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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

22
Jun25

“Alminhas” - Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Alminhas”

Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves – Portugal

22Jun DSC07711_ms

As "Alminhas" são pequenos santuários ou nichos religiosos que se encontram espalhados por várias regiões de Portugal, como o exemplo capturado na fotografia de Mário Silva em Casas de Monforte, Águas Frias, Chaves.

Estas construções, muitas vezes embutidas em paredes de casas ou caminhos rurais, são testemunhos de uma tradição profundamente enraizada na cultura popular portuguesa, ligada à fé católica e à memória dos defuntos.

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As origens das "Alminhas" remontam à Idade Média, numa época em que a morte era uma presença constante na vida das comunidades, marcada por pragas, guerras e condições de vida difíceis.

Inspiradas na crença de que as almas dos falecidos, especialmente as que estavam no purgatório, podiam beneficiar de orações e atos de caridade, estas pequenas capelas começaram a ser erguidas como forma de oferecer conforto espiritual.

Os nichos eram frequentemente dedicados a almas penadas, sendo comum a inscrição de pedidos de esmolas ("esmolas pelas almas") para que os vivos ajudassem na salvação dessas almas através de missas ou orações.

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A construção das "Alminhas" ganhou especial relevância entre os séculos XVII e XIX, coincidindo com o Barroco e o aumento da devoção popular.

Eram geralmente financiadas por famílias locais ou comunidades, muitas vezes em memória de entes queridos ou como agradecimento por favores divinos.

A arquitetura simples, com um arco de pedra e uma cruz no topo, reflete a humildade das intenções, enquanto os altares interiores, decorados com imagens de santos, anjos ou cenas da Virgem Maria, como na fotografia, simbolizam a esperança de redenção.

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Com o passar do tempo, as "Alminhas" tornaram-se marcos culturais e religiosos, muitas vezes associadas a tradições locais, como a colocação de flores ou velas.

Apesar da modernização, estas construções continuam a ser preservadas como parte do património imaterial português, evocando um passado de fé, solidariedade e memória coletiva.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Mar25

A Capela de São Miguel - Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

A Capela de São Miguel

Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)

16Mar DSC07821_ms

A capela de São Miguel, em Sobreira, Águas Frias, Chaves, ergue-se como um testemunho da fé e da história, capturada com maestria pelo olhar de Mário Silva.

A imagem transporta-nos para um lugar de serenidade, onde o tempo parece ter abrandado o seu ritmo.

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A capela, com a sua arquitetura simples e austera, construída em granito, irradia uma beleza intemporal.

As pedras, desgastadas pelo tempo, contam histórias de gerações que ali encontraram refúgio e conforto espiritual.

O telhado de telha vermelha, com a sua tonalidade quente, contrasta com o cinzento da pedra, criando um jogo de cores que encanta o olhar.

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A torre sineira, com o seu campanário coroado por cruzes de pedra, ergue-se como um farol de esperança, guiando os fiéis e anunciando os momentos de oração.

A porta de madeira, com a sua simplicidade, convida à entrada, a um espaço de paz e introspeção.

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A vegetação exuberante, que abraça a capela, confere-lhe um ar de frescura e vitalidade.

As árvores, com as suas folhas verdes, contrastam com o céu azul, criando uma atmosfera de tranquilidade e harmonia.

O muro de pedra, que delimita o espaço da capela, protege-a do mundo exterior, criando um refúgio de paz e serenidade.

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Nesta imagem, Mário Silva captura a essência da capela de São Miguel, um lugar de fé e história, onde a beleza da arquitetura se funde com a serenidade da natureza.

A luz suave, que banha a cena, realça a beleza dos detalhes, convidando à contemplação e à reflexão.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Mar25

As “Alminhas” na Crença do Povo Português (Assureiras – Águas Frias – Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

As “Alminhas” na Crença do Povo Português

Assureiras – Águas Frias – Chaves - Portugal

10Mar DSC07475_ms

Em muitas estradas e encruzilhadas de Portugal, é comum encontrar pequenos nichos de pedra, conhecidos como Alminhas.

São pequenos monumentos religiosos erguidos em honra das almas do Purgatório, representando um dos elementos mais tradicionais da religiosidade popular portuguesa.

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O Que São as Alminhas?

As Alminhas são manifestações de fé, erguidas geralmente por famílias ou comunidades, como forma de lembrar e interceder pelas almas dos falecidos que ainda não alcançaram a salvação eterna.

Muitas vezes, esses oratórios são acompanhados de imagens religiosas, como representações do fogo purificador, santos intercessores e cruzes.

É habitual ver velas acesas e flores junto a essas estruturas, demonstrando a devoção dos fiéis que ali rezam pelos mortos.

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O Que São Almas Penadas?

Na tradição popular portuguesa, as Almas Penadas são espíritos de pessoas falecidas que, por diversos motivos, não encontraram descanso após a morte.

Acredita-se que estas almas vagueiam pelo mundo dos vivos, manifestando-se através de lamentos, luzes estranhas ou até aparições.

Segundo a crença, essas almas buscam orações e boas ações dos vivos para conseguirem redenção e seguir para a luz divina.

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O Que É o Purgatório?

O conceito do Purgatório está enraizado na doutrina católica e refere-se a um estado transitório de purificação após a morte.

Segundo a Igreja, as almas que não morreram em estado de graça plena, mas que também não merecem a condenação eterna, passam por esse processo de purificação para se tornarem dignas do Céu.

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Na tradição portuguesa, essa ideia do Purgatório está fortemente ligada às Alminhas, pois acredita-se que as orações dos vivos podem aliviar o sofrimento das almas que ali se encontram, acelerando a sua ascensão ao Paraíso.

Daí a importância dos monumentos das Alminhas, que servem como pontos de oração e intercessão.

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As Alminhas e a Cultura Popular

As Alminhas fazem parte do imaginário coletivo português e continuam a ser respeitadas, mesmo nos tempos modernos.

Muitas histórias e lendas falam de milagres atribuídos a promessas feitas nesses pequenos altares.

Os viajantes que passam por esses nichos costumam fazer o sinal da cruz ou murmurar uma oração, mantendo viva a tradição que atravessa séculos.

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Assim, as Alminhas são mais do que simples monumentos – são testemunhos da fé e da relação profunda dos portugueses com os seus antepassados, num ciclo de devoção, esperança e memória.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Jan25

"Igreja transmontana" - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Igreja transmontana"

Águas Frias - Chaves - Portugal

19Jan DSC00317_ms

A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a serenidade de uma típica igreja rural transmontana, localizada em Águas Frias, Chaves.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e paleta de cores harmoniosa, convida o observador a uma reflexão sobre a importância da fé e da tradição na vida das comunidades rurais.

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A fotografia apresenta uma perspetiva frontal da igreja, com a fachada principal destacando-se contra um céu nublado.

A igreja, de pequenas dimensões e linhas simples, é construída em pedra e apresenta um campanário com dois sinos.

A porta de entrada, em madeira, é ladeada por duas colunas e sobreposta por um frontão triangular.

A vegetação circundante, com árvores de folha caduca, confere à imagem um ar melancólico e introspetivo.

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A composição é equilibrada, com a igreja ocupando o centro da imagem e a vegetação servindo como enquadramento.

A linha diagonal formada pelo telhado da igreja e pelas árvores cria uma sensação de profundidade e conduz o olhar do observador para o ponto focal da imagem.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de terra e ocre, que evocam a sensação de antiguidade e tradição.

A pedra da igreja, com as suas tonalidades envelhecidas, contrasta com o verde da vegetação, criando um efeito visual interessante.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da pedra e a atmosfera do local.

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São Pedro, o apóstolo a quem Jesus confiou as "chaves do Reino dos Céus", ocupa um lugar central na fé católica.

Considerado o primeiro Papa, é venerado como o patrono dos pescadores, dos arquitetos, dos carpinteiros e dos prisioneiros.

A escolha de São Pedro como orago desta igreja reflete a importância da fé católica na vida das comunidades rurais e a crença na proteção divina.

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A atmosfera serena da fotografia, com a igreja isolada no campo, transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

A igreja, com a sua arquitetura simples e a sua história secular, evoca um sentimento de respeito e admiração pelo passado.

A igreja, integrada na paisagem natural, estabelece uma conexão entre o homem e a natureza.

A igreja, como lugar de culto, evoca sentimentos de espiritualidade e fé.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância histórica da igreja de São Pedro em Águas Frias.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a fé, a tradição e a importância da preservação do património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Nov24

"Dia de Todos-Os-Santos"- Mário Silva (AI)


Mário Silva Mário Silva

"Dia de Todos-Os-Santos"

Mário Silva (AI)

01Nov Todos os Santos_ms

A pintura digital intitulada "Dia de Todos-Os-Santos", de Mário Silva, apresenta uma visão celestial e harmoniosa de santos reunidos em oração.

A composição destaca a figura de Jesus ao centro, cercado por outros santos, representados de forma serena, envoltos em vestes tradicionais que evocam pureza, humildade e fé.

O fundo celestial, com anjos e uma grande luz radiante, simboliza o reino divino e a conexão com Deus.

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Na tradição católica, os santos são pessoas que viveram vidas de virtude exemplar e dedicaram-se a seguir os ensinamentos de Cristo de maneira extraordinária.

Após a morte, são reconhecidos pela Igreja Católica como dignos de veneração devido à sua santidade, e acredita-se que intercedem junto a Deus em favor dos vivos.

O processo para ser reconhecido como santo, conhecido como canonização, geralmente envolve a comprovação de milagres atribuídos à intercessão da pessoa.

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Para a Igreja Católica, os santos desempenham um papel crucial na espiritualidade dos fiéis.

Eles são exemplos de vida cristã, incentivando os católicos a seguir os mandamentos de Deus e a buscar uma vida de virtude.

A veneração dos santos não é adoração, mas sim um reconhecimento da sua proximidade com Deus e a crença de que eles podem interceder pelas orações dos fiéis.

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Além disso, a Igreja celebra o "Dia de Todos os Santos" em 1º de novembro, um dia especial dedicado a todos os santos, conhecidos e desconhecidos, que alcançaram a glória eterna no Céu.

Esta celebração reforça a comunhão dos santos, a ideia de que os santos no Céu estão conectados aos vivos na terra e aos que ainda aguardam a purificação no purgatório.

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Os santos, portanto, são uma lembrança da promessa de vida eterna e da presença contínua de Deus no mundo, inspirando devoção e esperança entre os católicos.

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Quem acredita … acredita …

Quem não acredita … não acredita …

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Texto e Pintura (AI): ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Jul24

"Alminhas" na estrada para Mairos - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Alminhas" na estrada para Mairos - Chaves - Portugal

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A fotografia mostra umas "alminhas" localizada na estrada para Mairos, em Chaves, Portugal.

As "alminhas" são pequenos oratórios ou capelas construídas ao longo das estradas, geralmente em locais de passagem, como cruzamentos, pontes e entradas de vilas.

Elas são dedicadas às almas do purgatório, e servem como um local para as pessoas rezarem por elas e oferecerem esmolas.

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As "alminhas" da fotografia é construída em cimento e tem uma forma retangular e implantada numa fraga.

A frente da capela é aberta.

No interior, há a imagem de Nossa Senhora do Rosário, com as “almas” penitenciando no fogo do Purgatório, feita em azulejos pintados à mão.

A capela está em bom estado de conservação e é bem cuidada.

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As "alminhas" são um elemento importante da cultura popular portuguesa.

Elas representam a fé católica do povo português e a crença na vida após a morte.

Elas também são um símbolo da caridade e da compaixão, pois servem como uma chamada de atenção para rezar pelas almas dos falecidos que ainda estão sofrendo no purgatório.

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As "alminhas" são frequentemente mencionadas na literatura, na música e na arte portuguesa. Elas também são um tema popular de lendas e contos folclóricos.

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As "alminhas" da estrada para Mairos - Chaves - Portugal são um importante exemplo da cultura popular portuguesa.

Elas são um lembrete da fé e da tradição do povo português, e são um símbolo da importância da caridade e da compaixão.

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Além disso, as "alminhas" são um ponto de referência importante para os viajantes que percorrem a estrada para Mairos - Chaves.

Elas oferecem um momento de paz e reflexão para os motoristas e passageiros, e podem ser um lembrete da importância de rezar pelas almas dos falecidos.

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As "alminhas" são encontradas em todo o Portugal, mas são mais comuns nas regiões do norte e do centro do país.

Elas são geralmente construídas por pessoas comuns, e muitas vezes são decoradas com azulejos, pinturas e esculturas.

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As "alminhas" são consideradas património cultural português e estão protegidas por lei.

Nos últimos anos, tem havido um crescente interesse em preservar e restaurar as "alminhas", e muitas delas foram restauradas com o apoio do governo e de organizações privadas.

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As "alminhas" são um elemento importante da cultura popular portuguesa.

Elas representam a fé, a tradição e a compaixão do povo português.

As "alminhas" da estrada para Mairos - Chaves - Portugal são um belo exemplo desta tradição, e são um lembrete da importância de rezar pelas almas dos falecidos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Jun24

Santo António de Lisboa: Uma vida dedicada à fé e à caridade


Mário Silva Mário Silva

Santo António de Lisboa:

Uma vida dedicada à fé e à caridade

Jun13 Santo António 28_ms

Em 1195 nasceu em Lisboa (Portugal), com o nome de Fernando de Bulhões.

Aos 15 anos, ingressa no Convento de São Vicente de Fora, dos Cónegos Regrantes de Santo Agostinho.

Muda-se para Coimbra, em 1220, onde se junta aos Franciscanos.

Em 1221participa do Capítulo Geral da Ordem Franciscana em Assis, na Itália.

Inspirado por Francisco de Assis abandona a vida académica e dedica-se à pregação do Evangelho.

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Viaja pela Europa, pregando com grande fervor e eloquência.

Atribuem-se-lhe diversos milagres e conversões, consolidando a sua reputação de santidade.

Em 1229, o Papa Gregório IX concede-lhe o título de Doutor da Igreja.

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No dia 13 de junho de 1231 falece em Pádua, Itália.

É canonizado pelo Papa Gregório IX, apenas um ano após sua morte.

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É santo padroeiro: Lisboa, Pádua e diversas outras cidades.

Ficou conhecido pela sua intercessão em causas impossíveis, especialmente na busca por parceiros e na ajuda aos mais necessitados.

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As Festas de Santo António, também conhecidas como Festas de Lisboa, são um dos maiores eventos populares de Portugal.

Realizam-se anualmente entre 12 e 24 de junho, em Lisboa, e atraem milhares de visitantes nacionais e internacionais.

 

Há arraiais e festas populares ao ar livre com música, dança, comida típica e bebidas.

Há desfiles com grupos de moradores dos bairros de Lisboa, cantando e dançando (Marchas Populares).

Os casamentos de Santo António são casamentos simbólicos realizados na igreja de Santo António, com o objetivo de encontrar um parceiro.

As sardinhas assadas são um prato típico das festas, grelhadas nas ruas e servidas com pão, vinho e batata cozida.

O manjerico é um símbolo da festa, vendido em vasos floridos e oferecido como presente.

As ruas da cidade são decoradas com luzes coloridas, criando um ambiente festivo.

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Alfama: Bairro histórico de Lisboa, com diversos arraiais tradicionais.

Bairro Alto: Outro bairro histórico, conhecido pela sua vida noturna agitada durante as festas.

Avenida da Liberdade: Local da principal marcha popular da cidade.

Igreja de Santo António: Local onde se encontra o túmulo do santo e onde são realizados diversos eventos religiosos.

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As Festas de Santo António são uma ótima oportunidade para:

Conhecer a cultura e as tradições portuguesas.

Experimentar a gastronomia típica.

Assistir a apresentações de música e dança.

Divertir-se em um ambiente festivo e acolhedor.

Se você está em Lisboa em junho, não perca as Festas de Santo António!

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Santo António é considerado o santo casamenteiro.

Acredita-se que tocar no túmulo do santo traga sorte no amor.

A procissão de Santo António é um dos eventos religiosos mais importantes de Lisboa.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
02
Jun24

A Torre Sineira e Relógio de Sol da Igreja de Águas Frias: Símbolos da Fé, Cultura e Tempo


Mário Silva Mário Silva

A Torre Sineira e Relógio de Sol da Igreja de Águas Frias: Símbolos da Fé, Cultura e Tempo

Jun02 DSC06501_ms

A fotografia da torre sineira e do relógio de sol da Igreja de Águas Frias, situada na aldeia homónima do concelho de Chaves, em Portugal, oferece um rico panorama da cultura, fé e história da comunidade local.

Através de uma análise dos elementos arquitetónicos e da simbologia presente na imagem, podemos desvendar os significados profundos que esses elementos carregam para os habitantes de Águas Frias.

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A Torre Sineira: Elevando a Fé e Anunciando a Devoção

A torre sineira da Igreja de Águas Frias ergue-se majestosamente como um farol da fé, dominando a paisagem da aldeia e servindo como um símbolo inequívoco da presença da religião na vida da comunidade.

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A sua estrutura, com paredes sólidas e imponentes, transmite uma sensação de segurança e solidez, enquanto os seus diversos andares, perfurados por abertura em arco, sugerem um espaço interno amplo e iluminado.

A presença de um relógio na face da torre reforça a importância da noção de tempo para a comunidade, marcando os horários das missas e outros eventos religiosos.

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No topo da torre, a cruz de ferro destaca-se como um símbolo universal da fé cristã, proclamando a devoção da comunidade aos valores religiosos e servindo como um lembrete constante da presença de Deus nas suas vidas.

A cruz, adornada por um friso, assume um papel ainda mais significativo, representando a vitória de Cristo sobre a morte e a esperança de vida eterna que a fé oferece aos fiéis.

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O Relógio de Sol: A Medida do Tempo e a Urgência do Presente

Ao lado da torre sineira, o relógio de sol destaca-se como um instrumento fundamental para a medição do tempo, complementando a função da torre e reforçando a importância da noção de tempo para a comunidade.

A sua forma horizontal, com mostrador circular e gnómon triangular, representa um modelo tradicional e eficaz para determinar as horas do dia com base na posição do sol.

A presença do relógio de sol na fachada da igreja serve como um lembrete constante da passagem inexorável do tempo, da mortalidade e da necessidade de aproveitar cada momento ao máximo.

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O relógio de sol, com sua simplicidade e funcionalidade, convida à reflexão sobre a fugacidade da vida e a importância de se viver o presente com plenitude.

A sombra do gnómon, que se move lentamente ao longo do mostrador, serve como uma metáfora do tempo que passa, enquanto os números e as linhas gravadas no mostrador marcam a passagem das horas e dos dias.

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Simbolismo Profundo e Identidade Cultural

A torre sineira e o relógio de sol, além de suas funções práticas, transcendem o plano material e assumem um significado simbólico profundo para a comunidade de Águas Frias.

A torre sineira, como já mencionado, representa a fé cristã e a conexão da comunidade com o divino.

A sua presença imponente e o seu papel de convocar os fiéis para as celebrações religiosas e anunciar os horários das missas reforçam essa simbologia.

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Já o relógio de sol, por sua vez, simboliza a passagem do tempo, a mortalidade e a importância de viver cada momento com plenitude.

A sua presença na igreja serve como um lembrete constante da necessidade de se conectar com o presente e aproveitar ao máximo as oportunidades que a vida oferece.

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Exemplos e Detalhes Adicionais

A torre sineira possui um conjunto de sinos de diferentes tamanhos, que são utilizados para anunciar os horários das missas, eventos religiosos e outras ocasiões importantes para a comunidade.

O relógio de sol pode ser utilizado para diversas atividades, como determinar a hora do almoço, planear o dia de trabalho ou simplesmente contemplar a passagem do tempo.

A presença da torre sineira e do relógio de sol na igreja contribui para a criação de um ambiente religioso e acolhedor, propício à oração e à meditação.

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A imagem da torre sineira e do relógio de sol da Igreja de Águas Frias apresenta-se como um rico registro da história, cultura e fé da comunidade local.

Através da análise técnica dos elementos arquitetónicos e da interpretação simbólica da fotografia, podemos compreender a importância desses marcos para a identidade da aldeia e o valor que representam para seus habitantes.

Esses elementos, além das suas funções práticas, servem como símbolos da fé, da cultura e do tempo, representando valores essenciais que moldam a vida da comunidade e perpetuam a sua história através das gerações.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
30
Mai24

Dia do Corpo de Deus: Uma Celebração Rica em Tradição e Fé


Mário Silva Mário Silva

Dia do Corpo de Deus:

Uma Celebração Rica em Tradição e Fé

Mai30 Corpo de Cristo 1

O Dia do Corpo de Deus, também conhecido como Solenidade do Santíssimo Sacramento do Corpo e do Sangue de Cristo, é uma festividade católica de grande importância em Portugal.

Celebrado anualmente na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade, este dia homenageia a Eucaristia, o sacramento que representa o corpo e sangue de Jesus Cristo.

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As raízes do Corpus Christi remontam ao século XIII, com as visões místicas de Juliana de Liège, uma religiosa belga.

Inspirada por essas experiências, ela dedicou-se a promover a devoção à Eucaristia.

Em 1246, o Papa Urbano IV instituiu oficialmente a festa, que se espalhou rapidamente pela Europa.

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O significado central do Corpus Christi reside na fé na presença real de Jesus Cristo na Eucaristia.

Para os católicos, este sacramento representa a união profunda com Deus e a perpetuação do sacrifício de Cristo na cruz.

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Em Portugal, o Dia do Corpo de Deus é marcado por diversas tradições solenes e vibrantes.

As cidades enfeitam-se com tapetes coloridos feitos de serradura, flores e outros materiais, criando verdadeiras obras de arte efêmeras.

As procissões, ponto alto da festividade, percorrem as ruas, com o Santíssimo Sacramento exposto em um ostensório ricamente ornamentado.

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As procissões do Corpus Christi em Portugal são grandiosas e atraem multidões de fiéis. Destacam-se as procissões de:

Lisboa: Uma das mais antigas e tradicionais do país, percorrendo ruas históricas como a Rua Augusta e o Chiado.

Braga: Famosa por seus andores ricamente ornamentados e pela devoção dos fiéis.

Évora: Envolve a participação de diversas confrarias e congregações religiosas, com trajes típicos e cânticos religiosos.

Tomar: Caracterizada por seus tapetes de flores e pela participação das crianças em trajes de anjos.

Missa Solene: Realizada na igreja principal da cidade, geralmente pela manhã, a missa solene marca o ponto alto da celebração religiosa.

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Adoração Eucarística: Após a missa, os fiéis são convidados a um momento de quietude e reflexão, adorando o Santíssimo Sacramento num ambiente solene.

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O Dia do Corpus de Deus em Portugal transcende a esfera religiosa, assumindo um caráter cultural e social importante.

As ruas enfeitadas, as procissões grandiosas e a fé vibrante dos fiéis contribuem para fortalecer laços comunitários e preservar tradições centenárias.

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O Dia do Corpo de Deus em Portugal é uma celebração rica em simbolismo, fé e tradição.

É um momento para celebrar a crença na Eucaristia, renovar a fé e fortalecer os laços comunitários, perpetuando costumes e valores que marcam a identidade cultural do país.

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Texto & Fotografia (AI): ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Mai24

As Aparições de Fátima: Uma Jornada Através da Fé, Esperança e Paz


Mário Silva Mário Silva

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As Aparições de Fátima:

Uma Jornada Através da Fé, Esperança e Paz

Mai13 N Sª Fátima e pastorinhos 10_ms

No dia 13 de maio de 1917, um evento singular marcou a história da fé católica: as aparições de Nossa Senhora a três jovens pastorinhos na Cova da Iria, em Fátima, Portugal.

Lúcia dos Santos, de 10 anos, e seus primos Francisco e Jacinta Marto, com apenas 9 e 7 anos, respetivamente, tornaram-se instrumentos duma mensagem celestial que repercutiria por todo o mundo.

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Um Cenário de Incertezas:

As aparições ocorreram no meio do turbilhão da Primeira Guerra Mundial, um período de profunda angústia e sofrimento para a humanidade.

Portugal, apesar de manter neutralidade no conflito, não era imune ao clima de apreensão e incerteza que pairava sobre o mundo.

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O Encontro com a Mãe Santíssima:

Naquele dia memorável, enquanto cuidavam das suas ovelhas na Cova da Iria, as crianças foram surpreendidas por uma luz intensa e pela presença de uma figura radiante que se identificou como a Santíssima Virgem Maria.

A Mãe de Deus, na sua infinita compaixão, dirigia-se à humanidade com palavras de paz e esperança, convidando-a à oração e à conversão.

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As Mensagens: Um Chamamento à Conversão e à Paz:

Ao longo de cinco meses, em cada dia 13, Nossa Senhora encontrou-se com os pastorinhos, transmitindo-lhes mensagens proféticas e pedindo-lhes que rezassem o terço como arma poderosa para alcançar a paz e a conversão dos pecadores.

Ela alertou sobre os perigos da guerra, da apostasia e da indiferença à fé, mas também ofereceu um caminho de salvação através da oração, do arrependimento e da entrega à vontade de Deus.

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O Milagre do Sol: Um Sinal Celeste:

Em 13 de outubro, durante a última aparição, um evento extraordinário conhecido como "Milagre do Sol" selou as aparições com um sinal inconfundível.

Diante de uma multidão de pessoas que se aglomerava na Cova da Iria, o sol girou no céu e pareceu mudar de cor, confirmando a veracidade das aparições e enchendo os corações de fé e admiração.

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Fátima: Um Farol de Esperança no Mundo:

As aparições de Fátima continuam a exercer profunda influência na fé católica e no mundo.

O Santuário de Fátima tornou-se um dos principais destinos de peregrinação para fiéis de todo o globo, recebendo milhões de pessoas a cada ano que buscam paz, reconciliação e intercessão da Mãe Santíssima.

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Significado e Relevância das Mensagens:

As mensagens de Fátima transcendem o tempo e o espaço, oferecendo à humanidade um roteiro para alcançar a paz interior e a salvação eterna.

A Virgem Maria, como mãe amorosa e intercessora, convida-nos à oração, à penitência e à conversão, lembrando-nos da importância da fé, da esperança e do amor num mundo marcado por desafios e incertezas.

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Fátima: Um Legado de Fé e Devoção:

As aparições de Fátima servem como um farol de esperança, iluminando o caminho para a humanidade em tempos de aflição.

A mensagem de amor, paz e reconciliação da Mãe Santíssima continua a inspirar e fortalecer a fé dos devotos em todo o mundo, impulsionando-os a viver uma vida de acordo com os ensinamentos de Cristo e a buscar a santidade.

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As aparições de Fátima são um convite à reflexão, à oração e à mudança interior.

Através delas, a Mãe Santíssima convida-nos a construir um mundo mais justo, fraterno e pacífico, onde o amor de Deus possa reinar em cada coração.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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