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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

16
Ago24

"Tomar banho de sombra no passadiço da Figueira da Foz (Portugal)" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"Tomar banho de sombra no passadiço da

Figueira da Foz (Portugal)"

Mário Silva

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A fotografia de Mário Silva apresenta uma cena serena e tranquila de uma tarde de verão na Figueira da Foz.

A imagem captura um momento de pausa e descanso no meio do movimento da cidade, convidando o observador a imaginar-se ali, aproveitando a sombra dos guarda-sóis e a brisa do mar.

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O elemento central da fotografia são os guarda-sóis, dispostos em filas paralelas com as suas caraterísticas listras brancas e azuis criando um padrão visual rítmico.

Eles fornecem sombra e proteção do sol, convidando os frequentadores do calçadão a sentarem-se e relaxarem.

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Duas cadeiras brancas estão posicionadas entre os guarda-sóis, sugerindo a presença de pessoas que usufruem do espaço.

No entanto, elas estão vazias, criando um senso de quietude e solitude.

 

A calçada tipicamente portuguesa de cubos de calcário brancos e pretos estende-se ao longo da imagem, conduzindo o olhar do observador para o horizonte.

Ela representa o movimento da cidade e a vida que pulsa ao redor do local tranquilo onde os guarda-sóis estão dispostos.

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A ausência de pessoas na fotografia contribui para a atmosfera serena e tranquila da cena.

Ela permite que o espectador se concentre nos elementos da composição e imagine-se ali, desfrutando da sombra e da brisa do mar.

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A fotografia de Mário Silva captura com maestria a beleza e a tranquilidade de um dia de verão na Figueira da Foz.

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A fotografia pode ser interpretada como uma metáfora para o descanso e a fuga da agitação da vida quotidiana.

Os guarda-sóis representam um refúgio do sol e do calor, enquanto as cadeiras vazias sugerem um convite para desacelerar e aproveitar o momento presente.

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Em suma, a fotografia "Tomar banho de sombra no passadiço da Figueira da Foz (Portugal)" de Mário Silva é uma obra de arte que captura a beleza e a tranquilidade de um dia de verão à beira-mar.

Ela convida o observador a conectar-se com a natureza e a apreciar a quietude do momento presente.

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A fotografia foi tirada num dia de verão, o que é indicado pela luz forte e pelas sombras nítidas.

A localização da fotografia é o passadiço da Figueira da Foz, um local popular para caminhadas e passeios à beira-mar.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Jul24

Uma porta de uma casa transmontana


Mário Silva Mário Silva

Uma porta de uma casa transmontana

Jul27 DSC03765_ms

 

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A fotografia mostra a porta e as escadas de uma casa rústica transmontana.

A porta é azul e verde, e as ombreiras são pintadas de branco.

As escadas são de pedra e estão ladeadas por vasos de plantas.

A casa está situada numa zona rural, rodeada de montanhas.

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As ombreiras das portas serem caiadas de branco é uma tradição comum em Portugal, especialmente nas zonas rurais.

Acredita-se que a cor branca tenha propriedades purificadoras e que sirva para afastar os maus espíritos.

Além disso, o branco é uma cor associada à limpeza e à higiene, o que pode ser importante em áreas onde o acesso à água potável é limitado.

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As portas das casas rústicas transmontanas são frequentemente pintadas de azul ou vermelho.

A cor azul está associada à proteção e à segurança, enquanto a cor vermelha está associada à paixão e à energia.

É possível que a escolha da cor da porta dependa das crenças e preferências dos proprietários da casa.

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A fotografia também mostra alguns detalhes interessantes sobre a arquitetura da casa.

As paredes são feitas de pedra e a porta é feita de madeira maciça.

As escadas são largas e robustas, o que sugere que a casa foi construída para durar.

A presença de vasos de plantas na entrada da casa indica que os proprietários gostam de cuidar da sua casa e tornar as escada e varanda o seu jardim.

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A imagem mostra uma casa rústica transmontana típica, com características que refletem a cultura e as tradições da região.

A porta azul ou vermelha e as ombreiras brancas são elementos decorativos que contribuem para a beleza e o charme da casa.

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Além das razões mencionadas acima, existem outros fatores que podem influenciar a escolha da cor da porta de uma casa rústica transmontana.

Por exemplo, a cor da porta pode ser escolhida para combinar com a cor das outras casas da aldeia, ou para refletir a personalidade dos proprietários da casa.

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As casas rústicas transmontanas são caracterizadas pela sua simplicidade e funcionalidade.

São geralmente construídas com materiais locais, como pedra e madeira.

As paredes são grossas e as portas e janelas são pequenas, o que ajuda a manter a casa quente no inverno e fresca no verão.

As casas rústicas transmontanas são frequentemente decoradas com elementos tradicionais, como rendas, toalhas de mesa e tapetes.

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As casas rústicas transmontanas são um reflexo da cultura e das tradições da região de Trás-os-Montes.

São casas acolhedoras e convidativas que oferecem um refúgio da agitação da vida moderna.

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Texto & Fotografia:©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Jul24

A estória do gato preto e branco


Mário Silva Mário Silva

 

A estória do gato preto e branco

Jul03 DSC06786_ms

Era uma vez um gato preto e branco chamado Bichinho.

Ele era um gato doméstico mimado que nunca tinha saído de casa sozinho.

Um dia, a porta da casa ficou aberta acidentalmente e Bichinho, curioso, saiu para explorar o mundo exterior.

Ele aventurou-se pela rua, fascinado por tudo o que via.

Mas logo se perdeu e não sabia como voltar para casa.

Ele vagueou pelas ruas por horas, cada vez mais assustado e sozinho.

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Finalmente, ele encontrou um parque e decidiu esconder-se num arbusto para descansar.

Ele estava cansado, com fome e com medo.

De repente, ele ouviu um barulho e virou-se para ver um homem parado a alguns metros de distância.

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O homem era um fotógrafo e estava a tirar fotos da natureza.

Ele reparou no gato e achou-o muito fotogénico.

Aproximou lentamente, com cuidado para não o assustar.

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Bichinho ficou hesitante no início, mas logo se sentiu atraído pela atenção do homem.

Ele aproximou-se e o homem começou a acariciá-lo.

Bichinho ronronou de contentamento e sentiu-se seguro pela primeira vez em horas.

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O homem tirou algumas fotos de Bichinho e depois decidiu levá-lo para casa.

Ele sabia que o gato era um animal de estimação e queria ajudá-lo a encontrar os seus donos.

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O homem publicou fotos de Bichinho nas redes sociais e, no dia seguinte, ele recebeu uma mensagem de uma mulher que reconheceu o gato.

Ela era a dona de Bichinho e estava muito feliz por ele ter sido encontrado.

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O homem levou Bichinho de volta para a sua casa e a mulher abraçou-o com lágrimas de alegria.

Bichinho estava finalmente em casa e seguro.

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Ele nunca mais se esqueceu da aventura que teve no monte e da gentileza do fotógrafo que o ajudou a voltar para casa.

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A fotografia mostra um gato preto e branco parado no meio da erva.

O gato está olhando para trás, como se estivesse sentindo a presença de alguém.

A imagem pode ser interpretada como uma metáfora para o momento em que Bichinho se encontra perdido no monte e é encontrado pelo fotógrafo.

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A imagem também pode ser interpretada como um símbolo de esperança.

O gato preto e branco é frequentemente associado à má sorte, mas nesta imagem ele representa um animal que foi perdido e encontrado.

Isso pode ser visto como uma chamada de atenção de que mesmo nos momentos mais sombrios, sempre há esperança.

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Em forma de conclusão, a estória do gato preto e branco é uma história comovente sobre amor, perda e esperança.

É uma história que vai ressoar com qualquer pessoa que já se tenha perdido ou que se tenha sentido sozinho.

A estória também é um lembrete de que devemos sempre ser gentis com os animais e com os outros, pois nunca sabemos o que eles estão passando.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Jun24

Um ovo estalou ..., uma nova andorinha nasceu ... e passadas duas semanas, até se pôs à janelinha do seu ninho explorando o meio ambiente que a envolve e esperar que um dos seus progenitores lhe traga mais comidinha ...


Mário Silva Mário Silva

Um ovo estalou ..., uma nova andorinha nasceu ... e passadas duas semanas, até se pôs à janelinha do seu ninho explorando o meio ambiente que a envolve e esperar que um dos seus progenitores lhe traga mais comidinha ...

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A fotografia apresenta um filhote de andorinha em seu ninho.

O filhote é pequeno e branco, com penas pretas. Ele está a olhar para fora do ninho, explorando o mundo ao seu redor.

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O ciclo de vida de uma andorinha começa quando a fêmea põe de 3 a 5 ovos num ninho feito de lama e palha.

Os ovos são incubados por ambos os pais por cerca de 14 dias.

Quando os ovos eclodem, os filhotes nascem nus e cegos.

Os pais cuidam dos filhotes e alimentam-nos até que estejam prontos para voar.

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Nos primeiros dias de vida, os filhotes de andorinha são completamente dependentes de seus pais.

Eles precisam ser alimentados com frequência e mantidos aquecidos.

Os pais alimentam os seus filhotes com insetos, que eles apanham no ar.

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Por volta de uma semana de idade, os filhotes de andorinha começam a abrir os olhos.

Eles também começam a desenvolver as suas penas.

Por volta de duas semanas de idade, os filhotes de andorinha são capazes de se mover pelo ninho.

Eles também começam a fazer sons.

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Por volta de três semanas de idade, os filhotes de andorinha estão prontos para voar.

Eles deixam o ninho pela primeira vez e começam a alimentar-se por conta própria.

Os pais ainda os acompanham por algumas semanas, mas os filhotes logo se tornam independentes.

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As andorinhas são aves importantes para o meio ambiente.

Elas ajudam a controlar as populações de insetos, que podem ser pragas para as plantações e para os humanos.

As andorinhas também são aves bonitas e graciosas que podem ser apreciadas por todos.

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Se você quiser ajudar as andorinhas, você pode fornecer-lhes um lugar para construir os seus ninhos.

Você também pode evitar o uso de pesticidas, que podem prejudicar as andorinhas e outros animais selvagens.

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As andorinhas são criaturas fascinantes com um ciclo de vida interessante.

É importante proteger essas aves e seus habitats.

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Os filhotes de andorinha nascem com um bico grande e amarelo.

O bico é usado para pegar insetos.

Os filhotes de andorinha crescem muito rapidamente. Eles dobram o seu peso corporal em apenas duas semanas.

As andorinhas são aves migratórias. Elas viajam longas distâncias para encontrar alimentos e para criar seus filhotes.

As andorinhas são aves sociais. Elas vivem em colónias que podem ter centenas ou até milhares de indivíduos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Dez23

As folhas de carvalho caídas e caiadas de branco


Mário Silva Mário Silva

As folhas de carvalho caídas e caiadas de branco

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As folhas de carvalho caídas e caiadas de branco da geada que se formou durante a noite são um espetáculo belo e cativante.

O contraste entre o castanho escuro das folhas e o branco puro da geada é de tirar o fôlego.

Ao caminhar por um bosque de carvalhos cobertos de geada, é como se você estivesse a entrar num mundo mágico.

 As folhas parecem cristais de gelo, brilhando ao sol. O ar é frio e fresco, e o silêncio é absoluto.

A geada é um fenómeno natural que ocorre quando a temperatura do ar cai abaixo de zero. Quando isso acontece, a humidade do ar condensa-se e forma cristais de gelo.

No caso das folhas de carvalho, a geada forma-se quando a temperatura do ar cai abaixo de zero durante a noite. As folhas, que são húmidas, congelam e ficam brancas.

A geada pode durar por várias horas ou até mesmo dias.

Quando o sol nasce e a temperatura do ar começa a subir, a geada começa a derreter.

A geada nas folhas de carvalho é um fenómeno natural temporário, mas é uma bela visão que vale a pena apreciar.

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“As folhas são como pétalas de flores brancas, dançando ao vento.”

“O chão do bosque é coberto por um tapete branco, como se tivesse nevado.”

“As árvores parecem esculturas de gelo, com galhos e troncos cobertos de geada.”

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A geada nas folhas de carvalho é uma lembrança da beleza da natureza e da fragilidade da vida.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Nov23

O gato branco preguiçoso e o gato malhado furioso


Mário Silva Mário Silva

O gato branco preguiçoso e o gato malhado furioso

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Era uma vez, numa pequena casa no meio da aldeia, viviam dois gatos que eram vizinhos. Um era branco e preguiçoso, e o outro era malhado e furioso.

O gato branco, chamado Novelo, era um gato calmo e tranquilo. Ele adorava dormir e relaxar, e não gostava de se esforçar.

O gato malhado, chamado Fufú, era um gato agitado e barulhento. Ele sempre estava à procura por algo para fazer, e nunca estava contente.

Um dia, Novelo estava a dormitar na sua cama, de roupa velha, quando Fufú entrou na casa. Fufú estava furioso porque havia perdido um jogo com um rato. Ele começou a correr pela casa, derrubando coisas e gritando.

Novelo acordou com o barulho e ficou assustado. Ele nunca tinha visto Fufú tão furioso antes. Ele tentou acalmar Fufú, mas este não queria ouvir.

Fufú começou a perseguir Novelo pela casa.

Novelo correu para o quintal, mas Fufú alcançou-o.

Fufú pulou em cima de Novelo e começou a arranhar e morder.

Novelo defendeu-se o melhor que pôde, mas Fufú era muito mais forte.

Novelo estava prestes a ser derrotado quando uma voz falou:

- Pare com isso, Fufú!

Fufú olhou para cima e viu uma velha senhora parada junto à porta de casa. A velha senhora era a dona dos dois gatos.

- Tu estás a magoar o Novelo - disse a velha senhora.

Fufú acalmou-se um pouco. Ele olhou para o Novelo, que estava ferido e sangrando.

Fufú sentiu-se culpado.

- Eu sinto muito - disse Fufú.

- Está tudo bem - disse Novelo. - Só espero que você não faça isto novamente.

Fufú prometeu que nunca mais faria isso. Ele pediu desculpas ao seu amigo gato Novelo novamente, e os dois gatos tornaram-se mais cordiais.

A partir daquele dia, Fufú começou a mudar. Ele ainda era um gato agitado, mas ele aprendeu a controlar sua raiva. Ele também começou a respeitar Novelo, que lhe ensinou a importância da paz e da tranquilidade.

Eles ainda brigavam de vez em quando, mas sempre faziam as pazes. Eles aprenderam que, mesmo sendo diferentes, poderiam divertir-se juntos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Jan23

Um gato branco, cinzento e manso …


Mário Silva Mário Silva

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Um gato branco, cinzento e manso …

23 DSC01238_ms_marca agua

 .

Se fosse um animal

Gostaria de ser gato,

Manso, felino,

Tanso, cretino,

Que ronrona,

Que se nos roça,

Feliz quando alguém o coça.

Ser gato é estar e desaparecer,

Dias e dias sem ninguém o ver!

.

É parecer ter dono,

E deixar alguém ter esse sonho,

Porém,

Gato é símbolo de liberdade,

A quatro patas,

Como o meu ”Tareco”

Que está em casa e dela sai,

E quando vem

Vem como quem pede desculpa!

.

Um gato é um animal belo!

Chato é meu gato,

Que de mim faz um camelo,

Quando a casa regressa

Passa-me o focinho pelo pêlo!

.

Como castigo

Não lhe ponho pó para as pulgas,

Gosto de o ver coçar

E as pulgas a saltar!

-

Bem feito!

.

__________     Figas     __________

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Nov21

Casas repintadas de branco na rua de Cimo de Vila - Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

 

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Casas repintadas de branco,

que brilham e

dão um ar airoso à rua de Cimo de Vila,

na aldeia de

Águas FriasChavesPortugal

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⚪⬜🏚⬜⚪🏚⚪⬜🏚⬜⚪🏚⚪⬜🏚⬜⚪🏚⚪⬜🏚⬜⚪🏚

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Blog 27 DSC05173_ms

BRANCO

Não queiras saber o que é o branco para
além do branco, a ilusão de que o mar
se prolonga nesse mar que o branco
devora, com os lábios do vento; nem
interrogues o rosto que se esconde
no horizonte do branco, onde só o
silêncio te dá a resposta que ignoras.

No entanto, se o olhar que esse
horizonte te devolve tem a luz do
rosto que só no branco entrevês,
quando o vento empurra as cortinas
do mar, talvez reconheças no seu
fundo o corpo que habita o céu
em que o branco coincide com o mar.

E nos olhos fechados de um rosto
preso à cama da madrugada, o branco
do horizonte submerge o mar que
avança por dentro do branco, como se
a luz do dia que o vento te abre
não fosse branca, como esse branco
lençol que esconde o corpo sob o mar.

E em cada nuvem que passa no branco
do céu, um rosto revela o branco
para além do horizonte que o branco descobre.

.

___________________ Eugénio de Andrade _________________

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https://www.youtube.com/channel/UCH8jIgb8fOf9NRcqsTc3sBA...

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Mário Silva 📷
02
Ago20

A CASA BRANCA


Mário Silva Mário Silva

 

 

A CASA BRANCA

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Estou reclinado na poltrona, é tarde, o Verão apagou-se...

Nem sonho, nem cismo, um torpor alastra em meu cérebro...

Não existe manhã para o meu torpor nesta hora...

Ontem foi um mau sonho que alguém teve por mim...

Há uma interrupção lateral na minha consciência...

Continuam encostadas as portas da janela desta tarde

Apesar de as janelas estarem abertas de par em par...

Sigo sem atenção as minhas sensações sem nexo,

E a personalidade que tenho está entre o corpo e a alma...

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Quem dera que houvesse

Um terceiro estado prà alma, se ela tiver só dois...

Um quarto estado prà alma, se são três os que ela tem...

A impossibilidade de tudo quanto eu nem chego a sonhar

Dói-me por detrás das costas da minha consciência de sentir...

.

Fernando Pessoa

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                                                                                       🏠

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Mário Silva 📷
04
Mai20

O Gato branco de Maria


Mário Silva Mário Silva

 

O Gato branco de Maria
 
Era uma vez uma senhora que se chamava Maria e que vivia com o filho na sua pequena e modesta casa nos arrabaldes da cidade. O marido dedicara toda a sua vida à arte da marcenaria, mas, desde que morrera, a sua carpintaria permanecia encerrada e a alegria como que se desvanecera por aquelas bandas. Apesar do rapaz ter aprendido algumas coisas do ofício com o pai, a verdade é que ele tinha outros planos para a sua vida.
Maria gostava de passar o maior tempo possível com o seu filho e dedicava-se com brio e aprumo às lides da casa. Gostavam de rezar juntos, falar de tudo e mais alguma coisa e passear pelos vales e montanhas da região.
 
Um dia passeavam nas margens de um lago que havia nas cercanias e chamou-lhes a atenção um gatinho que miava em cima de uma árvore.
 

Gato esbranquiçado, atento aos movimentos da máquina fotográfica ...

Era esbranquiçado e com o pelo alongado. Maria ficou logo preocupada e, como lhe pareceu que estava sozinho, com frio e faminto, pediu ao jovem que tentasse ir buscá-lo. Ele não apreciava particularmente os gatos, mas, como os desejos da mãe eram como se fossem ordens, imediatamente trepou à árvore para o apanhar.
 
Depois de o colocar no colo da mãe, o rapaz como que querendo aconselhá-la a não ficar com ele, disse-lhe que os gatos, apesar de serem animais de estimação, continuavam a partilhar todas as características dos felinos selvagens dos quais eram parentes. Referiu que eram fortes, ágeis, com grandes reflexos e sentidos apurados e possuíam instintos de caça, mas tinham uma personalidade muito vincada, independente, teimosa e individualista.
 
Maria sorriu com aquele discurso todo e, enquanto acariciava o gatinho, piscava o olho ao filho e chamava-lhe a atenção para o seu ronronar e para as turrinhas que dava e dizia doce e serenamente que os gatos eram animais muito fofos, amigáveis, afetivos, curiosos, brincalhões e excelentes companheiros.
 
Como o jovem já não via a mãe tão entusiasmada há tanto tempo, riu-se e condescendeu que levassem o gatinho para casa. Afinal, o gato também era uma criação de Deus e tinha a sua graça. Acreditava que nada acontecia por acaso e, como estava a pensar sair de casa para cumprir um sonho e realizar uma missão a que se sentia impelido, achou que o gatinho até poderia ter chegado na hora certa e ser uma boa companhia para a mãe na sua ausência.
 
Rapidamente Maria e o bichano se afeiçoaram e acostumaram um ao outro e nele eram evidentes os famosos dois traços: forte personalidade e muita doçura. Adorava a casa, pulava sobre a cama de Maria para lhe dar os bons dias, brincava muito consigo, dormia aos seus pés enquanto orava, ronronava ao seu redor procurando carinho, esfregava-se nas suas pernas para que o acariciasse e acompanhava-a ao rio para lavar a roupa e ao lago para passear.
 
Paulatinamente, Maria descobriu que podia aprender imenso com o seu gatinho para a sua vida pessoal e para a sua relação com Deus. Percebeu que os gatos eram seres autênticos, sinceros e honestos e jamais escondiam o que eram para agradar às pessoas. Compreendeu que não eram submissos nem influenciáveis pois decidiam o que queriam e escolhiam o que era melhor para eles. Descobriu que eram corajosos, audazes, destemidos, inteligentes, limpos, exigentes, persistentes e que lutavam pelos seus objetivos, jamais desistiam e não perdiam tempo com coisas sem importância. Deu-se conta que eram dóceis, amorosos, leais e davam-se totalmente às pessoas que conquistavam a sua confiança.
 
Maria sempre que ia ao encontro do filho, por onde quer que andasse, ficava cheia de saudades do gato. O jovem também se afeiçoara ao pequeno felino pois sentia que ele fazia bem à mãe. Perguntava-lhe sempre por ele e, quando a visitava, levava-lhe sempre alguma guloseima.
 
O gatinho gostava muito de ficar em casa, mas foi sempre visto a acompanhar Maria por ocasião da morte prematura do filho e era comovente a forma como mimava a dona no seu colo.
 
O pequeno felino branco do lago esteve com Maria até ao fim da sua vida e quando ela partiu, todos se admiravam e emocionavam ao vê-lo permanentemente a olhar para o céu.
 
 
 
 
 
 
Mário Silva 📷

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