Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

31
Out25

“Campo de futebol relvado, de erva seca” - Travancas – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Campo de futebol relvado, de erva seca”

Travancas – Chaves – Portugal

31Out DSC08003_ms

Esta fotografia de Mário Silva, capturada em Travancas, Chaves, retrata um cenário que evoca a melancolia e o contraste entre o desporto e o abandono.

O plano principal é dominado por um campo coberto por erva alta e seca, em tons profundos de castanho-dourado e ocre, sugerindo o final do verão ou o avanço do Outono no interior transmontano.

.

Em contraste com o tom da relva, destacam-se duas balizas de futebol em ferro, visivelmente enferrujadas e sem redes, que se erguem como esqueletos sobre o campo.

A primeira baliza, mais próxima e maior, é ladeada por arbustos.

A segunda, mais distante, reforça a profundidade da composição.

.

O fundo da imagem é preenchido por uma paisagem montanhosa, suavemente ondulada, que se estende sob um céu dramático, pesado, com nuvens carregadas em tons de cinzento e amarelo-sujo.

A luz é difusa e quente, conferindo à cena uma atmosfera de quietude, isolamento e a memória de jogos passados.

O campo, outrora palco de atividade, surge agora como um monumento à pausa e à espera.

.

O Relvado Seco e as Balizas Enferrujadas – O Futebol como Metáfora no Portugal Rural

O “campo de futebol relvado, de erva seca”, capturado em Travancas, Chaves, é muito mais do que um mero registo paisagístico; é uma profunda metáfora da vida e da memória nas aldeias do interior de Portugal.

A imagem evoca a dualidade entre a paixão comunitária e a realidade do despovoamento.

.

O Templo do Desporto no Interior

Em comunidades pequenas, o campo de futebol – por mais rústico que seja – transcende a função desportiva.

É um verdadeiro templo social.

É o ponto de encontro de jovens, o palco de rivalidades amigáveis entre aldeias, e o espaço onde a identidade local se reforça a cada golo.

O “relvado” de erva seca, longe do glamour dos grandes estádios, representa a autenticidade e o engenho do futebol praticado na sua forma mais pura, em condições simples.

.

As Balizas: Memória e Abandono

As balizas enferrujadas são o ponto focal dramático da fotografia.

A sua corrosão e a falta de redes simbolizam o passo do tempo e, inevitavelmente, o abandono.

O metal, castigado pelos Invernos e Verões, reflete a estagnação da atividade.

Estas balizas permanecem de pé, orgulhosas, mas vazias, a guardar a memória dos jogos, dos gritos de vitória e dos lamentos de derrota.

Elas representam a resistência de uma tradição que teima em não desaparecer, mesmo quando os jogadores já partiram.

.

A Paisagem e a Quietude Transmontana

O cenário de montanhas distantes e o céu carregado enquadra o campo numa quietude quase solene.

A paisagem vasta e rural reforça o sentido de isolamento destas comunidades.

A cena, capturada no silêncio da tarde, convida à reflexão sobre o ciclo de vida das aldeias: a vitalidade trazida pelo verão e pelos regressos, e a pausa melancólica trazida pelo Outono e o Inverno, quando a vida comunitária se recolhe e o campo espera pacientemente pela próxima estação.

.

Em Travancas, como em muitas outras aldeias de Chaves, este campo de futebol é uma cápsula do tempo, celebrando a paixão inata pelo jogo enquanto lamenta, silenciosamente, os filhos da terra que já não vêm chutar a bola.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
24
Out25

“Rosa foetida” no meio do campo


Mário Silva Mário Silva

“Rosa foetida” no meio do campo

24Out DSC06049_ms

No campo seco, a terra já lavrada,

O sol de outono, ou tardio verão.

Uma roseira, teimosa e isolada,

Desafia o tempo, a seca e o grão.

E surge a rosa, um ponto de fulgor,

Um amarelo vivo, contra o calor.

.

Não é o vermelho ardente da paixão,

Nem o branco discreto da inocência;

Mas um oiro breve, na solidão,

A "Rosa foetida", na sua essência.

Levanta a face ao céu, que se desbota,

Pequeno lume que o vento não nota.

.

No fundo, a encosta dorme, verde e ocre,

Casario rasteiro, longe, a descansar.

A luz do dia, em tom que não se cobre,

Cria sombras longas, sem se apressar.

O campo aberto é a tela do momento,

E a rosa, a prova viva do alento.

.

A haste altiva, o botão a prometer,

Um mistério verde ao lado, em formação.

É a força da vida a querer crescer,

Perante a vastidão da plantação.

Um detalhe mínimo, sob o olhar atento,

Do fotógrafo que capta o sentimento.

.

Não se faz notar com pompa ou barulho,

Mas brilha mais que um farol no mar.

Em cada pétala, guarda o seu orgulho,

A enfrentar o mundo, sem desviar.

É a beleza simples que Mário Silva encontra,

Neste instante fugaz, que a alma desponta.

.

Assim se revela a “Rosa foetida” ao mundo,

Um gesto de cor no meio da quietude.

Que a sua força, do campo mais profundo,

Nos lembre a arte da serenidade.

Pois mesmo só, e sob a luz mais crua,

A sua graça o tempo não descontinua.

.

Poema & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
31
Ago25

"Mais um agosto está a finar” … e um poema


Mário Silva Mário Silva

"Mais um agosto está a finar” … e um poema

31Ago DSC05758_ms

Mário Silva capta a paisagem de um campo de palha ceifado, sob um céu claro.

O campo, de cor dourada, estende-se até ao horizonte, onde se avista uma cadeia de montanhas em tons de azul e cinzento.

Em primeiro plano, dois fardos de palha, redondos, repousam no campo, como se estivessem à espera de algo.

A luz do sol da tarde incide sobre a palha, realçando a sua textura e a sua cor.

A imagem transmite uma sensação de melancolia e de fim de ciclo, como se o agosto estivesse a despedir-se, e o campo, antes cheio de vida, estivesse a ser preparado para o próximo outono.

.

Poema: O Fim do Agosto

.

O sol, cansado e lento,

dourou a palha no campo.

Mais um agosto se vai embora,

um adeus sem lamento.

.

Os fardos, redondos e quietos,

guardam a luz do verão.

Lá longe, a serra dorme,

em tons de azul, em cansaço.

.

O vento, um sopro de saudade,

leva consigo a vida que foi.

As promessas de um tempo bom,

a memória do que se foi.

.

O campo, antes vivo e verde,

agora em silêncio e dourado,

espera o outono que vem,

o inverno que será.

.

E o sol, já a finar,

deixa a sua marca no ar.

A certeza de que, apesar da dor,

mais um verão vai voltar.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
16
Ago25

"Pastor num planalto transmontano"


Mário Silva Mário Silva

"Pastor num planalto transmontano"

16Ago DSC05678_ms_B&W

Esta fotografia de Mário Silva, em preto e branco, intitulada "Pastor num planalto transmontano", retrata um pastor em pé num vasto campo.

O homem, em primeiro plano à direita, está virado para a câmara, segurando um cajado na mão esquerda.

Ele veste calças e uma camisa de trabalho e tem um casaco escuro sobre o ombro.

O seu rosto, sombreado pelo boné, exibe uma expressão que sugere seriedade e a dureza da vida no campo.

.

Atrás do pastor, o campo é preenchido por um rebanho de ovelhas, que pastam em relva seca e rala.

O rebanho estende-se pela paisagem, que é dominada por um vasto planalto com algumas árvores dispersas no horizonte.

O céu, com nuvens que se estendem por toda a largura da imagem, contrasta com a terra, criando um cenário dramático e intemporal.

A ausência de cores realça a austeridade da paisagem e a dignidade do trabalho do pastor.

.

A Vida Dura do Pastoreio em Trás-os-Montes - Uma Dignidade na Solidão

A fotografia de Mário Silva, "Pastor num planalto transmontano", capta mais do que uma imagem; capta a alma de um ofício que resiste ao tempo e a dureza de uma vida que define a paisagem e as gentes de Trás-os-Montes.

A figura do pastor, com o seu cajado, e o rebanho disperso pelo vasto planalto, são a representação visual da solidão, da resiliência e da profunda ligação à terra.

.

A Rotina e os Desafios

A vida de um pastor é marcada por uma rotina ininterrupta e por desafios que poucos conhecem.

A sua jornada começa antes do nascer do sol e termina muito depois de ele se pôr.

O pastor é o guardião do rebanho, responsável por o conduzir a pastos verdes, protegê-lo de predadores e garantir o seu bem-estar.

A sua "casa" é o campo aberto, e o seu "relógio" é o sol, que dita o ritmo do dia.

.

O trabalho do pastoreio é fisicamente exigente.

O pastor caminha longas distâncias, atravessando terrenos irregulares e enfrentando as intempéries, desde o calor escaldante do verão, como a fotografia de Mário Silva sugere, ao frio gélido e à neve do inverno transmontano.

A sua companhia é, na maioria das vezes, o seu cão, um fiel amigo e um colaborador essencial na gestão do rebanho.

.

A Sabedoria da Experiência

O pastor é também um guardião de saberes ancestrais.

Ele conhece os segredos da terra, o nome de cada planta e o curso de cada ribeiro.

A sua sabedoria é transmitida de geração em geração, e a sua ligação à natureza é profunda e intuitiva.

Ele sabe interpretar os sinais do céu, antecipar o tempo e encontrar os melhores pastos.

A sua vida é um testemunho da importância da experiência e da humildade perante a força da natureza.

.

A Solitude e a Dureza da Vida

A solidão é uma companheira constante do pastor.

Horas e horas passadas em silêncio, apenas com o balido das ovelhas e o vento como banda sonora.

A sua vida é despojada de muitas das comodidades modernas, o que lhe confere uma simplicidade e uma dignidade únicas.

O pastoreio não é apenas um trabalho; é um modo de vida, uma filosofia de existência que valoriza a paciência, a observação e a gratidão pelas pequenas coisas.

.

A fotografia a preto e branco de Mário Silva é um tributo a esta vida.

A ausência de cor realça a autenticidade e a crueza do ofício.

O pastor, no planalto de Trás-os-Montes, é um símbolo da resistência e da dignidade que se encontram na dureza, um lembrete de que, mesmo nas vidas mais simples, há uma beleza e uma força inabaláveis.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
29
Jul25

“Flor amarela” (Reichardia picroides) e uma estorieta


Mário Silva Mário Silva

“Flor amarela” (Reichardia picroides)

... e uma estorieta

29Jul DSC08183_ms

Esta fotografia de Mário Silva, intitulada "Flor amarela” (Reichardia picroides), apresenta um close-up vibrante e detalhado de uma flor de tonalidade amarela intensa.

A flor ocupa a parte central da imagem, destacando-se claramente contra um fundo desfocado e luminoso, que sugere um ambiente natural.

.

A flor é do tipo composta, com múltiplas pétalas (lígulas) finas e alongadas, dispostas radialmente a partir de um centro.

A cor amarela é uniforme e brilhante, evocando a luz do sol.

O centro da flor, ligeiramente mais alaranjado ou acastanhado, mostra os estames e pistilos em espiral, com texturas delicadas.

Algumas das pétalas parecem ter pequenas marcas ou variações de cor nas suas extremidades.

.

O desfoque do fundo, com pontos de luz que criam um efeito “bokeh”, faz com que toda a atenção seja direcionada para a beleza e a complexidade da flor, realçando os seus detalhes e a sua cor.

A imagem transmite uma sensação de otimismo, simplicidade e a beleza intrínseca da natureza.

 

A Estória: O Sonho Dourado da Reichardia

Num vasto campo de Chaves, onde o sol beijava a terra e o vento contava histórias antigas, vivia uma pequena flor amarela.

Não era uma rosa majestosa, nem uma orquídea exótica.

Era uma “Reichardia picroides”, humilde na sua origem, mas com uma cor tão vibrante que parecia ter roubado os raios do próprio sol.

.

Mário Silva, viu nela a essência da alegria.

A sua imagem capturava-a em toda a sua glória: as pétalas a estenderem-se como braços abertos, o centro a revelar um coração dourado, tudo contra um fundo etéreo e indistinto, onde o mundo parecia desvanecer-se para que ela brilhasse.

.

Esta flor, que carinhosamente era chamada "Estrela Dourada" pelos insetos que a visitavam, tinha um sonho.

Ao contrário das suas irmãs, que se contentavam em florescer e morrer no mesmo pedaço de terra, a Estrela Dourada sonhava em ser notada, em iluminar mais do que apenas o seu pequeno canto.

Queria que a sua cor, a sua alegria, chegasse longe, muito longe.

.

Os dias passavam, e a Estrela Dourada florescia com todo o seu esplendor, esperando.

As abelhas zumbiam os seus segredos, os grilos cantavam canções monótonas, mas ninguém parecia ver o seu sonho.

.

Até que um dia, um pequeno besouro, que se dizia ser um viajante do mundo, pousou na sua pétala.

- Estrela Dourada - disse ele, com uma voz rouca - A tua cor é tão intensa que ilumina todo o campo. Mas porquê essa melancolia nas tuas pétalas?"

.

A flor suspirou, um leve agitar das suas pétalas.

- Eu desejo que a minha cor vá para além deste campo. Quero ser vista, inspirar alegria em corações distantes.

.

O besouro riu, um riso suave que fez as pétalas tremerem.

- Pequena flor, não percebes? A tua beleza não precisa de viajar para ser vista. A tua cor, a tua essência, é tão pura que atrai os olhos. Há um homem, Mário, que anda pelos campos com uma caixa mágica. Ele vê a luz nas coisas mais simples, e a tua cor já o cativou.

.

E de facto, alguns dias depois, Mário Silva regressou.

Ele ajoelhou-se, observou a Estrela Dourada por um longo tempo, e depois, com um clique suave, capturou a sua imagem.

A flor sentiu um calor, uma espécie de vibração, como se uma parte dela tivesse sido levada para voar.

.

A fotografia da Estrela Dourada foi exibida em galerias, em livros, em ecrãs em todo o mundo.

A sua cor vibrante trouxe sorrisos a rostos cansados, inspirou artistas e lembrou a muitos a beleza da simplicidade.

Pessoas de cidades distantes, que nunca teriam visto um campo de Reichardia picroides, admiraram a sua beleza.

.

A pequena flor, ainda no seu campo em Chaves, sentiu o eco da sua viagem.

Não precisou de arrancar as suas raízes ou voar pelo vento.

A sua essência, a sua cor, a sua alegria, haviam sido levadas pelo olhar de um homem e pela magia da sua máquina.

E assim, a Estrela Dourada percebeu que o seu sonho se realizara.

A sua alegria não estava apenas no florescer, mas na capacidade de ser vista, de inspirar, de ser um pequeno raio de sol no vasto mundo.

E, a partir desse dia, brilhou ainda mais forte, sabendo que a sua beleza, por mais humilde que fosse, tinha o poder de iluminar muito além do seu próprio campo.

.

NOTA: “Bokeh” é um termo usado na fotografia referente às áreas fora de foco e distorcidas, produzidas por lentes fotográficas. (in: https://pt.wikipedia.org/wiki/Bokeh

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
17
Mai25

“Papoilas (Papaver sonniferum) num campo verdejante”


Mário Silva Mário Silva

“Papoilas (Papaver sonniferum)

num campo verdejante”

17Mai DSC06905_ms

As papoilas, como as retratadas na fotografia de Mário Silva, intitulada “Papoilas (Papaver somniferum) num campo verdejante”, carregam um simbolismo esotérico profundo que atravessa culturas e tradições.

A espécie “Papaver somniferum”, conhecida como a papoila do ópio, é especialmente rica em significados místicos, associados ao sono, à morte, ao renascimento e à conexão com o mundo espiritual.

.

No contexto esotérico, as papoilas frequentemente simbolizam o sono profundo e os estados alterados de consciência.

A sua associação com o ópio, uma substância que induz o sono e visões, faz delas um emblema de transição entre o mundo físico e o espiritual.

Na mitologia grega, as papoilas estavam ligadas a deuses como Morfeu, o deus dos sonhos, e a Deméter, que, segundo a lenda, usava papoilas para aliviar a sua dor pela perda de Perséfone.

Assim, esotericamente, a flor pode representar a entrada no inconsciente, a busca por verdades ocultas e a comunicação com o divino através de sonhos ou meditação.

.

Além disso, a papoila também é um símbolo de morte e renascimento.

A sua cor vermelha vibrante, como vista na fotografia, evoca o sangue e a vida, mas também a transitoriedade, já que as pétalas são frágeis e efêmeras.

No esoterismo, isso reflete a ideia de ciclos: o fim de uma fase para o início de outra, a transformação espiritual e a regeneração da alma.

A presença de botões ainda fechados na imagem de Mário Silva reforça essa ideia, sugerindo potencial latente e o despertar de novas possibilidades.

.

Por fim, as papoilas num campo verdejante podem ser interpretadas como um convite à introspeção no meio da natureza.

O verde do campo simboliza vitalidade e ligação com a terra, enquanto as papoilas adicionam uma camada de mistério e transcendência.

Juntas, elas sugerem um equilíbrio entre o terreno e o celestial, incentivando quem as contempla a buscar harmonia entre corpo, mente e espírito.

.

A fotografia de Mário Silva, com as suas papoilas em destaque, não é apenas uma captura da beleza natural, mas também um portal visual para reflexões esotéricas sobre a vida, a morte e os mistérios do inconsciente.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
23
Abr25

"Olhai os lírios roxos no campo verdejante"


Mário Silva Mário Silva

"Olhai os lírios roxos no campo verdejante"

23Abr DSC00071_ms

A fotografia intitulada "Olhai os lírios roxos no campo verdejante", de Mário Silva, apresenta uma composição que captura a beleza natural de flores roxas, identificadas como lírios ou íris, num ambiente verdejante.

.

A imagem mostra duas flores roxas, provavelmente lírios, em primeiro plano, com as suas pétalas delicadas e vibrantes contrastando contra um fundo verde desfocado.

As flores estão em diferentes estágios de desenvolvimento: uma delas está plenamente aberta, exibindo as suas pétalas roxas com detalhes subtis de veios brancos e amarelos, enquanto a outra está parcialmente fechada, ainda em botão, sugerindo um ciclo de vida natural.

Os caules verdes das flores são visíveis, com alguns detalhes de textura, como pequenas manchas e partes secas, que adicionam realismo à cena.

.

O fundo é um desfoque de tons verdes, com leves toques de amarelo e roxo, sugerindo um campo ou jardim natural, possivelmente com outras flores ou plantas ao longe.

A profundidade de campo é rasa, o que mantém o foco nas flores e cria um efeito “bokeh” (áreas fora de foco e distorcidas), destacando-as ainda mais.

A fotografia tem uma moldura oval estilizada, com bordas desfocadas, que dá um toque clássico e suave à apresentação.

.

A escolha de uma profundidade de campo rasa é um acerto técnico, pois isola as flores do fundo, criando um contraste visual que atrai o olhar do observador diretamente para o tema principal.

O uso do efeito “bokeh” no fundo reforça a sensação de um ambiente natural e tranquilo, evocando a ideia de um "campo verdejante" mencionada no título.

A moldura oval, embora estilizada, pode ser interpretada como uma tentativa de dar um toque nostálgico ou romântico à obra, remetendo a estilos fotográficos mais antigos.

.

A iluminação é natural, o que realça as cores vibrantes das pétalas roxas e os tons verdes do caule e do fundo.

A luz suave evita sombras duras, criando uma atmosfera serena e harmoniosa, que combina bem com o tema da fotografia.

.

O título "Olhai os lírios roxos no campo verdejante" sugere uma referência bíblica, possivelmente inspirada no versículo de Mateus 6:28 ("Olhai os lírios do campo..."), que fala sobre a beleza e a simplicidade da natureza como uma lição de confiança e desapego.

As flores, nesse contexto, podem simbolizar a efemeridade da vida, a beleza natural e a harmonia com o ambiente.

O roxo das pétalas, uma cor frequentemente associada à espiritualidade e à nobreza, reforça essa leitura simbólica.

.

A escolha de capturar as flores em diferentes estágios de florescimento adiciona uma camada de significado: a flor aberta representa a plenitude, enquanto o botão simboliza o potencial e o futuro.

Essa dualidade pode ser interpretada como uma reflexão sobre o ciclo da vida e a beleza em todas as suas fases.

.

Mário Silva pretende evocar uma conexão espiritual ou emocional com a natureza, e ele conseguiu.

A fotografia transmite uma sensação de calma e contemplação, convidando o observador a apreciar a simplicidade e a beleza do mundo natural.

No entanto, a obra não inova em termos de estilo ou técnica; ela encaixa-se numa tradição clássica de fotografia de natureza, o que pode ser tanto um ponto forte (para quem aprecia o género) quanto uma limitação (para quem busca algo mais experimental).

.

Em conclusão, "Olhai os lírios roxos no campo verdejante" é uma fotografia que cumpre bem o seu propósito de capturar a beleza efêmera da natureza com uma abordagem delicada e contemplativa.

A composição é tecnicamente sólida, com um uso eficaz de foco, luz e cor.

É uma obra que ressoa emocionalmente, especialmente para quem aprecia a simplicidade e o simbolismo da natureza.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
17
Abr25

"Agnus Dei"- Quinta-feira Santa e a Última Ceia


Mário Silva Mário Silva

"Agnus Dei"

Quinta-feira Santa e a Última Ceia

18Abr DSC09957_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Agnus Dei", apresenta um rebanho de ovelhas pastando num campo verdejante, cercado por vegetação densa.

A imagem transmite uma sensação de serenidade e simplicidade, com as ovelhas brancas e algumas de tons mais escuros (castanho e preto) espalhadas pelo terreno, algumas delas com a cabeça baixada enquanto se alimentam da erva.

A borda da fotografia tem um tom roxo, que pode remeter à liturgia cristã, e há uma assinatura no canto inferior direito do autor, Mário Silva.

.

Relação com a Quinta-feira Santa e a Última Ceia

A Quinta-feira Santa é um dia significativo no calendário cristão, marcando a celebração da Última Ceia de Jesus com os seus discípulos, um evento central na Semana Santa que antecede a Páscoa.

Durante a Última Ceia, Jesus institui a Eucaristia, partilhando o pão e o vinho como símbolos do seu corpo e sangue, e também realiza o lava-pés, demonstrando humildade e serviço.

Este dia está profundamente ligado ao sacrifício de Jesus, frequentemente referido como o "Cordeiro de Deus" (em latim, Agnus Dei), que tira os pecados do mundo.

.

A fotografia "Agnus Dei" pode ser relacionada à Quinta-feira Santa e à Última Ceia de várias maneiras simbólicas:

O Cordeiro de Deus (Agnus Dei): O título da fotografia, "Agnus Dei", faz uma referência direta a Jesus, que é simbolizado como o Cordeiro de Deus na tradição cristã.

Na Última Ceia, Jesus oferece-se como sacrifício, prefigurando a sua crucificação na Sexta-feira Santa.

As ovelhas na fotografia representam essa simbologia do cordeiro, um animal associado à pureza, à inocência e ao sacrifício.

Na Páscoa judaica, que coincide com o contexto da Última Ceia, um cordeiro era tradicionalmente sacrificado e consumido, e Jesus, ao instituir a Eucaristia, apresenta-se como o novo cordeiro pascal.

.

A simplicidade e a humildade: A cena rural com as ovelhas pastando evoca uma sensação de simplicidade e paz, que ressoa com os temas de humildade e serviço presentes na Quinta-feira Santa.

Durante a Última Ceia, Jesus lava os pés dos discípulos, um gesto humilde que simboliza o amor e o serviço ao próximo.

As ovelhas, animais humildes e dependentes do pastor, podem simbolizar os fiéis que seguem Jesus, o "Bom Pastor", e que são chamados a viver com humildade e entrega.

.

A cor roxa da borda: O roxo é uma cor litúrgica associada à penitência e à preparação, frequentemente usada durante a Quaresma e a Semana Santa.

Na Quinta-feira Santa, a liturgia ainda reflete esse tom de reflexão e sacrifício, antes da transição para o branco da Páscoa, que simboliza a ressurreição.

A escolha do roxo na borda da fotografia pode ser uma alusão a esse contexto litúrgico, associando a imagem ao período da Semana Santa.

.

A comunidade das ovelhas e a comunhão da Última Ceia: O rebanho de ovelhas na fotografia pode ser interpretado como uma metáfora para a comunidade dos discípulos reunidos na Última Ceia.

Assim como as ovelhas estão juntas, pastando em harmonia, os discípulos reuniram-se com Jesus para compartilhar a refeição que simboliza a unidade e a comunhão.

A Eucaristia, instituída nesse momento, é uma chamadao à união dos fiéis, e as ovelhas, que frequentemente simbolizam o povo de Deus na Bíblia, reforçam essa ideia de comunidade.

.

Em conclusão, a fotografia "Agnus Dei" de Mário Silva, com o seu rebanho de ovelhas e o título evocativo, ressoa profundamente com os temas da Quinta-feira Santa e da Última Ceia.

As ovelhas simbolizam Jesus como o Cordeiro de Deus, cujo sacrifício é prefigurado na Eucaristia, e a simplicidade da cena reflete a humildade e o serviço exemplificados por Jesus nesse dia.

A cor roxa da borda e a ideia de comunidade reforçam ainda mais a conexão com o contexto litúrgico da Semana Santa, fazendo da fotografia uma representação visual poderosa dos significados espirituais desse momento sagrado.

.

Texto & Fotografia: ©Máriosilva

.

.

 

Mário Silva 📷
07
Mar25

"As ovelhas do senhor e As Ovelhas do Senhor"


Mário Silva Mário Silva

"As ovelhas do senhor e As Ovelhas do Senhor"

07Mar DSC01887_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de serenidade e inocência no campo.

A imagem apresenta duas ovelhas, uma adulta e um cordeiro, num pasto verdejante.

A ovelha adulta, com a sua lã macia e branca, contrasta com a agilidade e a curiosidade do cordeiro, que se volta para a câmara com um olhar atento.

O fundo verde vibrante e a luz natural criam uma atmosfera pacífica e convidativa.

.

A composição da fotografia é simples e eficaz, com as ovelhas ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a beleza dos animais e a textura da lã.

A luz natural incide sobre as ovelhas, criando sombras que acentuam a volumetria dos animais.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de branco, verde e castanho, que evocam a sensação de frescura e de vida.

.

As ovelhas são animais que, ao longo da história, têm sido utilizados como metáfora para representar a humanidade.

Na Bíblia, Jesus autodenomina-se o "Bom Pastor" e os seus seguidores são comparados a "ovelhas".

A imagem da ovelha e do cordeiro está associada à inocência, à docilidade e à necessidade de proteção.

.

A metáfora das ovelhas como seguidores de Cristo é uma das mais antigas e poderosas da tradição cristã.

Jesus autodenomina-se o "Bom Pastor" e os seus discípulos são comparados a ovelhas que precisam ser guiadas e protegidas.

Essa analogia está presente em diversos textos bíblicos e tem sido utilizada por teólogos e artistas ao longo dos séculos para ilustrar a relação entre Deus e o homem.

.

A fotografia de Mário Silva, ao representar duas ovelhas num pasto verdejante, evoca essa poderosa metáfora.

A imagem pode ser interpretada como uma representação da relação entre o pastor e o rebanho, ou seja, entre Deus e os seus fiéis.

A ovelha adulta, com a sua experiência e sabedoria, simboliza a figura do pastor, enquanto o cordeiro representa os fiéis, que precisam de orientação e proteção.

.

Em resumo, a fotografia "As ovelhas do senhor e as Ovelhas do Senhor " é uma obra que transcende a mera representação de animais.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, convida-nos a refletir sobre a natureza humana, a nossa relação com o divino e a importância da fé.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
03
Jan25

"Campos Brancos" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"Campos Brancos"

Mário Silva

03Jan DSC03611_ms

A fotografia "Campos Brancos" de Mário Silva captura um cenário rural característico da região de Águas Frias, em Chaves, Portugal.

A imagem apresenta uma composição equilibrada, com um pequeno casebre de pedra como elemento central, adornado por uma porta vermelha vibrante.

Ao redor, estendem-se campos cobertos por uma camada branca, possivelmente geada ou neve, que contrasta com o tom mais escuro das árvores desfolhadas e dos muros de pedra.

A perspetiva elevada e ligeiramente inclinada da fotografia confere uma sensação de amplitude e profundidade ao campo.

.

A composição é cuidadosamente estruturada, com linhas horizontais e verticais que guiam o olhar do observador.

O casebre, posicionado no centro da imagem, serve como ponto focal e cria um senso de equilíbrio.

A diagonal formada pelo muro de pedra adiciona dinamismo à composição.

A paleta de cores é predominantemente fria e acinzentada, com o branco da geada/neve como protagonista.

A porta vermelha do casebre funciona como um ponto de cor vibrante, contrastando com o restante da imagem e atraindo o olhar do observador.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

 As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu congelar o momento e capturar a textura da geada/neve.

.

A fotografia "Campos Brancos" evoca uma série de emoções e sensações no observador:

-  A ausência de figuras humanas e a atmosfera silenciosa transmitem uma sensação de solidão e tranquilidade.

O casebre, isolado no meio dos campos, parece um refúgio afastado da agitação da vida moderna.

- A beleza da paisagem reside na sua simplicidade e austeridade.

A geada/neve transforma a paisagem num cenário quase onírico, com uma beleza crua e intocada.

-  A ausência de folhas nas árvores e a cobertura branca dos campos sugerem a chegada do inverno e a passagem do tempo.

A imagem evoca uma sensação de tempo suspenso e de ciclos naturais.

- A predominância de tons frios e a atmosfera silenciosa podem despertar sentimentos de melancolia e nostalgia.

A imagem pode ser interpretada como uma reflexão sobre a passagem do tempo e a efemeridade da vida.

.

Em resumo, a fotografia "Campos Brancos" de Mário Silva é uma obra que captura a beleza e a poesia da paisagem rural portuguesa.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores minimalista, o fotógrafo convida o observador a uma reflexão sobre a natureza, o tempo e a condição humana.

.

Texto & Fotografia: ©Mário Silva

.

.

Mário Silva 📷
30
Out24

"A Abóbora Sozinha no Meio do Campo" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"A Abóbora Sozinha no Meio do Campo"

Mário Silva

30Out DSC05250_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de serenidade e abundância no campo.

A abóbora, protagonista solitária da imagem, destaca-se no meio das ervas secas e às árvores frutíferas ao fundo, criando um contraste vibrante entre o laranja vivo da fruta e os tons mais suaves da natureza.

.

O posicionamento central da abóbora confere-lhe um protagonismo absoluto.

A sua forma arredondada e cor vibrante contrastam com a irregularidade do terreno, criando um ponto focal que atrai o olhar do observador.

A erva amarela e seca evoca a ideia de fim de estação, enquanto as árvores frutíferas ao fundo sugerem a passagem do tempo e a abundância da natureza.

A luz natural incide sobre a abóbora, realçando as suas curvas e textura.

A sombra projetada pela fruta adiciona profundidade à imagem e um sentido de tridimensionalidade.

A composição é marcada pela simplicidade.

A ausência de elementos distraidores permite que o observador se concentre na abóbora e na beleza da paisagem rural.

.

A fotografia de Mário Silva pode ser interpretada de diversas formas.

Num nível mais superficial, a imagem evoca sentimentos de tranquilidade e conexão com a natureza.

A abóbora, símbolo da fertilidade e da abundância, representa os frutos do trabalho no campo e a gratidão pela provisão da terra.

.

Num nível mais profundo, a fotografia pode ser vista como uma metáfora da vida.

A abóbora solitária no meio do campo pode representar a individualidade, a resiliência e a capacidade de encontrar beleza e significado num meio de simplicidade.

.

A abóbora é um alimento fundamental nos meios rurais, com uma longa história de cultivo e consumo.

Os seus benefícios nutricionais são inúmeros, sendo rica em vitaminas, minerais e fibras.

Além disso, a abóbora é versátil na cozinha, podendo ser utilizada em diversas preparações, desde sopas e purés e até bolos e doces.

.

Nos meios rurais, a abóbora representa muito mais do que um alimento.

Ela está associada à cultura local, às tradições familiares e à economia rural.

A colheita da abóbora é muitas vezes um momento de celebração e união da comunidade.

.

Em conclusão, a fotografia de Mário Silva "A abóbora sozinha no meio do campo" é uma obra que transcende a mera representação de um objeto.

Através da sua composição simples e elementos visuais cuidadosamente escolhidos, o fotógrafo convida-nos a refletir sobre a beleza da natureza, a importância da tradição e o valor da simplicidade.

A abóbora, protagonista da imagem, torna-se um símbolo universal de abundância, resiliência e conexão com a terra.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
19
Out24

"O  S  no planalto da serra do Brunheiro"


Mário Silva Mário Silva

"O  S  no planalto da serra do Brunheiro"

19Out DSC07817_ms

A fotografia captura uma paisagem rural típica de Portugal, com um foco particular num estradão de terra que serpenteia através do planalto na serra do Brunheiro.

O estradão, vista de cima, forma a letra "S" que dá título à imagem.

O terreno circundante é caracterizado por campos de cultivo, possivelmente após a colheita, evidenciados pela tonalidade dourada do solo.

A vegetação, composta por arbustos e árvores, cria um contraste interessante com a terra nua, delineando o horizonte.

A luz natural incide sobre a cena, realçando as texturas e as formas da paisagem.

.

A forma do estradão em "S" pode ser vista como uma metáfora para o caminho da vida, cheio de curvas e reviravoltas.

A jornada é longa e cheia de desafios, mas a beleza está na própria jornada, e não apenas no destino.

A fotografia retrata uma paisagem rural tranquila e serena, convidando o observador a refletir sobre a sua conexão com a natureza.

A terra cultivada, os campos dourados e a vegetação exuberante evocam sentimentos de paz e harmonia.

O estradão de terra, um elemento tradicional da paisagem rural, pode representar o passado, enquanto as plantações jovens sugerem o futuro e a esperança.

A imagem captura um momento de transição, onde o antigo e o novo se entrelaçam.

A fotografia destaca a beleza intrínseca da paisagem rural, sem a necessidade de elementos grandiosos ou complexos.

A simplicidade da composição e a riqueza dos detalhes convidam o observador a apreciar a beleza do quotidiano.

A fotografia, ao capturar um local específico em Portugal, evoca um sentimento de pertença e identidade.

A serra do Brunheiro, com a sua história e cultura únicas, é representada de forma poética e evocativa.

.

Em resumo, a fotografia "O S no planalto da serra do Brunheiro" de Mário Silva é uma obra que transcende a mera representação visual de uma paisagem.

Através da sua composição e da escolha do enquadramento, o artista convida o observador a uma reflexão mais profunda sobre a vida, a natureza e o significado da existência.

A imagem, rica em simbolismo, permite múltiplas interpretações, tornando-a uma obra de arte aberta e convidativa.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
07
Ago24

Rega por aspersão – Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

Rega por aspersão

Águas Frias – Chaves - Portugal

07Ago DSC02053_ms

A fotografia apresenta uma paisagem rural, com um extenso campo verdejante em primeiro plano.

Ao fundo, observa-se um conjunto de colinas verdejantes e um céu azul com algumas nuvens brancas.

A imagem transmite uma sensação de paz e tranquilidade, além de evidenciar a importância da natureza para a agricultura.

.

A água é um recurso natural essencial para a agricultura, sendo utilizada em diversas etapas do processo produtivo, desde a irrigação das plantações até a lavagem de produtos e equipamentos.

Sem água, a produção agrícola seria inviável, o que geraria impactos negativos na segurança alimentar e na economia global.

.

É importante ressaltar que a agricultura é um dos setores que mais consome água no mundo. Segundo a Agência Europeia do Ambiente, cerca de um terço da água doce utilizada na Europa é destinada à agricultura.

Esse consumo elevado de água pode gerar diversos problemas, como escassez de água para outros usos, salinização do solo e degradação ambiental.

.

Diante desse cenário, é fundamental promover o uso eficiente da água na agricultura.

Isso pode ser feito através da implementação de diversas medidas, como:

- Irrigação por gotejamento: Essa técnica permite irrigar as plantas de forma precisa e eficiente, reduzindo o desperdício de água.

- Reuso de água: A água utilizada na lavagem de produtos e equipamentos pode ser reutilizada para irrigação, após tratamento adequado.

- Cultivo de cobertura: O cultivo de plantas no solo durante o período de descanso das culturas ajuda a conservar a humidade do solo e reduzir a necessidade de irrigação.

- Melhoria da infraestrutura de irrigação: A modernização dos sistemas de irrigação permite reduzir as perdas de água por evaporação e infiltração.

.

A água é um recurso natural essencial para a agricultura e para a vida humana.

É fundamental utilizá-la de forma eficiente e sustentável, a fim de garantir a segurança alimentar e a preservação do meio ambiente.

.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
03
Mai24

O regueiro serpenteia o lameiro com o sol poente escondendo-se por entre os ramos da árvore -  Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"O regueiro serpenteia o lameiro com o sol poente escondendo-se por entre os ramos da árvore”

Águas Frias - Chaves - Portugal

Mai03_DSC05734_ms

A fotografia mostra um riacho serpenteando por um campo verde, com uma árvore no primeiro plano.

O sol está se pondo atrás da árvore, e seus raios passam pelas folhas da árvore, criando um efeito de luz e sombra. Ao fundo, podemos ver algumas montanhas.

.

A imagem é uma bela representação da natureza portuguesa.

O riacho serpenteando pelo campo verde é uma imagem serena e tranquila, enquanto o sol poente atrás da árvore cria uma atmosfera dramática.

As montanhas ao fundo completam a paisagem e dão uma sensação de grandiosidade.

.

A fotografia pode ser vista como uma representação da beleza da natureza portuguesa, ou como um símbolo da passagem do tempo.

O sol poente pode ser visto como um símbolo do fim da vida, enquanto o riacho serpenteando pode ser visto como um símbolo da vida que continua.

A imagem evoca uma variedade de emoções, como paz, tranquilidade, drama e grandiosidade.

.

A imagem pode ser uma evocação da beleza da natureza, ou ser um símbolo da passagem do tempo ou da vida que continua.

.

A imagem foi captada em Águas Frias, uma freguesia do concelho de Chaves, em Portugal.

A freguesia é conhecida pelas suas paisagens naturais, incluindo montanhas, rios e florestas.

.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
26
Abr24

Campo verde e viçoso …


Mário Silva Mário Silva

Campo verde e viçoso …

A26 DSC00552_ms

A fotografia mostra um campo verde e viçoso, com uma cerca de madeira em primeiro plano.

A erva é alta e densa, de um verde intenso e uniforme.

A cerca de madeira é feita de troncos grossos e irregulares, que estão dispostos verticalmente e unidos por traves horizontais.

A cerca está bem conservada e parece ser bastante robusta.

.

A foto representa a beleza e a simplicidade da natureza.

O campo verdejante e a cerca de madeira são elementos naturais que evocam uma sensação de paz e tranquilidade.

A fotografia também pode ser interpretada como um símbolo de vida e crescimento.

O verde da erva é a cor da vida, e a cerca de madeira pode ser vista como um símbolo de proteção e segurança.

 

Podemos também pensar que ela representa a relação entre o homem e a natureza.

A cerca de madeira, feita pelo homem, contrasta com o campo verdejante, que é natural.

Essa contraposição pode ser vista como um símbolo da interdependência entre o homem e a natureza.

O homem precisa da natureza para sobreviver, e a natureza precisa do homem para ser cuidada.

.

O campo verde é o elemento central da fotografia.

Ele representa a natureza, a vida e o crescimento.

O verde da erva é uma cor relaxante e calmante, que pode evocar uma sensação de paz e tranquilidade.

.

A cerca de madeira é um elemento importante da fotografia.

Ela representa o homem, a proteção e a segurança.

A cerca de madeira pode ser vista como um símbolo da separação entre o mundo natural e o mundo humano.

.

A fotografia é composta de forma simples e equilibrada.

O campo verde ocupa a maior parte da imagem, e a cerca de madeira está posicionada em primeiro plano.

Essa composição cria uma sensação de calma e serenidade.

A fotografia é iluminada por luz natural.

A luz é suave e difusa, o que contribui para a sensação de paz e tranquilidade que a fotografia transmite.

.

A fotografia "Campo verde e viçoso" é uma bela imagem que representa a natureza, a vida e o crescimento.

.

A fotografia também pode ser interpretada de outras maneiras, dependendo da perspetiva do observador.

Por exemplo, algumas pessoas podem ver na fotografia um símbolo de esperança e renovação, enquanto outras podem vê-la como um símbolo de solidão e isolamento.

.

A fotografia "Campo verde e viçoso" é uma imagem importante porque nos lembra da beleza da natureza e da importância de proteger o meio ambiente.

A fotografia também pode-nos inspirar a refletir sobre a nossa relação com o mundo natural e a procura de um estilo de vida mais sustentável.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

.

Mário Silva 📷
16
Abr24

Uma paisagem rural – Águas Frias (Chaves) - Portugal


Mário Silva Mário Silva

Uma paisagem rural

Águas Frias (Chaves) - Portugal

A16 DSC05422_ms

A fotografia mostra um campo verdejante cercado por árvores e rochas.

O campo está coberto de erva verde e exuberante, e as árvores são caducifólias, sem folhas.

As rochas são grandes e irregulares, e estão espalhadas pelo campo.

Ao fundo da imagem, há uma parede de pedra que delimita o campo.

A parede é feita de pedras irregulares e está coberta de musgo.

No canto inferior direito da imagem, há uma cerca de madeira que separa o campo de um terreno adjacente. A cerca é feita de estacas de madeira e está em bom estado.

A foto foi tirada no final da tarde, quando a luz do sol é mais suave.

As cores são suaves e naturais, e a composição é equilibrada e harmoniosa.

O campo verdejante e as árvores caducifólias sugerem a chegada da primavera.

A cerca de madeira denota que o campo é usado para a agricultura ou para a criação de gado.

A foto é esteticamente agradável e captura a beleza natural da região de Trás-os-Montes, em Portugal.

A imagem também pode ser interpretada como um símbolo da paz e da tranquilidade da vida rural.

Pode ser interpretada de outras maneiras, dependendo da perspetiva do observador.

Por exemplo, uma pessoa que vive numa cidade grande pode ver a imagem como um símbolo da natureza e da vida rural.

Uma pessoa que está passando por um momento difícil pode ver a imagem como um símbolo de paz e de esperança.

.

Texto & Fotografia: ©MárioSilva

.

Mário Silva 📷
10
Set21

Campos arados (Van Gogh) - Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

🌿🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌿

Poderemos visualizar uma parcela da aldeia de

Águas FriasChavesPortugal.

🌿🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌾🌿

.

Blog 10 DSC00079 (2)_ms

 

Mas o que me mais me chamou a atenção foram os sulcos gravados pelo arado nos campos de cultivo.

Essa imagem levou-me para um quadro do pintor pós-impressionista holandês,

Vincent Willem van Gogh“Campos arados” (Os sulcos)”

“Gepflügter Acker” (Furchen) de 1888.

 - representa os campos antes do crescimento do trigo. 

Van Gogh apreciava os trabalhadores manuais e sua conexão com a natureza.

O quadro original poderá ser admirado noVan Gogh Museumem Amesterdão, Holanda.

.

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mariofernando.silva.9803/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA...

https://twitter.com/MrioFernandoGo2

https://www.instagram.com/mario_silva_1957/

 

Mário Silva 📷
05
Ago20

Feto viçoso com folha seca


Mário Silva Mário Silva

 

Feto viçoso com folha seca

.

Durante centenas de anos, os fetos foram interpretados como plantas enigmáticas e circularam histórias sobre uma espécie lendária que produzia sementes e cuja posse tornava invisível quem as possuísse.

DSC03621_ms

 

.

Esta tradição é referida na obra Henrique IV (1597) escrita por William Shakespeare (1564-1616) quando uma das personagens diz: “possuímos o segredo da receita das sementes de feto, que nos permitem andar sem sermos vistos”.

.

Na iconografia cristã, os fetos eram símbolos de humildade, aludindo ao ambiente discreto e sombrio onde se desenvolvem e ao pequeno porte que os caracteriza. Segundo escreveu Plínio, o Velho, na História Natural (livro 27, capítulo 55), os fetos afastam as cobras; esta crença contribuiu para que, mais tarde, os fetos se tornassem símbolos da Salvação e um atributo de Jesus Cristo (as cobras simbolizam o mal).

.

.

                                                                                     🌿

.

Ver também:

https://www.facebook.com/mario.silva.3363

https://mariosilva2020.blogs.sapo.pt/

http://aguasfrias.blogs.sapo.pt

https://aguasfriaschaves.blogs.sapo.pt/

www.flickr.com/photos/7791788@N04

https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA?view_as=subscriber                               

.

                                          🌿                    🌿                   🌿

.

 

.

 

 

 

Mário Silva 📷
18
Jun20

Planta Campestre - "Serapias vomeracea"


Mário Silva Mário Silva

 

Serapias vomeracea

 

Serapias vomeracea , nome comum serapias de lábios longos ou serapias de arado , é uma espécie de orquídea do gênero Serapias.

 

Etimologia

O nome Serapias do gênero deriva do grego Sarapis , o deus greco-egípcio, já usado nos tempos antigos para nomear algumas orquídeas. O nome latino vomeracea desta espécie refere-se à forma da porção apical do labelo (epicile), remanescente do arado.

DSC00438 _ Serapias vomeracea_ms

Descrição

Serapias vomeracea é uma planta herbácea perene com dois tubérculos subterrâneos ovóides. Esta espécie é altamente variável em cor e forma. Atinge uma altura de 20 a 40 centímetros com um máximo de 60 centímetros. O caule é verde, com duas folhas basais membranosas e 6-8 folhas superiores, lanceoladas e verdes ou avermelhadas brilhantes.

 

A inflorescência é composta por uma haste estreita e alongada, com três a dez flores. As brácteas relevantes são lanceoladas e muito mais longas que as tepals . Sua cor é vermelho-púrpura, com venação longitudinal mais escura. Os tepals externos são lanceolados e eretos, formando uma estrutura semelhante a um capacete. Sua cor é vermelho-púrpura ou rosada, com veias de cor mais escura. As tépalas laterais internas são roxo-acastanhadas e quase totalmente escondidas pelo capacete.

 

O labelo é vermelho-tijolo, trilobado e maior que os outros tepals. A porção basal (hipótilo) do labelo é côncava e encerrada no capacete, com dois lobos laterais elevados e peludos. A porção apical do labelo (epicile) é lanceolada triangular, geralmente vermelho-púrpura e bastante cabeluda. O dente reto está ausente. O período de floração se estende de março a junho.

 

🌾               🌿               🌾

 

Ver também:

 
 
 
 
🌾               🌿               🌾
 
 
Mário Silva 📷
15
Jun20

Raízes de sentimento em campos floridos


Mário Silva Mário Silva

 

 

Raízes de sentimento

em campos floridos

 

“Quem tentar possuir uma flor, verá sua beleza murchando. Mas quem apenas olhar uma flor num campo, permanecerá para sempre com ela.”

 

DSC01715_ms

 

Raízes de sentimento em campos floridos

 

Paisagens de vida em sentido imaginário

Jardins em flor, perfumes desvinculados

Verdes ansiedades em desejo perdulário

Toques fortes em corações apaixonados

 

Reflexão concebida em neutros desejos

Amor sentido no estrelar do sentimento

Aguam lábios com sabor a doces beijos

Arejadas flores imergem ao pensamento

 

Fantasias imaginárias em solitário pensar

Emoções mélicas afluem perante o luar

Gerando sorrisos ajustados em reflexão

 

Raízes de sentimento em campos floridos

Confundem imaginários e puros sentidos

Na revolta da incerteza do nobre coração

.....................

R y k @ r d o

 

🌼               🍂               🌼   

 

 

Ver também:

Mário Silva 📷

Setembro 2025

Mais sobre mim

foto do autor

LUMBUDUS

blog-logo

Hora em PORTUGAL

Calendário

Novembro 2025

D S T Q Q S S
1
2345678
9101112131415
16171819202122
23242526272829
30

O Tempo em Águas Frias

Pesquisar

Sigam-me

subscrever feeds

Subscrever por e-mail

A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.