Março 2022 - ÁGUAS FRIAS - CHAVES - PORTUGAL
Mário Silva Mário Silva
ÁGUAS FRIAS - CHAVES - PORTUGAL
Março 2022
Realização
Produção
Banda Sonora ("Russians")
por
Mário Silva
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Mário Silva Mário Silva
ÁGUAS FRIAS - CHAVES - PORTUGAL
Março 2022
Realização
Produção
Banda Sonora ("Russians")
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Mário Silva
Mário Silva Mário Silva
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Águas Frias - Chaves - Portugal
A CASA VERMELHA
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A casa tinha cor vermelha
E quando o sol batia nas telhas
Nasciam flores douradas
Era perto do luar
Quem morava nela
Gostava de amar
Era próxima ao céu
Em todas as janelas fuxico e véu
Era perto de nós
A voz do vento da casa
Encantava a poesia
Noite e dia
Os corações que a habitavam
Se inspiravam de emoção e bem querer.
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_________ Manu Kelé! ___________
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Fotografia: ©MárioSilva
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Mário Silva Mário Silva
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Águas Frias – Chaves - Portugal
O CARRO AZUL
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O cheiro doce
da terra já lavrada
atrai os pássaros
em cada madrugada…
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A terra vermelha
foi molhada.
Não há nada a perceber
depois das chuvas…
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Só mais tarde
a seara
ondulará ao sol
e haverá mel nas uvas…
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Agora,
é o triângulo
que une os braços
da charrua ao solo
que semeia as virtudes.
O querer, o saber e o poder
num olho garço imenso
que ilumina
os desígnios das alfaias.
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No meio do campo
Um carro azul
Refúgio de aves e Homens
Das gotas frescas da chuva
Em tempo inesperado.
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_______ José Dias Egipto __________
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Fotografia: ©MárioSilva
Mário Silva Mário Silva
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Águas Frias – Chaves – Portugal
A calma, sossego e paz que carateriza a aldeia transmontana contrasta com tudo o que se passa no leste da Europa, nomeadamente na Ucrânia.
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O que se passa nessa parte do Mundo, em que humanos lutam, destroem, criam medo, angústia e sofrimento noutros seres humanos.
Onde está o respeito pela Vida Humana?
O poder e só o poder interessa?
É neste Mundo que vivo?
Não quero viver assim!!!!
É este Mundo, em que sofrem inocentes crianças, simples trabalhadores(as) que “lutavam” no seu dia a dia para ter uma Família com o mínimo de conforto. O que fizeram eles???
Afinal onde está a Justiça? A Justiça Divina? Porque sofrem inocentes e Deus não os proteja com a Sua Justiça Divina e os acolha no manto da Paz?
Afinal, no que acreditar? Num Deus Bondoso, Clemente e Justo? Ou simplesmente no livre arbítrio da vontade do Homem?
Desculpem, este desenrolar de pensamento, mas o que se passa, passou e provavelmente passará, me revolta ….
_______ Mário Silva __________
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"Ucrânia"
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Houve um tempo na Ucrânia
As armas roncaram
Houve um tempo, cossacos
Eles viviam e festejavam.
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Festejado, minerado
Glória, livre arbítrio,
Tudo se foi, deixou
Apenas montes no campo.
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Aqueles montes altos
Onde jaz, enterrado,
Corpo de cossaco branco
Com a cabeça quebrada.
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E esses montes escurecem,
Como pilhas em um campo
E só com o vento migratório
Sussurrando sobre a liberdade.
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Glória ao vento do avô
Ele se espalha pelo campo.
O neto vai ouvir, dobre a música
E canta e corta.
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Houve um tempo na Ucrânia
Era um olhar para a dor;
E vinho, e muito mel,
Mar até os joelhos!
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Sim, costumava ser bom
E agora você se lembra:
De alguma forma se tornará mais fácil para o coração,
Tenha um olhar mais feliz.
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_____ Taras Shevchenko (poeta ucraniano) ______
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Fotografia: @MárioSilva
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Mário Silva Mário Silva
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Águas Frias – Chaves – Portugal
As cerdeiras (cerejeiras) em flor no lugar do Passal.
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O ROMANCE PAIRA NO AR COM AS CEREJEIRAS EM FLOR
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O romance de fevereiro e março!
A primavera anunciada pelas cerdeiras em flor.
Dizem que março é um dos meses mais românticos do ano.
Talvez por ser o mês em que começa a primavera, que inspira o romance.
Como todos os anos por esta altura, os montes e vales do nordeste transmontano e Douro superior ganham uma nova cor. A pouco e pouco, o acastanhado dos montes pinta-se de branco e rosa. É um pronúncio da primavera, que aqui chega bem mais cedo.
Adoramos esta altura do ano. Entre fevereiro e março (mais ou menos a partir da 2ª semana de fevereiro), as cerdeiras brotam da sua latência invernal.
Como quem brota para a vida, rompem a custo o gelo e a agrura e vêm beber o sol…
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“Para os teus beijos, sensual, flori!
E cerejeira em flor, só ofereço os ramos,
Só me exalto e sou linda para ti!”
_____ Florbela Espanca ____
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Fotografia: ©MárioSilva
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Mário Silva Mário Silva
Retrospetiva
Março 2021
Mário Silva Mário Silva
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Nicho, à entrada da aldeia de Águas Frias (Chaves) – Portugal, dedicado a S. Pedro, pois é o orago da Aldeia.
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“São Pedro foi um dos doze apóstolos de Jesus Cristo e primeiro bispo de Roma, sendo assim, a igreja católica o considera o primeiro papa de toda a história da religião. Seu papado é até então o mais longo da história. Segundo as Escrituras, seu papado durou 37 anos.”
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"Eu te darei as chaves do reino dos céus e o que ligares na Terra, será ligado nos céus".
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“São Pedro também é conhecido por decidir como será o clima em cada dia. Essa fama veio através da outra, a de abrir e fechar as portas dos céus. Logo, se é ele que abre e fecha as janelas e portas, então é para ele que devemos pedir para que faça chover ou cesse inundações.”
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Ver também:
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https://twitter.com/MrioFernandoGo2
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Mário Silva Mário Silva
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A torre sineira da igreja matriz da aldeia transmontana de Águas Frias – Chaves - Portugal, sobressaindo de entre as casas envolventes e deixando observar a imensidão da paisagem transmontana.
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“Vejo, outra vez, as fotografias que tirei em Trás-os-Montes. Quase todas mentem. Nenhuma dor intolerável nelas ficou. Nenhuma esperança. Qualquer raiz.
Trás-os-Montes seria para Paul Strang [Strand] ou Van Gogh, que chegavam a terras de fogo sem pressa, e só partiam exangues, com os sentidos destruídos. Seria para Miguel Torga, que foi criado por uma águia e nunca esqueceu o gosto de uma cebola com sal.
... porque contemplei fragas e a amplidão deixei.
Vi queimar florestas e as razões oculto.
Ouvi cantar as aves e o cristal perdi.
Fermentava o feno.
Voltavam a ramos os engaços.
O linho era erva, a amêndoa silêncio.
Como quem parte de uma sombra para um poema, e de uma folha guardada para a memória, parto de imagens fluídas para uma província perdida.
Nove meses de Inverno. Três de inferno.
E a Primavera [primavera]?
Bato a porta abertas. Ninguém responde.
Há colmo caído no chão do [de] sobrado. Azeite vertido, manhuços intactos.
Corro à fronteira seca e grito. Clamo. Nomes com geada.
Ninguém responde...
E os arados? Os arados deixados às portas das vossas casas, gravados à navalha nas portas das vossas casas?
Se me queres algo
Sal-me al camino.”
(…)
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António Reis – “Trás-os-Montes” – Junho de 1969
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Mário Silva Mário Silva
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Mimosas “Acacia dealbata”… o Brunheiro e o majestoso castelo de Monforte de Rio Livre
Águas Frias – Chaves – Portugal
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A mimosa “Acácia dealbata”
Embora o castelo tenha uma importância histórica e monumental de enorme interesse, esta publicação vai-se centrar na árvore “mimosa”.
É uma árvore de enorme beleza com as suas milhares de flores de um amarelo, que não deixa ninguém indiferente, como não é indiferente o intenso odor que as flores libertam, mas … e, não sei porquê, há sempre um mas …
Não é uma espécie autóctone, mas sim nativa da Austrália, que se veio instalar na Europa, e …
“Quando somos confrontados com esta espécie e porque ela aparece em todo o lado, o que fazer? Se o “ataque” não for muito significativo, basta-nos arrancar o mais depressa possível as plantas de preferência quando forem ainda jovens. Mas quando o ataque for superior, que é o que normalmente acontece, devemos tentar eliminar rapidamente as plantas recorrendo a ajuda externa e ou procurar ajuda nos organismos do estado, pois no caso desta espécie quanto mais tempo deixarmos andar, menos eficaz será o seu combate e mais meios será necessário canalizar para o efetivo controle da praga.
O seu alto valor ornamental continua a ser o principal problema da sua propagação por todo o país. Quando vamos passear e observamos estes seres maravilhosos que começam agora, a partir deste mês, a mostrar o seu verdadeiro esplendor (abundante floração) custa a entender que o que estamos a ver está a pôr em causa uma outra flora muito importante – a autóctone. Sim, porque devido às suas características, estas espécies impedem o desenvolvimento de qualquer outra, tornando-se em poucos anos a espécie dominante e neste caso as únicas, com consequências enormes no que respeita à biodiversidade.”
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Diogo Ricou
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Mário Silva Mário Silva
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A aldeia de Águas Frias (Chaves) – Portugal, por entre as árvores, ainda sem folhagem.
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DA MINHA ALDEIA
“Da minha aldeia vejo quanto da terra se pode ver no Universo...
Por isso a minha aldeia é tão grande como outra terra qualquer
Porque eu sou do tamanho do que vejo
E não do tamanho da minha altura...
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Nas cidades a vida é mais pequena
Que aqui na minha casa no cimo deste outeiro.
Na cidade as grandes casas fecham a vista à chave,
Escondem o horizonte, empurram o nosso olhar para longe
de todo o céu,
Tornam-nos pequenos porque nos tiram o que os nossos olhos
nos podem dar,
E tornam-nos pobres porque a nossa única riqueza é ver.”
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Alberto Caeiro
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Mário Silva Mário Silva
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A aldeia de Águas Frias (Chaves) – Portugal vista das muralhas do Castelo de Monforte de Rio Livre …
Monforte de Rio Livre era uma vila e sede de concelho de Portugal, localizada na atual freguesia de Águas Frias, no município de Chaves. Teve foral em 1273, vindo a ser suprimido em 1853.
A importância da vila esteve ligada ao seu castelo, sendo por isso alvo de diversos cercos e lutas, em especial durante a guerra da Restauração entre 1640 e 1668.
No início do século XIX a vila encontrava-se despovoada e a sede do município tinha sido transferida para a freguesia de Lebução.
O município era constituído pelas seguintes freguesias:
Tinha, em 1801, 8 259 habitantes. Após as reformas administrativas do início do liberalismo, as freguesias de Aguieiras, Bouça do Nunes e Fornos do Pinhal foram desanexadas deste município. Tinha, em 1849, 8 465 habitantes.
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Mário Silva Mário Silva
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O CASTELO DE MONFORTE
DE RIO LIVRE
Águas Frias – Chaves - Portugal
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Vou deixar aqui um excerto da descrição feita pelo site “Fortalezas” sobre esta fortificação, do início do séc. XX até à data da sua publicação.
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Do século XX aos nossos dias
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“No início do século XX ainda se realizava uma feira junto ao antigo castelo.
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O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo Decreto n.º 37.728, publicado no Diário do Governo, I Série, n.º 4, de 5 de janeiro de 1950.
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Em visita às ruínas do castelo em setembro de 1961, o poeta Miguel Torga registou:
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"(...) Também eu sinto neste momento não sei que despeitada revolta, que surdo desespero. Do lado de lá da fronteira, Monterrey, altaneiro, majestoso, ufano das suas aladas torres, do seu palácio senhorial, da sua igreja românica, cofre dum retábulo de pedra de cegar a gente; deste, quatro paredes toscas de desilusão, que a hera aguenta de pé por devoção à pátria. É, realmente, de um homem perder a paciência de vítima passiva do destino. Sempre pequenas muralhas de fraqueza e pobreza! Sempre um prato de figos ao fim de cada fome!" (Miguel Torga, in: "Diário IX").
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A intervenção do poder público fez-se sentir nesse momento, através de obras de consolidação de muralhas e reposição de elementos ruídos, nomeadamente a cobertura de betão e telha da torre de menagem (1962). Posteriormente, procedeu-se a trabalhos de beneficiação: preparação de vãos de portas, refechamento de juntas com argamassa hidrófuga, impermeabilização de coberturas, revestimento da cobertura com telha nacional dupla, colocação de portas, beneficiação e recuperação de carpintarias (IPPAR, 1983), e de beneficiação e recuperação de carpintarias (DGEMN com verbas do IPPAR, 1987).
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Na segunda metade do século XX foram desenvolvidos vários projetos de adaptação do espaço do castelo a empreendimentos hoteleiros, mas sem qualquer viabilidade.
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Mais recentemente, na década de 1990, procedeu-se a uma nova campanha de beneficiação, tendo-se procedido a uma investigação arqueológica elementar. O local foi dotado de um parque de estacionamento para automóveis, parque de merendas, sanitários, espaços verdes, e outros melhoramentos como por exemplo iluminação dos panos de muralhas, limpeza no interior, obras variadas nas coberturas e enchimento das juntas com argamassa.
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O imóvel foi afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) pelo Decreto-lei n.º 106F/92, publicado no Diário da República, I Série-A, n.º 126, de 1 de junho.
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Atualmente, a zona envolvente do castelo é palco, anualmente no verão, de uma concorrida recriação da feira medieval com trajes, jogos e artigos de época.”
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Mário Silva Mário Silva
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Uma árvore solitária, mas que se vestiu de gala e que mesmo só consegue chamar a atenção para a sua beleza.
O florir das árvores dá um encanto ainda mais especial à aldeia transmontana de Águas Frias – Chaves – Portugal.
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POEMA DAS ÁRVORES
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As árvores crescem sós. E a sós florescem.
Começam por ser nada. Pouco a pouco
se levantam do chão, se alteiam palmo a palmo.
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Crescendo deitam ramos, e os ramos,
e deles nascem folha, e as folhas multiplicam-se.
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Depois, por entre as folhas, vão-se esboçando as flores,
e então crescem as flores, e as flores produzem frutos,
e os frutos dão sementes,
e as sementes preparam novas árvores.
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E tudo sempre a sós, a sós consigo mesmas.
sem verem, sem ouvirem, sem falarem.
Sós.
De dia e de noite.
sempre sós.
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As árvores, são como são.
Solitárias, as árvores,
exauram terra e sol silenciosamente.
Não pensam, não suspiram, não se queixam.
Estendem os braços como se implorasse;
com o vento soltam ais como se suspirassem;
e gemem, mas a queixa não é sua.
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Sós, sempre sós.
Nas planícies, nos montes, nas florestas,
A crescer e a florir sem consciência.
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António Gedeão
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Mário Silva Mário Silva
Dois horizontes fecham nossa vida:
... a velha porta vermelha ...
Um horizonte, — a saudade
Do que não há de voltar;
Outro horizonte, — a esperança
Dos tempos que hão de chegar;
No presente, — sempre escuro,—
Vive a alma ambiciosa
Na ilusão voluptuosa
Do passado e do futuro.
... o gatito que "fugiu" para o campo para evitar o contacto social com outros gatos ...
Os doces brincos da infância
Sob as asas maternais,
O vôo das andorinhas,
A onda viva e os rosais;
O gozo do amor, sonhado
Num olhar profundo e ardente,
Tal é na hora presente
O horizonte do passado.
... casa na Aldeia (Lampaça) ...
Ou ambição de grandeza
Que no espírito calou,
Desejo de amor sincero
Que o coração não gozou;
Ou um viver calmo e puro
À alma convalescente,
Tal é na hora presente
O horizonte do futuro.
... ave colorida (Pisco de peito ruivo - "Erithacus rubecula") de belo canto, alegrando o "silêncio" dos campos ...
No breve correr dos dias
Sob o azul do céu, — tais são
Limites no mar da vida:
Saudade ou aspiração;
Ao nosso espírito ardente,
Na avidez do bem sonhado,
Nunca o presente é passado,
Nunca o futuro é presente.
... a igreja matriz, mesmo em situação de "quarentena" ladeada de árvores "vestidas" de flores brancas ...
Que cismas, homem? – Perdido
No mar das recordações,
Escuto um eco sentido
Das passadas ilusões.
Que buscas, homem? – Procuro,
Através da imensidade,
Ler a doce realidade
Das ilusões do futuro.
... galinhas caseiras Vivem alegremente (afinal não é a "gripe aviária") ...
Dois horizontes fecham nossa vida.
Machado de Assis, in "Crisálidas"
Até breve !!!!
Mário Silva Mário Silva
DIA DO PAI
E para começar, hoje dia do pai
Com a alegria que a data merece
Pelo amor que me deu
em tempo que lá vai
Pela saudade
fica este poema à guiza de prece
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Pai querido que partistes
Estás comigo em cada dia
Foste tu que conseguiste
Que eu viva com alegria
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Deste paz, carinho e amor
Lições de saber e de fazer acontecer
Tudo o que preciso de usar com labor
Para a glória da vida ter
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Tu serás para sempre a minha chama
Que aquece o meu coração
És aquela pessoa que me ama
Sem impor qualquer condição.
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JJG
Mário Silva Mário Silva
DAS CERDEIRAS
(CEREJEIRAS)
... a maravilha das cerejeiras em flor ...
Só quem não sabe a terra que pisa se pode admirar deste março, marçagão com manhãs de inverno e tardes de verão, do friozinho nocturno, das intermitências de chuva, e, também, das abertas de sol que logo põem um frémito de esperança na aspereza do tempo.
... os "pinchéis" - flor campestre que anuncia a chegada da primavera ...
A neve branca das cerejeiras, como eu costumo chamar, às flores brancas que povoam agora o lugar do Passal e aqui e além pelos campos da Aldeia.
... as amarelas mimosas e brancas flores de árvores de fruto, alindam
a perspetiva da torre sineira da igreja ...
Por vezes ando por esse território de fantasia, assim podemos dizer, e mais uma vez aquele sentimento de deslumbramento me encheu os olhos.
... uma velha nora que já tirou muita água para regas os terrenos envolventes ...
É decerto uma coisa estupenda poder caminhar pelos pomares, rodeado de milhares de flores brancas, descobrir pequenos detalhes na paisagem, tentar arquivar na memória, tanto quanto for possível, esse sortilégio, como coisa pessoal e intransmissível.
... uma casa na Aldeia ...
A mancha branca, que domina o Passal, apesar da chuva insistente, resiste. Todos os dias, que posso, para lá olho e fico feliz por elas resistirem. Penso, aliás, que o cartaz atravessa também as quatro estações.
... castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional), por entre as árvores ainda despidas ...
Vemos as flores e estamos já a sonhar com as cerejas vermelhas e depois porventura com o outono na Aldeia que é outra imagem mágica.
... cavando a terra seca ...
Poucas árvores têm tanta presença na cultura. Desde "O Cerejal", de Tchekov, àquela mítica canção da Comuna com que Yves Montand nos fazia bater mais depressa o coração, "Le Temps des Cerises", até à poesia em que a cereja se transforma abundantemente em metáfora de amor.
... perdiz, olhando de lado, com ar desconfiado ...
"Haver no fundo um templo ou uma casa
é ter consigo, amante, uma cereja aberta
onde é madeira ao centro e solução
do suco rosa e negro onde se abrasa
e torna leve e limpo, e mal desperta
se torna coração"
Texto adaptado de Fernando Paulo Louro
Original in: http://www.fernandopaulouro.com/2016/04/a-neve-branca-das-cerejeiras.html
Até breve !!!
Mário Silva Mário Silva
... Mãe Natureza ...
... flores que darão frutos (biológicos) ...
A natureza é mãe de todos
E a todos trata com cuidado
Pois como toda mãe que ama
Não quer seu filho maltratado …
... a diferença na igualdade ...
Mas o homem, filho desobediente
E muitas vezes mal educado
Não dá a mãe natureza
O carinho que devia ser dado …
... o relógio de sol na igreja matriz (não precisa de se lhe dar corda, colocar pilhas ou ligar à corrente) mas temperamental como é só mostra as horas se o sol aparecer ...
Polui o ar , contamina a água
Leva destruição para todo lado
Corta a árvore , mata a planta
Mata até o bicho , coitado !…
... casas na Aldeia, junto à estrada nacional ...
Ei homem , fique esperto
Deixe de ser atolado
Aprenda a preservar e reciclar
E viva bem sossegado !
... no meio do verde sempre aparece uma árvore que para se destacar se vestiu de alvas flores
(há sempre algo que quer dar nas vistas) ...
Autora do poema: Mena Moreira
In: https://demonstre.com/10-poema-sobre-a-natureza/
... uma vista parcial da Aldeia ...
"O mundo tornou-se perigoso,
porque os homens aprenderam a dominar a natureza
antes de se dominarem a si mesmos."
... casas na Aldeia na parte superior à estrada nacional ...
O belo é uma manifestação de leis secretas da natureza,
que, se não se revelassem a nós por meio do belo,
permaneceriam eternamente ocultas.
... paisagem campestre, em que a água corre livremente pelo rego e alagando o lameiro ...
Gente é gente:
por que ainda assim
diante de tanta grandeza
e beleza da natureza,
gente sem gente, é nada.
Até breve!!!
Mário Silva Mário Silva
28 de março
Dia Nacional dos Centros Históricos
... uma casa na Aldeia ...
O Dia Nacional dos Centros Históricos comemora-se anualmente a 28 de março, na data do nascimento de Alexandre Herculano, seu patrono.
O Dia Nacional dos Centros Históricos Portugueses foi formalmente criado em 28 de março de 1993, sendo rapidamente adotado pela maioria das autarquias portuguesas com centro histórico.
Em várias centros históricos das cidades de Portugal organizam-se atividades para comemorar o Dia Nacional dos Centros Históricos. Neste dia os monumentos e outros espaços dos centros históricos estão abertos ao público, que os podem visitar gratuitamente, entrando em contacto com o passado destes locais.
Nesta data realizam-se exposições, torneios, provas de orientação, concertos, leituras encenadas, animações de rua, etc., tudo com o objetivo de dinamizar os centros históricos e chamar a atenção para a preservação e valorização dos mesmos.
Pode visitar um centro histórico diferente por ano ou tentar visitar mais do que um centro histórico neste dia.
in: https://www.calendarr.com/portugal/dia-nacional-dos-centros-historicos/
... indo para o campo de enxada às costas ...
... flor de (?) ...
... flores amarelas na paisagem e a escada esquecida encostada à árvore ...
... igreja matriz recebendo os últimos raios solares do dia e no cimo, o Castelo, na penúmbra ...
... casa tradicional na Aldeia ...
... Pintarroxo (Carduelis cannabina) na extremidade de fino ramo ...
Até breve !!!
Mário Silva Mário Silva
22 de março
Dia Mundial da Água
... a água do ribeiro saltitando por entre as pedras ...
O Dia Mundial da Água celebra-se anualmente a 22 de março.
A data visa alertar as populações e os governos para a urgente necessidade de preservação e poupança deste recurso natural tão valioso.
A gestão dos recursos de água tem impacto em vários setores, nomeadamente na saúde, produção de alimentos, energia, abastecimento doméstico e sanitário, indústria e sustentabilidade ambiental.
As alterações climáticas provocam graves impactos nos recursos de água. Alterações atmosféricas como tempestades, períodos de seca, chuva e frio afetam a quantidade de água disponível e colocam em risco os ecossistemas que asseguram a qualidade da água.
A comemoração surgiu no âmbito da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento e Ambiente que decorreu na cidade brasileira do Rio de Janeiro, em 1992.
Os países foram convidados a celebrar o Dia Mundial da Água e a implementar medidas com vista à poupança deste recurso, promovendo a sua sustentabilidade.
Em outubro celebra-se também o Dia Nacional da Água.
... flor campestre - "pinchéis" ...
... uma vista sobre a Lampaça ...
... apanhando grelos ...
... árvore florida ...
... uma casa na Aldeia ...
... flores campestres - "as Páscoas" ...
Até breve !!!
Mário Silva Mário Silva
16 de março
Dia da Liberdade de Informação
... ave colorida - Chapim-carvoeiro (Periparus ater) ...
O Dia da Liberdade de Informação ocorre anualmente a 16 de março.
A data celebra-se no dia do nascimento de James Madison, presidente norte-americano considerado o “pai da Constituição” dos Estados Unidos da América.
A liberdade de informação é um direito de acesso à informação detida por governos e organismos públicos e é uma extensão da liberdade de expressão, como é reconhecido pela Resolução 59 da Assembleia Geral das Nações Unidas, pelo artigo 19 da Declaração Universal dos Direitos Humanos, pelo Pacto Internacional sobre os Direitos Civis e Políticos e pela Convenção Americana sobre os Direitos Humanos.
A liberdade de informação também pode ser entendida como a liberdade de privacidade no contexto da internet e das tecnologias de informação ou como a oposição à propriedade intelectual em geral ou aos direitos de autor.
Neste dia realizam-se iniciativas pelo mundo que divulgam os direitos da população no que concerne a informação, com especial incidência nos Estados Unidos.
... fim da rua central para o largo da Igreja ...
... cerdeiras (cerejeiras) em flor ...
... relógio de sol, na torre da igreja matriz ...
... ramo florido ...
... uma vista parcial da Aldeia ...
... caminho rural, a Aldeia e o Castelo ...
Até breve !!!
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