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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

04
Fev25

Escola Primária – Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Escola Primária"

Águas Frias – Chaves - Portugal

04Fev DSC09617_ms

A fotografia de Mário Silva captura a essência da arquitetura escolar rural portuguesa do século XX.

A imagem apresenta uma pequena escola primária, com fachada branca e telhado de telha, situada na aldeia transmontana de Águas Frias (Chaves – Portugal).

A simplicidade da construção contrasta com a importância do seu papel na comunidade.

A porta principal, encimada por um arco, convida à entrada, enquanto as janelas, com as suas persianas fechadas, sugerem um interior acolhedor.

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A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A escola, situada no centro da imagem, é o ponto focal, enquanto o céu azul e as árvores ao fundo criam um enquadramento sereno.

A perspetiva adotada permite apreciar a fachada principal do edifício e os seus detalhes arquitetónicos.

A luz natural incide sobre a fachada da escola, criando sombras que acentuam a textura da pedra e a volumetria da construção.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de branco, cinza e terracota, que evocam a sensação de simplicidade e funcionalidade.

A escola, como elemento central da imagem, representa o conhecimento, a educação e o futuro.

A sua presença na aldeia simboliza a importância da educação para o desenvolvimento das comunidades rurais.

A arquitetura da escola, com as suas linhas simples e funcionais, é característica da arquitetura escolar construída em Portugal durante o Estado Novo.

A ênfase na educação, como instrumento de modernização e de promoção da identidade nacional, era uma das prioridades do regime.

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O Plano Centenário, lançado em 1939 para comemorar o centenário da morte de D. Pedro IV, tinha como um dos seus objetivos a expansão e modernização do sistema educativo português.

 A construção de novas escolas, como a retratada na fotografia, era uma das prioridades do regime, que pretendia garantir o acesso à educação a todas as crianças, independentemente da sua origem social.

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As escolas construídas no âmbito do Plano Centenário apresentavam algumas características comuns:

 

- As escolas eram construídas de forma a atender às necessidades pedagógicas básicas, com salas de aula amplas e iluminadas, pátios e espaços verdes.

- A arquitetura era simples e funcional, utilizando materiais locais e técnicas de construção tradicionais.

- As escolas eram concebidas como espaços de formação de cidadãos, transmitindo os valores nacionais e promovendo a unidade do povo português.

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A fotografia de Mário Silva, ao retratar uma escola primária construída no âmbito do Plano Centenário, convida-nos a refletir sobre a importância da educação e sobre o papel do Estado na construção de uma sociedade mais justa e igualitária.

A imagem, com a sua simplicidade e beleza, é um testemunho do passado e um convite à reflexão sobre o futuro da educação em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
02
Fev25

"O Cruzeiro do Senhor dos Milagres" - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"O Cruzeiro do Senhor dos Milagres"

Águas Frias - Chaves - Portugal

02Fev DSC04269_ms

A fotografia de Mário Silva captura o "Cruzeiro do Senhor dos Milagres" em Águas Frias, Chaves, Portugal.

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O cruzeiro é apresentado dentro de uma pequena capela com quatro colunas de pedra que sustentam um telhado de telhas vermelhas, típico da arquitetura regional.

A estrutura é simples, mas robusta, refletindo a tradição e a importância cultural e religiosa do local.

A cruz azul, da azulejaria portuguesa, com a imagem do Senhor dos Milagres é o foco central da imagem, destacando-se pelo contraste de cores e pela sua posição elevada.

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A presença de flores e velas na base do cruzeiro sugere que é um local de veneração ativa, onde os fiéis vêm prestar homenagem e orar.

A lanterna pendurada na estrutura adiciona um toque de cuidado e tradição, sugerindo que o local pode ser iluminado durante a noite, aumentando sua sacralidade.

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A envolvente do cruzeiro, com árvores e vegetação, cria um ambiente sereno e contemplativo, que convida à reflexão e à oração.

A localização no largo da Junta de Freguesia indica que este é um ponto central da comunidade, integrando a fé na vida diária dos habitantes.

De notar que este cruzeiro já esteve num antigo cemitério da aldeia, que após a sua extinção, foi removido e implantado no local atual.

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O Senhor dos Milagres é uma figura venerada em várias partes do mundo, mas em Portugal, esta devoção tem raízes profundas, muitas vezes associadas a milagres e proteção divina.

A localização original no cemitério pode simbolizar a crença na vida após a morte e na intercessão divina.

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Para os crentes portugueses, a devoção ao Senhor dos Milagres pode ser uma manifestação de fé em tempos de dificuldade, pedindo por milagres ou agradecendo por graças recebidas.

Este tipo de devoção reforça a identidade cultural e religiosa da comunidade, unindo-a através de práticas comuns.

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O Senhor dos Milagres, representado na cruz, simboliza esperança, fé e a crença no poder divino de realizar o impossível.

A escolha de uma cruz azul pode simbolizar a pureza e a divindade, contrastando com o vermelho das telhas, que pode representar o sacrifício e o amor.

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A presença de oferendas como flores e velas mostra uma participação ativa da comunidade, indicando que a devoção é uma prática viva e comunitária.

A localização no largo da Junta de Freguesia sugere que a fé é um componente integral da vida pública e social.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva não apenas captura um monumento religioso, mas também encapsula a profundidade da devoção ao Senhor dos Milagres em Portugal, refletindo tanto a tradição histórica quanto a vivacidade da fé na comunidade local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
31
Jan25

"Pombal abandonado" - Quinta do Porto - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Pombal abandonado"

Quinta do Porto - Águas Frias - Chaves - Portugal

31Jan DSC05381_ms

A fotografia de Mário Silva captura a melancolia de um pombal abandonado, situado na Quinta do Porto, Águas Frias.

A imagem focaliza a estrutura superior do pombal, com o seu telhado de telha e paredes de pedra cobertas por musgo, evidenciando o passar do tempo e a ação da natureza.

Os nichos, ou buracos, onde as pombas nidificavam, estão vazios e em ruínas, reforçando a sensação de abandono.

O ramo de árvore que cruza a imagem, com as suas folhas secas, acrescenta um toque poético e melancólico à cena.

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A composição da fotografia é simples e eficaz, com o pombal como elemento central.

A perspetiva adotada permite apreciar a arquitetura típica dos pombais, com as suas paredes de pedra e telhado de telha.

A linha diagonal do ramo conduz o olhar do observador para o interior da imagem, convidando-o a explorar os detalhes da construção.

A luz natural incide sobre o pombal, criando sombras que acentuam a textura da pedra e a irregularidade das paredes.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera de mistério e abandono.

A paleta de cores da fotografia é marcada pela sobriedade dos tons de cinza, castanho e verde, que evocam a sensação de tempo e de decadência.

O pombal, além de ser um elemento arquitetónico, possui um forte simbolismo.

Ele representa a importância da agricultura e da criação de aves na vida das comunidades rurais.

O estado de abandono do pombal pode ser visto como um símbolo da mudança dos tempos e da perda das tradições.

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Os pombais eram construções rurais destinadas à criação de pombos, aves que, além de serem apreciadas pela sua carne, eram utilizadas como mensageiros.

A criação de pombos era uma atividade comum nas zonas rurais, especialmente em regiões com pouca comunicação.

Os pombais eram construídos em locais estratégicos, geralmente em pontos altos, para facilitar a orientação das aves.

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A carne de pombo era uma fonte importante de proteína para as populações rurais.

Os pombos eram utilizados para enviar mensagens a longas distâncias, sendo uma forma de comunicação rápida e eficiente antes do surgimento de outros meios de comunicação.

Os pombais são um elemento importante do património cultural rural, testemunhando a história e as tradições das comunidades locais.

Os pombais também desempenhavam um papel importante na manutenção da biodiversidade, proporcionando abrigo e alimento para diversas espécies de aves.

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A criação de pombos garantia uma fonte de alimento para as famílias, especialmente em épocas de escassez.

A venda de pombos e dos seus ovos podia gerar uma renda extra para as famílias.

A posse de um pombal era um sinal de riqueza e de status social.

Os pombais eram um elemento fundamental da paisagem rural, contribuindo para a identidade cultural das comunidades locais.

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Como conclusão, a fotografia "Pombal abandonado" de Mário Silva convida-nos a refletir sobre a importância do património cultural e sobre a necessidade de preservar as nossas raízes.

A imagem do pombal em ruínas é uma lembrança da passagem do tempo e das mudanças que a sociedade sofreu ao longo dos anos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Jan25

"Águas Frias... gelada"


Mário Silva Mário Silva

"Águas Frias... gelada"

29Jan Águas Frias 27_ms

A fotografia "Águas Frias... gelada" de Mário Silva captura a essência de um inverno rigoroso numa aldeia transmontana.

A imagem apresenta uma pequena casa de aldeia, com o telhado coberto de neve, ao fundo.

Em primeiro plano, destaca-se uma antiga placa com a inscrição "Águas Frias", também coberta por uma espessa camada de neve.

A placa, direcionada para a direita, indica o caminho a seguir, convidando o observador a adentrar-se na paisagem invernal.

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A composição é marcada pela simplicidade e pela elegância.

A casa, com as suas linhas simples e a sua cor clara, contrasta com a brancura da neve, criando um efeito visualmente impactante.

A placa, com a sua inscrição clara e concisa, funciona como um elemento de orientação e de identificação do lugar.

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A composição é equilibrada e harmoniosa.

A casa, situada no fundo da imagem, cria um ponto de referência visual, enquanto a placa, em primeiro plano, atrai o olhar do observador.

A diagonal da placa conduz o olhar para a direita, convidando o observador a imaginar o que se encontra além da imagem.

A luz, fria e difusa, cria uma atmosfera de tranquilidade e isolamento.

A neve, que cobre toda a paisagem, reflete a luz de forma uniforme, criando uma sensação de paz e serenidade.

As sombras, suaves e ténues, acentuam a textura da neve e da placa.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de branco, cinza e castanho.

Essa escolha cromática reforça a sensação de frio e de inverno.

A neve, além de ser um elemento natural, possui um forte simbolismo.

Na cultura popular, a neve está associada à pureza, à renovação e à esperança.

Na fotografia de Mário Silva, a neve cobre a paisagem, criando uma espécie de véu branco que oculta a realidade subjacente.

A fotografia captura a essência da vida rural em Portugal, revelando a importância da natureza na vida das comunidades locais.

A imagem da aldeia coberta de neve evoca um sentimento de nostalgia e de pertença, remetendo para um tempo em que a vida era mais simples e as pessoas estavam mais ligadas à natureza.

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O inverno é uma estação marcante nas aldeias transmontanas, caracterizada por temperaturas baixas, nevadas e longas noites.

A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a força da natureza nesta época do ano, mostrando como a vida continua a fluir, mesmo nas condições mais adversas.

A imagem da placa, com a inscrição "Águas Frias", é um lembrete da dureza do clima e da resistência dos habitantes desta região.

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Em conclusão, "Águas Frias... gelada" é uma fotografia que nos transporta para um universo de paz e serenidade.

A imagem, com a sua composição equilibrada e a sua atmosfera poética, convida o observador a uma reflexão sobre a beleza da natureza e a força do homem diante das adversidades.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Jan25

"Igreja transmontana" - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Igreja transmontana"

Águas Frias - Chaves - Portugal

19Jan DSC00317_ms

A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a serenidade de uma típica igreja rural transmontana, localizada em Águas Frias, Chaves.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e paleta de cores harmoniosa, convida o observador a uma reflexão sobre a importância da fé e da tradição na vida das comunidades rurais.

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A fotografia apresenta uma perspetiva frontal da igreja, com a fachada principal destacando-se contra um céu nublado.

A igreja, de pequenas dimensões e linhas simples, é construída em pedra e apresenta um campanário com dois sinos.

A porta de entrada, em madeira, é ladeada por duas colunas e sobreposta por um frontão triangular.

A vegetação circundante, com árvores de folha caduca, confere à imagem um ar melancólico e introspetivo.

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A composição é equilibrada, com a igreja ocupando o centro da imagem e a vegetação servindo como enquadramento.

A linha diagonal formada pelo telhado da igreja e pelas árvores cria uma sensação de profundidade e conduz o olhar do observador para o ponto focal da imagem.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de terra e ocre, que evocam a sensação de antiguidade e tradição.

A pedra da igreja, com as suas tonalidades envelhecidas, contrasta com o verde da vegetação, criando um efeito visual interessante.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da pedra e a atmosfera do local.

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São Pedro, o apóstolo a quem Jesus confiou as "chaves do Reino dos Céus", ocupa um lugar central na fé católica.

Considerado o primeiro Papa, é venerado como o patrono dos pescadores, dos arquitetos, dos carpinteiros e dos prisioneiros.

A escolha de São Pedro como orago desta igreja reflete a importância da fé católica na vida das comunidades rurais e a crença na proteção divina.

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A atmosfera serena da fotografia, com a igreja isolada no campo, transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

A igreja, com a sua arquitetura simples e a sua história secular, evoca um sentimento de respeito e admiração pelo passado.

A igreja, integrada na paisagem natural, estabelece uma conexão entre o homem e a natureza.

A igreja, como lugar de culto, evoca sentimentos de espiritualidade e fé.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância histórica da igreja de São Pedro em Águas Frias.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a fé, a tradição e a importância da preservação do património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Jan25

"Silhueta da colina do Brunheiro e o Castelo" (Águas Frias - Chaves - Portugal).


Mário Silva Mário Silva

"Silhueta da colina do Brunheiro e o Castelo"

(Águas Frias - Chaves - Portugal)

25Jan DSC05615_ms

A fotografia "Silhueta da colina do Brunheiro e o Castelo" de Mário Silva captura um momento de beleza natural e histórica em Monforte de Rio Livre, Águas Frias, Chaves, Portugal.

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A imagem é composta principalmente por duas partes: a silhueta escura da colina do Brunheiro e do Castelo de Monforte de Rio Livre contra um fundo vibrante de um pôr do sol.

A silhueta é destacada pelo contraste forte com o céu colorido, criando uma sensação de profundidade e mistério.

As cores são ricas e variam desde tons de laranja e vermelho no horizonte até gradientes mais suaves de amarelo e azul no topo da imagem.

Este gradiente de cores intensifica a atmosfera do pôr do sol.

Além da silhueta do castelo e da linha do horizonte, há alguns elementos naturais, como galhos finos de plantas no canto esquerdo, que adicionam um toque de textura e naturalidade à composição.

No canto inferior direito, está a assinatura do fotógrafo, Mário Silva, o que personaliza a obra e dá um toque de autenticidade.

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A fotografia utiliza magistralmente a luz e a sombra para criar uma silhueta dramática.

A ausência de detalhes no castelo e na colina devido à silhueta escura força o observador a focar na forma e na estrutura, o que pode ser visto como uma técnica para destacar a arquitetura e a geografia do local.

A escolha do momento do pôr do sol, com as suas cores quentes, evoca sentimentos de tranquilidade, nostalgia e beleza.

A silhueta do castelo, um símbolo de história e resistência, adiciona um elemento de mistério e tempo, sugerindo histórias passadas.

A composição é bem equilibrada, com a linha do horizonte cortando a imagem de forma que o céu ocupa uma porção significativa, mas não dominante, da cena.

A silhueta do castelo está posicionada de maneira que não centraliza a imagem, o que pode ser interpretado como uma escolha para evitar uma composição estática e previsível.

Uma possível crítica poderia ser que a falta de detalhes na silhueta pode ser frustrante para quem deseja ver mais da estrutura do castelo.

No entanto, este é um estilo escolhido conscientemente pelo fotógrafo, que valoriza o impacto visual e emocional sobre a precisão arquitetónica.

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Resumindo, a fotografia de Mário Silva é uma peça visualmente impactante que combina elementos naturais e históricos para criar uma cena evocativa e emocionalmente rica.

A escolha de capturar o momento do pôr do sol com a silhueta do castelo é uma técnica eficaz que enfatiza tanto a beleza natural quanto a grandiosidade histórica do local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Jan25

"Espreitando a Aldeia Transmontana" - Águas Frias, Chaves, Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Espreitando a Aldeia Transmontana"

Águas Frias, Chaves, Portugal

22Jan DSC00328_ms

A fotografia intitulada "Espreitando a Aldeia Transmontana" de Mário Silva retrata a aldeia de Águas Frias, situada em Chaves, Portugal.

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A imagem apresenta um conjunto de casas típicas de uma aldeia transmontana, com os telhados de telha avermelhada que contrastam com as tonalidades cinzentas das paredes de pedra e as fachadas rebocadas.

Ao fundo, é possível observar o ambiente rural, com árvores desfolhadas e um terreno verde, indicando que a fotografia foi tirada no inverno.

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As construções originais, feitas de pedra, são uma marca distintiva da arquitetura das aldeias transmontanas.

Este tipo de construção, durável e resistente ao clima rigoroso da região, reflete a adaptação ao ambiente natural.

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A aldeia encontra-se rodeada por campos agrícolas e vegetação, demonstrando a ligação entre os habitantes e o meio ambiente.

Esse vínculo é comum nas comunidades rurais do norte de Portugal.

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As construções e o ambiente capturado na fotografia demonstram um estilo de vida simples, refletindo as raízes da vida comunitária em Trás-os-Montes.

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Algumas casas apresentam revestimentos modernos ou alterações nas fachadas que escondem a pedra original.

Este tipo de intervenção, frequentemente motivado pela busca de conforto ou estética, pode comprometer a preservação do aspeto tradicional da aldeia.

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A introdução de varandas e estruturas mais modernas destaca-se como um contraste em relação às construções tradicionais.

Embora práticas, estas modificações tendem a descaracterizar o património histórico.

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Os postes de eletricidade e cabos visíveis no primeiro plano são uma necessidade moderna, mas podem impactar a paisagem e desviar a atenção da beleza natural e histórica da aldeia.

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A fotografia é uma janela para a transição entre o passado e o presente nas aldeias transmontanas.

Por um lado, testemunha a riqueza patrimonial e a ligação profunda ao território.

Por outro, revela como as mudanças nas necessidades e preferências dos habitantes alteraram o caráter original do espaço.

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A imagem convida à reflexão sobre a importância de preservar a autenticidade cultural e arquitetónica enquanto se adaptam as aldeias às exigências modernas.

Este equilíbrio é crucial para garantir que as gerações futuras possam apreciar o legado histórico, sem comprometer a qualidade de vida dos residentes atuais.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Jan25

"Casa, cuidadosamente restaurada" - Águas Frias, Chaves, Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Casa, cuidadosamente restaurada"

Águas Frias, Chaves, Portugal

20Jan DSC00465_ms

A fotografia de Mário Silva captura a essência de uma casa rural portuguesa, meticulosamente restaurada, localizada em Águas Frias, Chaves.

A imagem retrata uma construção em pedra, com telhado de telha, característica marcante da arquitetura tradicional da região.

A fachada principal exibe uma porta de madeira maciça, janelas com portadas de madeira e um pequeno alpendre, elementos que conferem à casa um ar rústico e acolhedor.

O pátio frontal, pavimentado com pedra irregular, é delimitado por um muro de pedra e conduz a uma porta de entrada imponente.

O céu azul e a luz natural realçam as cores quentes da pedra e da telha, criando uma atmosfera serena e convidativa.

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A fotografia de Mário Silva vai além de uma simples representação visual da casa restaurada.

Ela transmite uma mensagem profunda sobre a importância da preservação do património cultural e a valorização das raízes históricas.

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A imagem evidencia o cuidado com que a casa foi restaurada, preservando os elementos originais e utilizando materiais e técnicas tradicionais.

A escolha dos materiais, como a pedra e a madeira, e a manutenção das características arquitetónicas originais, demonstram um profundo respeito pelas origens da construção.

A casa integra-se perfeitamente na paisagem rural, estabelecendo uma relação harmoniosa com o ambiente natural.

A escolha do local e a orientação da construção demonstram um conhecimento profundo das técnicas construtivas tradicionais e da relação entre a arquitetura e o meio ambiente.

A fotografia valoriza o património cultural português, destacando a importância de preservar as casas tradicionais e as aldeias históricas.

A restauração da casa em Águas Frias contribui para a valorização do património local e para a promoção do turismo rural.

A casa restaurada é um testemunho vivo do passado, um legado que os antepassados nos deixaram.

A preservação deste património contribui para a construção da identidade cultural e para a transmissão dos valores e tradições de geração em geração.

A valorização da arquitetura tradicional e a utilização de materiais naturais contribuem para a promoção da sustentabilidade.

A recuperação de edifícios antigos reduz o consumo de recursos naturais e diminui a produção de resíduos.

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A fotografia de Mário Silva "Casa, cuidadosamente restaurada" é mais do que uma simples imagem de uma casa.

É uma declaração de amor ao património cultural, um manifesto pela preservação das nossas raízes e um convite à reflexão sobre a importância de preservar o passado para construir um futuro mais sustentável.

A imagem transmite uma sensação de tranquilidade, de conexão com a natureza e com as nossas origens.

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A casa restaurada pode ser vista como um símbolo da identidade cultural de uma comunidade.

A preservação da arquitetura tradicional é fundamental para manter viva a memória e os valores de uma comunidade.

A casa, integrada na paisagem, simboliza a harmonia entre o homem e a natureza.

A casa restaurada é um testemunho vivo da história, um elo entre o passado e o presente.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva é uma ode à beleza e à importância da preservação do património cultural.

A imagem convida-nos a valorizar as nossas raízes, a proteger o nosso passado e a construir um futuro mais sustentável.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Jan25

“Fonte das Tendas” – Dadim (Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

“Fonte das Tendas”

Dadim (Chaves - Portugal)

13Jan DSC05597_ms

A fotografia "Fonte das Tendas" captura a essência de um elemento fundamental da cultura rural portuguesa: a fonte.

Com uma composição cuidadosa e uma paleta de cores harmoniosa, Mário Silva transporta-nos para a pacata aldeia de Dadim, em Chaves, e convida-nos a apreciar a beleza e a simplicidade deste local.

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A imagem apresenta uma fonte de granito, com uma arquitetura simples e funcional.

O arco em forma de ferradura, típico da arquitetura popular portuguesa, domina a composição, enquanto a bacia de água, esculpida numa única peça de pedra, convida à contemplação.

Ao fundo, um conjunto de casas rurais e a vegetação circundante completam o cenário, evocando a tranquilidade da vida rural.

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A composição é equilibrada, com a fonte ocupando o centro da imagem e a vegetação e as casas ao fundo criando um enquadramento natural.

A linha horizontal da bacia da fonte e a verticalidade do arco criam uma sensação de harmonia e estabilidade.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de terra e ocre, que evocam a sensação de antiguidade e tradição.

A pedra da fonte, com as suas tonalidades envelhecidas, contrasta com o verde da vegetação, criando um efeito visual interessante.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da pedra e a atmosfera do local.

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A fonte é um elemento fundamental da cultura rural portuguesa, representando um ponto de encontro e abastecimento de água.

A utilização da pedra como material de construção é uma característica marcante da arquitetura popular portuguesa, conferindo às construções uma grande durabilidade.

O arco em forma de ferradura é um elemento típico da arquitetura popular, presente em diversas construções, desde fontes a pontes.

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A atmosfera serena da fotografia, com a fonte isolada no campo, transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

A imagem evoca um sentimento de nostalgia, transportando o observador para um tempo em que a vida era mais simples e a comunidade era mais forte.

A fonte, integrada na paisagem natural, estabelece uma conexão entre o homem e a natureza.

A água, elemento essencial para a vida, é celebrada na fotografia como fonte de vida e de bem-estar.

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Em resumo, a fotografia "Fonte das Tendas" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a simplicidade da vida rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a apreciar a importância da água e a valorizar o património cultural do nosso país.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Jan25

"A Igreja de São João Batista de Cimo de Vila da Castanheira"


Mário Silva Mário Silva

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"A Igreja de São João Batista

de Cimo de Vila da Castanheira"

12Jan DSC05543

A fotografia de Mário Silva captura a essência da Igreja de São João Batista de Cimo de Vila da Castanheira, um monumento nacional de grande valor histórico e arquitetónico.

A imagem revela a simplicidade e a solidez da construção românica, destacando os elementos mais característicos deste estilo arquitetónico.

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A fotografia apresenta uma perspetiva frontal da igreja, com a torre sineira à esquerda e o corpo principal à direita.

A construção em pedra, com tonalidades quentes e envelhecidas, contrasta com o telhado de telha vermelha.

A porta principal, com arco de volta inteira, é o elemento central da fachada, convidando o observador a entrar no interior do templo.

A vegetação circundante, com tons outonais, adiciona um toque de romantismo à imagem.

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A composição é equilibrada, com a igreja a ocupar o centro da imagem e a vegetação servindo como enquadramento.

A linha diagonal formada pelo telhado da igreja e pela vegetação cria uma sensação de profundidade e conduz o olhar do observador para o ponto focal da imagem.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de terra e ocre, que evocam a sensação de antiguidade e tradição.

O contraste entre a pedra da igreja e o telhado vermelho cria um efeito visual interessante.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da pedra e a atmosfera do local.

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A utilização da pedra como material de construção é uma característica marcante do estilo românico.

A porta principal, com arco de volta inteira, é um elemento típico da arquitetura românica, conferindo à igreja uma sensação de solidez e robustez.

As linhas simples e as formas geométricas são características marcantes do estilo românico, que se manifesta na ausência de ornamentos excessivos.

A torre, com as suas características defensivas, evidencia a importância das igrejas românicas como refúgios em tempos de guerra.

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A fotografia evoca uma série de emoções e sensações no observador:

- A atmosfera serena da fotografia, com a igreja isolada no campo, transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

- A igreja, com a sua arquitetura imponente e a sua história milenar, evoca um sentimento de respeito e admiração pelo passado.

- A igreja, integrada na paisagem natural, estabelece uma conexão entre o homem e a natureza.

-  A igreja, como lugar de culto, evoca sentimentos de espiritualidade e fé.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância histórica da Igreja de São João Batista de Cimo de Vila da Castanheira.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma viagem no tempo, permitindo-lhe apreciar a riqueza do património cultural português.

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Texto & Fotofrafia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Jan25

"A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre"


Mário Silva Mário Silva

"A névoa entre a lenha cortada e

o Castelo de Monforte de Rio Livre"

08Jan DSC05448_ms

A fotografia "A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre" de Mário Silva captura uma cena rica em contrastes e nuances, típica da região de Águas Frias em Chaves, Portugal.

A imagem apresenta um castelo medieval, imponente e solitário, situado no alto de uma colina e envolto numa névoa misteriosa.

Na base da colina, um amontoado de lenha cortada contrasta com a natureza selvagem circundante, criando uma atmosfera de trabalho e tradição.

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A composição é diagonal, com a colina e o castelo ocupando o plano de fundo e a lenha cortada no primeiro plano.

Essa diagonal cria uma sensação de profundidade e guia o olhar do observador para o castelo.

A névoa, que se eleva entre os dois elementos, acrescenta um toque de mistério e isolamento ao castelo.

A paleta de cores é predominantemente fria e acinzentada, com a névoa e o céu nublado dominando a imagem.

A lenha cortada, com os seus tons de castanho e laranja, contrasta com o fundo e adiciona um toque de calor à cena.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

A névoa, que difunde a luz, confere à imagem um ar de mistério e magia.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da névoa e a atmosfera da paisagem.

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A fotografia "A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre" evoca uma série de emoções e sensações no observador.

A névoa que envolve o castelo cria uma atmosfera mágica e misteriosa.

O castelo, como um guardião ancestral, parece emergir da névoa, carregado de história e lendas.

A imagem evoca uma sensação de tempo suspenso e de continuidade.

O castelo, como testemunha do passado, contrasta com a atividade humana presente na pilha de lenha, simbolizando a passagem do tempo e a relação entre o homem e a natureza.

O castelo, situado no alto da colina e envolto em névoa, transmite uma sensação de solidão e isolamento.

A figura humana está ausente, deixando o castelo como protagonista da cena.

A névoa, que cobre a paisagem, simboliza a força da natureza e a sua capacidade de transformar o ambiente.

O castelo, apesar de sua imponência, parece submisso à força da natureza.

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Em resumo, a fotografia "A névoa entre a lenha cortada e o Castelo de Monforte de Rio Livre" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a poesia da paisagem rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores minimalista, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a história, a natureza e a passagem do tempo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Jan25

"Aldeia à noite" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

Aldeia à noite

07Jan DSC00276 (2)_ms

A fotografia "Aldeia à noite" de Mário Silva captura a essência da pequena aldeia transmontana de Águas Frias, Chaves, Portugal, sob a luz crepuscular.

A imagem apresenta uma composição harmoniosa, com as casas aglomeradas em torno de uma colina, onde se destaca a torre da igreja.

Os telhados de telha de barro, em tons quentes, contrastam com o céu noturno, pintado em tons de azul e cinza.

A iluminação artificial, proveniente dos postes de luz e das janelas das casas, cria um efeito aconchegante e acolhedor.

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A composição é equilibrada, com a aldeia a ocupar o centro da imagem e o céu noturno servindo como pano de fundo.

A linha do horizonte divide a imagem em duas partes, criando uma sensação de profundidade. A torre da igreja, como ponto mais alto, atrai o olhar do observador e confere um senso de verticalidade à composição.

A paleta de cores é predominantemente quente, com os tons de laranja e vermelho da iluminação artificial contrastando com o azul frio do céu.

Essa combinação de cores cria uma atmosfera acolhedora e convidativa.

A luz desempenha um papel fundamental na fotografia, criando uma atmosfera mágica e envolvente.

A iluminação artificial, juntamente com a luz natural do crepúsculo, confere à imagem uma profundidade e um realismo únicos.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a beleza da luz crepuscular e a atmosfera da noite.

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A fotografia "Aldeia à noite" evoca uma série de emoções e sensações no observador.

A ausência de movimento e a iluminação suave criam uma atmosfera de calma e tranquilidade. A aldeia, adormecida sob a noite, transmite uma sensação de paz e serenidade.

A imagem evoca um sentimento de pertença e nostalgia.

A aldeia, com as suas luzes acesas, representa um lugar de acolhimento e de raízes.

A transição do dia para a noite simboliza a passagem do tempo e a renovação.

A aldeia, adormecida sob a noite, parece estar num estado de repouso, pronta para um novo dia.

A atmosfera noturna, com a névoa e a iluminação suave, confere à imagem um toque de mistério e magia.

A torre da igreja, iluminada, parece vigiar sobre a aldeia.

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Em resumo, a fotografia "Aldeia à noite" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a poesia da vida rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma viagem no tempo e no espaço, transportando-o para uma aldeia adormecida sob a luz das estrelas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Jan25

A águia dourada em Águas Frias (Chaves – Portugal) - “O extraordinário acontece …”


Mário Silva Mário Silva

A águia dourada em Águas Frias (Chaves – Portugal)

“O extraordinário acontece …”

04Jan DSC00295_ms

Era uma vez, numa manhã de inverno, quando o sol mal se atrevia a romper as densas nuvens cinzentas, a aldeia de Águas Frias parecia mergulhada num silêncio peculiar.

As chaminés soltavam fumaça preguiçosa, e cobria os campos como um manto de cristais.

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Dona Anatércia, a anciã mais sábia da aldeia, estava sentada na sua cadeira de baloiço, envolta num xale quentinho, enquanto observava a rua principal pela janela da sua casa.

Era um dia como qualquer outro, até que um grito distante cortou a tranquilidade da manhã.

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Os aldeões saíram das suas casas, curiosos e alarmados.

O som vinha da bela igreja (ainda barroca) no centro da aldeia.

O padre Emmanuel, um homem jovem e sempre sorridente, estava parado à porta, acenando freneticamente para que todos se aproximassem.

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- Venham, venham todos! - clamava ele, a voz cheia de uma confusão de emoção e comoção.

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Os aldeões apressaram-se até à igreja, com os passos ecoando pela rua empedrada.

Dentro, encontrei algo realmente espantoso: no altar, onde normalmente estava a imagem de São Pedro, havia agora uma imponente águia dourada, com olhos que brilhavam sob a luz das velas.

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- É um sinal! - exclamou o senhor Joaquim, o pedreiro da aldeia, sempre propenso a acreditar em histórias fantásticas. - Um presságio!

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Debate e murmúrios encheram o ar.

Uns acreditavam que a águia era um milagre, outros suspeitavam de um truque.

Mas ninguém conseguia explicar como uma criatura majestosa apareceu ali, nem como conseguia estar permanente tão tranquila, observando calmamente todos os presentes.

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Dona Anatércia, que até então permaneceu em silêncio, mudou-se para o altar.

- Deixem-me ver - pediu ela, com uma voz suave, mas firme.

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Com passos cuidadosos, Dona Anatércia chegou-se à frente da águia.

Olhou-a nos olhos, e por um momento, parecia que ambos, mulher e ave, estavam a comunicar sem palavras.

Então, a águia abriu as asas, revelando um brilho ainda mais intenso, e num movimento gracioso, levantou voo pelo corredor da igreja, saindo pela porta principal.

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Lá fora, os aldeões viram a águia voar em direção ao bosque dos Barros, que se estendia além da aldeia, até desaparecer no horizonte.

O silêncio voltou a cair sobre Águas Frias, mas desta vez, carregado de uma nova energia, de um segredo partilhado por todos.

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Naquela noite, à lareira, Dona Anatércia contou aos mais jovens que a águia dourada era uma guardiã das lendas antigas, uma mensagem que aparecia apenas em tempos de grande mudança.

- Talvez seja um aviso - disse ela, enigmática. - Ou talvez seja apenas para nos lembrar que o mundo está cheio de maravilhas que ainda não compreendemos.

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E assim, a história da águia dourada de Águas Frias tornou-se parte do folclore da aldeia, um conto para aquecer as noites frias de inverno, lembrando a todos que mesmo na mais tranquila das aldeias, há sempre espaço para o belo e o extraordinário.

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Conto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Jan25

"Campos Brancos" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"Campos Brancos"

Mário Silva

03Jan DSC03611_ms

A fotografia "Campos Brancos" de Mário Silva captura um cenário rural característico da região de Águas Frias, em Chaves, Portugal.

A imagem apresenta uma composição equilibrada, com um pequeno casebre de pedra como elemento central, adornado por uma porta vermelha vibrante.

Ao redor, estendem-se campos cobertos por uma camada branca, possivelmente geada ou neve, que contrasta com o tom mais escuro das árvores desfolhadas e dos muros de pedra.

A perspetiva elevada e ligeiramente inclinada da fotografia confere uma sensação de amplitude e profundidade ao campo.

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A composição é cuidadosamente estruturada, com linhas horizontais e verticais que guiam o olhar do observador.

O casebre, posicionado no centro da imagem, serve como ponto focal e cria um senso de equilíbrio.

A diagonal formada pelo muro de pedra adiciona dinamismo à composição.

A paleta de cores é predominantemente fria e acinzentada, com o branco da geada/neve como protagonista.

A porta vermelha do casebre funciona como um ponto de cor vibrante, contrastando com o restante da imagem e atraindo o olhar do observador.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

 As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu congelar o momento e capturar a textura da geada/neve.

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A fotografia "Campos Brancos" evoca uma série de emoções e sensações no observador:

-  A ausência de figuras humanas e a atmosfera silenciosa transmitem uma sensação de solidão e tranquilidade.

O casebre, isolado no meio dos campos, parece um refúgio afastado da agitação da vida moderna.

- A beleza da paisagem reside na sua simplicidade e austeridade.

A geada/neve transforma a paisagem num cenário quase onírico, com uma beleza crua e intocada.

-  A ausência de folhas nas árvores e a cobertura branca dos campos sugerem a chegada do inverno e a passagem do tempo.

A imagem evoca uma sensação de tempo suspenso e de ciclos naturais.

- A predominância de tons frios e a atmosfera silenciosa podem despertar sentimentos de melancolia e nostalgia.

A imagem pode ser interpretada como uma reflexão sobre a passagem do tempo e a efemeridade da vida.

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Em resumo, a fotografia "Campos Brancos" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a poesia da paisagem rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores minimalista, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a natureza, o tempo e a condição humana.

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Texto & Fotografia: ©Mário Silva

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Mário Silva 📷
30
Dez24

"Faltam 2 dias" em Águas Frias (Chaves) em Portugal e no Mundo


Mário Silva Mário Silva

"Faltam 2 dias"

em Águas Frias (Chaves)

em Portugal

e no Mundo

30Dez DSC02400_ms

A fotografia "Faltam 2 dias" de Mário Silva captura um momento de transição e expectativa, evocando a atmosfera única dos dias que antecedem o Ano Novo.

A imagem apresenta a pequena aldeia de Águas Frias (Chaves), aninhada entre colinas e envolvida por uma aura de serenidade.

As casas, com as suas fachadas brancas e telhados de telha, contrastam com a exuberância da natureza circundante.

A vegetação, embora em repouso invernal, apresenta uma gama de tons que, sob a luz do crepúsculo, adquirem uma tonalidade quase irreal.

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A paleta de cores da fotografia é suave e harmoniosa, dominada por tons de azul, verde e rosa.

A luz, difusa e envolvente, cria uma atmosfera contemplativa e introspetiva.

A ausência de figuras humanas enfatiza a tranquilidade do lugar e convida o observador a uma reflexão sobre a passagem do tempo e a renovação.

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A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A aldeia, situada no centro da imagem, é o ponto focal, enquanto as colinas ao fundo proporcionam um enquadramento natural.

A linha do horizonte divide a imagem em duas partes, criando uma sensação de profundidade e amplitude.

A luz desempenha um papel fundamental na criação da atmosfera da fotografia.

A luz suave e difusa, característica do crepúsculo, confere à imagem uma tonalidade mágica e poética.

A paleta de cores, predominantemente fria, evoca a sensação de tranquilidade e introspeção.

A fotografia pode ser interpretada como uma metáfora da passagem do tempo e da renovação.

 A aldeia, adormecida sob a luz do crepúsculo, simboliza o fim de um ciclo e o início de um novo.

A natureza circundante, com a sua beleza serena, evoca a ideia de esperança e renovação.

A fotografia captura a essência da vida rural em Portugal, com as suas tradições e costumes.

A imagem da aldeia, aninhada entre colinas e envolvida pela natureza, evoca um sentimento de nostalgia e de pertença.

O título "Faltam 2 dias" situa a fotografia no tempo e no espaço, convidando o observador a refletir sobre o significado da passagem do tempo e a importância de celebrar a vida.

A referência a Águas Frias (Chaves) confere à imagem um caráter local e específico, tornando-a ainda mais significativa para os habitantes da região.

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A fotografia "Faltam 2 dias" de Mário Silva vai além da mera representação de um lugar.

Ela convida o observador a uma reflexão sobre a passagem do tempo, a importância das raízes e a beleza da natureza.

A imagem evoca sentimentos de nostalgia, esperança e renovação, convidando-nos a celebrar a vida e a apreciar a beleza do mundo que nos rodeia.

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Em resumo, "Faltam 2 dias" é uma fotografia que transcende a mera representação visual, convidando o observador a uma experiência sensorial e emocional.

A obra de Mário Silva é um convite à reflexão sobre a passagem do tempo, a importância das raízes e a beleza da natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Dez24

“O Menino Jesus de Praga”  - Igreja de Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

“O Menino Jesus de Praga” 

Igreja de Águas Frias - Chaves - Portugal

29Dez DSC09543_ms

A fotografia de Mário Silva “O Menino Jesus de Praga” capta uma imagem marcante da estátua do Menino Jesus de Praga, exposta em destaque no vértice do altar-mor da igreja paroquial de Águas Frias, Chaves, Portugal.

A composição centra-se numa estátua de uma criança, adornada com um manto branco imaculado apertado com um cinto dourado, no topo dum globo decorado com estrelas.

Este posicionamento celestial imediatamente chama a atenção do observador para o significado da estátua dentro da igreja.

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A postura e os acessórios da estátua são ricos em simbolismo.

O Menino Jesus é representado a segurar uma cruz, uma representação poderosa da fé cristã e do sacrifício.

Cercando a cabeça da Menino está uma auréola, um elemento artístico tradicional que significa divindade e santidade.

Esses detalhes, cuidadosamente capturados por Mário Silva, enfatizam a importância religiosa da estátua e o seu papel como ponto focal para o culto dentro da igreja.

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O uso da iluminação na fotografia por Silva é particularmente digno de nota.

Embora as técnicas específicas de iluminação não sejam detalhadas nas informações disponíveis, é provável que o fotógrafo tenha empregue uma iluminação cuidadosa para destacar as características da estátua.

O manto branco do Menino Jesus refletiria naturalmente a luz, criando um efeito luminoso que chama a atenção para a figura e a separa do ambiente potencialmente mais escuro do interior da igreja.

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O posicionamento da estátua no topo do altar-mor é um elemento crucial da composição.

Esta colocação elevada não só reflete o significado espiritual da estátua, mas também cria uma hierarquia visual dentro da igreja.

Paroquianos e visitantes naturalmente levantariam o olhar para ver o Menino Jesus, reforçando o seu papel como objeto de veneração e foco central do espaço sagrado.

A fotografia de Mário Silva provavelmente captura essa perspetiva ascendente, enfatizando a presença imponente da estátua na igreja.

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A fotografia de Mário Silva “O Menino Jesus de Praga” capta magistralmente a essência da estátua do Menino Jesus de Praga, mostrando o seu profundo significado artístico e religioso no contexto de uma igreja rural transmontana.

A habilidade do fotógrafo na composição e iluminação eleva a estátua de um mero artefato religioso a um poderoso símbolo de fé e devoção, ressoando profundamente com a comunidade local e a tradição católica mais ampla.

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As técnicas artísticas empregues por Mário Silva destacam os elementos simbólicos da estátua.

O manto branco, simbolizando pureza e divindade, é acentuado através de uma iluminação cuidadosa, criando um efeito luminoso que atrai o olhar do observador.

O cinto de ouro, representando a realeza e o poder, provavelmente brilha na fotografia, adicionando um toque de brilho celestial.

O globo decorado com estrelas sobre o qual a criança está, simboliza o Seu domínio sobre o mundo, enquanto a cruz na Sua mão e a auréola em torno da Sua cabeça reforçam a Sua natureza divina e papel sacrificial.

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No contexto da igreja rural da aldeia transmontana, a fotografia assume camadas adicionais de significado.

Capta não apenas um ícone religioso, mas um ponto focal de fé e identidade comunitária.

A posição de destaque da estátua no topo do altar-mor, tal como retratada na obra de Mário Silva, sublinha a sua importância na vida espiritual diária dos aldeões.

Serve como recordação constante da presença e da proteção divinas, particularmente pungente num meio rural onde a fé desempenha frequentemente um papel central na coesão comunitária.

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A fotografia de Mário Silva também comunica a natureza intemporal da devoção religiosa.

Ao captar esta representação secular do Menino Jesus num meio contemporâneo, o fotógrafo faz a ponte entre passado e presente, destacando a relevância duradoura de tais símbolos na prática espiritual moderna.

A imagem provavelmente ressoa com os observadores evocando um senso de continuidade com as tradições históricas e, ao mesmo tempo, apresentando a estátua como uma parte viva e vibrante da vida religiosa atual.

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O Menino Jesus de Praga, uma estátua reverenciada na tradição católica, tem um rico fundo histórico que abrange vários séculos.

Embora as origens exatas da estátua original não sejam consensuais, é amplamente conhecido que a devoção ao Menino Jesus de Praga começou no século XVII.

A estátua, representando o menino Jesus em trajes reais, tornou-se um importante símbolo de fé e devoção para os católicos em todo o mundo.

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A aparência icónica da estátua, conforme descrito em várias fontes, apresenta o menino Jesus vestindo um manto branco simbolizando a pureza, apertado com um cinto dourado representando a realeza.

De pé no topo de um globo decorado com estrelas, o menino Jesus segura uma cruz, significando o Seu sacrifício futuro, enquanto uma auréola circunda a Sua cabeça, denotando a Sua natureza divina.

Estes elementos combinam-se para criar uma poderosa representação visual da natureza dual de Cristo como humana e divina.

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A difusão da devoção ao Menino Jesus de Praga é um testemunho do seu significado espiritual.

Embora detalhes específicos da sua divulgação global não sejam conhecidos, sabe-se que a devoção chegou às comunidades católicas em todo o mundo.

Esta adoção generalizada fala do apelo universal da imagem do Menino Jesus e da sua capacidade de ressoar com diversas culturas e tradições dentro da fé católica.

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Para os crentes católicos modernos, o Menino Jesus de Praga tem um profundo significado espiritual.

A estátua serve como uma lembrança tangível da encarnação de Cristo e do mistério de Deus se tornando homem.

Encoraja os crentes a aproximarem-se da sua fé com confiança e simplicidade infantis, ao mesmo tempo que reconhecem o poder e a majestade de Cristo, mesmo na sua infância.

A imagem do menino Jesus segurando uma cruz prenuncia o  Seu sacrifício futuro, ligando a alegria do Seu nascimento com a solenidade da Sua crucificação.

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Hoje, o Menino Jesus de Praga continua a ser uma fonte de conforto, esperança e inspiração para os católicos de todo o mundo.

Muitos crentes associam a estátua a milagres e respondem a orações, particularmente em momentos de necessidade ou crise.

A popularidade duradoura desta devoção demonstra a sua capacidade de se adaptar às mudanças dos tempos, mantendo o seu significado espiritual central, oferecendo uma ponte entre as tradições católicas históricas e as práticas de fé contemporâneas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Dez24

"Igreja de Santo Estevão (Chaves) com neve imaginária" - A Neve como Metáfora da Purificação Espiritual


Mário Silva Mário Silva

"Igreja de Santo Estevão (Chaves)

com neve imaginária"

A Neve como Metáfora da Purificação Espiritual

22Dez Igreja de Santo Estevão (Chaves) com neve imaginária

A fotografia de Mário Silva, "Igreja de Santo Estevão (Chaves) com neve imaginária", apresenta uma imagem surreal e poética, onde a arquitetura religiosa encontra a beleza da natureza em um momento de transformação.

A neve, elemento ausente na realidade, é utilizada como um recurso expressivo para intensificar a atmosfera espiritual da imagem e estabelecer uma conexão com a simbologia do Advento.

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A Igreja de Santo Estevão, coberta por um manto de neve imaginária, destaca-se no cenário.

A arquitetura gótica da igreja, com as suas linhas verticais e suas torres pontiagudas, evoca a ideia de transcendência e de busca pela espiritualidade.

A neve, que cobre a igreja, simboliza a pureza e a renovação, convidando à introspeção e à meditação.

A neve, elemento central da composição, é um recurso expressivo que confere à imagem uma atmosfera de sonho e de mistério.

A neve, ausente na realidade, é utilizada para criar uma atmosfera de pureza e de renovação, convidando à reflexão sobre a importância da purificação espiritual.

O céu, claro e azul, contrasta com a brancura da neve, criando uma sensação de serenidade e de paz.

O céu pode ser interpretado como um símbolo da divindade e da esperança.

A ausência de figuras humanas na imagem enfatiza a dimensão espiritual da obra. A igreja, solitária e coberta de neve, se torna um símbolo da fé e da esperança.

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O último domingo do Advento, conhecido como Domingo Gaudete, marca o início da última semana antes do Natal.

É um dia de alegria e de esperança, pois aproxima-se o nascimento de Jesus Cristo.

A fotografia de Mário Silva, com a sua atmosfera de serenidade e de beleza, captura perfeitamente o espírito do Domingo Gaudete.

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A neve, que cobre a igreja, pode ser interpretada como um símbolo da purificação espiritual, necessária para celebrar o nascimento de Cristo.

A neve, que purifica a terra, também purifica a alma, preparando-a para receber a graça divina.

A igreja, coberta de neve, representa a comunidade cristã, que se prepara para celebrar o Natal.

A neve, que une todos os elementos da paisagem, simboliza a união da comunidade em torno da fé.

A luz que incide sobre a igreja, mesmo sob a neve, simboliza a esperança.

A esperança na vinda do Salvador, que ilumina as trevas do mundo.

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Em conclusão, a fotografia "Igreja de Santo Estevão (Chaves) com neve imaginária" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da fé e da espiritualidade.

A imagem, com a sua beleza poética e a sua carga simbólica, é um convite à contemplação e à meditação, convidando-nos a celebrar o nascimento de Cristo com alegria e esperança.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Dez24

"O candeeiro e a varanda de ferro forjado"


Mário Silva Mário Silva

"O candeeiro e a varanda de ferro forjado"

17Dez DSC02246_ms

A fotografia "O candeeiro e a varanda de ferro forjado" de Mário Silva captura a atmosfera íntima e acolhedora de uma noite em Chaves.

A imagem centra-se numa varanda de ferro forjado, adornada com um candeeiro de rua que emite uma luz suave e quente.

Atrás da varanda, uma janela com cortinas translúcidas deixa entrever a luz interior, criando um contraste interessante com a escuridão da noite.

No primeiro plano, uma coroa de advento com velas coloridas adiciona um toque de festividade e espiritualidade à composição.

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A fotografia apresenta uma composição equilibrada, com a varanda e o candeeiro ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite ao observador imaginar o espaço interior da casa e sentir a atmosfera acolhedora do local.

A coroa de advento, posicionada no primeiro plano, cria um ponto focal e convida o olhar do observador para a parte inferior da imagem.

A luz artificial do candeeiro e a luz natural que se infiltra pela janela criam um jogo de sombras e contrastes que confere à imagem uma atmosfera mágica e misteriosa.

A iluminação suave e quente confere à imagem uma sensação de aconchego e intimidade.

A paleta de cores da fotografia é marcada pela sobriedade dos tons escuros, que contrastam com a luz quente do candeeiro e as cores vibrantes das velas da coroa de advento.

Essa combinação de cores cria um equilíbrio visual e reforça a ideia de contraste entre o exterior e o interior, entre a luz e a escuridão.

A varanda representa um espaço de transição entre o interior e o exterior, um lugar de encontro e de contemplação.

O candeeiro simboliza a luz e a esperança, enquanto a coroa de advento representa a espera e a renovação.

A combinação desses elementos cria uma imagem rica em significados, que convida à reflexão sobre a passagem do tempo e a importância da tradição.

A fotografia captura a essência da vida urbana em Portugal, revelando a importância da arquitetura tradicional e dos elementos decorativos na criação de ambientes acolhedores.

A varanda de ferro forjado, o candeeiro de rua e a coroa de advento são elementos que remetem para um passado mais lento e tradicional.

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O título "O candeeiro e a varanda de ferro forjado" é uma descrição precisa dos elementos principais da fotografia.

No entanto, o título poderia ser mais poético e evocar um sentimento de nostalgia ou de aconchego.

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Em conclusão, a fotografia "O candeeiro e a varanda de ferro forjado" de Mário Silva é uma obra poética e intimista, que captura a beleza da vida quotidiana em Chaves.

A imagem, com a sua composição equilibrada e a sua simbologia rica, transcende a mera representação de uma varanda, tornando-se uma metáfora da passagem do tempo e da importância da tradição.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
15
Dez24

“Capela de Santa Bárbara” – Avelelas (Águas Frias) – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Capela de Santa Bárbara”

Avelelas (Águas Frias) – Chaves – Portugal

15Dez DSC07884_Advento_ms

A fotografia de Mário Silva captura a serena beleza da Capela de Santa Bárbara em Avelelas, com um enquadramento que realça a arquitetura tradicional do edifício.

A capela, construída em pedra, apresenta linhas simples e sóbrias, com um portal de madeira que contrasta com a tonalidade clara das paredes.

A presença de uma coroa de advento com velas coloridas, nos tons tradicionais do Advento (roxo, verde e vermelho), cria uma atmosfera de espiritualidade e celebração, ligando a arquitetura religiosa com a liturgia cristã.

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A fotografia apresenta uma composição equilibrada, com a capela como elemento central.

A perspetiva adotada permite apreciar a fachada principal do edifício e os detalhes arquitetónicos, como os cunhais em cantaria de granito e o frontão triangular.

A coroa de advento, posicionada no primeiro plano, cria um contraste interessante com a arquitetura sóbria da capela, convidando o observador a refletir sobre a passagem do tempo e a renovação da fé.

A iluminação natural incide sobre a fachada da capela, criando sombras que acentuam a textura da pedra e os volumes da construção.

A luz suave e quente confere à imagem uma atmosfera acolhedora e serena.

A paleta de cores da fotografia é marcada pela sobriedade dos tons terrosos da pedra e da madeira, contrastando com as cores vibrantes das velas da coroa de advento.

Essa combinação de cores cria um equilíbrio visual e reforça a ideia de tradição e espiritualidade.

A coroa de advento, com as suas velas coloridas, é um símbolo do Advento, o período de preparação para o Natal.

A presença deste elemento na fotografia estabelece uma conexão entre a arquitetura religiosa e a liturgia cristã, convidando o observador a refletir sobre o significado do Natal.

A fotografia captura a essência da religiosidade popular em Portugal, revelando a importância das capelas como centros de fé e devoção nas comunidades rurais.

A capela de Santa Bárbara, com a sua arquitetura tradicional e a sua localização num pequeno largo, é um testemunho da história e da cultura da região.

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Santa Bárbara, a quem a capela é dedicada, foi uma mártir cristã do século III.

Segundo a tradição, ela viveu escondida numa torre para poder professar a sua fé em segredo.

A sua história está ligada à proteção contra tempestades, raios e fogo, o que a tornou uma santa muito popular entre os mineiros e artilheiros.

A presença de uma estátua de Santa Bárbara no interior da capela, reforça essa devoção local.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a espiritualidade da Capela de Santa Bárbara, convidando o observador a uma reflexão sobre a fé, a tradição e a importância da arquitetura religiosa na cultura portuguesa.

A combinação da arquitetura tradicional com os símbolos do Advento cria uma imagem rica em significados, que transcende a mera representação de um edifício religioso.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Dez24

"O sol, por entre as nuvens, encontrou espaço para iluminar a aldeia" (Águas Frias – Chaves – Portugal) 


Mário Silva Mário Silva

"O sol, por entre as nuvens,

encontrou espaço para iluminar a aldeia"

(Águas Frias – Chaves – Portugal) 

11Dez DSC06423_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de serenidade e beleza numa típica aldeia transmontana.

A imagem apresenta um conjunto de casas de arquitetura tradicional, com telhados de telha e fachadas revestidas a reboco.

Os raios de sol, que se infiltram entre as nuvens, iluminam a cena, criando um contraste marcante entre as sombras e as áreas iluminadas.

A vegetação circundante, com árvores frondosas e arbustos, adiciona um toque de verde à composição, realçando a vivacidade da paisagem.

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A luz é o elemento central desta fotografia.

Os raios solares, que se infiltram entre as nuvens, funcionam como pincéis de luz, modelando as formas das casas e criando um jogo de sombras e luzes que confere profundidade e dinamismo à imagem.

A luz natural, além de iluminar a cena, cria uma atmosfera acolhedora e convidativa.

As casas da aldeia, com as suas linhas simples e materiais naturais, são um testemunho da arquitetura rural portuguesa.

A fotografia captura a beleza e a autenticidade dessas construções, que se integram harmoniosamente na paisagem.

A presença de elementos como as chaminés e as varandas em madeira reforça a ideia de uma vida simples e em contato com a natureza.

A paisagem circundante, com os seus campos verdejantes e as montanhas ao fundo, completa a composição da fotografia.

A vegetação, com as suas diferentes tonalidades de verde, cria um contraste agradável com as cores quentes das casas.

A presença de árvores de folha caduca, com as suas folhas amareladas, anuncia o tempo de outono e confere à imagem uma atmosfera melancólica e poética.

A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A linha do horizonte divide a imagem em duas partes, criando uma sensação de estabilidade.

A disposição das casas, com diferentes alturas e tamanhos, confere à imagem uma dinâmica visual interessante.

A fotografia transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

A ausência de pessoas e a luz suave contribuem para criar um ambiente sereno e contemplativo.

A imagem convida o observador a imaginar a vida quotidiana na aldeia, com os seus ritmos lentos e a sua proximidade com a natureza.

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Em conclusão, "O sol, por entre as nuvens, encontrou espaço para iluminar a aldeia" é uma fotografia que celebra a beleza da vida rural e a importância da preservação do património cultural.

A imagem, ao mesmo tempo documental e poética, captura a essência de uma aldeia transmontana, com as suas casas tradicionais, a sua paisagem bucólica e a sua luz envolvente.

A fotografia é um convite à reflexão sobre a importância de preservar as nossas raízes e de valorizar a simplicidade da vida.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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