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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

05
Mar25

"Início da Quaresma"


Mário Silva Mário Silva

"Início da Quaresma"

05Mar DSC05967_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Início da Quaresma", captura um momento de profunda reflexão e introspeção.

A imagem apresenta um sol poente, parcialmente oculto pelos galhos de uma árvore sem folhas, num cenário que evoca a melancolia e a espiritualidade.

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A fotografia é composta por linhas simples e cores quentes, que criam uma atmosfera intimista e contemplativa.

O sol, grande e redondo, parece emergir de trás dos galhos da árvore, como se estivesse prestes a esconder-se.

A luz suave e dourada inunda a cena, criando um efeito quase onírico.

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A composição é equilibrada, com o sol ocupando o centro da imagem e os galhos da árvore criando um enquadramento natural.

A perspetiva adotada permite apreciar a beleza da luz e a força da natureza.

A luz, quente e dourada, evoca a sensação de fim de dia e de tranquilidade.

As cores são suaves e harmoniosas, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

O sol, como símbolo da vida e da ressurreição, contrasta com a nudez das árvores, que representam a morte e a renovação.

A imagem pode ser interpretada como uma metáfora da Quaresma, um período de penitência e preparação para a Páscoa.

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A Quaresma é um período de 40 dias que antecede a Páscoa, celebrado pelos cristãos como um tempo de preparação espiritual.

A palavra "quaresma" vem do latim "quadragesima", que significa "quadragésimo", em referência aos 40 dias que Jesus passou no deserto, jejuando e sendo tentado pelo diabo.

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Durante a Quaresma, os cristãos são convidados a praticar a penitência, a oração e o jejum, como forma de se preparar para a celebração da Páscoa, que comemora a ressurreição de Jesus Cristo.

A Quaresma é um tempo de reflexão sobre a própria vida e de aproximação a Deus.

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A fotografia de Mário Silva captura a essência da Quaresma, com a sua atmosfera de introspeção e de preparação para o novo.

A imagem do sol poente, parcialmente oculto pelos galhos da árvore, pode ser interpretada como uma metáfora da passagem do tempo e da renovação.

A nudez das árvores representa a morte, mas também a promessa de uma nova vida, simbolizando a ressurreição de Cristo.

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Em conclusão, a fotografia "Início da Quaresma" é uma obra que nos convida à reflexão sobre o significado da vida e da fé.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, é um convite à introspeção e à busca por um sentido mais profundo para a existência.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Fev25

"O Cruzeiro" (Vila Frade – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"O Cruzeiro"

(Vila Frade – Chaves – Portugal)

16Fev DSC07634_ms

A fotografia de Mário Silva captura a serenidade e a espiritualidade de uma paisagem rural portuguesa, com um cruzeiro de pedra como elemento central.

A cruz, simples e imponente, está erguida sobre um pedestal de pedra, num espaço aberto e tranquilo.

Ao fundo, um muro de pedra e algumas árvores completam a composição, criando um ambiente bucólico e convidativo à reflexão.

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Os cruzeiros são elementos emblemáticos da paisagem rural portuguesa, com uma rica história e um profundo significado cultural.

A sua origem remonta aos primeiros séculos do cristianismo e sua evolução ao longo dos séculos espelha as transformações sociais e religiosas do país.

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Os primeiros cruzeiros em Portugal surgiram nos primórdios da cristianização, no período visigótico.

Eram, na sua maioria, cruzes simples, esculpidas em pedra, erguidas em locais estratégicos, como encruzilhadas e caminhos, com o objetivo de marcar o território cristão e proteger os viajantes.

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Com a consolidação do cristianismo, os cruzeiros adquiriram um significado cada vez mais profundo, tornando-se símbolos da fé e da devoção.

Eram frequentemente associados a milagres, aparições e outras manifestações da religiosidade popular.

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Ao longo dos séculos, os cruzeiros evoluíram em termos de forma e ornamentação.

Inicialmente, eram cruzes simples, esculpidas em pedra.

Com o passar do tempo, tornaram-se mais elaborados, com a adição de elementos decorativos como volutas, flores e figuras humanas.

A partir do século XVI, com a influência do Renascimento, os cruzeiros adquiriram um caráter mais artístico, com esculturas mais elaboradas e detalhes arquitetónicos mais sofisticados.

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Os cruzeiros desempenharam diversas funções ao longo da história:

- Religiosa: Marcar lugares sagrados, proteger os viajantes e celebrar eventos religiosos.

- Social: Servir como pontos de encontro e de referência para as comunidades locais.

- Memorial: Homenagear pessoas ou eventos importantes.

- Divisória: Marcar limites territoriais ou propriedades.

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Os cruzeiros estão profundamente enraizados na cultura popular portuguesa.

Muitas lendas e tradições estão associadas a estes monumentos, como a crença de que os cruzeiros protegiam as aldeias de pragas e desastres naturais.

As romarias aos cruzeiros eram eventos importantes na vida das comunidades rurais, reunindo as pessoas em torno de práticas religiosas e festividades.

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Com a secularização da sociedade, a importância religiosa dos cruzeiros diminuiu.

No entanto, eles continuam a ser um elemento importante do património cultural português, valorizados pela sua beleza estética e pelo seu significado histórico.

Muitos cruzeiros foram alvo de obras de restauro e conservação, garantindo a sua preservação para as futuras gerações.

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Os cruzeiros possuem um significado profundo para o povo português, tanto do ponto de vista religioso como cultural.

Os cruzeiros são elementos fundamentais da paisagem religiosa portuguesa, marcando lugares sagrados e servindo como pontos de referência para as procissões e romarias.

Os cruzeiros eram utilizados para marcar os caminhos entre as aldeias, servindo como pontos de orientação para os viajantes.

Acreditava-se que os cruzeiros tinham o poder de proteger as comunidades das calamidades e dos males.

Os cruzeiros são testemunhas da história e da fé das comunidades locais, muitas vezes associados a lendas e tradições populares.

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Em resumo, a fotografia "O Cruzeiro" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da fé e da tradição na cultura portuguesa.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, é um testemunho da profunda ligação entre o homem e a natureza, e da busca por um sentido transcendente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Jan25

"São Mário" - Mário Silva (AI)


Mário Silva Mário Silva

"São Mário"

Mário Silva (AI)

19Jan S.Mário 4

A obra "São Mário" retrata o santo, de forma imponente e detalhada, com uma composição que remete à iconografia religiosa tradicional.

A figura principal, um homem maduro com uma barba grisalha e semblante sereno, carrega um semblante que evoca santidade e dignidade.

Ele segura duas crianças: uma nos braços e a outra pela mão.

O fundo da pintura é decorado com elementos ornamentais de inspiração barroca, como flores e arabescos dourados, que conferem riqueza à obra.

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As aureolas douradas são um indicativo de santidade, presente sobre as cabeças de São Mário e dos seus dois filhos.

A cruz dourada, nas mãos de São Mário, simboliza o seu martírio e fé cristã.

As flores e ornamentos são associados à pureza e virtude.

As crianças simbolizam a família e os valores cristãos que São Mário defendeu.

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Mário Silva utiliza uma abordagem contemporânea para evocar a estética religiosa clássica, mesclando o realismo na expressão facial e vestimenta do santo com a simbologia tradicional da arte sacra.

O uso de cores suaves (azul, dourado, branco) cria uma atmosfera celestial e reverente.

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A obra sugere uma busca por espiritualidade e transcendência, mas ao mesmo tempo reflete um caráter humanista, dado o foco na figura paterna e na relação com as crianças.

A harmonia entre tradição e inovação é evidente, tornando a pintura acessível tanto para apreciadores da arte sacra clássica quanto para aqueles que buscam abordagens modernas.

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São Mário, juntamente com a sua esposa Marta e seus filhos Audifax e Abacuc, é venerado como um mártir na Igreja Católica.

Segundo a tradição, eles eram cristãos persas que viajaram a Roma durante o reinado do imperador Cláudio II (século III), com o objetivo de visitar os túmulos de santos e ajudar os cristãos perseguidos.

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São Mário e a sua família foram martirizados por se recusarem a renunciar à fé cristã.

Eles foram torturados e executados, provavelmente decapitados, por ordem imperial.

O martírio foi considerado um testemunho de fé inabalável, motivo pelo qual foram canonizados pela Igreja Católica.

A festa litúrgica de São Mário é celebrada em 19 de janeiro.

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Texto & Pintura digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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