Amoras-silvestres (Rubus fruticosus) - Mário Silva
Mário Silva Mário Silva
Amoras-silvestres (Rubus fruticosus)
Mário Silva
Nos campos verdes, sob o sol a brilhar,
Duas amoras, irmãs de cor e sabor,
Uma vermelha, com um sorriso a encantar,
Outra negra, com um mistério a revelar.
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A vermelha, doce e vibrante, como o verão,
Cheia de vida, em cada estação,
Com o seu sabor intenso, que a alma acalma,
E nos leva a sonhos, num mar de calma.
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A negra, profunda e enigmática, como a noite,
Escondendo segredos, sob a sua túnica escura,
Com um sabor adocicado, mas com toques de acidez,
Que nos desperta os sentidos, com a sua beleza.
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Duas amoras, tão diferentes, mas tão iguais,
Na sua essência, nos seus desejos, nos seus sonhos reais,
Unidas pelo amor à terra e ao céu,
Um símbolo da vida, em constante fluir.
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A vermelha, a paixão, a alegria, o amor,
A negra, a sabedoria, a força, a dor,
Juntas, compõem a melodia da vida,
Numa dança eterna, entre a luz e a sombra.
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Então, coma uma amora, vermelha ou negra,
E deixe-se levar pelo seu sabor,
Descubra a magia que cada uma guarda,
E viva a vida com intensidade, sem medo e sem dor.
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Poema & Fotografia: ©MárioSilva
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