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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

13
Mai25

"Imagem de Nª Sª de Fátima, na igreja de Águas Frias"


Mário Silva Mário Silva

"Imagem de Nª Sª de Fátima, na igreja de Águas Frias"

13Mai DSC04835_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Imagem de Nª Sª de Fátima, na igreja de Águas Frias", retrata uma estátua de Nossa Senhora de Fátima, um símbolo profundamente enraizado na espiritualidade portuguesa.

A imagem mostra a Virgem Maria com o seu tradicional véu branco, adornado com detalhes dourados, segurando um rosário e com as mãos unidas em oração.

A estátua está posicionada sobre um pedestal ornamentado, com a inscrição "Ave Maria" visível, e é coroada por uma auréola de estrelas, simbolizando a sua santidade.

A simplicidade do cenário, com um fundo claro e detalhes subtis, realça a serenidade e a devoção que a figura inspira.

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A devoção mariana entre as gentes transmontanas é uma expressão viva da fé católica que atravessa gerações.

Em Trás-os-Montes, a ligação com Nossa Senhora, especialmente na sua invocação de Fátima, é marcada por uma espiritualidade intensa e por tradições que unem comunidades.

As romarias, as procissões e as festas em honra da Virgem são momentos de grande significado, onde as famílias se reúnem para rezar o terço, cantar hinos e partilhar histórias de milagres e graças alcançadas.

A imagem de Nossa Senhora de Fátima, como a capturada por Mário Silva, não é apenas um objeto de culto, mas um ponto de ligação espiritual que reflete a identidade cultural e religiosa do povo transmontano, que encontra na Mãe de Deus um refúgio de esperança e proteção.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
02
Mar25

"As Alminhas" (Águas Frias - Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"As Alminhas"

(Águas Frias - Chaves - Portugal)

02Mar DSC04990_ms

A fotografia mostra uma estrutura conhecida como "Alminhas" localizada em Águas Frias, Chaves, Portugal.

As "Alminhas" são pequenas capelas ou nichos geralmente encontrados em encruzilhada de estradas ou caminhos rurais, e são dedicadas às almas do purgatório.

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As "Alminhas" têm origem na tradição católica, especialmente na Península Ibérica, onde eram erguidas como forma de devoção e lembrança das almas dos falecidos que se acreditava estarem no purgatório, precisando de orações para alcançar o céu.

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A crença central é que as almas do purgatório podem ser ajudadas a alcançar a salvação através das orações dos vivos.

As pessoas acreditavam que ao rezar, acender velas ou deixar oferendas nestas capelas, estavam a ajudar essas almas a reduzir o seu tempo no purgatório.

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Existem várias lendas associadas às "Alminhas".

As "Almas Penadas" são uma parte fascinante do folclore português, especialmente relacionado às "Alminhas".

Almas Penadas refere-se a almas dos falecidos que, segundo a crença popular, ainda estão no purgatório, um estado intermediário onde as almas expiam os seus pecados antes de alcançar o céu.

Essas almas são vistas como penadas porque estão num estado de sofrimento ou busca por redenção.

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Segundo a lenda, essas almas podem aparecer aos vivos, muitas vezes à noite, em locais como encruzilhadas, cemitérios, ou perto das "Alminhas".

Elas podem manifestar-se como sombras, luzes fracas, ou até mesmo como figuras humanas translúcidas.

Uma característica comum dessas aparições é que elas pedem orações.

Acredita-se que as orações dos vivos podem ajudar a aliviar o sofrimento destas almas e acelerar o seu caminho para o céu.

Por exemplo, uma alma penada poderia aparecer para alguém e pedir que rezassem por ela para diminuir o seu tempo no purgatório.

Às vezes, as almas penadas são vistas como protetoras ou como portadoras de avisos.

Elas podem alertar sobre perigos iminentes ou proteger aqueles que as ajudam com as suas orações.

Em algumas estórias, elas aparecem para guiar pessoas perdidas ou para evitar que cometam erros graves.

Para honrar e ajudar estas almas, as pessoas deixam oferendas nas "Alminhas", como flores, velas, e até alimentos.

No Dia de Finados (2 de novembro), é comum ver mais atividade em torno das "Alminhas", com muitas pessoas a visitar, para rezar e lembrar os mortos.

A lenda das Almas Penadas reflete a visão cultural sobre a morte, o além-vida, e a importância da comunidade em ajudar os falecidos.

Esta crença fortalece a prática de lembrar e rezar pelos mortos, mantendo uma ligação entre os vivos e os que partiram.

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Ao longo dos séculos, as "Alminhas" têm servido como pontos de encontro espiritual e comunitário, onde as pessoas se reuniam para rezar.

Elas também simbolizam a lembrança contínua dos mortos e a interligação entre o mundo dos vivos e dos mortos na tradição católica.

Além disso, essas estruturas muitas vezes refletem a arquitetura local e a expressão artística da comunidade, tornando-as também um património cultural.

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Na imagem, a data "8-10-1983" pode indicar uma data significativa, possivelmente a data de construção ou uma data de um evento memorial específico.

A presença de flores e a manutenção da estrutura mostram que ainda é um local de devoção e respeito.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Set24

Nicho com imagens da Sagrada Família na aldeia de Parada (Sanfins- Chaves- Portugal) - A Religiosidade nas Aldeias Transmontanas


Mário Silva Mário Silva

Nicho com imagens da Sagrada Família na aldeia de Parada (Sanfins- Chaves- Portugal)

A Religiosidade nas Aldeias Transmontanas

29Set DSC07106_ms

A fotografia apresenta um nicho com imagens da Sagrada Família, localizado na aldeia de Parada, em Sanfins, Chaves, Portugal.

A imagem captura um elemento fundamental da religiosidade popular em Portugal, especialmente nas regiões mais rurais e tradicionais como Trás-os-Montes.

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O nicho, construído em granito, material característico da região, apresenta uma arquitetura simples e tradicional.

A cruz no topo e as imagens da Sagrada Família no interior são elementos iconográficos claramente identificáveis com a fé católica.

A presença de velas e flores artificiais sugere que o nicho é um local de devoção e oração, visitado e cuidado pelos habitantes da aldeia.

O fundo da imagem, com campos e árvores, evoca a paisagem rural de Trás-os-Montes, estabelecendo uma conexão entre a fé e a natureza.

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A imagem do nicho em Parada é mais do que um simples registro fotográfico.

Ela representa um conjunto de valores, crenças e práticas religiosas que moldaram a identidade das comunidades rurais portuguesas ao longo dos séculos.

A religiosidade popular, manifesta em elementos como nichos, capelinhas e cruzes, é profundamente enraizada na cultura de Trás-os-Montes.

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Os nichos são pontos de encontro e de expressão da fé comunitária.

Eles servem como locais de oração, de pedidos de proteção e de agradecimento.

A sua presença nas aldeias reforça os laços sociais e a identidade coletiva.

A religiosidade popular em Portugal é marcada por um rico sincretismo, com a mistura de elementos da fé católica com práticas e crenças mais antigas.

Essa hibridização é evidente na presença de elementos naturais, como árvores e fontes, associados a ritos e crenças pagãs.

Os nichos são testemunhos da resistência das tradições populares face à modernidade.

Apesar das transformações sociais e económicas que ocorreram nas últimas décadas, a fé continua a ser um elemento fundamental na vida das comunidades rurais.

Os nichos são parte integrante do património cultural de Portugal.

Eles são testemunhos de um passado rico e complexo, e devem ser preservados como expressão da identidade e da memória coletiva.

Em conclusão, a fotografia do nicho em Parada oferece-nos uma janela para o mundo da religiosidade popular em Trás-os-Montes.

Através dela, podemos compreender a importância da fé na vida das comunidades rurais, a riqueza das tradições populares e a necessidade de preservar esse património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Jul24

Pastor e Seu Rebanho - Um Retrato da Vida em Paradela de Monforte (Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

 

Pastor e Seu Rebanho

Um Retrato da Vida em Paradela de Monforte

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No final de uma tarde tranquila em Paradela de Monforte, Chaves, Portugal, um pastor e o seu rebanho de ovelhas retornam do pasto.

A cena desenrola-se nas ruas de paralelepípedos da aldeia, onde o pastor, com uma expressão de dedicação e cansaço, conduz cuidadosamente suas ovelhas de volta à corte.

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A vida de pastor é uma jornada árdua, que exige resiliência e perseverança.

Durante o verão, o calor intenso e as longas caminhadas sob o sol abrasador tornam a tarefa de guiar o rebanho especialmente desafiadora.

Já no inverno, o frio cortante e as condições adversas do tempo adicionam um nível de dificuldade, testando a determinação do pastor em cada passo.

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A cena retrata não apenas o retorno do rebanho, mas também a essência da vida rural em Portugal, onde a pastorícia é uma atividade ancestral.

O pastor com o seu cajado, as ovelhas seguindo de perto, e as casas tradicionais ao fundo, tudo isso compõe um quadro de tradição e persistência.

Cada detalhe conta a história de gerações que dedicaram as suas vidas ao cuidado dos animais e à manutenção de práticas agrícolas que sustentam a comunidade.

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Apesar das dificuldades, a vida de pastor é também repleta de satisfações.

O vínculo com os animais, o contato constante com a natureza e a sensação de dever cumprido ao ver o rebanho seguro e bem alimentado são recompensas imensuráveis.

A conexão com a terra e a compreensão profunda dos ciclos naturais tornam a vida pastoral uma experiência singular, marcada por momentos de contemplação e realização.

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Em Paradela de Monforte, a figura do pastor é um símbolo de resistência e devoção, uma representação viva de uma tradição que, apesar dos desafios, continua a ser uma parte vital da identidade local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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