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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

12
Jun25

"A folha de feto (Osmunda regalis) que não queria verdejar" – (estória)


Mário Silva Mário Silva

"A folha de feto (Osmunda regalis) que não queria verdejar"

(estória)

12Jun DSC03620_ms

Numa floresta densa e húmida, onde o verde reinava absoluto, vivia uma jovem folha de feto chamada Osmunda.

Todas as suas irmãs, folhas da espécie “Osmunda regalis”, exibiam com orgulho um verde vibrante, refletindo a vida e a energia da natureza.

Mas Osmunda era diferente.

Desde que brotou, ela recusava-se a verdejar.

Em vez disso, a sua cor era um dourado brilhante, como se o sol tivesse decidido morar dentro dela.

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As outras folhas zombavam dela. "Por que tu não és verde como nós?", perguntavam.

"Tu não pertences a esta floresta!"

Osmunda, porém, não se abalava.

Ela sentia que a sua cor era especial, um presente que ainda não entendia completamente.

"Talvez eu tenha um propósito diferente", pensava, enquanto balançava suavemente com a brisa.

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Um dia, a floresta enfrentou uma seca terrível.

O sol escaldante secou as folhas verdes, que começaram a murchar e perder a sua vitalidade.

Osmunda, no entanto, permaneceu intacta.

A sua cor dourada parecia absorver a luz do sol e transformá-la em força.

As outras folhas, agora frágeis e desbotadas, olhavam para ela com inveja e admiração.

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Foi então que um pássaro sábio, que sobrevoava a floresta, pousou perto de Osmunda.

"Tu és única", disse ele.

"A tua cor não é uma falha, mas um dom. Você reflete a luz e a esperança em tempos de escuridão."

O pássaro explicou que a tonalidade dourada de Osmunda ajudava a atrair a humidade do ar, criando pequenas gotas de orvalho que caíam à sua volta, nutrindo o solo e as plantas próximas.

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Com o tempo, a floresta começou a recuperar.

As folhas verdes voltaram a brotar, mas agora olhavam para Osmunda com gratidão.

Ela havia ensinado a todas uma lição: ser diferente não é uma fraqueza, mas uma força que pode salvar a todos.

E assim, Osmunda, a folha de feto que não queria verdejar, tornou-se uma lenda na floresta, um símbolo de resiliência e esperança.

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Plim, pim, pim … a estória chegou ao fim …

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Estória & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Mai25

“Capela de Nossa Senhora das Dores” (Nozelos – Valpaços – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

“Capela de Nossa Senhora das Dores”

(Nozelos – Valpaços – Portugal)

25Mai DSC00201_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “Capela de Nossa Senhora das Dores” (Nozelos – Valpaços – Portugal), retrata o interior de uma capela barroca, marcada por uma rica decoração e um ambiente de devoção.

O destaque da imagem é o retábulo dourado, que ocupa a parede frontal da capela.

Este retábulo, ricamente ornamentado, apresenta colunas torsas com detalhes em vermelho e dourado, enquadrando duas pinturas laterais de figuras religiosas, possivelmente santos ou mártires, com vestes tradicionais e expressões solenes.

No centro, há uma cruz de madeira sobre um pequeno altar, ladeada por elementos decorativos, incluindo uma caveira esculpida à direita, simbolizando a mortalidade e a penitência.

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A base do retábulo é adornada com padrões geométricos e florais em tons de dourado, vermelho e branco, típicos do estilo barroco português.

Abaixo do retábulo, encontra-se um túmulo ou arca de pedra, com uma abertura frontal que revela um interior vermelho desgastado, sugerindo a passagem do tempo e o uso contínuo do espaço para práticas religiosas.

As paredes laterais da capela mostram sinais de deterioração, com tinta descascada e vestígios de frescos, enquanto o teto exibe uma pintura parcial com figuras angelicais e ornamentos, parcialmente danificados.

A luz suave que ilumina a cena confere um tom de reverência e melancolia, reforçando o carácter sagrado e histórico do espaço.

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A veneração de Nossa Senhora das Dores, também conhecida como “Mater Dolorosa”, é uma das devoções mais antigas e profundamente enraizadas na tradição católica portuguesa.

Esta devoção centra-se nas sete dores de Maria, mãe de Jesus, que incluem momentos como a profecia de Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus no templo e, especialmente, a sua presença ao pé da cruz durante a crucificação.

Em Portugal, essa devoção ganhou força a partir da Idade Média, sendo promovida por ordens religiosas como os Servitas, que dedicaram a sua espiritualidade ao culto das dores de Maria.

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Em muitas regiões de Portugal, como em Nozelos, Valpaços, onde se localiza a Capela de Nossa Senhora das Dores retratada na fotografia de Mário Silva, a devoção manifesta-se através de capelas, procissões e festas litúrgicas.

A festa de Nossa Senhora das Dores, celebrada a 15 de setembro, é um momento alto de espiritualidade, marcada por missas solenes, cânticos tradicionais e procissões onde a imagem de Maria, frequentemente representada com o coração trespassado por sete espadas (simbolizando as sete dores), é levada pelas ruas.

Em algumas localidades, é comum a prática do “Ofício das Dores”, uma série de orações e meditações que refletem sobre o sofrimento de Maria.

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Esta devoção também reflete a espiritualidade do povo português, que historicamente encontrou na figura de Nossa Senhora das Dores um símbolo de compaixão e intercessão nos momentos de sofrimento, como durante as guerras, fomes ou calamidades.

A Capela de Nossa Senhora das Dores em Nozelos, com o seu retábulo barroco e ambiente austero, é um testemunho da fé popular e da importância desta devoção na vida comunitária, servindo como um espaço de recolhimento e ligação espiritual com o sagrado.

Através de locais como este, a veneração de Nossa Senhora das Dores continua a ser uma expressão viva da religiosidade portuguesa, unindo gerações na partilha de uma fé marcada pela empatia e pela esperança.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Mar25

O Adeus Dourado de Avelelas (Águas Frias – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

O Adeus Dourado de Avelelas

(Águas Frias – Chaves – Portugal)

23Mar DSC07903_ms

O sol, pintor divino, tinge o céu de Avelelas com pinceladas de ouro e púrpura.

Na quietude da tarde, a Igreja de Nossa Senhora da Natividade ergue-se como um farol de fé, testemunha silenciosa da passagem do tempo.

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O campanário, outrora eco de preces e chamados, agora serve de portal para a luz poente.

Os raios solares, como mensageiros celestiais, deslizam pelas pedras gastas, beijando-as com um brilho suave.

A luz dança, brinca com as sombras, e por um instante, o tempo parece suspender-se.

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A povoação de Avelelas, aninhada no vale, observa o espetáculo com reverência.

As casas de pedra, com as suas telhas de barro, refletem o dourado do sol, como se também elas quisessem participar da despedida.

O ar, outrora vibrante com o burburinho do dia, agora acalma-se, embalado pela melodia silenciosa do crepúsculo.

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A fotografia de Mário Silva captura este momento mágico, eternizando a despedida do sol e a serenidade de Avelelas.

A imagem transcende o visível, convidando-nos a contemplar a beleza da simplicidade, a magia da luz e a eternidade da fé.

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No silêncio da noite que se aproxima, Avelelas guarda a memória do sol poente, a promessa de um novo amanhecer, e a certeza de que a luz divina sempre encontrará um caminho, seja através do campanário de uma igreja, seja no coração dos que ali habitam.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Dez24

"A folha diferente" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"A folha diferente"

04Dez DSC00189 Advento_ms

A fotografia "A folha diferente" de Mário Silva apresenta um close-up de um leito de folhas secas, dominado por tons de castanho e dourado.

No centro da imagem, destaca-se uma folha amarela vibrante, com uma forma distinta das demais.

Ao fundo, à direita, uma vela verde acesa, adornada com ramos de pinheiro e bagas vermelhas, contrasta com a paleta de cores outonais da fotografia.

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A folha amarela, com a sua forma e cor distintas, destaca-se no meio da uniformidade das folhas castanhas.

Essa folha singular pode ser interpretada como uma metáfora da individualidade, da singularidade e da beleza na diversidade.

Ela representa a ideia de que cada um de nós é único e especial, mesmo dentro dum grupo.

As folhas secas representam o fim de um ciclo, a morte e a decomposição.

No entanto, a folha amarela vibrante, simboliza a vida, a esperança e a renovação.

A presença da vela, um símbolo de luz e vida, reforça essa ideia de renascimento.

A composição da fotografia é simples e eficaz.

A folha amarela, posicionada no centro da imagem, atrai imediatamente a atenção do observador.

As folhas castanhas, que circundam a folha amarela, criam um contraste que realça a sua beleza.

A vela, colocada no canto inferior direito, equilibra a composição e adiciona um elemento de profundidade.

A luz, que incide sobre as folhas, cria um jogo de sombras e luzes que realça a textura e a tridimensionalidade da imagem.

A tonalidade quente da luz confere à fotografia uma atmosfera acolhedora e intimista.

A fotografia transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

A repetição das formas das folhas e a suavidade das cores criam um ritmo visual que acalma a mente.

A presença da vela, com a sua chama suave, reforça essa sensação de serenidade.

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Em conclusão, "A folha diferente" é uma fotografia que nos convida à reflexão sobre a beleza da natureza e a importância da individualidade.

A imagem, rica em simbolismo, evoca sentimentos de esperança, renovação e aceitação.

A fotografia é um convite a celebrar a diversidade e a encontrar beleza nas pequenas coisas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Set24

Interior da igreja de Vila Frade (Lamadarcos - Chaves -Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Interior da igreja de Vila Frade

(Lamadarcos - Chaves -Portugal)

22Set DSC07640_ms

A fotografia capturada por Mário Silva apresenta o interior da Igreja de Vila Frade, localizada na freguesia de Lamadarcos, Chaves, Portugal.

A imagem revela um espaço sagrado com rica ornamentação barroca, caracterizada pela sua complexidade e detalhe.

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No centro da imagem, vemos o altar-mor da igreja, que é o ponto focal.

Ele é adornado com detalhes dourados e finamente trabalhados, típicos do estilo barroco.

No altar, há um crucifixo ao centro, ressaltando a presença cristã e a devoção religiosa.

O retábulo atrás do altar exibe colunas com detalhes dourados e tons de mármore.

A simetria é predominante na disposição dos elementos, o que é uma característica importante na arquitetura barroca.

À esquerda, encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Rosário, destacada numa posição elevada, dentro de uma nicho ornamentado, o que reforça a sua importância na devoção católica.

À direita do altar-mor, observa-se uma escultura antiquíssima de estilo barroco de Santa Marta, também colocada ñuma área ricamente decorada, refletindo o estilo barroco e sua ênfase em representações visuais detalhadas e dramáticas.

Vê-se um ambão (púlpito) com a inscrição "Palavra de Deus" e a presença de flores sobre a mesa do altar, que adiciona cor e simbolismo à cena.

A luz natural que entra pela igreja e a luz artificial destacam os detalhes dourados e o brilho dos elementos decorativos, criando um contraste que exalta a riqueza dos materiais usados.

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A fotografia de Mário Silva captura a essência do estilo barroco presente na igreja, enfatizando a grandiosidade e o detalhe do altar-mor.

A simetria da composição e o uso de cores quentes e douradas trazem uma sensação de profundidade e riqueza espiritual ao observador.

A escolha do ângulo de captura é eficaz para revelar os detalhes tanto das esculturas como da arquitetura, transmitindo a atmosfera de reverência e admiração que o espaço busca evocar.

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A imagem é um exemplo claro de como a arte sacra e a arquitetura barroca se combinam para criar um ambiente visualmente impressionante e espiritualmente significativo, reforçando o papel da igreja não apenas como um local de culto, mas também como uma expressão artística e cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Mai24

Pôr do sol na aldeia …


Mário Silva Mário Silva

Pôr do sol na aldeia …

Mai27 DSC06373_ms

A fotografia mostra um pôr do sol numa aldeia transmontana no mês de maio.

As árvores ainda não estão com folhas, o que dá à cena uma beleza única e especial.

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A luz do sol poente filtra-se pelos galhos das árvores, criando um efeito de luz e sombra que é simplesmente mágico.

O céu está em tons de laranja, vermelho e roxo, e as nuvens são pintadas de tons dourados.

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A cena é serena e tranquila, e evoca uma sensação de paz e nostalgia.

É uma imagem que nos convida a desacelerar e apreciar a beleza da natureza.

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O sol poente é o elemento central da imagem.

A sua luz dourada ilumina a cena e cria um efeito mágico.

As árvores sem folhas são um detalhe importante da imagem.

Elas dão à cena uma sensação de leveza e transparência.

O céu está em tons de laranja, vermelho e roxo.

As nuvens são pintadas de tons dourados.

As nuvens são um elemento importante da imagem.

Elas adicionam textura e interesse ao céu.

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Para algumas pessoas, a fotografia pode representar a beleza da natureza.

Para outras, ela pode representar a paz e a tranquilidade da vida rural.

Para ainda outras, ela pode representar a nostalgia do passado.

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A fotografia evoca uma série de emoções, como paz, tranquilidade, nostalgia, beleza e admiração.

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A imagem pode ser vista como um símbolo da passagem do tempo, da mudança das estações e da beleza da natureza.

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Em conclusão, a imagem do pôr do sol por entre as árvores ainda sem folhas no mês de maio na aldeia transmontana é uma imagem bela e significativa.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Abr21

A luz do sol dá um brilho dourado à aldeia de Águas Frias (Chaves) - Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

A luz do sol dá um brilho dourado à aldeia

Águas Frias (Chaves) - Portugal

🌞          🌞          🌞          🌞          🌞          🌞

A luz do sol, num fim de tarde primaveril, invade a face oriental da colina da serra do Brunheiro, onde se ilumina, em tons dourados, a aldeia transmontana de Águas Frias (Chaves) – Portugal.

🌞          🌞          🌞          🌞          🌞          🌞

Blog 20 DSC00662_ms

 

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“Cheira a nostalgia,

Caminho audazmente pelos recantos desta terra

Que transborda e remete para uma rica história:

Um tempo de defesa e glória.

 .

Penetro na quietude da natureza

Conforto-me com presenças que conferem a sensação de familiaridade

Elementos que abrilhantam esta pérola de díspar beleza

Num instante que extravasa intimidade.

 .

Ah, como é admirável deixar-se abarcar pela natureza no seu fulgor

Adivinhar-se ténue perante uma terra tão graciosa

Sentir o silêncio ecoar quase num clamor   

Erguendo uma vivência admiravelmente harmoniosa.

 .

Cada lugar irrompe um fragmento de memória

Em cada memória está semeado o gérmen de uma região

Todas as Gentes num espaço e tempo constroem a sua história

Contribuindo para a concretização do tão aclamado espírito de união.”

 .

Cláudia Nóbrega

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Ver também:

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Mário Silva 📷

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