam cavidades em árvores (como é o caso da coruja-do-mato, que se adapta bem a buracos em árvores velhas), tocas abandonadas, fendas em rochas ou até mesmo edifícios.

O período de reprodução varia de acordo com a espécie e a região, e os pais dedicam-se intensamente ao cuidado dos filhotes.

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As corujas habitam uma vasta variedade de “habitats”, desde florestas densas e áreas rurais até parques urbanos e jardins.

A sua capacidade de se adaptar a diferentes ambientes demonstra a sua resiliência e sucesso evolutivo.

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Em suma, enquanto os mitos sobre as corujas revelam-nos a riqueza da imaginação humana e a necessidade de atribuir significado ao mundo natural, as realidades científicas oferecem-nos uma compreensão profunda e igualmente fascinante dessas aves noturnas, verdadeiras mestras da noite.

A fotografia de Mário Silva é um testemunho da beleza e do mistério que as corujas continuam a inspirar.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Out19

Águas Frias (Chaves) - ... pequenos pormenores da "pequena mas bela Aldeia transmontana" ...


Mário Silva Mário Silva

 

  ... pequenos pormenores

da "pequena mas ...

 ... bela Aldeia transmontana" ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... o velho tanque (já substituido pela máquina de lavar), junto à entrada da porta ...

... o velho tanque de cimento (certamente, já substituido pela máquina de lavar), junto à entrada da porta da casa ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... ave em pleno voo ...

... ave em pleno voo, pelo ar puro da Aldeia ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... Cabaças ou abóboras ("Cucúrbita moschata"), prontas a ser colhidas ...

... Cabaças ou abóboras ("Cucúrbita moschata"),

prontas a ser colhidas ...

 

Água Frias (Chaves) - ... na conversa, descontraída, no "Café Russo" ...

... na conversa, descontraída, no "Café Russo"  (Quim Russo; Mito e Toninho "Charrua") ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma vista sobre uma parte da Aldeia, destacando-se a torre sineira da Igreja ....

... uma vista sobre uma parte da Aldeia, destacando-se

a torre sineira da Igreja ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... flor campestre - açafrão-bravo ("Crocus serotinus") ...

... flor campestre - açafrão-bravo ("Crocus serotinus") ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... altar lateral do Sagado Coração de Jesus, na Igreja matriz  ...

... altar lateral do Sagrado Coração de Jesus, na Igreja matriz ...

 

Águas Frias (Chaves) - ...um cogumelo comestível ("Macrolepiota procera"), roca, frade e outras designações ......

...um cogumelo comestível ("Macrolepiota procera"), roca, frade e outras designações ....

... também conhecido por diversas designações: roca, frade, púcara, pucarinha, para-sol, roque, roco, agasalho, gasalho, marifusa, tortulho, tratulho, trambulho, calcinha, santieiro, sentieiro, ...

 

 

Até breve !!!

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷

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