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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

03
Jun25

Acontecimentos marcantes em Portugal durante o mês de maio de 2025


Mário Silva Mário Silva

Acontecimentos marcantes em Portugal

durante o mês de maio de 2025

Sobrecarga Ecológica (5 de maio)

Portugal esgotou os recursos naturais disponíveis para o ano de 2025 no dia 5 de maio, entrando em "sobrecarga ecológica".

Segundo a Global Footprint Network, se toda a população mundial vivesse como os portugueses, seriam necessários 2,9 planetas para sustentar o consumo.

Este dia, conhecido como o Dia da Sobrecarga da Terra para Portugal, ocorreu 23 dias mais cedo do que em 2024 (28 de maio), refletindo um modelo de produção e consumo insustentável.

A alimentação (30% da pegada ecológica) e a mobilidade (18%) foram destacadas como as principais áreas de impacto.

A associação Zero apelou a medidas como economia circular, mobilidade sustentável e sistemas alimentares eficientes.

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Reunião Anual de Avaliação do Portugal 2030 (5 e 6 de maio)

Nos dias 5 e 6 de maio, a cidade de Elvas acolheu a Reunião Anual de Avaliação do Portugal 2030 com a Comissão Europeia.

Este evento avaliou o progresso do programa, que aplica 23 mil milhões de euros de fundos europeus para estimular a economia portuguesa entre 2021 e 2027.

Até 30 de abril de 2025, 1,668 milhões de euros já haviam sido executados, representando um terço do fundo programado.

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Previsões Económicas da Primavera de 2025 (19 de maio)

Em 19 de maio, a Comissão Europeia publicou as previsões económicas da primavera, indicando um crescimento moderado para Portugal em 2025, com o PIB projetado para crescer 1,8%, uma ligeira desaceleração em relação aos 1,9% de 2024.

O crescimento interno foi impulsionado pela procura interna, apesar de quebras na procura externa devido a tensões comerciais globais.

A inflação foi projetada para diminuir, e Portugal antecipava-se a adotar uma política orçamental expansionista, convertendo o excedente orçamental num défice em 2026.

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Eleições Legislativas Antecipadas (18 de maio)

No dia 18 de maio, realizaram-se eleições legislativas antecipadas em Portugal, convocadas pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa após a rejeição de uma moção de confiança ao XXIV Governo Constitucional em 11 de maio.

A Aliança Democrática (AD), liderada por Luís Montenegro, venceu com cerca de 32% dos votos, conquistando 89 lugares na Assembleia da República, mas sem maioria absoluta.

O Partido Socialista (PS) e o Chega empataram inicialmente com 58 lugares cada, marcando um momento histórico em que o PS caiu para a terceira força política, sinalizando o fim do bipartidarismo tradicional em Portugal.

Luís Montenegro foi nomeado Primeiro-Ministro, consolidando a vitória e refletindo um desejo de mudança face a questões como corrupção e falta de transparência.

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Sporting CP Vence a Primeira Liga (17 de maio)

No dia 17 de maio, o Sporting CP venceu a Primeira Liga 2024–25, derrotando o Vitória de Guimarães por 2-0 na final, marcando um feito desportivo significativo para o clube e seus adeptos.

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Estes eventos refletem uma combinação de desafios ambientais, progressos económicos, mudanças políticas significativas e conquistas desportivas em Portugal durante maio de 2025.

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Texto & Video: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
31
Mai25

“A Estrada Romana e Ponte sobre o rio Tinhela” em Tinhela – Valpaços - Portugal


Mário Silva Mário Silva

“A Estrada Romana e Ponte sobre o rio Tinhela”

Tinhela – Valpaços - Portugal

31Mai DSC00282_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A Estrada Romana e Ponte sobre o rio Tinhela", captura uma ponte romana de pedra localizada em Tinhela, Valpaços, Portugal.

A imagem destaca um arco perfeito, típico da arquitetura romana, construído com blocos de pedra cuidadosamente encaixados sem o uso de argamassa, uma técnica que demonstra a habilidade e precisão dos engenheiros da época.

O arco central da ponte, que atravessa o rio Tinhela, reflete-se nas águas calmas, criando um efeito simétrico e harmonioso.

A pedra, desgastada pelo tempo, exibe tons de cinza e bege, com algumas áreas cobertas por musgo e pequenas plantas que crescem entre as juntas, evidenciando a antiguidade da estrutura.

A vegetação ao redor, incluindo arbustos e folhas verdes, adiciona um toque de vida à cena, contrastando com a solidez da construção.

A luz do sol ilumina a ponte, destacando a textura da pedra e criando sombras que realçam a curvatura do arco.

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As estradas romanas e as suas pontes, como a Ponte sobre o rio Tinhela em Valpaços, Portugal, são testemunhos duradouros da engenharia romana.

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As estradas romanas foram fundamentais para a expansão e manutenção do Império Romano.

Construídas a partir do século IV a.C., elas ligavam cidades, províncias e fortalezas, permitindo o transporte eficiente de tropas, mercadorias e informações.

Estima-se que a rede viária romana tenha alcançado mais de 400.000 km no seu auge, com cerca de 20% desse total pavimentado com pedras.

Essas estradas eram projetadas para durar, muitas vezes utilizando camadas de materiais como cascalho, areia e grandes lajes de pedra para garantir estabilidade e drenagem.

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Para atravessar rios e vales, os romanos construíram pontes que se tornaram ícones da sua engenharia.

As pontes romanas, como a do rio Tinhela, eram frequentemente feitas de pedra e projetadas para suportar o tráfego intenso e as intempéries.

Essas estruturas não apenas facilitavam a mobilidade, mas também simbolizavam o poder e a organização do império, impressionando as populações locais e consolidando a autoridade romana.

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A característica mais marcante das pontes romanas é o uso do arco perfeito, uma técnica que distribui o peso de forma uniforme, permitindo construções mais leves e duráveis.

O arco é composto por blocos de pedra em forma de cunha, chamados aduelas, que se encaixam com precisão e são mantidos no lugar pela pressão mútua, eliminando a necessidade de argamassa em muitos casos.

A pedra central, conhecida como clave, é a última a ser colocada e garante a estabilidade do arco.

Essa técnica permitiu aos romanos construir pontes de grandes vãos, algumas das quais, como a Ponte sobre o rio Tinhela, permanecem em uso ou intactas até hoje.

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O arco perfeito oferecia várias vantagens.

Primeiro, a sua forma semicircular ou elíptica distribuía as forças de compressão de maneira eficiente, reduzindo o risco de colapso.

Segundo, ele permitia a construção de estruturas mais altas e largas, essenciais para atravessar rios largos ou profundos.

Por fim, a ausência de argamassa em muitas pontes tornava-as mais resistentes à erosão e ao desgaste, garantindo a sua longevidade.

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O legado das estradas e pontes romanas vai além de sua função prática.

Muitas dessas estruturas, como a Ponte sobre o rio Tinhela, continuam a inspirar arquitetos e engenheiros modernos.

Além disso, várias estradas romanas serviram de base para rotas medievais e modernas, demonstrando a sua durabilidade e planeamento visionário.

As pontes de arco perfeito influenciaram a arquitetura renascentista e barroca, e a sua estética atemporal ainda é admirada em monumentos ao redor do mundo.

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Em conclusão, as estradas romanas e as suas pontes de arco perfeito, como a retratada na fotografia de Mário Silva, são mais do que relíquias históricas; elas representam o auge da engenharia antiga e a visão de um império que priorizava a conectividade e a durabilidade.

A Ponte sobre o rio Tinhela é um exemplo vivo dessa tradição, ligando o passado ao presente e lembrando-nos da genialidade romana que moldou o mundo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
30
Mai25

"A casa cor-de-rosa, com viaduto, na aldeia transmontana"


Mário Silva Mário Silva

"A casa cor-de-rosa, com viaduto, na aldeia transmontana"

30Mai DSC00084_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "A casa cor-de-rosa, com viaduto, na aldeia transmontana", captura uma cena pitoresca da aldeia de Águas Frias, em Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma casa de dois andares com uma fachada pintada num tom suave de cor-de-rosa, que se destaca contra o cenário rústico da aldeia.

A casa está elevada, com acesso por uma escadaria de pedra que desce até um pequeno pátio de chão irregular, onde se vê uma mistura de terra e pedras.

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A estrutura da casa apresenta um design funcional e tradicional, com um pequeno viaduto que liga o andar superior a outra construção adjacente, sugerindo uma adaptação ao relevo acidentado da região transmontana.

O viaduto, também pintado de cor-de-rosa, é suportado por uma parede de pedra bruta, que contrasta com a suavidade da cor da fachada.

No andar superior, há uma varanda coberta com colunas cilíndricas da mesma tonalidade, protegida por grades de ferro.

As janelas grandes, com caixilhos brancos e cortinas leves, permitem a entrada de luz natural, conferindo um ar acolhedor ao espaço.

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Ao fundo, é possível vislumbrar um cenário rural com campos verdes e algumas árvores, típicos da paisagem transmontana.

A luz do sol, suave e inclinada, sugere que a foto foi tirada ao final da manhã, criando sombras que realçam a textura das paredes de pedra e o contraste com a pintura cor-de-rosa.

A assinatura de Mário Silva, no canto inferior esquerdo, adiciona um toque pessoal à obra, que reflete a simplicidade e a beleza da vida nas aldeias portuguesas.

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A cor-de-rosa, presente de forma marcante na fotografia de Mário Silva, é uma tonalidade que carrega significados profundos e variados, tanto a nível cultural quanto psicológico.

Associada frequentemente à feminilidade, ao romantismo e à suavidade, essa cor tem o poder de evocar emoções e simbolismos que transcendem o óbvio, especialmente quando inserida num contexto rural e tradicional como o de Águas Frias.

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Na psicologia das cores, o cor-de-rosa é conhecido por transmitir sentimentos de calma, ternura e afeto.

É uma cor que suaviza o ambiente, muitas vezes associada à inocência e à juventude, como se remetesse às memórias de infância ou a momentos de cuidado e carinho.

Em Águas Frias, a escolha do cor-de-rosa para pintar a casa pode refletir um desejo de trazer leveza e serenidade a um ambiente que, pela sua natureza rural e montanhosa, é marcado pela rusticidade e pela dureza do trabalho no campo.

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Além disso, o cor-de-rosa é frequentemente ligado ao amor incondicional e à empatia. Diferentemente do vermelho, que carrega uma energia intensa e passional, o cor-de-rosa oferece uma versão mais delicada desse sentimento, sugerindo harmonia e conexão emocional.

Na fotografia, a casa cor-de-rosa parece ser um refúgio de tranquilidade, um ponto de equilíbrio no meio da aspereza das pedras e do terreno irregular.

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Culturalmente, o cor-de-rosa nem sempre foi associado à feminilidade.

Até meados do século XX, era comum que o cor-de-rosa fosse considerado uma cor masculina, por ser um tom derivado do vermelho, que simbolizava força e vigor.

Com o tempo, porém, a sociedade ocidental passou a vinculá-lo ao universo feminino, especialmente a partir da popularização de estereótipos de gênero.

Hoje, o cor-de-rosa é amplamente usado para representar a delicadeza e a suavidade associadas ao feminino, mas também ganhou novos significados, como a luta contra o cancro de mama, simbolizada pela fita cor-de-rosa.

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Em Portugal, especialmente em regiões rurais como Trás-os-Montes, o uso de cores vibrantes ou suaves nas fachadas das casas muitas vezes reflete uma ligação com a identidade local e um desejo de personalização.

O cor-de-rosa, nesse contexto, pode ser interpretado como uma escolha que busca destacar a casa no meio da paisagem predominantemente cinzenta das pedras e à vegetação verde, criando um ponto focal que atrai o olhar e transmite uma mensagem de acolhimento.

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Na obra de Mário Silva, o cor-de-rosa da casa não é apenas um detalhe estético, mas um elemento narrativo que dialoga com o ambiente ao seu redor.

A tonalidade contrasta com a rusticidade das pedras e do viaduto, criando um equilíbrio visual que reflete a dualidade da vida na aldeia: a simplicidade do dia a dia e o desejo de beleza e conforto.

A escolha desta cor pode ser vista como uma manifestação de esperança e leveza, valores que, mesmo no meio das dificuldades da vida rural, encontram espaço para se expressar.

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A casa cor-de-rosa, com o seu viaduto funcional, torna-se um símbolo de adaptação e resiliência, mas também de delicadeza e cuidado.

É como se a cor trouxesse um toque de suavidade a uma estrutura que, de outra forma, poderia parecer austera.

A luz suave que banha a cena reforça essa ideia, criando uma atmosfera de calma e nostalgia, típica das memórias que associamos às aldeias portuguesas.

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Em conclusão, a cor-de-rosa, na fotografia de Mário Silva, vai além de uma simples escolha estética.

Ela carrega significados que ressoam com os valores da aldeia transmontana: a busca por harmonia, a expressão de afeto e a valorização da beleza em meio à simplicidade.

Ao pintar a casa de cor-de-rosa, os moradores de Águas Frias não apenas personalizam o seu espaço, mas também criam um marco visual que fala de ternura, esperança e conexão emocional — sentimentos que, assim como a própria cor, têm o poder de suavizar até os cenários mais rústicos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Mai25

"Ruínas floridas"


Mário Silva Mário Silva

"Ruínas floridas"

29Mai DSC00111_ms

A fotografia "Ruínas floridas" de Mário Silva captura um momento de beleza serena e resiliência num meio de abandono.

A imagem mostra uma estrutura de pedra em ruínas, com grandes blocos de granito cobertos por musgo verde, indicando anos de exposição às intempéries.

No centro da composição, uma janela rudimentar, formada por pedras empilhadas, enquadra o céu claro ao fundo.

Sobre as pedras, dois vasos de barro vermelho, simples e rústicos, abrigam plantas suculentas com tons de rosa e roxo, que contrastam com a aspereza da pedra e o verde do musgo.

A assinatura do fotógrafo, "Mário Silva", aparece no canto inferior direito, escrita em uma caligrafia elegante, complementando o tom nostálgico da obra.

A moldura da fotografia, em tons sépia, reforça a sensação de passado, como se estivéssemos olhando para uma memória distante.

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Em Trás-os-Montes, o tempo parece ter parado.

As aldeias, outrora vibrantes com o som de vozes e o trabalho nos campos, hoje ecoam o silêncio de um passado que se desvanece.

As casas de pedra, construídas com o suor e a determinação de gerações, sucumbem à inevitável passagem dos anos.

Paredes que abrigaram famílias inteiras agora desmoronam, cobertas por musgo e esquecidas pelo progresso que atraiu os mais jovens para as cidades ou para o estrangeiro.

Este cenário de abandono, porém, não é apenas uma narrativa de perda.

É também um testemunho da resiliência de um povo que, mesmo no meio do colapso, encontra formas de recriar a beleza e a alegria.

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A fotografia "Ruínas floridas" de Mário Silva capta essa dualidade com uma sensibilidade rara.

Na imagem, uma estrutura de pedra em ruínas, com blocos de granito desgastados pelo tempo, abriga dois vasos de barro vermelho.

Dentro deles, suculentas de tons rosados e roxos florescem, desafiando a aridez do ambiente.

 A janela rudimentar, formada pelas pedras, enquadra o céu, como se sugerisse que, mesmo no desmoronamento, há espaço para a esperança.

O musgo verde que cobre as pedras adiciona uma camada de vida, um lembrete da natureza que reclama o que o homem abandonou.

A moldura sépia e a assinatura do fotógrafo no canto da imagem evocam uma nostalgia que ressoa com a história de Trás-os-Montes.

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A proliferação de casas em ruínas nesta região não é apenas um fenómeno físico, mas também social.

O despovoamento, impulsionado pela falta de oportunidades económicas e pela emigração, deixou para trás um legado de abandono.

Vilarejos que antes pulsavam com vida agora são habitados por poucos, geralmente idosos que resistem a deixar as terras onde nasceram.

As casas, muitas delas sem herdeiros que as reclamem, tornam-se ruínas silenciosas, testemunhas de um tempo que não volta.

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No entanto, o povo transmontano, conhecido pela sua força e ligação à terra, não se rende ao desânimo.

Mesmo no meio do colapso, há uma determinação em encontrar beleza.

Os vasos de flores, como os retratados na fotografia de Mário Silva, são um símbolo disso.

Colocados cuidadosamente sobre as pedras, eles representam um ato de resistência — um esforço para trazer cor e vida a um cenário de decadência.

É como se dissessem: "Ainda estamos aqui, e enquanto estivermos, haverá beleza."

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Essa resiliência não é apenas estética, mas profundamente cultural.

Em Trás-os-Montes, as tradições persistem, mesmo que em menor escala.

As festas populares, as histórias contadas à lareira, o cultivo da terra — tudo isso continua a ser parte da identidade local.

As ruínas, por mais tristes que pareçam, tornam-se também um espaço de memória e de reinvenção.

Algumas são transformadas em pequenas hortas, outras servem de abrigo para animais, e há até quem as utilize como cenários para projetos artísticos, como o próprio Mário Silva fez com a sua fotografia.

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A mensagem de "Ruínas floridas" é clara: o abandono pode ser inevitável, mas a capacidade de recriar alegria e beleza é uma escolha.

O povo de Trás-os-Montes, com a sua ligação visceral à terra e à sua história, ensina-nos que a vida pode florescer mesmo nas condições mais adversas.

Assim como as suculentas que brotam dos vasos de barro, a alma transmontana persiste, resiliente e vibrante, num meio das ruínas de um passado que, embora desmorone, nunca será esquecido.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Mai25

Cúpula da igreja da Madalena (Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Cúpula da igreja da Madalena

(Chaves - Portugal)

28Mai DSC00045_ms

A fotografia de Mário Silva captura a cúpula da Igreja da Madalena, localizada em Chaves, Portugal.

A imagem destaca a arquitetura tradicional portuguesa, com uma cúpula ornamentada coroada por uma cruz e um globo metálico no topo.

O telhado é coberto por telhas vermelhas, algumas com sinais de musgo e desgaste natural, refletindo a antiguidade da estrutura.

A cúpula apresenta janelas arqueadas e detalhes em pedra, incluindo pináculos decorativos ao longo das bordas.

Ao fundo, à direita, é visível uma escultura de um anjo sobre uma rocha, adicionando um elemento histórico e religioso à cena.

A luz do dia ilumina a estrutura contra um céu azul claro, enfatizando os tons terrosos e brancos da construção.

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Segundo a tradição católica, Maria Madalena foi uma seguidora devota de Jesus Cristo.

Ela é frequentemente identificada como a mulher de quem Jesus expulsou sete demónios (Lucas 8:2), marcando a sua transformação espiritual.

Maria esteve presente na crucificação, sepultamento e foi a primeira testemunha da ressurreição de Jesus, conforme os Evangelhos (João 20:1-18).

Apesar de algumas interpretações históricas a confundirem com a "pecadora" que ungiu os pés de Jesus (Lucas 7:36-50), a Igreja Católica não a considera uma prostituta, esclarecendo que essa associação é especulativa.

Ela é venerada como santa, com a sua festa celebrada em 22 de julho, simbolizando penitência, fé e testemunho da ressurreição.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Mai25

“Cartaxo-comum ou Chasco (Saxicola Torquata)”


Mário Silva Mário Silva

“Cartaxo-comum ou Chasco

(Saxicola Torquata)”

27Mai DSC06548_ms

A fotografia de Mário Silva retrata um Cartaxo-comum, também conhecido como Chasco (Saxicola torquata), uma pequena ave passeriforme.

Na imagem, o pássaro está pousado num galho de arbusto com espinhos, exibindo a sua plumagem característica: uma mistura de tons castanhos, com peito alaranjado, asas escuras com detalhes brancos e uma cauda curta.

O fundo é um céu claro, destacando a ave e as folhas verdes do arbusto, com a assinatura do fotógrafo no canto inferior direito.

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O Cartaxo-comum, cientificamente conhecido como “Saxicola Torquata”, é uma pequena ave passeriforme amplamente distribuída nas regiões da Europa, África e Ásia.

Com o seu peito alaranjado e comportamento ativo, é frequentemente avistado em campos abertos, áreas de pastagem e terrenos com vegetação rasteira.

Apesar do seu tamanho modesto, o Cartaxo-comum desempenha um papel significativo na manutenção de ecossistemas saudáveis, contribuindo para o controle de populações de insetos e a dispersão de sementes.

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O Cartaxo-comum é um predador oportunista de insetos, alimentando-se principalmente de pequenos artrópodes, como gafanhotos, besouros e aranhas.

Essa dieta torna-o num importante agente de controle biológico em ecossistemas agrícolas e naturais.

Ao reduzir populações de insetos que se podem tornar pragas, a ave ajuda a proteger culturas e a minimizar a necessidade de pesticidas químicos, promovendo práticas agrícolas mais sustentáveis e preservando a biodiversidade local.

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Embora a sua dieta seja predominantemente insetívora, o Cartaxo-comum também consome pequenas frutas e bagas, especialmente durante os meses mais frios, quando os insetos são menos abundantes.

Esse comportamento transforma-o num dispersor de sementes, contribuindo para a regeneração de plantas no seu habitat.

A dispersão de sementes é essencial para a manutenção da diversidade vegetal, a restauração de áreas degradadas e o equilíbrio de ecossistemas, especialmente em paisagens fragmentadas.

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A presença do Cartaxo-comum num ambiente é frequentemente um indicador de saúde ecológica.

Esta ave prefere habitats abertos com vegetação baixa e média, que são típicos de paisagens bem equilibradas.

A diminuição das suas populações pode sinalizar problemas como a perda de “habitat”, o uso excessivo de pesticidas ou a degradação do solo.

Assim, monitorar o Cartaxo-comum pode ajudar os cientistas a identificar áreas que necessitam de intervenções para a conservação ambiental.

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Em conclusão, o Cartaxo-comum é muito mais do que uma ave de bela aparência; ele é um componente vital para a saúde dos ecossistemas.

O seu papel no controle de pragas, na dispersão de sementes e como indicador de qualidade ambiental destaca a importância de proteger essa espécie e o seu “habitat”.

A conservação do Cartaxo-comum, por meio de práticas como a preservação de áreas naturais e a redução do uso de químicos agrícolas, beneficia não apenas a ave, mas todo o ecossistema que ela ajuda a sustentar.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Mai25

"Lavrar no fértil vale de Chaves (Portugal)”


Mário Silva Mário Silva

"Lavrar no fértil vale de Chaves (Portugal)”

26Mai DSC06512_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de trabalho agrícola no fértil vale de Chaves, em Portugal, mostrando um trator lavrando a terra no meio de uma paisagem rural.

A imagem reflete a essência da atividade agrícola, uma prática fundamental para a região de Trás-os-Montes e para o país

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A agricultura sempre foi um pilar essencial para a economia e a cultura de Portugal, especialmente em regiões como Trás-os-Montes, onde o vale de Chaves se destaca pela sua fertilidade.

A fotografia de Mário Silva, que retrata um trator lavrando a terra, simboliza o trabalho árduo dos agricultores e a ligação profunda entre o povo e a terra.

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Trás-os-Montes é uma região marcada por um relevo acidentado e um clima continental, com invernos rigorosos e verões quentes.

Apesar dos desafios, a agricultura é a espinha dorsal da economia local.

Culturas como a batata, o milho, a castanha e a vinha são predominantes, enquanto a criação de gado, especialmente ovino e bovino, também desempenha um papel crucial.

O vale de Chaves, conhecido pela sua fertilidade, é um exemplo de como a terra pode ser generosa quando bem trabalhada.

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Os produtos agrícolas de Trás-os-Montes não apenas sustentam as comunidades locais, mas também têm reconhecimento nacional e internacional.

O azeite transmontano, por exemplo, é valorizado pela sua qualidade, e a castanha é um símbolo da região.

Além disso, a agricultura familiar, predominante na região, preserva tradições e saberes passados de geração em geração, mantendo viva a identidade cultural do povo transmontano.

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A nível nacional, a agricultura portuguesa é vital para a segurança alimentar e para a economia.

Portugal é conhecido por produtos como o vinho, o azeite e os lacticínios, que têm uma forte presença nos mercados internacionais.

Regiões como Trás-os-Montes contribuem para essa reputação, fornecendo matérias-primas de alta qualidade.

Além disso, a agricultura desempenha um papel importante na fixação das populações rurais, combatendo o despovoamento do interior, um problema crescente no país.

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A atividade agrícola também é essencial para a sustentabilidade ambiental.

Práticas tradicionais, como as que vemos na fotografia de Mário Silva, muitas vezes promovem a conservação do solo e o uso responsável dos recursos naturais.

Em Trás-os-Montes, os agricultores frequentemente utilizam métodos que respeitam os ciclos da natureza, contribuindo para a preservação da biodiversidade.

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Apesar da sua importância, a agricultura em Trás-os-Montes enfrenta desafios, como o envelhecimento da população rural, a falta de mão de obra e os impactos das mudanças climáticas.

No entanto, há oportunidades para o futuro.

A modernização agrícola, o investimento em tecnologias sustentáveis e a valorização dos produtos locais podem revitalizar o setor.

Iniciativas como o turismo rural e a certificação de produtos com denominação de origem protegida também ajudam a promover a região e os seus produtos.

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Em conclusão, a agricultura, como retratada na fotografia de Mário Silva, é mais do que uma atividade económica em Trás-os-Montes e em Portugal – é um modo de vida, uma ligação à terra e às tradições.

Para as gentes de Trás-os-Montes, ela representa resiliência e identidade; para Portugal, é uma fonte de riqueza cultural e económica.

Valorizar e apoiar os agricultores é essencial para garantir que esta atividade continue a florescer, sustentando não apenas o vale de Chaves, mas todo o país.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Mai25

“Capela de Nossa Senhora das Dores” (Nozelos – Valpaços – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

“Capela de Nossa Senhora das Dores”

(Nozelos – Valpaços – Portugal)

25Mai DSC00201_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “Capela de Nossa Senhora das Dores” (Nozelos – Valpaços – Portugal), retrata o interior de uma capela barroca, marcada por uma rica decoração e um ambiente de devoção.

O destaque da imagem é o retábulo dourado, que ocupa a parede frontal da capela.

Este retábulo, ricamente ornamentado, apresenta colunas torsas com detalhes em vermelho e dourado, enquadrando duas pinturas laterais de figuras religiosas, possivelmente santos ou mártires, com vestes tradicionais e expressões solenes.

No centro, há uma cruz de madeira sobre um pequeno altar, ladeada por elementos decorativos, incluindo uma caveira esculpida à direita, simbolizando a mortalidade e a penitência.

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A base do retábulo é adornada com padrões geométricos e florais em tons de dourado, vermelho e branco, típicos do estilo barroco português.

Abaixo do retábulo, encontra-se um túmulo ou arca de pedra, com uma abertura frontal que revela um interior vermelho desgastado, sugerindo a passagem do tempo e o uso contínuo do espaço para práticas religiosas.

As paredes laterais da capela mostram sinais de deterioração, com tinta descascada e vestígios de frescos, enquanto o teto exibe uma pintura parcial com figuras angelicais e ornamentos, parcialmente danificados.

A luz suave que ilumina a cena confere um tom de reverência e melancolia, reforçando o carácter sagrado e histórico do espaço.

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A veneração de Nossa Senhora das Dores, também conhecida como “Mater Dolorosa”, é uma das devoções mais antigas e profundamente enraizadas na tradição católica portuguesa.

Esta devoção centra-se nas sete dores de Maria, mãe de Jesus, que incluem momentos como a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus no templo e, especialmente, a sua presença ao pé da cruz durante a crucificação.

Em Portugal, essa devoção ganhou força a partir da Idade Média, sendo promovida por ordens religiosas como os Servitas, que dedicaram a sua espiritualidade ao culto das dores de Maria.

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Em muitas regiões de Portugal, como em Nozelos, Valpaços, onde se localiza a Capela de Nossa Senhora das Dores retratada na fotografia de Mário Silva, a devoção manifesta-se através de capelas, procissões e festas litúrgicas.

A festa de Nossa Senhora das Dores, celebrada a 15 de setembro, é um momento alto de espiritualidade, marcada por missas solenes, cânticos tradicionais e procissões onde a imagem de Maria, frequentemente representada com o coração trespassado por sete espadas (simbolizando as sete dores), é levada pelas ruas.

Em algumas localidades, é comum a prática do “Ofício das Dores”, uma série de orações e meditações que refletem sobre o sofrimento de Maria.

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Esta devoção também reflete a espiritualidade do povo português, que historicamente encontrou na figura de Nossa Senhora das Dores um símbolo de compaixão e intercessão nos momentos de sofrimento, como durante as guerras, fomes ou calamidades.

A Capela de Nossa Senhora das Dores em Nozelos, com o seu retábulo barroco e ambiente austero, é um testemunho da fé popular e da importância desta devoção na vida comunitária, servindo como um espaço de recolhimento e ligação espiritual com o sagrado.

Através de locais como este, a veneração de Nossa Senhora das Dores continua a ser uma expressão viva da religiosidade portuguesa, unindo gerações na partilha de uma fé marcada pela empatia e pela esperança.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
24
Mai25

“O gatito na Aldeia (uma estória)”


Mário Silva Mário Silva

“O gatito na Aldeia (uma estória)”

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A fotografia "O gatito na Aldeia" de Mário Silva mostra um gatinho castanho com tons acinzentados, de olhos amarelos penetrantes, sentado num muro de pedra numa aldeia rural.

Inspirado por esta imagem, aqui está uma história sobre um gatinho numa aldeia rural de Portugal.

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Numa pequena aldeia rural de Portugal, encravada entre colinas verdejantes e castanheiros centenários, vivia um gatinho chamado Tareco.

Tareco era um felino de pelo castanho-acinzentado, com olhos amarelos que brilhavam como duas lanternas ao entardecer.

Todos os dias, ele sentava-se num muro de pedra à entrada da aldeia, observando o movimento dos poucos moradores que ali passavam.

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Tareco não pertencia a ninguém, mas todos na aldeia o conheciam.

As poucas crianças corriam para lhe fazer festinhas, os muitos velhotes partilhavam pedacinhos de pão com ele, e até as galinhas do quintal da Dona Maria já se tinham habituado à sua presença silenciosa.

Ele era o guardião não oficial da aldeia, sempre alerta, com as orelhas empinadas e o olhar atento.

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Certa manhã, a aldeia acordou em alvoroço.

Um grupo de pardais tinha feito ninho no telhado da igreja, e estavam a comer as sementes que o Senhor António guardava para as suas pombas.

"Isto não pode ser!", exclamou o velho António, abanando a cabeça.

Mas os pardais eram rápidos e espertos, e ninguém na aldeia conseguia afugentá-los.

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Foi então que Tareco entrou em ação.

Com um salto elegante, subiu ao telhado da igreja, equilibrando-se nas telhas antigas.

Os pardais, ao verem o gatinho de olhos brilhantes, bateram asas em pânico e fugiram para o bosque.

A aldeia inteira aplaudiu o pequeno herói, e o Senhor António, agradecido, deu a Tareco um prato de leite fresco como recompensa.

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A partir desse dia, Tareco tornou-se ainda mais querido na aldeia.

Todas as tardes, quando o sol se punha e as sombras os castanheiros se alongavam, ele regressava ao seu posto no muro de pedra, vigiando a paz da sua pequena aldeia rural.

E assim, o gatito continuou a ser uma parte essencial daquela comunidade, trazendo sorrisos e segurança a todos que ali viviam.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Mai25

Casa rústica e jardim no cimento


Mário Silva Mário Silva

"Casa rústica e jardim no cimento”

23Mai DSC00118_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Casa rústica e jardim no cimento", retrata um cenário que, à primeira vista, parece desafiador: uma parede de pedra rústica e um chão de cimento, onde brota um pequeno oásis de vida.

Um banco vermelho vibrante, cercado por vasos de flores coloridas, traz um contraste caloroso ao ambiente cinzento.

Há girassóis artificiais, suculentas e outras plantas, cuidadosamente dispostas, que parecem desafiar as condições adversas do cimento e da pedra.

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Esse cenário fala-nos sobre o prazer de cultivar flores mesmo em situações inóspitas.

Há uma beleza especial em transformar um espaço frio e árido em algo vivo e acolhedor.

O ato de cuidar de plantas, regá-las, podá-las e vê-las florescer, mesmo num chão de cimento, é uma metáfora para a resiliência e a esperança.

É como se cada flor plantada fosse um pequeno ato de resistência contra a aridez, um lembrete de que a vida pode prosperar onde menos se espera.

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O prazer nesse cuidado vai além do resultado estético.

É um exercício de paciência e dedicação, uma ligação com a natureza que acalma a alma.

Num mundo acelerado, parar para cuidar de uma planta, sentir a terra entre os dedos e observar o crescimento lento e constante traz uma sensação de paz.

Mesmo num ambiente pouco propício, como o cimento desta casa rústica, o cultivo de flores torna-se um ato de amor — pela natureza, pela beleza e por si mesmo.

É a prova de que, com carinho e perseverança, até os lugares mais improváveis podem florescer.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Mai25

"O ninho de cegonha"


Mário Silva Mário Silva

"O ninho de cegonha"

22Mai DSC00010_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "O ninho de cegonha", mostra uma cegonha-branca empoleirada num ninho de galhos, construído sobre uma alta chaminé da extinta Telheira de Chaves (Portugal).

A imagem captura a imponência da ave, com o seu bico vermelho e penas brancas contrastando com as asas negras, num cenário natural e sereno.

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O mito de que as cegonhas trazem bebés no bico, vindos de Paris, tem raízes em tradições europeias, especialmente na cultura germânica e do norte da Europa.

A lenda ganhou popularidade no século XIX, em parte devido ao conto "As Cegonhas", de Hans Christian Andersen, que associava essas aves à chegada de novas crianças.

A escolha de Paris como origem dos bebés no mito pode estar ligada ao simbolismo da cidade como um lugar romântico e mágico, ideal para a narrativa fantasiosa.

As cegonhas, que migram longas distâncias e frequentemente constroem ninhos perto de habitações humanas, tornaram-se um símbolo de fertilidade e renovação, reforçando essa história encantadora que, por gerações, foi usada para explicar às crianças a chegada de um novo irmão ou irmã.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Mai25

“Um casinhoto na serrania…” (Mandín – Verín – Espanha)


Mário Silva Mário Silva

“Um casinhoto na serrania…”

(Mandín – Verín – Espanha)

21Mai DSC00513_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Um casinhoto na serrania", retrata uma pequena construção de pedra com telhado de telhas, situada em Mandín, Verín, na Espanha.

A imagem mostra a casinha inserida numa paisagem serrana, cercada por vegetação verdejante, com colinas ao fundo e algumas árvores esparsas, uma delas seca, contrastando com a vitalidade da natureza ao redor.

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Estas pequenas construções de pedra, como o casinhoto fotografado, têm uma relevância histórica, cultural e funcional nas regiões serranas, especialmente em áreas rurais da Península Ibérica.

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Casinhotos como este eram frequentemente usados por pastores, agricultores ou caçadores como abrigos temporários.

Em áreas remotas, onde o clima pode ser imprevisível e rigoroso, essas construções ofereciam proteção contra o frio, a chuva ou o calor excessivo.

Serviam também para armazenar ferramentas, alimentos ou até mesmo para pernoitar durante longos períodos de trabalho na serra.

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Feitos com materiais locais, como pedra e madeira, e cobertos com telhas de barro, esses casinhotos são exemplos da arquitetura vernacular, que utiliza recursos disponíveis no ambiente sem grandes impactos.

A construção em pedra garante durabilidade e isolamento térmico, enquanto o uso de materiais da região reduz a necessidade de transporte, refletindo uma prática sustentável que dialoga com o meio ambiente.

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Estas construções são testemunhos da vida rural e das tradições das comunidades serranas.

Representam um modo de vida mais simples e autossuficiente, onde as pessoas dependiam diretamente da terra e dos recursos naturais.

Em muitas regiões da Galiza e do norte de Portugal, casinhotos semelhantes estão associados a práticas como a transumância (movimentação sazonal de rebanhos) e à agricultura de subsistência.

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A fotografia de Mário Silva captura a beleza rústica do casinhoto integrado à paisagem serrana.

Essas construções, com a sua simplicidade e harmonia com a natureza, têm um valor estético que atrai fotógrafos, artistas e turistas.

Além disso, preservar essas estruturas é importante para manter viva a memória cultural e histórica das comunidades locais.

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Num contexto de mudanças climáticas e urbanização, casinhotos como este, lembram a capacidade de adaptação das populações rurais ao meio ambiente.

A sua construção sólida e funcional pode inspirar práticas modernas de arquitetura sustentável, valorizando técnicas tradicionais que respeitam a natureza.

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Em resumo, o casinhoto na serrania de Mandín é mais do que uma simples construção de pedra: é um símbolo de resiliência, tradição e harmonia com o meio ambiente.

Ele reflete a sabedoria das gerações passadas em lidar com os desafios da vida na serra, ao mesmo tempo em que carrega um valor estético e cultural que merece ser preservado e apreciado.

A fotografia de Mário Silva convida-nos a refletir sobre a importância de manter viva essa herança, tanto pela sua funcionalidade quanto pelo seu significado histórico e emocional.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Mai25

"Observando o vale"


Mário Silva Mário Silva

"Observando o vale"

20Mai DSC00991_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Observando o vale", captura uma vista serena e melancólica da encosta de uma colina na Serra do Brunheiro, em Chaves, Portugal.

A imagem mostra um vale amplo e suavemente ondulado, com o rio Arcossó visível ao longe, represo pela barragem das Nogueirinhas, que reflete a luz suave do céu.

A paisagem é dominada por tons quentes e dourados, sugerindo que a foto foi tirada durante o entardecer, com uma luz suave que cria uma atmosfera etérea e enevoada.

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No primeiro plano, há árvores despidas, com galhos finos e delicados, algumas cobertas de musgo, o que indica um ambiente natural e possivelmente a transição entre estações, como o final do inverno ou início da primavera.

A vegetação rasteira é verde, contrastando com os tons mais secos e amarelados do vale ao fundo.

As camadas de colinas e montanhas ao longe desaparecem gradualmente na névoa, criando uma sensação de profundidade e vastidão.

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A assinatura "Mário Silva" está visível no canto inferior esquerdo da imagem, escrita em uma caligrafia fluida e branca, que se destaca contra o fundo verde da vegetação.

A moldura da fotografia tem um efeito de vinheta, escurecendo as bordas e direcionando o olhar para o centro da composição, reforçando a sensação de contemplação descrita pelo título.

É uma imagem que transmite tranquilidade e uma conexão profunda com a natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Mai25

"Flores de pereira (Pyrus calleryana)"


Mário Silva Mário Silva

"Flores de pereira

(Pyrus calleryana)"

19Mai DSC00946_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Flores de Pereira (Pyrus calleryana)", captura de forma delicada e vibrante um conjunto de flores brancas de uma pereira, destacadas contra um fundo de céu azul claro.

As flores, agrupadas em cachos, apresentam pétalas brancas com pequenos detalhes em preto e estames amarelos, criando um contraste suave e elegante.

As folhas verdes, brilhantes e bem iluminadas pelo sol, complementam a composição, transmitindo uma sensação de frescura e vitalidade.

A luz natural realça as texturas das pétalas e das folhas, enquanto a assinatura do fotógrafo, "Mário Silva", aparece discretamente no canto inferior direito da imagem, adicionando um toque pessoal à obra.

A moldura cinza ao redor da fotografia dá um acabamento clássico, destacando ainda mais a beleza natural do tema.

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As pereiras, como a “Pyrus calleryana” (comumente conhecida como pereira ornamental, embora outras espécies como a Pyrus communis sejam mais usadas para consumo), desempenham um papel significativo na alimentação humana, especialmente por meio dos frutos que produzem: as peras.

Esses frutos são amplamente apreciados pelo seu sabor doce e suculento, além de serem uma fonte rica de nutrientes essenciais para uma dieta saudável.

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As peras são ricas em fibras dietéticas, que ajudam na digestão, promovem a saúde intestinal e podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

Elas também contêm vitaminas como a C (importante para o sistema imunológico e a saúde da pele) e K, além de minerais como potássio, que auxilia na regulação da pressão arterial.

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Com poucas calorias, as peras são uma excelente opção para quem busca manter ou perder peso de forma saudável, oferecendo saciedade devido ao alto teor de fibras e água.

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As peras contêm compostos antioxidantes, como flavonoides e ácidos fenólicos, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o stresse oxidativo e o risco de doenças crónicas, como cancro e inflamações.

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Além de serem consumidas frescas, as peras podem ser usadas em diversas preparações culinárias, como saladas, sobremesas, compotas e até pratos salgados, o que as torna um ingrediente versátil para uma dieta equilibrada.

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As pereiras, ao florescerem, também desempenham um papel ecológico importante, atraindo polinizadores como abelhas, que são essenciais para a produção de alimentos em geral.

Isso contribui para a sustentabilidade agrícola e a manutenção da biodiversidade.

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Embora a “Pyrus calleryana” seja mais ornamental e menos usada para produção de frutos comestíveis (devido ao tamanho pequeno e à textura dura de seus frutos), ela simboliza a beleza e a importância das pereiras no contexto mais amplo.

Espécies comestíveis de pereiras, como a “Pyrus communis”, são cultivadas globalmente e têm sido parte da alimentação humana há séculos, oferecendo benefícios nutricionais e culturais em diversas tradições gastronómicas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Mai25

“Maio, mês mariano - Nossa Senhora aos pés do altar mor da igreja de Águas Frias (Chaves – Portugal)”


Mário Silva Mário Silva

“Maio, mês mariano

Nossa Senhora aos pés do altar mor da igreja

Águas Frias (Chaves – Portugal)”

18Mai DSC06912_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Maio, mês mariano - Nossa Senhora aos pés do altar mor da igreja de Águas Frias (Chaves – Portugal)", retrata o interior de uma igreja com um altar ricamente ornamentado.

O altar mor, em estilo barroco, é decorado com detalhes dourados e brancos, destacando-se pela sua imponência e beleza.

No centro do altar, há uma estátua de Nossa Senhora posicionada aos pés, envolta em flores coloridas, simbolizando a devoção mariana típica do mês de maio.

Velas, arranjos florais e outros elementos litúrgicos, como candelabros e imagens de santos, complementam a cena, criando um ambiente de reverência e espiritualidade.

A arquitetura da igreja, com paredes de pedra e teto de madeira, adiciona um toque rústico ao cenário, enquanto as cortinas vermelhas nas janelas e os azulejos decorativos nas laterais reforçam a estética tradicional portuguesa.

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A devoção mariana é uma das expressões mais profundas e enraizadas da espiritualidade do povo português, moldando a sua identidade cultural e religiosa ao longo dos séculos.

Desde a formação da nacionalidade, a Virgem Maria ocupa um lugar central na fé, nas tradições e no imaginário coletivo de Portugal, sendo venerada como mãe, protetora e intercessora.

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A devoção a Maria em Portugal remonta aos primórdios do cristianismo na Península Ibérica, mas ganha particular relevo com a Reconquista e a fundação do reino.

No século XII, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, consagra o reino a Nossa Senhora, estabelecendo uma ligação indelével entre a monarquia e a Virgem.

Este ato reflete a crença de que Maria era a protetora da nação, guiando o povo português nas batalhas contra os mouros e nas adversidades.

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A Virgem Maria foi frequentemente invocada em momentos cruciais da história portuguesa, como nas conquistas marítimas dos Descobrimentos.

Os navegadores portugueses, enfrentando os perigos do mar, recorriam à proteção de Nossa Senhora, dedicando-lhe capelas e ermidas nos territórios descobertos.

A imagem de Maria como "Estrela do Mar" (Stella Maris) tornou-se um símbolo de orientação e esperança para os marinheiros.

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A devoção mariana em Portugal manifesta-se de forma vibrante em peregrinações, festas populares, romarias e na construção de santuários.

O culto a Nossa Senhora de Fátima é, sem dúvida, o mais emblemático.

Desde as aparições de 1917 na Cova da Iria, Fátima tornou-se um dos maiores centros de peregrinação mariana do mundo, atraindo milhões de fiéis que buscam consolação, cura e renovação espiritual.

A mensagem de Fátima, centrada na oração, penitência e conversão, ressoa profundamente com a espiritualidade portuguesa.

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Outros santuários marianos, como Nossa Senhora da Nazaré, Nossa Senhora do Sameiro e Nossa Senhora da Conceição (padroeira de Portugal), também são testemunhos da forte devoção do povo.

Cada região tem as suas invocações particulares, muitas vezes ligadas a lendas e milagres locais, como Nossa Senhora da Agonia em Viana do Castelo ou Nossa Senhora dos Remédios em Lamego.

Estas manifestações regionais reforçam o caráter comunitário e festivo da fé mariana, com procissões, cânticos e rituais que unem as populações.

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A influência de Maria transcende o âmbito religioso, impregnando-se na literatura, na arte e nas tradições populares.

Na poesia, poetas como Camões e Fernando Pessoa evocaram a Virgem como símbolo de pureza e proteção.

Na arte sacra, as imagens de Maria, esculpidas em madeira ou pedra, são objetos de veneração e testemunhos da habilidade artesanal portuguesa.

A música, com hinos e cânticos marianos, também reflete essa devoção, sendo o "Avé Maria Puríssima" uma expressão recorrente nas celebrações.

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As festas marianas, frequentemente associadas aos ciclos agrícolas e às estações do ano, são momentos de celebração comunitária.

Nelas, a religiosidade mistura-se com a alegria profana, com danças, comes e bebes, e arraiais que reforçam os laços sociais.

A Virgem é vista não apenas como uma figura celestial, mas como uma mãe próxima, que compreende e acompanha as alegrias e dores do seu povo.

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Hoje, a devoção mariana continua a ser uma força viva em Portugal, embora adaptada aos tempos modernos.

A espiritualidade mariana é reinterpretada pelas novas gerações, que encontram em Maria um modelo de compaixão, resiliência e esperança.

Fátima, em particular, mantém-se como um ponto de convergência para portugueses e estrangeiros, sendo um espaço de diálogo inter-religioso e de reflexão sobre os desafios do mundo atual.

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A devoção a Maria também se expressa na solidariedade social, com muitas instituições de caridade e obras sociais inspiradas pelo exemplo da Virgem.

A sua imagem como mãe acolhedora ressoa em iniciativas que promovem a justiça, a paz e o cuidado pelos mais vulneráveis.

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Em conclusão, a devoção mariana das gentes portuguesas é mais do que uma prática religiosa; é um pilar da identidade nacional, uma fonte de consolo e um elo que une o passado ao presente.

Seja nas grandiosas peregrinações a Fátima, nas pequenas capelas rurais ou nos cânticos entoados em família, a Virgem Maria permanece como a "Mãe de Portugal", uma presença constante que guia, protege e inspira o seu povo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Mai25

“Papoilas (Papaver sonniferum) num campo verdejante”


Mário Silva Mário Silva

“Papoilas (Papaver sonniferum)

num campo verdejante”

17Mai DSC06905_ms

As papoilas, como as retratadas na fotografia de Mário Silva, intitulada “Papoilas (Papaver somniferum) num campo verdejante”, carregam um simbolismo esotérico profundo que atravessa culturas e tradições.

A espécie “Papaver somniferum”, conhecida como a papoila do ópio, é especialmente rica em significados místicos, associados ao sono, à morte, ao renascimento e à conexão com o mundo espiritual.

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No contexto esotérico, as papoilas frequentemente simbolizam o sono profundo e os estados alterados de consciência.

A sua associação com o ópio, uma substância que induz o sono e visões, faz delas um emblema de transição entre o mundo físico e o espiritual.

Na mitologia grega, as papoilas estavam ligadas a deuses como Morfeu, o deus dos sonhos, e a Deméter, que, segundo a lenda, usava papoilas para aliviar a sua dor pela perda de Perséfone.

Assim, esotericamente, a flor pode representar a entrada no inconsciente, a busca por verdades ocultas e a comunicação com o divino através de sonhos ou meditação.

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Além disso, a papoila também é um símbolo de morte e renascimento.

A sua cor vermelha vibrante, como vista na fotografia, evoca o sangue e a vida, mas também a transitoriedade, já que as pétalas são frágeis e efêmeras.

No esoterismo, isso reflete a ideia de ciclos: o fim de uma fase para o início de outra, a transformação espiritual e a regeneração da alma.

A presença de botões ainda fechados na imagem de Mário Silva reforça essa ideia, sugerindo potencial latente e o despertar de novas possibilidades.

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Por fim, as papoilas num campo verdejante podem ser interpretadas como um convite à introspeção no meio da natureza.

O verde do campo simboliza vitalidade e ligação com a terra, enquanto as papoilas adicionam uma camada de mistério e transcendência.

Juntas, elas sugerem um equilíbrio entre o terreno e o celestial, incentivando quem as contempla a buscar harmonia entre corpo, mente e espírito.

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A fotografia de Mário Silva, com as suas papoilas em destaque, não é apenas uma captura da beleza natural, mas também um portal visual para reflexões esotéricas sobre a vida, a morte e os mistérios do inconsciente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Mai25

“As conversas são como as cerejas”


Mário Silva Mário Silva

“As conversas são como as cerejas”

16Mai DSC06093_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “As conversas são como as cerejas”, apresenta um cacho de cerejas maduras penduradas num galho, com as suas cores vibrantes e texturas brilhantes em destaque.

A frase que acompanha a imagem sugere uma metáfora rica em significado, que pode ser explorada em diferentes aspetos.

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A expressão "as conversas são como as cerejas" remete à ideia de que, assim como as cerejas num cacho, as conversas muitas vezes vêm em sequência, uma levando à outra de forma natural e fluida.

Quando se come uma cereja, é comum querer mais, pela doçura e pela satisfação que ela proporciona.

Da mesma forma, uma boa conversa pode ser envolvente e instigar mais diálogo, criando um ciclo prazeroso de troca de ideias.

A fotografia captura essa essência ao mostrar as cerejas agrupadas, interligadas pelo mesmo galho, simbolizando a ligação entre os tópicos e as pessoas numa conversa.

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Além disso, as cerejas também podem representar a qualidade das conversas.

Cerejas maduras e suculentas são as melhores, assim como as conversas mais significativas são aquelas que têm profundidade, sabor e deixam uma impressão duradoura.

No entanto, assim como nem todas as cerejas são perfeitas – algumas podem estar verdes ou danificadas, como visível no galho da foto –, nem todas as conversas são igualmente proveitosas.

Algumas podem ser superficiais ou até amargas, dependendo do contexto ou dos interlocutores.

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Por fim, a metáfora pode sugerir que as conversas, como as cerejas, têm um caráter efêmero.

Cerejas frescas são sazonais e devem ser apreciadas no momento certo; da mesma forma, uma boa conversa precisa do “timing” e da atenção adequados para florescer.

A assinatura de Mário Silva na fotografia adiciona um toque pessoal, como se ele estivesse convidando o observador a refletir sobre suas próprias “cerejas” conversacionais.

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Em resumo, a fotografia e o título de Mário Silva levam-nos a pensar nas conversas como algo doce, conectado e valioso, mas também delicado e passageiro, que merece ser saboreado com atenção e cuidado.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
15
Mai25

"O alho napolitano (Allium neapolitanum)"


Mário Silva Mário Silva

"O alho napolitano (Allium neapolitanum)"

15Mai DSC05742_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "O alho napolitano (Allium neapolitanum)" provavelmente retrata a planta” Allium neapolitanum”, conhecida como alho napolitano ou alho-branco.

A fotografia destaca as características distintivas da planta, como as suas flores brancas em forma de estrela, dispostas em umbelas, com pétalas delicadas e estames visíveis.

As folhas são geralmente longas, estreitas e verdes, com uma textura suave.

A planta pode estar num ambiente natural, como um jardim, campo ou área mediterrânea, com foco em detalhes como a textura das flores ou o contraste com o fundo.

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As flores do alho napolitano atraem polinizadores, como abelhas, borboletas e outros insetos, promovendo a biodiversidade e a reprodução de outras plantas no ecossistema.

Serve como fonte de néctar e pólen, sustentando populações de insetos benéficos que são parte da cadeia alimentar, apoiando pássaros e outros animais.

Como membro da família “Alliaceae”, o alho napolitano pode libertar compostos sulfurados que repelem certas pragas, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema sem a necessidade de pesticidas químicos.

Nativa de regiões mediterrâneas, é bem adaptada a climas secos, ajudando a estabilizar solos e prevenir erosão em áreas com vegetação escassa.

Além de seu papel ecológico, é usada em jardinagem e paisagismo, promovendo a conservação de espécies nativas e a educação ambiental.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Mai25

"Uma nesga da aldeia de Águas Frias"


Mário Silva Mário Silva

"Uma nesga da aldeia de Águas Frias"

14Mai DSC06560_ms

A fotografia "Uma nesga da aldeia de Águas Frias", capturada por Mário Silva, revela a essência da ruralidade transmontana na aldeia de Águas Frias, localizada em Chaves, Portugal.

A imagem mostra um aglomerado de casas tradicionais com telhados de telha vermelha, paredes de pedra e algumas áreas caiadas, dispostas de forma orgânica num terreno inclinado.

A vegetação densa, com árvores e arbustos, abraça as construções, enquanto caminhos estreitos e empedrados serpenteiam entre as casas, refletindo a simplicidade e a ligação com a natureza que caracterizam a vida rural nesta região.

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Águas Frias é um exemplo vivo da ruralidade transmontana, onde o tempo parece correr mais devagar.

Situada no norte de Portugal, esta aldeia preserva a arquitetura tradicional, com casas de pedra que testemunham gerações de história.

A vida aqui é marcada pelo ritmo das estações: no inverno, o frio intenso é enfrentado com lareiras acesas; no verão, os campos verdes e as hortas ganham vida, fornecendo sustento às famílias.

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A comunidade é pequena, mas unida, com tradições que incluem festas religiosas, como a celebração do padroeiro, e práticas agrícolas que ainda resistem à modernização.

A ruralidade de Águas Frias é, assim, um reflexo de um modo de vida que valoriza a simplicidade, a ligação com a terra e a memória coletiva de um povo resiliente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Mai25

“Alminhas” – Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Alminhas”

Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves – Portugal

04Mai DSC07714_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “Alminhas” – Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves - Portugal, mostra um pequeno nicho religioso encravado numa parede de pedra.

Dentro do nicho, há uma pintura que retrata uma cena tradicional: um anjo, possivelmente São Miguel Arcanjo, que está no topo, com asas e uma lança, sobre um fundo celestial.

Abaixo, figuras humanas, algumas em vestes azuis, parecem estar em sofrimento, envoltas em chamas que simbolizam o Purgatório.

À frente da pintura, há um vaso dourado com flores brancas (provavelmente lírios, associados à pureza) e uma lamparina vermelha com uma cruz, contendo uma vela acesa.

A palavra "Esmolas" está escrita na base do nicho, sugerindo um pedido de ofertas para as almas.

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Os nichos conhecidos como "alminhas" são pequenas construções religiosas comuns em Portugal, especialmente em áreas rurais como Trás-os-Montes.

Surgiram principalmente entre os séculos XVII e XIX, durante o período da Contrarreforma, quando a Igreja Católica reforçava a doutrina do Purgatório.

Esses nichos eram erguidos em encruzilhadas, caminhos ou muros, com o objetivo de lembrar os fiéis de orar pelas almas do Purgatório.

Muitas vezes, continham imagens ou pinturas de almas penadas no meio de chamas, com anjos ou santos intercessores, e a palavra "esmolas" indicava a solicitação de donativos para missas ou orações que ajudassem a aliviar o sofrimento dessas almas.

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Na tradição católica, as "almas penadas" são as almas dos mortos que estão no Purgatório, um estado intermediário entre o Céu e o Inferno.

Segundo a doutrina, essas almas pertencem a pessoas que morreram em estado de graça, mas ainda precisam ser purificadas de pecados veniais ou expiar as consequências de pecados já perdoados.

No Purgatório, elas sofrem temporariamente, frequentemente representado por chamas, até estarem prontas para entrar no Céu.

A Igreja ensina que as orações, missas e esmolas dos vivos podem ajudar a acelerar essa purificação, daí a importância dos nichos como as "alminhas", que incentivam os fiéis a interceder por essas almas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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