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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

11
Mai20

CASAS de MONFORTE (Águas Frias) – CHAVES - PORTUGAL


Mário Silva Mário Silva

 

CASAS de MONFORTE

(Águas Frias) – CHAVES - PORTUGAL

A Aldeia de Casas de Monforte pertence à freguesia de Águas Frias, concelho de Chaves, distrito de Vila Real, região de Trás-Os-Montes - PORTUGAL

Casas de Monforte, é uma aldeia antiga, com um imponente edifício, denominado de Casa do Mosteiro pertencente à família Chaves que possuía pedra de armas. Associada a esta casa está a capela do Santo Cristo, onde se situa um nicho das Almas do Purgatório, uma sineta datada de 1607 e um artístico cruzeiro abrigado pela galilé da capela.

Cruzeiro de Santo Cristo - Casas de Monforte -Chaves - PORTUGAL

Reza a tradição que todo este património teria sido construído por dois frades em observância das regras de uma ordem. Teriam realizado uma peregrinação, a pé, até Roma donde foram portadores, no regresso, de muitas indulgências para a sua capelinha do Santo Cristo.

A aldeia situa-se praticamente toda ao longo de uma comprida rua, elevando-se no cimo dela, a igreja de Santa Marinha, padroeira da igreja. Acima da aldeia está a capela do Senhor dos Aflitos.

Na envolvente da aldeia existem várias memórias arqueológicas entre as quais se destaca um lagar cavado na rocha, um menir com cruciformes insculpidos e uma rocha nas Meias, que ostenta diversos motivos da arte rupestre, tão abundante na região.

Contam as muitas lendas que debaixo dessas belas pedras existiriam tesouros de ouro enterrados e, por isso, os "caça tesouros" profanaram esses locais à procura das riquezas que aí estariam escondidas.

Outra lenda refere que antigamente as raparigas iam a esse local, lançar pedrinhas ao menir na persuasão de que tantos anos estariam solteiras quantas tivessem que atirar, antes de em cima, ficar uma.

in: https://casasdemonforte.blogs.sapo.pt/9973.html

 

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https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt 

 

 

 

 

Mário Silva 📷
08
Jun13

Águas Frias Chaves) - ... o granito e as casas ...


Mário Silva Mário Silva

 

 

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A rocha predominante na região norte e consequentemente em Águas frias é o granito. Pertencente à freguesia, em Casas de Monforte, existem várias pedreiras para extração e corte desta rocha. 

Embora seja fraco o meu conhecimento nesta matéria, devo referir que existem variadíssimos tipos desta rocha conforme a percentagem dos minerais que a compoem (amarela, cinzentaclara, cinzenta escura, ...).

 

 

Foi com granito que se foram construindo todo o casario que povoa a Aldeia. Diz-se até, que algumas casas seriam construidas com as pedras já trabalhadas que compunham as muralhas e o Castelo do Rio Livre, após a sua desocupação. Se é verdade ou não, deixo isso aos historiadores ou "pesquisadores" da história da Aldeia.

Eu apenas constato que as casas mais antigas são construídas com pedras de granito e outras, infelizmente foram "tapadas com cimento", escondendo a nobreza deste nobre material.

 

 

 

 

Para uma melhor compreensão da nobreza e até incentivo para que se conserve ou mostre este material (o granito é mais elegante e genuíno que o cimento por muito bonito que seja a cor nele aplicado), deixo uma breve descrição desta rocha:

"O granito é uma rocha magmática de grande beleza e exclusividade que transmite a força da natureza evocando a sua origem. A composição básica do granito à base de quartzo, feldspato e mica conferem-lhe uma dureza muito elevada e uma grande resistência à abrasão.

Além disso, é totalmente reciclável, ecológica e de fácil manutenção." 

 

 

 

 

 

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Mário Silva 📷
08
Jul08

Águas Frias (Chaves) - Percorrendo a Freguesia (VI) - Casas de Monforte


Mário Silva Mário Silva

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Antes de mais peço desculpa por esta longa “paragem” neste percurso pelas aldeias da freguesia de Águas Frias, mas, de imediato retomamos o caminho e lá nos dirigimos para a última das aldeias a visitar .
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Depois da última paragem por terras da Bolideira, continuamos pela estrada nacional 103 até encontrarmos a placa indicando “Casas de Monforte” – eis o nosso destino.
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Enveredamos pela estrada municipal M 503, ladeada de giestas ainda em flor e à medida que nos aproximamos começamos a observar terrenos cultivados ou belos pastos onde calmamente apascentam rebanhos de ovelhas, algum gado bovino ...
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... e até podemos ver um pequeno pónei acompanhado por um belo exemplar de cada vez mais rara raça asinina.
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Depois da descida iniciamos uma pequena subida ladeada de casas de construção recente, presumivelmente de emigrantes e de residentes, o que, empiricamente, me leva em crer que não estamos na presença de uma aldeia em declínio populacional.
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Espero que esta minha convicção seja, de facto, uma realidade.
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Eis que nos deparamos com grande largo, onde surge no seu centro a capela de Santo Cristo.
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Estava a tirar algumas fotos, quando amavelmente fui abordado e ao expor ao que vinha fui logo convidado a ver o seu interior e chamar-me a atenção para alguns pormenores da mesma. De facto, embora a aparência exterior pareça mais uma construção semelhante a muitas outras, ao observarmos com mais cuidado chama-nos logo a atenção para um antigo cruzeiro, logo à entrada, com uma imagem muito interessante do Cristo Crucificado – o Santo Cristo que dá nome à capela.
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O seu interior embora exíguo, tem um belo altar-mor pintado em tons de branco e dourados e o seu tecto é também pintado com a imagem do santo Cristo no centro. Achei também curioso a existência duma imagem do Santo Condestável à esquerda do altar.
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De seguida embrenhei-me pelo interior da aldeia onde as construções são mais antigas, e a cor do granito é a predominante.
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Foi, também com agrado que observei que existem muitas casas reconstruídas, mantendo o exterior com as suas características primitivas.
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Outras foram, ao longo do tempo transformando-se ao sabor das necessidades da famílias, das tendências da época e dos seus materiais. Aqui transparece vida.
Claro que, tal como em qualquer aldeia transmontana, ainda há exemplares que se vão vergando à força do tempo, restando a recordação dos tempos em que a vida da família lhes dava utilidade.
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No alto da pequena encosta, surge, com alguma imponência, a igreja matriz em honra de Santa Marinha.
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Ao percorrer a aldeia, poderemos observar ainda alguns locais que devido ao seu carácter comunitário tinham uma função prática mas também social.
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É o caso do lavadouro público onde além de se lavar, corar e secar a roupa, também era o local onde as mulheres podiam saber as notícias da aldeia e fazer todos os seus comentários à vida da aldeia.
Outro local é o forno, onde se cozia o pão, o célebre folar e até se assavam uns cordeiros para os dias de festa e onde comunitariamente as pessoas se entreajudavam.
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É pena que esse espírito comunitário se tenha vindo a desvanecer na maioria das aldeias transmontanas.
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Já quase no extremo da aldeia ainda podemos encontrar a pequena capela do Senhor dos Aflitos.
 
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Depois de contornar toda a aldeia voltei ...
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... ao ponto de partida – a capela do Santo Cristo.
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Quanto às suas gentes só posso deixar a meu testemunho da forma amável como receberam, como se disponibilizaram para me satisfazerem alguma curiosidade e como demonstraram a sua hospitalidade, não podendo deixar de referir o modo como fui convidado para almoçar pois a hora já ia adiantada. Embora recusasse deixo aqui o meu agradecimento.
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A hora era tardia, mas não podia deixar de visitar uma das actividades que já tornaram conhecidas a aldeia de Casas de Monforte – a extracção, corte e polimento de granito – as suas pedreiras. Elas são um importante meio de desenvolvimento económico da Aldeia.
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Claro que a agricultura e alguma criação de gado são as actividades que mais pessoas envolvem.
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Volto mais uma vez o olhar para trás. É uma bonita aldeia.
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Esta foi a última aldeia no meu percurso pelas Terras da Freguesia.
Prometo voltar a todas elas.
Vale a pena pelo seu casario tradicional, pelas suas paisagens, mas principalmente pelas suas Gentes, simples, trabalhadoras e sempre hospitaleiras.
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...
 
Agora sim, volto finalmente em direcção à sede da freguesia e ao meu ponto de partida – Águas Frias.
 
Até breve!!!!!!
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Mário Silva 📷

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