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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

22
Jun23

O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)


Mário Silva Mário Silva

O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)

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(continuação …)

Numa manhã de Primavera, encontraram-se duas aves antagónicas, tanto pela sua beleza como pelas suas características: o abelharuco "Merops apiaster" e o estorninho preto “Sturnus unicolor”. Os dois pássaros estavam empoleirados num ramo de árvore, olhando um para o outro de lados opostos.

O colorido abelharuco olhava para o seu reflexo nas penas pretas e brilhantes do estorninho, enquanto este - que se destaca pelo seu comportamento silencioso - se recusava a reconhecê-lo.

O abelharuco era uma visão vívida de penas cor-de-laranja e amarelas brilhantes, com manchas azuis nas asas e um toque de vermelho na cauda. Por outro lado, o estorninho preto ostentava uma pelagem totalmente preta que irradiava um brilho lustroso aos raios de sol.

Os dois pássaros observavam-se de uma altura quase desdenhosa - o abelharuco com o seu bico orgulhoso inclinado para cima e o estorninho com os seus olhos de bico virado para o lado. Naquele momento, eles encapsularam dois estilos contrastantes: um extravagante e vaidoso, e outro solene e digno.

Conclusão

O encontro entre o Abelharuco e o Estorninho-preto é um exemplo fascinante da interação entre espécies na natureza. É certo que o Abelharuco era bastante colorido e o Estorninho Negro bastante conservador, mas foram capazes de ultrapassar as suas diferenças e coexistir pacificamente. Este encontro serve como um ótimo lembrete de que devemos tentar apreciar e respeitar a diversidade do nosso mundo natural e que todos podemos aprender algo uns com os outros. Todos nós podemos ser um pouco mais como o Abelharuco e o Estorninho-preto - abraçando as nossas diferenças e celebrando as nossas semelhanças.

O encontro entre aves tão diferentes serve para lembrar que a diversidade enriquece a natureza. Embora as suas aparências e hábitos fossem muito diferentes, tanto o abelharuco como o estorninho encontraram uma forma de coexistir pacificamente no mesmo ramo. Isto reflete a forma como os seres humanos com diferentes perspetivas, origens e interesses podem aprender uns com os outros se nos aproximarmos com abertura e respeito.

Quando abraçamos a diversidade em vez de tentarmos conformar os outros às nossas próprias preferências, ganhamos novos conhecimentos e ideias que expandem as nossas perspetivas limitadas. Diferentes culturas, religiões e etnias enriquecem a experiência humana quando nos encontramos como iguais. E apesar de, por vezes, surgirem inevitavelmente conflitos, podemos resolver as nossas divergências de forma não violenta através de uma comunicação aberta e de um compromisso.

À medida que continuamos a nossa viagem de descoberta na natureza, devemos esforçar-nos por interagir com os outros da mesma forma que o abelharuco e o estorninho o fizeram - com harmonia, aceitação e vontade de experimentar a beleza que a diversidade traz quando unidos no mesmo ramo. Que possamos aprender a ver para além das diferenças superficiais a maravilha partilhada que une toda a vida no nosso pequeno planeta.

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Texto e fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Jun23

O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)


Mário Silva Mário Silva

O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)

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(continuação …)

Numa manhã de Primavera, encontraram-se duas aves antagónicas, tanto pela sua beleza como pelas suas características: o abelharuco "Merops apiaster" e o estorninho preto “Sturnus unicolor”. Os dois pássaros estavam empoleirados num ramo de árvore, olhando um para o outro de lados opostos.

O colorido abelharuco olhava para o seu reflexo nas penas pretas e brilhantes do estorninho, enquanto este - que se destaca pelo seu comportamento silencioso - se recusava a reconhecê-lo.

O abelharuco era uma visão vívida de penas cor-de-laranja e amarelas brilhantes, com manchas azuis nas asas e um toque de vermelho na cauda. Por outro lado, o estorninho preto ostentava uma pelagem totalmente preta que irradiava um brilho lustroso aos raios de sol.

Os dois pássaros observavam-se de uma altura quase desdenhosa - o abelharuco com o seu bico orgulhoso inclinado para cima e o estorninho com os seus olhos de bico virado para o lado. Naquele momento, eles encapsularam dois estilos contrastantes: um extravagante e vaidoso, e outro solene e digno.

Conclusão

O encontro entre o Abelharuco e o Estorninho-preto é um exemplo fascinante da interação entre espécies na natureza. É certo que o Abelharuco era bastante colorido e o Estorninho Negro bastante conservador, mas foram capazes de ultrapassar as suas diferenças e coexistir pacificamente. Este encontro serve como um ótimo lembrete de que devemos tentar apreciar e respeitar a diversidade do nosso mundo natural e que todos podemos aprender algo uns com os outros. Todos nós podemos ser um pouco mais como o Abelharuco e o Estorninho-preto - abraçando as nossas diferenças e celebrando as nossas semelhanças.

O encontro entre aves tão diferentes serve para lembrar que a diversidade enriquece a natureza. Embora as suas aparências e hábitos fossem muito diferentes, tanto o abelharuco como o estorninho encontraram uma forma de coexistir pacificamente no mesmo ramo. Isto reflete a forma como os seres humanos com diferentes perspetivas, origens e interesses podem aprender uns com os outros se nos aproximarmos com abertura e respeito.

Quando abraçamos a diversidade em vez de tentarmos conformar os outros às nossas próprias preferências, ganhamos novos conhecimentos e ideias que expandem as nossas perspetivas limitadas. Diferentes culturas, religiões e etnias enriquecem a experiência humana quando nos encontramos como iguais. E apesar de, por vezes, surgirem inevitavelmente conflitos, podemos resolver as nossas divergências de forma não violenta através de uma comunicação aberta e de um compromisso.

À medida que continuamos a nossa viagem de descoberta na natureza, devemos esforçar-nos por interagir com os outros da mesma forma que o abelharuco e o estorninho o fizeram - com harmonia, aceitação e vontade de experimentar a beleza que a diversidade traz quando unidos no mesmo ramo. Que possamos aprender a ver para além das diferenças superficiais a maravilha partilhada que une toda a vida no nosso pequeno planeta.

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Texto e fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Abr23

Andorinha-das-chaminés - “Hirundo rustica”


Mário Silva Mário Silva

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Andorinha-das-chaminés

“Hirundo rustica”

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ANDORINHAS

Passo os meus dias em longas filas
Em aldeias, vilas e cidades
As andorinhas é que são rainhas
A voar as linhas da liberdade

Eu quero tirar os pés do chão
Quero voar daqui p'ra fora e ir embora de avião
E só voltar um dia
Vou pôr a mala no porão
Saborear a primavera numa espera e na estação

Um dia disse uma andorinha
Filha, o mundo gira, usa a brisa a teu favor
A vida diz mentiras
Mas o sol avisa antes de se pôr

Eu quero tirar os pés do chão
Quero voar daqui p'ra fora e ir embora de avião
E só voltar um dia
Vou pôr a mala no porão
Saborear a primavera numa espera e na estação

Já a minha mãe dizia
Solta as asas, volta as costas
Sê forte, avança p'ra o mar
Sobe encostas, faz apostas
Na sorte e não no azar

.

__________     Fado de Ana Moura     _____

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Ago21

Ave colorida (abelharuco “Merops apiaster”) - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

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Uma ave colorida (abelharuco “Merops apiaster”),

perscrutando os céus de Águas Frias (Chaves), tentando vislumbrar um inseto para o seu jantar.

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“Sou o pássaro que canta
dentro da tua cabeça
que canta na tua garganta
canta onde lhe apeteça
.
Sou o pássaro que voa
dentro do teu coração
e do de qualquer pessoa
mesmo as que julgas que não
.
Sou o pássaro da imaginação
que voa até na prisão
e canta por tudo e por nada
mesmo com a boca fechada

.

E esta é a canção sem razão
que não serve para mais nada
senão para ser cantada
quando os amigos se vão
.
e ficas de novo sozinho
na solidão que começa
apenas com o passarinho
dentro da tua cabeça.”

.

                                                                                                                                   Manuel António Pina

.

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06
Out20

Um chamariz (Serinus serinus) em Águas Frias - Chaves - PORTUGAL


Mário Silva Mário Silva

 

Chamariz (Serinus serinus)

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Um chamariz (Serinus serinus) todo esticado observando não sei o quê nos ares puros de Águas Frias – Chaves – PORTUGAL

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chamarizmilheirinhaserrazina ou grasina (Serinus serinus) é um pequeno pássaro da família Fringillidae.

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Pássaro muito enérgico, é dócil, apenas na época de acasalamento se torna mais agressivo e territorial.

As aves meridionais são residentes.

O voo é rápido e ondulado.

Possui um canto repetitivo e prolongado, áspero e com um ritmo rápido, lembrando vidro a partir.

.

.                                                        

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20
Set20

. UM INVULGAR ESPANT(ALHO) - Águas Frias (Chaves) - PORTUGAL


Mário Silva Mário Silva

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UM INVULGAR ESPANT(ALHO)

 

Um espanta pássaros “invulgar”: Trata-se de um “vulgar” garrafão de plástico, de tons prateados, com 4 aberturas laterais, que devido à forma curvilínea, roda ao sabor da brisa, fazendo algum ruído e espelhando os raios de sol em todas as direções. Este mecanismo espalhado em zonas de árvores de fruto, é um artefacto que usa a energia eólica grátis e se resultar é um verdadeiro “espanta pássaros” 100% ecológico. Este entre muitos outros, foram construídos por um jovem aquafrigidense, num dos seus campos arborícolas.

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O engenho poderá ser observado na aldeia de Águas Frias – Chaves - PORTUGAL

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“O começo de todas as ciências é o espanto de as coisas serem o que são.”

                                                                                                                                                 Aristóteles

                                                                  *********************

“Há coisas que sempre me espantam, com um espanto que dura e se renova, inesgotavelmente.”

                                                                                                                                                Roland Barthes

                                                              *********************

”Eu não espanto os pássaros da árvore que me deu frutos amargos."

                                                                                                                                                  Provérbio Árabe

                                                              *********************

 

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O ESPANTO

“Com as passadas pisadas na palha

o encanto desencantou,

e a rola, voou...

.

Voou com as asas

voou com as penas

voou com os ventos

voou de casa

voou serena.

.

A rola fogo - pagou

... Mas não apagou!

E não pagou...

O milho que encheu o tempo

o tempo que encheu o papo

encheu por ali os sentimentos

que o vento atirou no espaço...

Com o pisar dos passos,

a palha chiou...

a fogo - pagou, voou...

.

O guiso chocalhou

o cascavel de sua ródia,

processou...

Em processo deu bote

sem saber nadar

navegou no ar,

sem amor, e sem cor,

mas a morte não alcançou.”

                                                                                                                                          António Montes

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08
Set20

O voo dos pardais em Águas Frias (Chaves) - Portugal ... assim como no resto do mundo ...


Mário Silva Mário Silva

 

 

O voo dos pardais

 .

Voam em bando os pardais

irmanados de sonhos inocentes

à procura de pródigas sementes

abundantes nos dourados trigais.

 .

Chilreando alegres melodias

pousam os destemidos pardais

por breves instantes nos beirais

anunciando o raiar dos dias.

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 .

Durante o apelo da natureza

criam ninhos de amor frugais

doces-abrigos de pura beleza.

 .

Chegada a hora da partida

voam em bando os pardais

rumo ao céu da nova vida.

 .

                                                                                       Daniel Bastos, “O voo dos pardais”, in Terra

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15
Jul20

Felosa-comum - "Phylloscopus collybita"


Mário Silva Mário Silva

 

Felosa-comum
Phylloscopus collybita

 

Esta insectívora diminuta é uma das mais comuns invernantes em Portugal, observando-se em praticamente todos os habitats, tal é o seu ecletismo.

DSC03448_ms_Felosa-comum

Identificação
Esta espécie apresenta algumas pequenas variações nas tonalidades de plumagem para plumagem, mas no geral o seu aspeto é rechonchudo e pequeno, o dorso é cinzento-esverdeado, as asas escuras, as partes inferiores pálidas, e uma lista supraciliar ténue.

As patas escuras e o bico pálido, curto e fino completam as características a reter da felosa-comum.

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03
Jul20

Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) - VOO DE ANDORINHAS


Mário Silva Mário Silva

 

VOO DE ANDORINHAS

 

Andorinhas voam em bando,

perdida há uma só.

Habituam-se a dizer,

que sozinha não faz verão.

Um só voo de andorinha

é a réplica da solidão.

Somente o voo coletivo

alucinante e altivo

sintetiza integração.

Entre montes e horizontes,

da morte buscando vida,

perdida voa uma só.

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Muitas asas se agitam,

no anseio de ser feliz.

Junto à torre da matriz,

ou sobre o teto dos casarões.

Num lenitivo de emoções,

num caracol que se estiliza,

neste adorno que simboliza,

a analogia da paz,

a beleza mais primaz.

Talvez busque-se o infinito

no vigor sereno e bonito

para um rimance de mil canções.

 

Ao findar a primavera,

saudando outra estação

surgem em arribação

quebrando a monotonia

A formar a sinfonia

no painel desta versão.

Na magia da ilusão

que consegue ser mais linda,

nesta beleza infinda

são milhares de andorinhas,

porque uma voando sozinha

nunca, nunca faz verão.

Miguel Arnildo Gomes

 

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Mário Silva 📷
25
Mai20

Características e curiosidades sobre as andorinhas


Mário Silva Mário Silva

 

Características e curiosidades

sobre

as andorinhas:

As andorinhas são um grupo de aves da família Hirundinidae à qual pertencem cerca de 90 espécies diferentes.

  • Em Portugal são comuns 5 espécies de andorinhas:

Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica),

Andorinha-dos-beirais (Delichon urbicum),

Andorinha-das-barreiras (Riparia riparia),

Andorinha-dáurica (Cecropis daurica),

Andorinha-das-rochas (Ptyonoprogne rupestris).

  • As andorinhas podem percorrer mais de 10000 km em cada migração, sendo que por vezes percorrem 320 km num só dia.
  • Têm um sentido de orientação tão bom que após percorrerem tantos quilómetros, no ano seguinte conseguem voltar exatamente ao mesmo ninho caso este ainda exista.
  • Devido à boa relação entre humanos e andorinhas, estas geralmente fazem os seus ninhos nos beirais e chaminés das casas ou de outros edifícios construídos por humanos.

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... ninho de Andorinha-dos-beirais (Delichon urbicum) com o pai, a mãe e outra ...

 

  • Em Portugal é ilegal remover ninhos de andorinha durante a época de reprodução.
  • Geralmente os machos escolhem o local de nidificação e atraem a fêmea através do canto, cor das penas e voo.

As andorinhas constroem os seus ninhos com diversos materiais como lama, plantas e saliva.

  • As andorinhas constroem os seus ninhos com diversos materiais como lama, plantas e saliva. O processo de construção do ninho pode envolver mais de 1000 viagens dos seus progenitores até terminarem a construção.
  • Novos casais de andorinhas podem utilizar ninhos que se encontrem vazios, por isso é importante que os ninhos antigos não sejam destruídos.
  • Depois de ter sido posto o ovo, este leva entre 10 e 21 dias para eclodir e cerca de 3 semanas para as crias saírem do ninho pela primeira vez.
  • Ambos os progenitores alimentam as suas crias até estes estarem prontos para sair do ninho.
  • As andorinhas são um símbolo de liberdade porque são incapazes de viver em cativeiro e apenas se reproduzem em estado selvagem.
  •  

Ver também:

 
 

 

 

 

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20
Mai20

Toutinegra de salgueiro - "Phylloscopus trochilus"


Mário Silva Mário Silva

 

Toutinegra de salgueiro

"Phylloscopus trochilus"

 

Comprimento: 11-13cm

Envergadura: 19cm

Peso: 10g

Vida útil média: 2 anos

 

Toutinegra de salgueiro (Phylloscopus trochilus)_CutOut

 

A toutinegra de salgueiro é uma ave fina e delicada de bosques, matagais, parques e jardins. Pode-se ouvir cantando uma canção melodiosa e distorcida da copa das árvores. As toutinegra de salgueiro são aves migratórias, reproduzindo-se na Europa e migrando para o sul da África durante o inverno. Eles são pássaros incomuns porque mudam todas as suas penas duas vezes por ano - uma vez nos criadouros e outra no inverno; no entanto, a razão para isso não é clara. Como outros toutinegra, eles são insetívoros, mas comem bagas e frutas no outono.

 

Como identificar

A toutinegra de salgueiro é verde acima e amarelo pálido abaixo, com uma barriga esbranquiçada e uma faixa de sobrancelha.

 
 
 
 
 

 

Mário Silva 📷
12
Mai20

Abelharuco “Merops apiaster”


Mário Silva Mário Silva

 

Abelharuco

“Merops apiaster”

 

Identificação

Inconfundível. É uma ave terrestre de tamanho médio, ricamente

colorida. Os aspetos mais característicos são a garganta amarela,

o peito e o ventre azulados, o dorso vermelho e a máscara preta. A

cauda é comprida, com as duas penas centrais a destacarem-se

das restantes.

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Abundância e calendário

O abelharuco é estival e chega geralmente a Portugal no início de

Abril (por vezes em finais de março) e está presente até ao mês de

Setembro. É comum em quase toda a região a sul do Tejo,

enquanto que para norte deste rio é menos comum e se distribui

sobretudo pela metade interior do território, nas zonas de influência

mediterrânica (Beira Baixa, Beira Alta e Trás-os-Montes).

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷
18
Abr20

Águas Frias (Chaves) - ... ser transmontano ...


Mário Silva Mário Silva

 

 

SER TRANSMONTANO
 
 
Nasci numa linda aldeia
Protegida pela serra
Como uma mãe protege um filho
Juntinho ao seu coração.
 

Águas Frias (Chaves) - ... uma visão parcial da Aldeia ..

... uma visão parcial da Aldeia ...

 
Cresci a contemplar
Essa beleza sem par.
Pé descalço calcurreei os montes
Apanhando a lenha que aquecia
As longas noites de inverno
 
E no verão matava a sede
Com a água fria das suas fontes.
 

Águas Frias (Chaves) - ... os raios de sol rasgando por entre as nuvens, em dias de primavera ...

... os raios de sol rasgando por entre as nuvens, em dias de primavera ...

 
Enchido o caixote de lenha
No alto junto à capela
Parava para admirar
Aquela terra tão bela
Que um dia iria deixar.
 
Fui à escola e aprendi a ler
Mas cedo tive de enfrentar
Aquilo que a minha terra
Não tinha para me oferecer.
 

Águas Frias (Chaves) - ... gravelho ou cravelho ...

... gravelho ou cravelho ...
 
 
Tive de abandonar o lar
Quando ainda era menino
Com a minha mãe a chorar
Temendo pelo meu destino.
 
Parti para outras terras 
Com um aperto no coração
Onde tive de ser adulto
Quando na cabeça ainda tinha
O arco, a bola de trapos e o pião.
 
Esperava-me trabalho duro
Do nascer ao pôr do sol
Depois de um esforço tamanho
À noite tinha de dormir
Numas palhas estendidas
No chão térreo de um cardanho.
 

Águas Frias (Chaves) - ... Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) ...

... andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) ...
 
 
Aí tive de passar
Parte da minha mocidade
Até que o meu pai me disse:
Meu filho, vou-te arranjar
Um trabalho na cidade.
 
Para trás deixei a Flávia
Terra de grande beleza
Onde o verde dos seus vales
Contrasta com a pobreza
Dos que têm que amanhar
A vinha que é dos outros
Para o seu pão conquistar.
 

Águas Frias (Chaves) - ... pormenores numa casa na Aldeia ...

... pormenores numa casa na Aldeia ...

 
Parti então para a cidade
Transportando na bagagem
Muitos sonhos e esperanças
E uma grande coragem
Para enfrentar a saudade
Dos meus tempos de criança.
 
Vim encontrar na cidade
Novos e grandes problemas.
Sozinho tive de enfrentar
Toda a adversidade
De quem tem que trabalhar
Longe da sua família
Sem ninguém para o ajudar.
 

Águas Frias (Chaves) - ... "eu vi um ninho" ...

... "eu vi um ninho" ...
 
 
Mas com grande determinação
Venci a adversidade
E aqui vim encontrar
Depois de muito lutar
A minha felicidade.
 
Agora ainda me lembro
Da minha querida aldeia
Dos meus pais e dos meus irmãos
E dos serões à luz da candeia.
 

Águas Frias (Chaves) - ... Pisco de peito ruivo - Erithacus rubecula ...

... pisco de peito ruivo - Erithacus rubecula ...
 
 
Foi daí que eu herdei
Um grande calor humano
E aos ombros carreguei
Pelas terras por onde andei
 

Águas Frias (Chaves) - ... enxertando castanheiros novos ...

... enxertando castanheiros novos ...

 
 
Um grande orgulho de ser Transmontano.
 
Joaquim S. Coutinho

 

 

Até breve !!!

 

 

                 

Mário Silva 📷
29
Mar20

Águas Frias (Chaves) - - ... Os Dois Horizontes ...


Mário Silva Mário Silva

 

Os Dois Horizontes

 

Dois horizontes fecham nossa vida:

Águas Frias (Chaves) - ... a porta vermelha ...

... a velha porta vermelha ...

 

        Um horizonte, — a saudade
          Do que não há de voltar;
          Outro horizonte, — a esperança
          Dos tempos que hão de chegar;
          No presente, — sempre escuro,—
          Vive a alma ambiciosa
          Na ilusão voluptuosa
          Do passado e do futuro.

 

Águas Frias (Chaves) - ... o gatito que "fugiu" para o campo para evitar o contacto social com outros gatos ...

... o gatito que "fugiu" para o campo para evitar o contacto social com outros gatos ...

 

         Os doces brincos da infância
          Sob as asas maternais,
          O vôo das andorinhas,
          A onda viva e os rosais;
          O gozo do amor, sonhado
          Num olhar profundo e ardente,
          Tal é na hora presente
          O horizonte do passado.

 

Águas Frias (Chaves) - ... casa na Aldeia (Lampaça) ...... casa na Aldeia (Lampaça) ...

 

          Ou ambição de grandeza
          Que no espírito calou,
          Desejo de amor sincero
          Que o coração não gozou;
          Ou um viver calmo e puro
          À alma convalescente,
          Tal é na hora presente
          O horizonte do futuro.

 

Águas Frias (Chaves) - ... ave colorida (Pisco de peito ruivo - "Erithacus rubecula") de belo canto, alegrando o "silêncio" dos campos ...... ave colorida (Pisco de peito ruivo - "Erithacus rubecula") de belo canto, alegrando o "silêncio" dos campos ...

 

          No breve correr dos dias
          Sob o azul do céu, — tais são
          Limites no mar da vida:
          Saudade ou aspiração;
          Ao nosso espírito ardente,
          Na avidez do bem sonhado,
          Nunca o presente é passado,
          Nunca o futuro é presente.

 

Águas Frias (Chaves) - ... a igreja matriz, mesmo em situação de "quarentena" ladeada de árvores "vestidas" de flores brancas ...... a igreja matriz, mesmo em situação de "quarentena" ladeada de árvores "vestidas" de flores brancas ...

 

          Que cismas, homem? – Perdido
          No mar das recordações,
          Escuto um eco sentido
          Das passadas ilusões.
          Que buscas, homem? – Procuro,
          Através da imensidade,
          Ler a doce realidade
          Das ilusões do futuro.

 

Águas Frias (Chaves) - ... galinhas caseiras ...... galinhas caseiras Vivem alegremente (afinal não é a "gripe aviária") ...

 

Dois horizontes fecham nossa vida.

                                                                                                                    Machado de Assis, in "Crisálidas"

 

 

Até breve !!!!

 

 

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷
21
Mar20

Águas Frias (Chaves) - ... a Aldeia deserta e o COVID-19 ( Alguns conselhos sobre o coronavírus (em forma de poema))...


Mário Silva Mário Silva

 

... a Aldeia

quase deserta

e o COVID-19

Alguns conselhos sobre o coronavírus

(em forma de poema)

Águas Frias (Chaves) - ... a igreja matriz emoldurada por flores de cerdeira (cerejeira) ...

... a igreja matriz emoldurada por flores de cerdeira (cerejeira) ...

 

"Há doenças piores que as doenças." – Fernando Pessoa

 

Águas Frias (Chaves) - ... a hera invade a casa que era ... ... a hera invade a casa que era ...

 

Saí de casa e fui ao supermercado,

Comprei o que sempre compro habitualmente,

Mas fiquei boquiaberto e até mesmo chocado,

Quando constatei que havia lá muita gente,

A açambarcar, cegos pela sua enorme ganância,

 

Águas Frias (Chaves) - ... um belo exemplar de ave:Chapim-carvoeiro (Periparus ater) ... ... um belo exemplar de ave: Chapim-carvoeiro (Periparus ater) ...

 

Preocupa e até assusta ver tanta ignorância.

Voltei para casa a pensar como é a vida,

E as situações com que nela a gente se depara,

E mesmo assim com a mente entretida,

Tive sempre o cuidado de não tocar na cara,

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma casa na Aldeia (Cimo de Vila) ...... uma casa na Aldeia (Cimo de Vila) ...

 

Enquanto entre pensamentos maus e outros bons,

Entrei dentro de casa e fui logo lavar as mãos.

Água e sabão desde as mãos até ao cotovelo,

Sem esquecer as unhas e entre os dedos,

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma vista (parcial) da Aldeia ...... uma vista (parcial) da Aldeia ...

 

O vírus esconde-se e não conseguimos vê-lo,

Mas sabemos bem que os seus segredos,

São maléficos, malfazejos e fecundos,

Assim, lavemos as mãos pelo menos por vinte segundos.

São hábitos que se devem sempre usar,

 

Águas Frias (Chaves) - ... lavrando a vinha ...

... isolado, sozinho ... mas a vinha tem que ser lavrada ...

 

E lembrarmo-nos deles é regra a cumprir,

De cada vez que tossir ou espirrar,

Usar lenço de papel para pôr no lixo logo a seguir.

E na falta de lenço de papel, é preciso dizê-lo,

Tussa ou espirre para o seu cotovelo.

Águas Frias (Chaves) - ... pequena mas bela violeta campestre ...

... pequena mas bela violeta campestre , também ela sozinha e isolada ...

 

Estamos numa guerra com um inimigo invisível,

Somos soldados de uma tropa pronta a lutar,

Mas vencer esta guerra só é possível,

Se ao toque do clarim toda a tropa se juntar.

 

Águas Frias (Chaves) - ... o bidão azul em "isolamento" ...

... o bidão azul em "isolamento" ...

 

Vamos manter a calma e não entrar em pânico,

Vamos lutar com inteligência e dinamismo,

Este vírus facilmente se propaga porque é dinâmico,

Este vírus vai ser vencido com o nosso humanismo.

 

Águas Frias (Chaves) - ... um antigo lagar e anexos (na Lampaça)...... um antigo lagar e anexos (na Lampaça) ...

 

 

Chegou o tempo meus amigos,

De mostrar o nosso melhor lado de humanos,

Só assim seremos vencedores e não vencidos,

Protegendo-nos a nós e àqueles que tanto amamos.

 

Águas Frias (Chaves) - ... a curiosidade do cavalo ...... a curiosidade do cavalo ...

 

 

É a minha vida, mas o mundo é nosso não só meu,

E por ele lutaremos, com a força e a coragem que Deus nos deu.

 

António Magalhães – Possivelmente Poemas

 

Águas Frias (Chaves) - ... flor campestre ...... simplesmente, uma pequena flor campestre ...

 

 

Até Breve!!!

 

 

            

 

 

 

 

Mário Silva 📷
14
Mar20

Águas Frias (Chaves) - ... A Neve Branca das Cerdeiras (Cerejeiras) ...


Mário Silva Mário Silva

 

 


A NEVE BRANCA

DAS CERDEIRAS

(CEREJEIRAS)

 

Águas Frias (Chaves) - ... a maravilha das cerejeiras em flor ...

 ... a maravilha das cerejeiras em flor ...

 

Só quem não sabe a terra que pisa se pode admirar deste março, marçagão com manhãs de inverno e tardes de verão, do friozinho nocturno, das intermitências de chuva, e, também, das abertas de sol que logo põem um frémito de esperança na aspereza do tempo.

 

Águas Frias (Chaves) - ... os "pinchéis" - flor campestre que anuncia a chegada da primavera ...... os "pinchéis" - flor campestre que anuncia a chegada da primavera ...

 

A neve branca das cerejeiras, como eu costumo chamar, às flores brancas que povoam agora o lugar do Passal e aqui e além pelos campos da Aldeia.

Águas Frias (Chaves) - ... as amarelas mimosas e brancas flores de árvores de fruto, alindam a perspetiva da torre sineira da igreja ...... as amarelas mimosas e brancas flores de árvores de fruto, alindam

a perspetiva da torre sineira da igreja ...

 

Por vezes ando por esse território de fantasia, assim podemos dizer, e mais uma vez aquele sentimento de deslumbramento me encheu os olhos.

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma velha nora que já tirou muita água para regas os terrenos envolventes ...

... uma velha nora que já tirou muita água para regas os terrenos envolventes ...

 

É decerto uma coisa estupenda poder caminhar pelos pomares, rodeado de milhares de flores brancas, descobrir pequenos detalhes na paisagem, tentar arquivar na memória, tanto quanto for possível, esse sortilégio, como coisa pessoal e intransmissível.

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma casa na Aldeia ...

... uma casa na Aldeia ...

 

A mancha branca, que domina o Passal, apesar da chuva insistente, resiste. Todos os dias, que posso, para lá olho e fico feliz por elas resistirem. Penso, aliás, que o cartaz atravessa também as quatro estações.

 

Águas Frias (Chaves) - ... castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional), por entre as árvores ainda despidas ...

... castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional), por entre as árvores ainda despidas ...

 

Vemos as flores e estamos já a sonhar com as cerejas vermelhas e depois porventura com o outono na Aldeia que é outra imagem mágica.

 

Águas Frias (Chaves) - ... cavando a terra seca ...... cavando a terra seca ...

 

Poucas árvores têm tanta presença na cultura. Desde "O Cerejal", de Tchekov, àquela mítica canção da Comuna com que Yves Montand nos fazia bater mais depressa o coração, "Le Temps des Cerises", até à poesia em que a cereja se transforma abundantemente em metáfora de amor.

 

Águas Frias (Chaves) - ... perdiz, olhando de lado, com ar desconfiado ...... perdiz, olhando de lado, com ar desconfiado ...

 

"Haver no fundo um templo ou uma casa

é ter consigo, amante, uma cereja aberta

onde é madeira ao centro e solução

do suco rosa e negro  onde se abrasa

e torna leve e limpo, e mal desperta

se torna coração"

 

Texto adaptado de Fernando Paulo Louro

Original in: http://www.fernandopaulouro.com/2016/04/a-neve-branca-das-cerejeiras.html

 

 

Até breve !!!

 

 

   

 

 

 

Mário Silva 📷
29
Fev20

Águas Frias (Chaves) - ... O canto das aves e ... os verbos ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR ...


Mário Silva Mário Silva

 

... O canto das aves e ...

... os verbos

ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... um casal de pintarroxos - "Carduelis Cannabina" ...

... um casal de pintarroxos - "Carduelis Cannabina" ...

Sou um amante confesso.

O canto dos pássaros,

o mendigo que pede dinheiro na rua

Águas Frias (Chaves) - ... os últimos raios de sol iluminando a igreja matriz e casas ao lado - o castelo no cimo do Brunheiro, já parece que "adormeceu" ...... os últimos raios de sol iluminando a igreja matriz e casas ao lado - o castelo no cimo do Brunheiro, já parece que "adormeceu" ...

 

ou mesmo o vento fresco

que me abraça

quando o calor parece vencer a disputa.

Águas Frias (Chaves) - ... a janela aberta, em casa desabitada ...... a janela sempre aberta, em casa que já fora habitada...

 

Amor é meu combustível,

o sentido que dou a vida.

Águas Frias (Chaves) - ... pela Rua 1.º de Maio ... ... pela rua 1.º de Maio ...

 

Sem ele não conjugamos os verbos

ACREDITAR, COMPARTILHAR e RESPEITAR.

Águas Frias (Chaves) - ... O Castelo de Monforte de Rio Livre, tendo a Natureza alindado a sua envolvente com flores campestres ...

... o castelo de Monforte de Rio Livre, tendo a Natureza alindado a sua envolvente

com flores campestres ...

 

E Você já amou hoje?

Allyson Moreira

Águas Frias (Chaves) - ... e o fim do dia aproxima-se ...... e o fim do dia aproxima-se ...

 

Amar não é só a Natureza e Pessoas, mas passa por todas as coisas boas da Vida, exercitando todos os nossos sentidos: visão; audição; olfato e também o sabor ....

Águas Frias (Chaves) - ... imagem de rara beleza, mas ainda melhor será a sua degustação. Este fumeiro não é industrial, mas sim fruto de mãos hábeis e fiéis à tradição ...... imagem de rara beleza, mas ainda melhor será a sua degustação.

Este fumeiro não é industrial,

mas sim fruto, de mãos hábeis e fiéis à ancestral tradição ...

 

 

Até breve !!!

 

 

 

 

Mário Silva 📷
25
Jan20

Águas Frias (Chaves) - ... a tradicional matança do porco ...


Mário Silva Mário Silva

 

A TRADICIONAL MATANÇA DO PORCO

 

Águas Frias - ... a tradicional matança do porco ...

... a tradicional matança do porco ...

 

Gordo, gordinho, matulão, o porco chega ao terreiro, conduzido por aquele que havia de lhe pôr termo aos dias de ceva. Mirones, apesar do chuvisco frigidíssimo. Motivo para estar ali um garrafão encarapuçado por um púcaro de alumínio. «Vai um?» «Claro!» Dantes, já lá vão uns anitos, quando eu assistia ao ritual, reparava em um ou dois molhos de palha que se destinavam a faxucar o animalzinho; agora olho, com alguma nostalgia, para uma botija de gás. O fumo da palha tinha outro encanto, carregada que era de símbolos sacrificiais.

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma vista "apertada" de uma parcela da Aldeia ...

... uma vista "apertada" de uma parcela da Aldeia ...

 

Um facalhão, tachos, um balde e a senhora ......., lesta, apesar da idade, a encher um regador no fontanário próximo. «Vamos a isto, rapazes» – voz de comando do senhor ....... que prende uma corda na boca do animal, segurando-a bem entre as duas queixadas. «E o banco? Traga o banco», diz a afanosa ........ «Qual banco, responde o dono. – Vai ser aí em cima do muro».

E eu a cismar: aquele bloco ancho de cantaria sempre tinha mais parecença com uma pedra de ara.

 «Espere aí: deixe-me beber mais uma pucarada» – voz de um rapazola que esfregou as beiças com as costas da mão.

Águas Frias - ... a lua entre os pinheiros ...

... a lua entre os pinheiros ...

 

O porco, desconfiado do sítio, tinha fossado uma borda de rango e leitugas, abrindo-lhe um sulco direito de sachola. Os cochilros que inundavam a parede espreitavam a cerimónia. Quatro homens aferraram-se ao colosso e foi então que o berreiro a sério começou. A proximidade do sacrifício é o melhor estímulo da sensibilidade.

Aguas Frias - ... levando a vaquinha para um melhor pasto ...

... levando a vaquinha para um melhor pasto ...

 

 

As mãos dos homens confundiram-se num momento com as da besta. A razão e a força. As queixas de um na ufania do outro. Sempre assim foi – pensaria uma leituga prostrada na lamiça. Ao tempo em que a senhora ........ aparava o sangue ainda vivo num tacho, frémitos de cozinha alegravam o coração dos circunstantes. Alguém voltara os olhos, quando o facalhão perfurou a peitaça do animal. «Ora, não sejas maricas» – teve de ouvir.

 

Águas Frias - ... os grelos floridos colorindo a visão da Aldeia ...

... os grelos floridos colorindo a visão da Aldeia ...

 

 

«Venha o maçarico, venha o maçarico». E o fogo acendeu júbilos novos nas sedas do ridente chacim. Amolecido com água quente, o couro foi raspadinho com lascas de pedra rugosa e, logo a seguir, pendurado na loja onde o tal maricas se pôs a farejar. Pudera! Já a senhora ........ descia com uma travessa de bolos de bacalhau e fatias de salpicão a dizerem «comei-me».

 

Águas Frias - ... um caçador e os seus cão (mas ão vislumbro caça nenhuma) ...

... um caçador e os seus cão (mas não vislumbro caça nenhuma) ...

 

 

Sape, gato – voz a ralhar a um ougado, porque o senhor magarefe ainda estava rec-rec com a alimária. Sape, gato – repetiu a patroa, ao descer novamente as escadas com um açafate de trigo de quartos numa mão e uma caçarola de sangue cozido com alho picado na outra. Já o tal se havia desougado, fazendo mão baixa à travessa.

 

Águas Frias - ... pela rua da Lampaça ...

... pela rua da Lampaça ...

 

 

Interim, ........ tinha aberto o formoso bestigo, de alto a baixo, e fazia a colheita do interior. Primeiro, as tripas, que encheram um balde; depois, a colada: fígado, pulmões e coração. Finalmente, os untos ou banha que, depois de atravessar três bilhardas à entrada da barriga, para efeito de arejamento, deixou a pingar de uma delas.

Águas Frias - ... Papa-moscas (comum)  Ficedula hypoleuca  Pied flycatcher ...

... Papa-moscas (comum) Ficedula hypoleuca Pied flycatcher ...

 

 

«Tens-me cá uma colada», ouvi uma mulher dizer ao tal que parecia maricas e que acabava de abichar uma rodela de salpicão. Vim a saber que o que ela queria dizer era que o outro era um mandrião. Comia e dormia. Como o porco. A gente riu-se. E, quando mestre .......... acabou de lavar as mãos, fiquei admirado por ele não meter à boca mais do que um bolo de bacalhau, recusando os pedaços quentinhos de sangue cozido – que para mim estavam uma delícia.

 

 


António Cabral [1931-2007] foi um poeta, ficcionista, cronista, ensaísta, dramaturgo, etnógrafo e divulgador da cultura popular portuguesa.
in: "Tradições populares"https://www.antoniocabral.com.pt/matanca-do-porco/   



 

 

Até breve !!!

 

 

 

 

Mário Silva 📷
23
Nov19

Águas Frias (Chaves) - ... A Aldeia com uns pingos de outono ...


Mário Silva Mário Silva

 

... A Aldeia

com uns pingos

de outono ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... a igreja matriz em tons outonais ...

... a igreja matriz em tons outonais ...

 

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... os diópiros atravessam o muro e embelezam-no ...

... os diópiros atravessam o muro e embelezam-no ...

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... o Henrique "Parente" indo para o campo com a sua sachola ao ombro e o balde para recolher alguns produtos da horta ...

 ... o Henrique "Parente" indo para o campo com a sua sachola ao ombro e o balde

para recolher alguns produtos da horta ...

 

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... mais uma vista sobre a Aldeia ...

... mais uma vista sobre a Aldeia ...

 

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... ave (Chapim real - "Parus major") picando o ramo à procura de larvas ou insetos para o seu almoço ...

... ave (Chapim real - "Parus major") picando o ramo à procura de larvas ou insetos

para o seu almoço ...

 

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... o Castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional) por entre as giestas ...

... o Castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional) por entre as giestas ...

 

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... As eólicas vistas ao longe, na serra do Larouco ...

... as eólicas vistas ao longe, na serra do Larouco ...

 

 

 

Águas Frias (Chaves) - ... o gato aproveitando um dia de sol outonal,  e rodeado de flores que ainda resistem ...

... o gato aproveitando um dia de sol outonal, e rodeado de flores que ainda resistem ...

 

 

 

Até breve !!!

 

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷
26
Out19

Águas Frias (Chaves) - ... pequenos pormenores da "pequena mas bela Aldeia transmontana" ...


Mário Silva Mário Silva

 

  ... pequenos pormenores

da "pequena mas ...

 ... bela Aldeia transmontana" ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... o velho tanque (já substituido pela máquina de lavar), junto à entrada da porta ...

... o velho tanque de cimento (certamente, já substituido pela máquina de lavar), junto à entrada da porta da casa ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... ave em pleno voo ...

... ave em pleno voo, pelo ar puro da Aldeia ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... Cabaças ou abóboras ("Cucúrbita moschata"), prontas a ser colhidas ...

... Cabaças ou abóboras ("Cucúrbita moschata"),

prontas a ser colhidas ...

 

Água Frias (Chaves) - ... na conversa, descontraída, no "Café Russo" ...

... na conversa, descontraída, no "Café Russo"  (Quim Russo; Mito e Toninho "Charrua") ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... uma vista sobre uma parte da Aldeia, destacando-se a torre sineira da Igreja ....

... uma vista sobre uma parte da Aldeia, destacando-se

a torre sineira da Igreja ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... flor campestre - açafrão-bravo ("Crocus serotinus") ...

... flor campestre - açafrão-bravo ("Crocus serotinus") ...

 

Águas Frias (Chaves) - ... altar lateral do Sagado Coração de Jesus, na Igreja matriz  ...

... altar lateral do Sagrado Coração de Jesus, na Igreja matriz ...

 

Águas Frias (Chaves) - ...um cogumelo comestível ("Macrolepiota procera"), roca, frade e outras designações ......

...um cogumelo comestível ("Macrolepiota procera"), roca, frade e outras designações ....

... também conhecido por diversas designações: roca, frade, púcara, pucarinha, para-sol, roque, roco, agasalho, gasalho, marifusa, tortulho, tratulho, trambulho, calcinha, santieiro, sentieiro, ...

 

 

Até breve !!!

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷

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