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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

15
Jan25

"As árvores despidas e o seu reflexo"


Mário Silva Mário Silva

"As árvores despidas e o seu reflexo"

15Jan DSC05638_ms

Nas árvores nuas, o inverno pousa,

Reflexos no espelho d'água, a vida desvanece.

Ramos sem folhas, em silêncio, repousa,

No espelho, a alma da floresta se reflete.

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O frio traz a nudez, a verdade crua,

Mostra-nos o essencial, sem adornos, sem cor.

A água, serena, capta essa mensagem sua,

E no reflexo, o tempo, a vida, e a dor.

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Cada galho, uma história, um testemunho,

De verões passados, de outonos em chamas.

O espelho d'água, com o seu olhar profundo,

Guarda segredos, sonhos, e algumas almas.

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Despidas, as árvores, mostram a sua essência,

No espelho, vejo a minha própria nudez.

A vida, como as árvores, tem a sua cadência,

E no reflexo, encontro a minha paz, minha verdade.

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A natureza, na sua simplicidade, nos ensina,

Que a beleza reside na essência, não na aparência.

E no espelho da água, a lição se projeta,

As árvores nuas, no seu reflexo, a eterna dança.

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Poema & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Dez24

Um dia gelado numa aldeia remota de Trás-os-Montes


Mário Silva Mário Silva

Um dia gelado numa aldeia remota de

Trás-os-Montes

27Dez Águas Frias - Neve_ms

Numa aldeia escondida no interior transmontano, o dia amanheceu frio, ventoso e coberto de neve.

As casas de pedra, com os seus telhados brancos, pareciam pequenas ilhas num mar de neve.

O vento uivava pelas ruas estreitas, levantando pequenos redemoinhos de neve que dançavam ao seu sabor.

Numa dessas casas, a lareira estava acesa, quebrando o silêncio da casa vazia.

A lenha de carvalho crepitava, lançando faíscas que iluminavam o rosto de uma velhinha sentada junto ao fogo.

Tinha um xaile pelos ombros, protegendo-a do frio que se fazia sentir.

Os seus olhos, marcados pelo tempo, refletiam as chamas que dançavam na lareira.

A velhinha, Dona Maria, era a única habitante daquela casa.

Vivia sozinha desde que o seu marido, um antigo pastor da região, tinha partido.

Agora, passava os seus dias entre as paredes de pedra da sua casa, aquecida pelo fogo da lareira e pelas memórias de tempos mais felizes.

Nesse dia de frio, vento e neve, Dona Maria sentou-se junto à lareira, como fazia todos os dias. O xaile pelos ombros dava-lhe algum conforto, mas era o calor do fogo que realmente a aquecia.

Olhava para as chamas, perdida nos seus pensamentos, enquanto a lenha de carvalho crepitava, quebrando o silêncio da casa.

Fora, a neve continuava a cair, cobrindo a aldeia com um manto branco.

O vento uivava, como se quisesse entrar na casa e juntar-se a Dona Maria junto à lareira.

Mas a velhinha não se deixava perturbar.

Estava em paz, aquecida pelo fogo e pelas suas memórias, num dia de frio, vento e neve, numa aldeia do interior transmontano.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
24
Dez24

Conto de Natal - O Natal da Senhora Clementina Panoquinhas


Mário Silva Mário Silva

Conto de Natal

O Natal da Senhora Clementina Panoquinhas

24Dez DSC08261_ms Natal

Na pequena aldeia de Frescura d’Água, em pleno coração de Trás-os-Montes, o frio cortava como lâminas naquela véspera de Natal.

As casas de pedra, cobertas de musgo, exalavam um cheiro de lenha queimada, e as chaminés enchiam o ar com uma névoa que parecia misturar-se com as estrelas que despontavam no céu límpido.

Era uma aldeia esquecida pelo tempo, onde as tradições se mantinham vivas, e o Natal era celebrado com a mesma simplicidade de décadas atrás.

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Clementina Panoquinhas, uma viúva de 76 anos, morava sozinha na última casa da aldeia, à beira de um caminho de terra que subia para o monte.

Desde que perdera o marido, o Sr. Ferraz do Dedo Grande, há vinte anos, a sua vida era marcada pela solidão e pelas lembranças.

Contudo, todos na aldeia conheciam Clementina Panoquinhas pela sua bondade e pela habilidade em fazer o melhor pão de centeio da região.

No Natal, ela tinha o costume de preparar broas doces e distribuí-las pelos vizinhos mais necessitados.

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Naquela noite, enquanto o vento zunia pelas frestas das janelas, Clementina Panoquinhas estava na sua cozinha, amassando a última fornada de broas.

O velho relógio de parede marcava as onze horas.

O calor do forno aquecia-lhe as mãos e o coração, mas a solidão parecia mais pesada do que nunca.

Era a primeira vez que não haveria ninguém para partilhar a ceia.

Os filhos tinham emigrado para França e não conseguiriam vir por causa do trabalho.

Mesmo assim, Clementina Panoquinhas decidira manter a tradição.

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Quando terminou as broas, enrolou-as num pano branco e colocou-as numa cesta de vime.

Vestiu o seu xaile de lã, gasto pelo tempo, e saiu pela porta, enfrentando o frio que fazia doer os ossos.

As ruas da aldeia estavam desertas, mas havia uma magia no ar.

Algumas janelas iluminadas deixavam escapar o som abafado de risos e cantorias.

Clementina Panoquinhas caminhava devagar, depositando uma broa na soleira de cada casa humilde, com um sorriso nos lábios e uma prece no coração.

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Quando terminou, sentiu-se exausta, mas em paz.

Ao voltar para casa, reparou que o céu estava extraordinariamente estrelado, como se o firmamento quisesse dar-lhe um presente.

Sentou-se no banco de pedra junto à porta e olhou para o céu, lembrando-se de Sr. Ferraz do Dedo Grande.

"Que Deus te tenha em paz, meu querido... Se ao menos estivesses aqui" - sussurrou.

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De repente, ouviu um som que a fez sobressaltar.

Era o trote de cavalos, algo raro na aldeia.

Virou-se e viu, no caminho iluminado apenas pela lua, um velho carro de bois decorado com ramos de azevinho e lanternas.

No banco da frente, um homem idoso, de barba branca e um sorriso gentil, segurava as rédeas. Ao lado dele, um jovem com roupas simples segurava um saco volumoso.

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"Senhora Clementina Panoquinhas!" - chamou o homem, com uma voz calorosa.

"Será que podemos entrar? Temos uma mensagem para si."

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Clementina Panoquinhas, surpresa, assentiu e abriu a porta, embora o coração lhe batesse forte.

Assim que os dois homens entraram, a casa pareceu aquecer de forma inexplicável.

O homem mais velho entregou-lhe um pequeno embrulho, envolto em papel pardo e uma fita vermelha.

Clementina Panoquinhas, com as mãos trémulas, abriu-o e encontrou uma fotografia antiga dela e de Sr. Ferraz do Dedo Grande, tirada no Natal de 1953.

Lá estava ela, jovem e sorridente, segurando um bebé nos braços, enquanto Sr. Ferraz do Dedo Grande olhava para ela com ternura.

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"Mas... como conseguiram isto?"- perguntou, com os olhos marejados de lágrimas.

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"Este é o espírito do Natal, minha senhora" - respondeu o homem, com um sorriso enigmático.

"Um presente para lembrar que o amor nunca se perde, mesmo quando aqueles que amamos estão longe, ou já partiram."

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Antes que Clementina Panoquinhas pudesse dizer mais alguma coisa, os dois visitantes despediram-se e desapareceram tão rapidamente quanto tinham chegado.

Clementina Panoquinhas ficou na porta, segurando a fotografia contra o peito, com o coração inundado de gratidão e paz.

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Naquela noite, enquanto a aldeia dormia, Clementina Panoquinhas colocou a fotografia junto ao presépio.

Sentiu, pela primeira vez em muito tempo, que não estava sozinha.

O Natal de Frescura d’Água tornara-se mais brilhante, como se o céu e a terra conspirassem para lembrar que a magia do amor e da partilha nunca desaparece.

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E assim, na madrugada fria, as estrelas pareciam sorrir.

...

A TODOS UM BOM e SANTO NATAL

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Dez24

"Pastoreio ... aproveitando um dia frio, mas solarengo de fim de outono"


Mário Silva Mário Silva

"Pastoreio ...

aproveitando um dia frio,

mas solarengo de fim de outono"

13Dez DSC03385_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Pastoreio ... aproveitando um dia frio, mas solarengo de fim de outono", captura a essência da vida rural transmontana.

A imagem, provavelmente capturada numa tarde ensolarada, mas com um ar fresco característico do final do outono, retrata um pastor conduzindo o seu rebanho através duma paisagem campestre.

A figura do pastor, com seu casaco e chapéu, destaca-se contra o fundo montanhoso, enquanto o rebanho se espalha pela encosta, criando uma composição dinâmica e harmoniosa.

A luz solar, incidindo obliquamente sobre a paisagem, acentua as texturas da terra e das rochas, e cria sombras longas que conferem profundidade à imagem.

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A fotografia retrata uma atividade milenar, o pastoreio, que continua a ser praticada em muitas regiões rurais de Portugal.

A imagem evoca uma sensação de tradição e de conexão com a natureza, transmitindo a ideia de um modo de vida mais simples e autêntico.

A fotografia explora o contraste entre o homem e a natureza, entre a atividade humana e a paisagem.

A figura do pastor, com a sua pequena dimensão em relação à imensidão da paisagem, sublinha a força e a beleza da natureza.

A luz desempenha um papel fundamental na fotografia, modelando as formas e criando uma atmosfera de serenidade.

A paleta de cores, com predominância de tons quentes e terrosos, reforça a sensação de calor e de acolhimento, mesmo num dia frio.

A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A figura do pastor, posicionada no centro da imagem, atrai o olhar do observador, enquanto o rebanho e a paisagem criam um enquadramento que realça a sua importância.

A fotografia transmite uma sensação de tranquilidade e serenidade.

A cena bucólica, com o pastor e o seu rebanho, evoca um ritmo de vida mais lento e contemplativo, em contraste com a frenética vida urbana.

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A fotografia de Mário Silva é um excelente exemplo da representação da vida rural em Portugal.

A obra, com a sua composição cuidadosa e a sua paleta de cores harmoniosa, convida o observador a uma imersão profunda neste universo bucólico.

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Em conclusão, "Pastoreio ... aproveitando um dia frio, mas solarengo de fim de outono" é uma fotografia que nos transporta para um mundo de serenidade e beleza.

A obra, com a sua composição equilibrada e a sua paleta de cores vibrante, é um testemunho do talento de Mário Silva e da sua capacidade de captar a essência da vida rural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Dez24

"O frio não se vê ... mas sente-se"


Mário Silva Mário Silva

"O frio não se vê ... mas sente-se"

09Dez DSC05297_ms

A fotografia "O frio não se vê ... mas sente-se" de Mário Silva captura de forma poética a essência do inverno numa aldeia rural transmontana.

A imagem apresenta uma árvore desfolhada, silhueta contra um céu nublado e de tonalidade acinzentada, que domina a composição.

A ausência de folhas nas árvores e a tonalidade fria do céu transmitem uma sensação de nudez e de vazio, característica da estação mais fria do ano.

No canto inferior direito, uma pequena coroa de advento com velas, parcialmente visível, adiciona um toque de calor e esperança à cena, criando um contraste interessante com a atmosfera fria e invernal.

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A fotografia não apresenta elementos explícitos que evidenciem o frio, como geada ou neve.

No entanto, a escolha cuidadosa dos elementos visuais - a árvore desfolhada, o céu nublado, as cores frias - e a própria frase que intitula a obra, criam uma atmosfera que nos transporta para um ambiente gélido.

A sensação de frio é sugerida, não descrita, convidando o observador a completar a imagem com as suas próprias sensações e experiências.

A composição da fotografia é simples e eficaz.

A árvore, como elemento central, domina a imagem, enquanto o céu e o primeiro plano criam um cenário amplo e envolvente.

A ausência de elementos distraidores permite que o observador se concentre na essência da imagem: a representação do frio.

A árvore desfolhada, símbolo da morte e da hibernação, contrasta com a pequena coroa de advento, símbolo da vida e da esperança.

Este contraste sublinha a força da natureza e a capacidade de renovação que a caracteriza.

A fotografia transmite uma sensação de melancolia, mas também de beleza.

A paisagem invernal, com a sua atmosfera fria e solitária, pode despertar sentimentos de nostalgia e saudade.

No entanto, a beleza da natureza, mesmo no seu estado mais adormecido, é evidente.

A fotografia captura a essência da vida rural numa aldeia transmontana.

A árvore desfolhada, a coroa de advento e a paisagem envolvente são elementos que remetem para a cultura e as tradições da região, estabelecendo uma ligação entre a obra de arte e o contexto cultural em que foi criada.

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Em conclusão, "O frio não se vê ... mas sente-se" é uma fotografia que nos convida a uma reflexão sobre a passagem das estações e a beleza da natureza em todas as suas manifestações.

A obra, através duma linguagem visual simples e eficaz, transmite uma sensação de paz e serenidade, ao mesmo tempo que evoca sentimentos de nostalgia e melancolia.

A fotografia de Mário Silva é um testemunho da sua sensibilidade e da sua capacidade de captar a essência da vida rural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Dez23

Está um frio "de rachar" e a névoa envolve o Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

Está um frio "de rachar" e a névoa envolve o

Castelo de Monforte de Rio Livre,

em Águas Frias - Chaves - Portugal

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É uma manhã fria e cinzenta em Águas Frias, Trás-os-Montes.

 O ar está gelado e a névoa envolve o Castelo de Monforte de Rio Livre. Os muros do castelo estão cobertos de gelo e a torre parecem flutuar na névoa.

Um pequeno grupo de visitantes caminha pelo castelo, abrigando-se do frio no interior da torre.

Eles admiram as vistas panorâmicas da região, que se estendem até as montanhas da Serra do Gerês.

A névoa é tão espessa que é difícil ver a distância.

O castelo parece uma visão de outro mundo, preso no tempo.

O frio é tão intenso que a respiração dos visitantes forma nuvens de vapor. Eles movem-se lentamente, como se estivessem em câmara lenta.

A névoa cria uma atmosfera misteriosa e mágica.

 O castelo parece uma fortaleza fantasmagórica, guardando os segredos do passado.

É uma manhã inesquecível, uma experiência única que só é possível num dia frio e nebuloso em Águas Frias - Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Fev23

BALADA DA NEVE


Mário Silva Mário Silva

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BALADA DA NEVE

05 DSC03335_ms_marca agua

.

Batem leve, levemente,

como quem chama por mim.

Será chuva? Será gente?

Gente não é, certamente

e a chuva não bate assim.

.

É talvez a ventania:

mas há pouco, há poucochinho,

nem uma agulha bulia

na quieta melancolia

dos pinheiros do caminho...

.

Quem bate, assim, levemente,

com tão estranha leveza,

que mal se ouve, mal se sente?

Não é chuva, nem é gente,

nem é vento com certeza.

.

Fui ver. A neve caía

do azul cinzento do céu,

branca e leve, branca e fria...

- Há quanto tempo a não via!

E que saudades, Deus meu!

.

Olho-a através da vidraça.

Pôs tudo da cor do linho.

Passa gente e, quando passa,

os passos imprime e traça

na brancura do caminho...

.

Fico olhando esses sinais

da pobre gente que avança,

e noto, por entre os mais,

os traços miniaturais

duns pezitos de criança...

.

E descalcinhos, doridos...

a neve deixa inda vê-los,

primeiro, bem definidos,

depois, em sulcos compridos,

porque não podia erguê-los!...

.

Que quem já é pecador

sofra tormentos, enfim!

Mas as crianças, Senhor,

porque lhes dais tanta dor?!...

Porque padecem assim?!...

.

E uma infinita tristeza,

uma funda turbação

entra em mim, fica em mim presa.

Cai neve na Natureza

- e cai no meu coração.

.

__________     Augusto Gil     __________

.

Fotografia: ©MárioSilva

.

 

Mário Silva 📷
27
Jan22

A Geada ... Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

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É inverno …

… durante a noite o valor no termómetro desceu abruptamente …

O frio instalou-se e dormiu por aqui …

… mas deixou o seu fofo colchão branco …

… a geada.

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Blog 27 DSC08730_ms

 

GEADA   GELO   CHUVA   NEVE

 .

A enxada cava fundo

Na mão do homem do campo!

Fundo entra!

Chega fundo

Geada, Gelo, Chuva e Neve.

Na lareira, o carvalho crepita,

A velha treme

E a criança grita

Geada, Gelo, Chuva e Neve.

O Inverno é ruim

E a bucha é tão rara.

Viva a salgadeira

Do toucinho cru!

Meu filho

Não te metas ao caminho

Geada, Gelo, Chuva e Neve.

.

Mãe minha, vou emigrar.

Que Deus a ajude

Que eu não posso!

E se Deus não quiser,

Geada, Gelo, Chuva e Neve.

Não há Inverno somente

Valha-nos os bafos da cabra!

Cabra minha já foste à lenha?

Geada, Gelo, Chuva e Neve.

 .

Ardem as torgas na lareira

Senhor Presidente,

Que bela a casa a sua!?

Não há frio que lhe chegue,

Nem Geada, Gelo, Chuva e Neve.

 .

Em casa de pobre,

Ramos de horta…

Ninhos de águia no alpendre…

Lavrador não fique curvado

À geada, gelo, chuva e neve.

.

_________________  Rogério Martins Simões   __________________

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Ver também:

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