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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

10
Abr25

"Os carvalhos (Quercus) por entre os carvalhos”


Mário Silva Mário Silva

"Os carvalhos (Quercus) por entre os carvalhos”

10Abr DSC00219_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Os carvalhos (Quercus) por entre os carvalhos” apresenta uma paisagem natural típica da região de Trás-os-Montes, no nordeste de Portugal.

A imagem mostra uma área verdejante com grandes rochas cobertas de musgo, cercadas por árvores altas e esguias, os carvalhos.

A luz suave que atravessa as copas das árvores ilumina o chão coberto de relva, criando uma atmosfera serena e quase mágica.

A assinatura de Mário Silva no canto inferior direito reforça a autoria e o valor artístico da fotografia.

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A fotografia captura um bosque ou uma área florestal onde os carvalhos predominam.

As árvores, com troncos finos e copas esparsas, estão cobertas de líquens, o que indica um ambiente húmido e bem preservado.

Entre as árvores, grandes rochas de granito, típicas da geologia de Trás-os-Montes, emergem do solo, cobertas de musgo verde, sugerindo um ecossistema equilibrado e intocado.

O enquadramento da imagem, com troncos no primeiro plano, cria uma sensação de profundidade, como se o observador estivesse a entrar na floresta.

A luz natural, provavelmente de um dia ensolarado, filtra-se pelas folhas, iluminando o chão e destacando a textura das rochas e da vegetação.

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Os carvalhos têm uma relevância profunda para as comunidades de Trás-os-Montes, tanto do ponto de vista ecológico quanto cultural, social e económico.

Esta região, conhecida pela sua paisagem rural e tradições ancestrais, depende historicamente da relação com a natureza, e os carvalhos desempenham um papel central nesse contexto.

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Os carvalhos, como o carvalho-negral (Quercus pyrenaica) e o carvalho-português (Quercus faginea), são espécies nativas de Trás-os-Montes e desempenham um papel crucial na manutenção do equilíbrio ecológico.

Eles ajudam a preservar a biodiversidade, servindo de habitat para várias espécies de aves, insetos e pequenos mamíferos.

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As suas raízes profundas ajudam a prevenir a erosão do solo, um problema comum nas áreas montanhosas da região, especialmente em terrenos inclinados.

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Os carvalhos também contribuem para a retenção de água no solo, essencial numa região onde os verões podem ser bastante secos.

 

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A madeira de carvalho é muito valorizada em Trás-os-Montes para a construção de casas, celeiros e utensílios agrícolas.

 É conhecida pela sua durabilidade e resistência, sendo usada em vigas, portas e móveis.

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As bolotas dos carvalhos são uma fonte de alimento para o gado, especialmente para os porcos, que são criados em regime extensivo na região.

Estes porcos, alimentados com bolotas, produzem o famoso presunto transmontano, um produto de alta qualidade e valor económico.

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Os carvalhos fornecem lenha, essencial para o aquecimento das casas durante os invernos rigorosos de Trás-os-Montes, onde as temperaturas podem ser muito baixas.

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Os carvalhos estão profundamente enraizados na cultura transmontana.

São frequentemente associados a locais de encontro comunitário, como feiras ou romarias, onde as pessoas se reuniam à sombra das suas copas.

Muitos carvalhos antigos são considerados árvores de referência em aldeias, marcando limites de terrenos ou servindo como pontos de orientação.

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Na tradição oral e nas lendas de Trás-os-Montes, os carvalhos são frequentemente mencionados como símbolos de força, longevidade e sabedoria.

Árvores centenárias são respeitadas e, em alguns casos, associadas a histórias de antepassados ou a eventos históricos.

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A sombra dos carvalhos também é valorizada pelos pastores, que descansam com os seus rebanhos durante as longas jornadas de pastoreio.

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Os carvalhos integram-se nos sistemas agroflorestais tradicionais de Trás-os-Montes, como os montados, onde coexistem com culturas agrícolas e pastagens.

Este sistema permite uma utilização sustentável da terra, combinando a produção de madeira, bolotas e pasto.

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A sua presença ajuda a fertilizar o solo, pois as folhas caídas decompõem-se e enriquecem a terra com matéria orgânica.

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A fotografia de Mário Silva reflete a essência dessa ligação entre as gentes de Trás-os-Montes e os carvalhos.

A paisagem intocada, com as rochas e os carvalhos, remete à simplicidade e à harmonia da vida rural na região.

A escolha do título, "Os carvalhos por entre os carvalhos", pode ser interpretada de forma literal (os carvalhos entre as rochas, que em português também são chamadas de "carvalhos" em alguns contextos regionais) ou simbólica, destacando a omnipresença destas árvores na paisagem e na vida da região.

A luz suave e a composição natural da imagem transmitem uma sensação de calma e continuidade, como se a fotografia capturasse um momento eterno na relação entre o homem e a natureza em Trás-os-Montes.

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Em conclusão, os carvalhos são mais do que simples árvores para as gentes de Trás-os-Montes; eles são um pilar da vida na região, sustentando a economia, a ecologia e a cultura local.

A fotografia de Mário Silva, com a sua representação sensível desta paisagem, presta uma homenagem a essa conexão profunda, mostrando como os carvalhos continuam a moldar a identidade e o quotidiano transmontano.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Mar25

"As mimosas (Acacia dealbata) e os carvalhos (Quercus faginea)"


Mário Silva Mário Silva

"As mimosas (Acacia dealbata)

e os carvalhos (Quercus faginea)"

13Mar DSC01746_ms

A fotografia de Mário Silva captura um contraste interessante entre a vivacidade das mimosas em flor e a sobriedade dos carvalhos num ambiente outonal.

A imagem apresenta um plano próximo de mimosas (Acacia dealbata) com as suas flores amarelas vibrantes, contrastando com um plano de fundo de carvalhos (Quercus faginea) com as suas folhas secas e tons acinzentados.

A paisagem, com as suas colinas e vegetação rasteira, evoca um sentimento de tranquilidade e de beleza natural.

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A composição da fotografia é equilibrada, com as mimosas a ocupar o primeiro plano e os carvalhos o segundo plano.

A perspetiva adotada permite apreciar o contraste entre as duas espécies e a sua relação com a paisagem circundante.

A linha diagonal dos galhos das mimosas conduz o olhar do observador para o interior da imagem.

A luz natural incide sobre a paisagem, criando sombras que acentuam a textura das folhas e a volumetria das árvores.

A paleta de cores é marcada pelo contraste entre o amarelo vibrante das mimosas e os tons acinzentados dos carvalhos, que evocam a sensação de outono e de transição.

As mimosas, com as suas flores amarelas vibrantes, representam a beleza, a alegria e a renovação.

Os carvalhos, com as suas folhas secas e seus troncos robustos, representam a força, a resistência e a passagem do tempo.

A imagem como um todo evoca um sentimento de equilíbrio entre a beleza e a força da natureza.

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A Importância dos Carvalhos e a Beleza das Mimosas:

Os carvalhos (Quercus faginea) são árvores nativas da Península Ibérica, com um papel fundamental nos ecossistemas mediterrânicos.

Eles fornecem abrigo e alimento para diversas espécies animais, contribuem para a fertilidade do solo e ajudam a regular o ciclo da água.

As mimosas (Acacia dealbata) são árvores exóticas, originárias da Austrália, que foram introduzidas em Portugal no século XIX.

Elas são apreciadas pela beleza das suas flores amarelas, que florescem no final do inverno e início da primavera.

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A Ação Invasora das Mimosas:

Apesar da sua beleza, as mimosas são consideradas uma espécie invasora em Portugal.

Elas reproduzem-se rapidamente e espalham-se com facilidade, competindo com as espécies nativas por recursos como luz, água e nutrientes.

A ação invasora das mimosas pode levar à perda de biodiversidade e à degradação dos ecossistemas naturais.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva captura um momento de beleza e de contraste na paisagem natural.

A imagem convida-nos a refletir sobre a importância da conservação dos ecossistemas e sobre a necessidade de controlar a propagação de espécies invasoras.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Nov24

"É o carvalho: ereto, curvo ou em S..." 


Mário Silva Mário Silva

"É o carvalho: ereto, curvo ou em S..." 

28Nov DSC00182_ms

A fotografia "É o carvalho: ereto, curvo ou em S..." de Mário Silva convida-nos a uma imersão profunda na natureza, mais precisamente num bosque.

A imagem, com a sua composição cuidadosa e jogo de luz e sombra, revela um olhar atento do fotógrafo para os detalhes e a beleza da natureza.

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Os carvalhos, como o título sugere, são os protagonistas da fotografia.

As suas formas variadas - eretos, curvos ou em forma de "S" - conferem à imagem um dinamismo e uma expressividade particulares.

As diferentes formas das árvores podem ser interpretadas como metáforas para a vida, com as suas curvas e contorções representando os desafios e as adaptações que enfrentamos ao longo do tempo.

A floresta, com as suas árvores imponentes e o chão coberto de folhas secas, cria uma atmosfera de mistério e tranquilidade.

A densidade da vegetação sugere um ambiente selvagem e intocado, um refúgio da agitação da vida moderna.

A luz, que se filtra através das folhas das árvores, cria um jogo de sombras e contrastes que confere à imagem uma profundidade e uma tridimensionalidade particulares.

A luz suave e difusa, característica das horas crepusculares, envolve a floresta em um halo de mistério e poesia.

A paleta de cores, predominantemente verde e castanho, com toques de amarelo e laranja, é característica da estação outonal.

As cores quentes e terrosas transmitem uma sensação de calor e aconchego, enquanto os tons de verde evocam a vitalidade da natureza.

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A composição da fotografia é equilibrada e harmoniosa.

A linha diagonal formada pelos troncos das árvores guia o olhar do observador através da imagem, criando uma sensação de movimento e dinamismo.

A técnica fotográfica utilizada por Mário Silva é impecável.

A nitidez da imagem, a profundidade de campo e a correta exposição demonstram um grande domínio técnico por parte do fotógrafo.

A fotografia pode ser interpretada de diversas formas, dependendo da sensibilidade de cada observador.

No entanto, é possível identificar alguns temas recorrentes, como a relação entre o homem e a natureza, a passagem do tempo e a beleza da imperfeição.

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A floresta, ao longo da história, tem sido um símbolo da natureza, da vida e da espiritualidade.

A floresta é um lugar de refúgio, um espaço onde nos podemos conectar com a nossa essência e encontrar um sentido mais profundo para a vida.

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Em conclusão, a fotografia "É o carvalho: ereto, curvo ou em S..." é uma obra que nos convida a uma reflexão sobre a nossa relação com a natureza e com nós mesmos.

Através de uma linguagem visual poética e precisa, Mário Silva captura a beleza e a complexidade da floresta, convidando-nos a apreciar a natureza na sua forma mais pura e autêntica.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Nov24

Conto: "A Tarde de Outono de Tico" - Cartaxo-Comum (Saxicola rubicola)


Mário Silva Mário Silva

 

Conto da fauna transmontana

"A Tarde de Outono de Tico"

Cartaxo-Comum (Saxicola rubicola)

25Nov DSC07690_ms

O sol de fim de tarde lançava raios dourados através das copas das árvores na floresta de Trás-os-Montes.

Tico, um pequeno cartaxo-comum de peito laranja vibrante e cabeça preta lustrosa, estava empoleirado num galho nodoso de um velho carvalho.

O ar estava fresco, com uma leve brisa que fazia as folhas secas dançarem no chão da floresta, criando um tapete multicolorido de tons de vermelho, amarelo e castanho.

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Tico observava atentamente o mundo ao seu redor, com os seus olhos brilhantes captando cada detalhe.

O crepitar das folhas secas sob as patas de pequenos animais, o suave murmurar de um riacho próximo e o ocasional pio distante de uma coruja compunham a sinfonia da floresta.

O cheiro de terra húmida e fungos misturava-se com o aroma adocicado das últimas frutas do outono.

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Sempre curioso e fascinado pelas mudanças sazonais, Tico decidiu aventurar-se mais profundamente na floresta.

Planou graciosamente do seu poleiro, com as suas asas cortando o ar fresco do outono.

Enquanto voava, os seus sentidos aguçados captavam uma miríade de estímulos: o aroma pungente de folhas em decomposição, o som suave de pinhas caindo no chão macio da floresta, a sensação do ar frio contra suas penas.

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De repente, uma cena incomum capturou a atenção de Tico.

Pousando num galho baixo, ele observou um ouriço-cacheiro atarefado, armazenando maçãs silvestres numa pequena cavidade entre as raízes de uma árvore antiga.

O ouriço movia-se com determinação e os seus espinhos brilhavam sob a luz dourada do sol poente.

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Não muito longe, um esquilo vermelho observava a cena com olhos ávidos.

Com movimentos furtivos, o esquilo aproximou-se, claramente interessado nas suculentas maçãs que o ouriço estava a guardar.

O ouriço, percebendo a aproximação do intruso, enrolou-se numa bola espinhosa, protegendo o seu precioso armazenamento.

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Tico observava, fascinado, a dinâmica entre os dois animais.

O esquilo, ágil e astuto, tentava encontrar uma brecha na defesa do ouriço.

Por sua vez, o ouriço mantinha-se firme, determinado a proteger as suas provisões para o inverno que se aproximava.

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Movido por um impulso de compaixão, Tico decidiu intervir.

Voou até uma macieira próxima e, com o seu bico afiado, começou a bicar algumas maçãs maduras, fazendo-as cair no chão perto do esquilo.

Em seguida, chilreou melodiosamente, como se estivesse a explicar sua ideia: havia maçãs suficientes para todos, sem a necessidade de conflito.

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O ouriço e o esquilo ficaram momentaneamente paralisados, surpresos com a inesperada intervenção do pequeno pássaro.

Os seus olhares passavam de Tico para as maçãs caídas, e de volta para Tico, com uma mistura de confusão e curiosidade.

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Lentamente, o esquilo aproximou-se das maçãs que Tico havia derrubado, enquanto o ouriço, cautelosamente, desenrolava-se da sua posição defensiva.

A tensão no ar dissipou-se gradualmente, substituída por uma atmosfera de entendimento mútuo.

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Tico observava com satisfação enquanto o esquilo começava a comer uma das maçãs e o ouriço voltava a organizar seu armazenamento.

O seu pequeno ato de bondade havia transformado um potencial conflito numa cena de coexistência pacífica.

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Com o sol pondo-se no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa, Tico alçou voo de volta para o seu ninho, levando consigo a lembrança calorosa de uma tarde bem vivida e a satisfação de ter feito a diferença no seu pequeno canto da floresta.

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Conto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Mar24

O carvalho e o sol “enjoado” - Água Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

O carvalho e o sol “enjoado”

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Um único carvalho ergue-se contra um céu carregado de nuvens. Os seus galhos nus estendem-se para o céu como dedos enrugados, implorando por chuva. A terra ao seu redor está nua e estéril, rachada e seca pelo sol implacável.

Há uma sensação de solidão e isolamento. A árvore é a única coisa viva à vista, cercada por um vazio infinito. As nuvens escuras pairam sobre ela como uma ameaça, prenunciando uma tempestade que está por vir.

Mas também há uma beleza melancólica. A árvore, nua e vulnerável, ainda assim ergue-se com força e determinação. As nuvens escuras podem ser uma ameaça, mas também podem ser uma fonte de vida. A chuva que elas trazem pode reviver a terra e dar à árvore a força de que ela precisa para brotar novamente.

A fotografia é um lembrete de que a vida é cheia de desafios.

Haverá momentos em que nos sentiremos sozinhos e isolados, como a árvore na fotografia. Mas também haverá momentos de beleza e esperança, como a promessa de chuva que as nuvens representam.

A árvore é um símbolo de força e resiliência. Ela resistiu a muitas tempestades e ainda está de pé.

A terra nua é um símbolo de esperança. Ela está pronta para ser renovada pela chuva.

As nuvens escuras são um símbolo de mudança. Elas podem trazer chuva, mas também podem trazer sol.

A foto é uma bela e comovente imagem da vida. Ela lembra-nos que a vida é cheia de altos e baixos, mas que sempre há esperança de um futuro melhor.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Dez23

As folhas de carvalho caídas e caiadas de branco


Mário Silva Mário Silva

As folhas de carvalho caídas e caiadas de branco

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As folhas de carvalho caídas e caiadas de branco da geada que se formou durante a noite são um espetáculo belo e cativante.

O contraste entre o castanho escuro das folhas e o branco puro da geada é de tirar o fôlego.

Ao caminhar por um bosque de carvalhos cobertos de geada, é como se você estivesse a entrar num mundo mágico.

 As folhas parecem cristais de gelo, brilhando ao sol. O ar é frio e fresco, e o silêncio é absoluto.

A geada é um fenómeno natural que ocorre quando a temperatura do ar cai abaixo de zero. Quando isso acontece, a humidade do ar condensa-se e forma cristais de gelo.

No caso das folhas de carvalho, a geada forma-se quando a temperatura do ar cai abaixo de zero durante a noite. As folhas, que são húmidas, congelam e ficam brancas.

A geada pode durar por várias horas ou até mesmo dias.

Quando o sol nasce e a temperatura do ar começa a subir, a geada começa a derreter.

A geada nas folhas de carvalho é um fenómeno natural temporário, mas é uma bela visão que vale a pena apreciar.

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“As folhas são como pétalas de flores brancas, dançando ao vento.”

“O chão do bosque é coberto por um tapete branco, como se tivesse nevado.”

“As árvores parecem esculturas de gelo, com galhos e troncos cobertos de geada.”

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A geada nas folhas de carvalho é uma lembrança da beleza da natureza e da fragilidade da vida.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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