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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

27
Set25

“Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata) no alto ramo seco”


Mário Silva Mário Silva

“Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata) no alto ramo seco”

27Set DSC05054_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de serenidade na natureza.

No centro da imagem, um Papa-moscas-cinzento, com suas penas de tons neutros, está empoleirado num galho seco e retorcido.

A iluminação dourada e suave incide diretamente sobre a pequena ave e o galho, criando um contraste com o fundo escuro e desfocado, que sugere um entardecer.

A composição, com a luz focando no pássaro e no seu suporte, isola o sujeito e transmite uma sensação de quietude e solidão.

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O Guardião do Entardecer

No alto de um galho de carvalho, tão velho e retorcido quanto o próprio tempo, vivia um pequeno pássaro de olhos redondos e penas cinzentas.

Ele não tinha um nome grandioso, apenas o de Papa-moscas-cinzento, mas todos na floresta o conheciam como o Guardião do Entardecer.

Era seu dever, a cada dia, saudar a última luz do sol com a sua presença silenciosa.

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O mundo ao seu redor era uma tapeçaria de sombras, um manto de veludo que o crepúsculo tecia.

As folhas já não balançavam, os ruídos da floresta aquietavam-se, e a escuridão preparava-se para cobrir tudo.

Mas ali, no alto do seu trono de madeira, o Papa-moscas era um ponto de luz.

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Ele não cantava canções elaboradas como o rouxinol, nem voava em acrobacias como a andorinha.

A sua magia estava na quietude.

Enquanto a luz do dia se esvaía em tons de pêssego e dourado, ele permanecia imóvel, a silhueta solitária de um ser que testemunhava a transição do dia para a noite.

A sua alma, se ele tivesse uma, era feita de nostalgia e serenidade.

Ele observava as últimas moscas voarem, o vento final acariciar as árvores, e o brilho do sol beijar a terra pela última vez antes de partir.

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As outras criaturas da floresta viam-no, mas raramente se aproximavam.

Sabiam que a sua missão era sagrada, e que a paz que ele irradiava era um presente para todos eles.

A sua existência era uma recordação de que, mesmo nos momentos de transição e escuridão, sempre há um ponto de luz e esperança.

E assim, quando a última estrela surgia no céu, o Guardião do Entardecer fechava os olhos, sentindo o calor da luz dourada na alma, pronto para esperar a aurora do dia seguinte.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Set25

"Árvore seca e solitária"


Mário Silva Mário Silva

"Árvore seca e solitária"

09Set DSC07679_ms

A fotografia "Árvore seca e solitária" de Mário Silva foca numa paisagem árida, onde uma árvore solitária, com a maioria dos seus galhos despidos e secos, destaca-se no topo de uma colina coberta por vegetação de cor ocre.

A luz do sol incide sobre a vegetação, criando um efeito de brilho intenso e sombras profundas.

O céu, em tons de azul e cinzento claro, contrasta com as cores da paisagem.

A imagem, com a sua composição simples e minimalista, realça a beleza da solidão e da resiliência da natureza.

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Estória: O Guardião Silencioso da Colina

A colina, que Mário Silva capturou na sua fotografia, era um lugar de lendas.

A aldeia chamava-lhe "a Colina da Esperança", e a árvore que se erguia no seu cume era o seu guardião silencioso.

Para os aldeões, a árvore não era apenas um pinheiro; era um símbolo de resiliência, de força e de esperança.

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A árvore tinha visto tudo.

Tinha visto o sol a nascer e a pôr-se, a chuva a cair e o vento a soprar.

Tinha visto a vida a passar lá em baixo, a aldeia a crescer, as crianças a brincar, as gerações a virem e a irem.

Ela era a testemunha silenciosa da história da aldeia, o seu coração e a sua alma.

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A fotografia de Mário Silva capturou a sua beleza e a sua solidão.

O seu tronco, cinzento e rugoso, era a prova da sua idade e da sua força.

Os seus galhos, despidos e secos, eram os seus braços estendidos para o céu, uma prece por mais um ano de vida.

A vegetação de cor ocre, que Mário Silva capturou com a sua luz intensa, era a vida que se agarrava à terra, a prova de que mesmo num lugar árido, a vida encontra sempre um caminho.

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A lenda dizia que a árvore tinha um segredo.

A sua alma, dizia-se, estava escondida num pequeno ninho de pássaros que se encontrava no seu tronco.

A lenda dizia que, se alguém com o coração puro subisse a colina e sussurrasse o seu desejo no ninho, o desejo seria realizado.

Mas ninguém o tinha feito.

O medo e a superstição eram mais fortes que a fé.

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A fotografia de Mário Silva era um lembrete de que, mesmo em tempos difíceis, a esperança permanece.

A árvore, com a sua solidão, era um farol, um guia para a aldeia.

E os aldeões, que olhavam para a fotografia, sentiam uma profunda gratidão.

A árvore, o seu guardião, estava ali, a protegê-los, a dar-lhes força, a ser o seu farol.

E eles, a sua aldeia, estavam ali, a protegê-la, a dar-lhe vida, a ser o seu porto seguro.

A árvore e a aldeia eram uma só, unidas por uma lenda, uma história, e uma fotografia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Ago25

"O Picanço-real (Lanius meridionalis)"


Mário Silva Mário Silva

"O Picanço-real"

(Lanius meridionalis)

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Esta fotografia de Mário Silva, intitulada "O Picanço-real", é um plano aproximado de uma ave, um picanço-real, pousado no topo de um galho seco.

A ave, com o seu corpo robusto e penas em tons de castanho e cinzento claro, tem uma cauda comprida e um bico forte e curvo.

O olho escuro e a máscara facial dão-lhe uma expressão séria e atenta.

As asas e a cauda têm detalhes em preto e branco.

O pássaro está em perfil, com a cabeça ligeiramente virada para a direita, observando o horizonte.

O fundo é um céu azul, com a luz do sol a incidir sobre a ave, realçando os pormenores das suas penas.

A imagem transmite uma sensação de alerta e a beleza selvagem da ave, que parece estar em plena vigilância.

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Estória: A Coroa do Picanço-Real

O Picanço-real, que na aldeia de Trás-os-Montes era apenas conhecido como "o pássaro-rei", tinha a fama de ser o caçador mais astuto do planalto.

A sua coroa, um conjunto de penas cinzentas na cabeça, era mais do que um adorno; era o seu trono, o símbolo da sua soberania sobre os campos.

Mário Silva capturou-o na sua fotografia no seu momento de maior majestade: pousado no topo de um galho, a observar o seu reino.

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A sua vida não era fácil.

O seu território era vasto e a caça escassa.

O seu jantar, uma libelinha ou um gafanhoto, era conquistado com paciência e uma agilidade que era a inveja de todas as outras aves.

A sua técnica era brutal, mas eficaz: empalar as suas presas em espinhos de arbustos ou farpas de arame, uma espécie de despensa macabra que servia de aviso aos outros predadores.

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Naquele dia de verão, o Picanço-real estava no seu posto de vigia favorito.

As suas pequenas garras agarravam-se firmemente ao galho seco, e os seus olhos, afiados como agulhas, varriam o horizonte.

O sol do meio-dia fazia as suas penas brilhar e o ar estava carregado de calor.

De repente, um movimento na relva seca chamou a sua atenção.

Uma família de gafanhotos verdes, distraídos com a sua própria conversa, movia-se em direção à sombra de um cardo.

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O Picanço-real ficou imóvel, os seus músculos tensos, o seu corpo pronto para a ação.

Contou as batidas do seu coração, o eco do vento na sua coroa de penas.

No momento certo, ele soltou-se do galho, uma sombra veloz que rasgou o céu azul.

A sua descida foi rápida e silenciosa. Agarrou o maior dos gafanhotos, uma presa suculenta, e levou-o para o seu poleiro.

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Mas o Picanço-real não era apenas um predador.

Ele era um guardião.

As suas canções, uma mistura de trinados e assobios, eram o aviso de que o rei estava em casa.

As outras aves do planalto, desde os pardais mais pequenos aos falcões mais imponentes, sabiam que aquele era o seu território e que a sua palavra era lei.

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Quando o sol começou a descer, pintando o céu de laranja e roxo, o Picanço-real voou para a sua despensa. Comeu a sua presa e, satisfeito, cantou uma última canção antes de se abrigar para a noite.

A sua silhueta, um pequeno ponto escuro contra o céu que se desvanecia, era um lembrete de que, mesmo nos lugares mais áridos e solitários, a vida floresce na sua forma mais pura e selvagem.

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A fotografia de Mário Silva não é apenas um retrato de um pássaro; é um retrato de um rei, de um caçador, de um guardião.

É a imagem da vida dura e solitária do campo, da dignidade e da beleza que se encontram na luta pela sobrevivência, e da força inabalável da natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Jun25

Chamariz (Serinus serinus)


Mário Silva Mário Silva

Chamariz

(Serinus serinus)

14Jun DSC03875_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “Chamariz (Serinus serinus)”, captura a delicadeza de um pequeno pássaro pousado num galho, com o seu corpo amarelo brilhante contrastando contra o céu azul e a vegetação coberta de musgo.

O Chamariz, ou “Serinus serinus”, é uma ave comum em várias regiões da Europa, África e Ásia Ocidental, conhecida pelo seu canto melodioso e pela sua plumagem vibrante.

Preservar essa espécie é essencial por diversos motivos, tanto ecológicos quanto culturais.

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O Chamariz desempenha um papel importante nos ecossistemas onde habita.

Como ave granívora, ele alimenta-se principalmente de sementes, contribuindo para a dispersão de plantas e ajudando a manter o equilíbrio da vegetação em áreas naturais.

Além disso, serve como presa para predadores naturais, como aves de rapina, sendo uma peça fundamental na cadeia alimentar.

A presença do Chamariz num ambiente é também um indicador de saúde ecológica, pois ele depende de habitats com boa qualidade, como campos abertos, bosques e jardins.

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Além da sua relevância ecológica, o Chamariz tem um valor cultural e estético.

O seu canto alegre é uma fonte de inspiração para poetas, músicos e amantes da natureza, trazendo beleza e serenidade aos espaços que frequenta.

Em muitas culturas, pássaros como o Chamariz simbolizam liberdade e harmonia, ligando as pessoas à natureza de forma profunda.

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No entanto, o Chamariz enfrenta ameaças como a perda de “habitat” devido à urbanização, o uso de pesticidas que reduzem a sua fonte de alimento e as mudanças climáticas, que alteram os seus padrões migratórios.

Para preservar esta espécie, é crucial proteger os seus “habitats” naturais, promover práticas agrícolas sustentáveis e aumentar a conscientização sobre a importância da biodiversidade.

Ações como a criação de áreas protegidas e a redução do uso de químicos nocivos podem garantir que o Chamariz continue a encantar as futuras gerações com a sua presença e o seu melodioso canto.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Mai25

“As conversas são como as cerejas”


Mário Silva Mário Silva

“As conversas são como as cerejas”

16Mai DSC06093_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “As conversas são como as cerejas”, apresenta um cacho de cerejas maduras penduradas num galho, com as suas cores vibrantes e texturas brilhantes em destaque.

A frase que acompanha a imagem sugere uma metáfora rica em significado, que pode ser explorada em diferentes aspetos.

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A expressão "as conversas são como as cerejas" remete à ideia de que, assim como as cerejas num cacho, as conversas muitas vezes vêm em sequência, uma levando à outra de forma natural e fluida.

Quando se come uma cereja, é comum querer mais, pela doçura e pela satisfação que ela proporciona.

Da mesma forma, uma boa conversa pode ser envolvente e instigar mais diálogo, criando um ciclo prazeroso de troca de ideias.

A fotografia captura essa essência ao mostrar as cerejas agrupadas, interligadas pelo mesmo galho, simbolizando a ligação entre os tópicos e as pessoas numa conversa.

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Além disso, as cerejas também podem representar a qualidade das conversas.

Cerejas maduras e suculentas são as melhores, assim como as conversas mais significativas são aquelas que têm profundidade, sabor e deixam uma impressão duradoura.

No entanto, assim como nem todas as cerejas são perfeitas – algumas podem estar verdes ou danificadas, como visível no galho da foto –, nem todas as conversas são igualmente proveitosas.

Algumas podem ser superficiais ou até amargas, dependendo do contexto ou dos interlocutores.

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Por fim, a metáfora pode sugerir que as conversas, como as cerejas, têm um caráter efêmero.

Cerejas frescas são sazonais e devem ser apreciadas no momento certo; da mesma forma, uma boa conversa precisa do “timing” e da atenção adequados para florescer.

A assinatura de Mário Silva na fotografia adiciona um toque pessoal, como se ele estivesse convidando o observador a refletir sobre suas próprias “cerejas” conversacionais.

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Em resumo, a fotografia e o título de Mário Silva levam-nos a pensar nas conversas como algo doce, conectado e valioso, mas também delicado e passageiro, que merece ser saboreado com atenção e cuidado.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Out24

Libélula-escarlate (Crocothemis erythraea) fêmea: Um Tesouro Ecológico


Mário Silva Mário Silva

Libélula-escarlate (Crocothemis erythraea) fêmea:

Um Tesouro Ecológico

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A fotografia de Mário Silva captura um momento de serenidade e beleza, com a libélula-escarlate fêmea como protagonista.

A libélula, com as suas asas translúcidas esticadas e seu corpo esbelto, contrasta com o fundo azul claro, criando uma imagem visualmente impactante.

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A libélula-escarlate fêmea apresenta a coloração característica da espécie: um tom amarelo-acastanhado ou dourado, com detalhes mais escuros nas asas.

O seu corpo é alongado e segmentado, e os seus grandes olhos compostos conferem-lhe uma visão excecional.

A pose da libélula, pousada sobre um galho seco, permite apreciar a delicadeza das suas asas e a complexidade da sua estrutura.

O fundo da fotografia é um céu azul claro, que realça as cores vibrantes da libélula.

O galho seco sobre o qual ela está pousada sugere um habitat natural, possivelmente próximo a um corpo d'água, como uma lagoa ou um rio.

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A libélula-escarlate, tanto o macho quanto a fêmea, desempenham um papel fundamental no equilíbrio ecológico.

As libélulas são predadoras vorazes, alimentando-se de outros insetos, como mosquitos e moscas.

Ao controlar essas populações, elas ajudam a reduzir a transmissão de doenças e a proteger outras espécies.

A presença de libélulas-escarlates num determinado local é um indicador de boa qualidade da água, pois as suas larvas desenvolvem-se em ambientes aquáticos limpos.

Embora não sejam tão conhecidas como as abelhas, as libélulas também contribuem para a polinização de algumas plantas, transportando o pólen de uma flor para outra enquanto buscam alimento.

As libélulas servem como alimento para outros animais, como aves e peixes, contribuindo para a complexidade da cadeia alimentar.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva não apenas captura a beleza estética da libélula-escarlate fêmea, mas também nos convida a refletir sobre a importância desses insetos para o meio ambiente.

A libélula-escarlate é um exemplo de como a natureza, na sua diversidade, cria interconexões complexas e essenciais para a manutenção da vida no nosso planeta.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Out24

Pintassilgo comum fêmea (“Linaria canabina”) - A beleza discreta


Mário Silva Mário Silva

Pintassilgo comum fêmea (“Linaria canabina”)

A beleza discreta

11Out DSC03090_ms

A fotografia capturada por Mário Silva presenteia-nos com um retrato delicado e sereno do pintassilgo comum fêmea (Linaria canabina).

A ave, pousada num galho nu contra um céu cinzento, destaca-se pela sua plumagem castanho-avermelhada, um contraste subtil e elegante com o ambiente.

A pose do pintassilgo, com o corpo ereto e o olhar atento, transmite uma sensação de calma e serenidade.

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Apesar de sua aparência discreta, o pintassilgo comum fêmea possui um canto verdadeiramente encantador.

O seu canto, melodioso e variado, é frequentemente descrito como uma das mais belas melodias do mundo das aves.

Essa canção, que varia de região para região, desempenha um papel fundamental na vida social da espécie, sendo utilizada para demarcar território, atrair parceiros e fortalecer os laços sociais dentro do grupo.

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O pintassilgo comum é uma espécie bastante comum em diversas partes da Europa, incluindo Portugal.

Esta ave desempenha um papel importante no ecossistema, atuando como dispersora de sementes.

Ao se alimentar de sementes de diversas plantas, a pintassilgo contribui para a regeneração da vegetação e a manutenção da biodiversidade.

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A fotografia de Mário Silva convida-nos a apreciar a beleza da natureza nos seus mínimos detalhes.

O pintassilgo comum fêmea, com a sua plumagem discreta e seu canto melodioso, é um exemplo da rica diversidade da avifauna portuguesa.

Ao contemplar essa imagem, somos lembrados da importância de preservar os habitats naturais e garantir a sobrevivência dessas espécies para as futuras gerações.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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