"Dia do Corpo de Deus" - Mário Silva (IA)
Mário Silva Mário Silva
"Dia do Corpo de Deus"
Mário Silva (IA)
A pintura digital "Dia do Corpo de Deus" de Mário Silva retrata uma cena solene e rica em simbolismo religioso.
No centro, um sacerdote, vestido com vestes litúrgicas brancas e vermelhas adornadas com cruzes douradas, ergue uma taça eucarística com a mão direita, enquanto a esquerda aponta para o alto.
Acima dele, uma figura crucificada emana uma luz dourada, simbolizando a presença divina e a transubstanciação.
O fundo, composto por tons quentes e colunas, sugere um ambiente sacro, enquanto figuras ao redor, com expressões de reverência, reforçam o caráter coletivo da celebração.
A obra destaca a espiritualidade e a centralidade da Eucaristia nesta festividade católica.
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A pintura capta a essência da solenidade do Dia do Corpo de Deus, uma das celebrações mais significativas para os católicos, marcada pela devoção à Eucaristia.
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O Dia do Corpo de Deus, também conhecido como Festa do Santíssimo Sacramento, tem as suas raízes no século XIII.
A celebração foi instituída em 1264 pelo Papa Urbano IV, inspirado por uma visão de Santa Juliana de Mont Cornillon, que destacou a necessidade de honrar o mistério da Eucaristia fora do contexto da Páscoa.
Esta data foi estabelecida na quinta-feira seguinte ao Domingo da Santíssima Trindade, variando entre maio e junho no calendário litúrgico.
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Para os católicos, o Dia do Corpo de Deus é uma oportunidade de professar a fé na presença real de Cristo na Eucaristia.
Acredita-se que o pão e o vinho, consagrados durante a Missa, se transformam no corpo e sangue de Jesus Cristo, um dos pilares da doutrina católica.
Esta festividade reforça a união da comunidade e a gratidão pela salvação oferecida por Cristo.
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Em Portugal, as tradições associadas ao Dia do Corpo de Deus são profundamente enraizadas.
Uma das práticas mais emblemáticas é a procissão eucarística, onde o Santíssimo Sacramento é levado pelas ruas em ostensório, acompanhado por fiéis, clérigos e, por vezes, autoridades locais.
As ruas são frequentemente decoradas com tapetes florais ou folhas, especialmente em vilas e cidades como Braga e Évora, onde esta arte popular atinge grande esplendor.
Durante a procissão, cantam-se hinos e reza-se, criando um ambiente de oração e reflexão.
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Outra tradição marcante é a bênção das casas e campos, simbolizando a proteção divina sobre as comunidades rurais.
Em algumas regiões, realizam-se atos de caridade, como a distribuição de alimentos, reforçando o espírito de partilha.
Apesar da modernização, estas celebrações mantêm viva a herança cultural e religiosa, atraindo tanto os devotos como os curiosos, que apreciam o património associado a esta festividade.
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O Dia do Corpo de Deus continua a ser um momento de fé e identidade para os católicos portugueses, unindo gerações numa celebração que honra a Eucaristia e a comunidade.
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Texto & Pintura digital: ©MárioSilva
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