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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

09
Abr25

“As duas casas na Aldeia”


Mário Silva Mário Silva

“As duas casas na Aldeia”

09Abr DSC06712_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "As duas casas na Aldeia", retrata duas construções distintas num ambiente rural, numa aldeia portuguesa, dado o estilo arquitetónico e os materiais utilizados.

A imagem captura um contraste interessante entre as duas casas, que, apesar de estarem lado a lado, apresentam diferenças marcantes, ao mesmo tempo que compartilham algumas semelhanças.

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A casa à esquerda é uma construção mais rústica, feita de pedra, com um telhado de telhas tradicionais.

Ela parece mais antiga e possivelmente usada para fins utilitários, como um celeiro ou depósito, devido à sua porta ampla e à ausência de elementos decorativos.

A casa à direita, por outro lado, é mais moderna, com uma estrutura de dois andares, uma varanda com gradeamento e uma porta azul que sugere ser uma residência habitada.

Ambas estão inseridas num cenário de aldeia, com um caminho de cimento e pedra entre elas, e compartilham o uso de materiais tradicionais, como a pedra e as telhas.

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Ambas as casas utilizam pedra como material principal nas suas paredes, o que é típico de construções tradicionais em aldeias portuguesas.

A pedra confere um aspeto rústico e resistente, adequado ao ambiente rural.

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As duas casas possuem telhados feitos de telhas de barro, um elemento comum na arquitetura vernacular do sul da Europa, especialmente em Portugal.

As telhas têm uma tonalidade avermelhada, embora o telhado da casa à esquerda pareça muito mais desgastado.

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Ambas estão inseridas no mesmo ambiente de aldeia, com um caminho de terra e pedra que as liga, que pertencem à mesma comunidade e compartilham a mesma história cultural e geográfica.

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A casa à esquerda é mais rústica e simples, com uma estrutura que parece mais antiga e funcional.

A porta ampla e o pequeno postigo acima sugerem que pode ser um espaço de armazenamento, sem preocupação com a estética.

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A casa à direita, por outro lado, apresenta um estilo mais residencial e moderno.

A varanda com gradeamento decorativo, a porta azul e a janela com moldura indicam que é uma casa habitada, com maior atenção aos detalhes e ao conforto.

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A casa à esquerda mostra sinais de desgaste, com o telhado de telhas visivelmente envelhecido e a porta de madeira em muito mau estado, sugerindo que não é usada regularmente e que não recebe manutenção.

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A casa à direita parece estar em muito melhores condições, com a varanda e a porta pintada de azul indicando que é mantida.

O reboco nas paredes superiores também sugere uma renovação mais recente.

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A casa à esquerda, com a sua porta ampla e ausência de janelas grandes, parece ter uma função utilitária, como guardar ferramentas, animais ou colheitas e que já teve vida

A casa à direita, com a sua varanda e entrada mais elaborada, é claramente uma residência, projetada para moradia e convivência.

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A casa à esquerda é de um único andar, com uma estrutura mais baixa e compacta.

A casa à direita tem dois andares, com uma varanda no segundo piso, o que a torna mais vertical e funcional para uma família.

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A casa à esquerda não apresenta elementos decorativos, reforçando a sua natureza utilitária ou abandonada.

A casa à direita tem detalhes como o gradeamento da varanda, que possui um padrão decorativo, e a porta azul, que adiciona um toque de cor e personalidade.

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A fotografia de Mário Silva captura um contraste interessante entre o passado e o presente da arquitetura rural.

A casa à esquerda representa a tradição, com a sua construção rústica e funcional, enquanto a casa à direita simboliza uma evolução, com elementos mais modernos e residenciais.

Apesar das diferenças, ambas compartilham a essência da aldeia: o uso de materiais locais, como a pedra e as telhas, e a integração com o ambiente natural e comunitário.

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A composição da imagem, com o caminho de pedra entre as duas casas, reforça a ideia de conexão entre o antigo e o novo, sugerindo que, mesmo com o passar do tempo, a aldeia mantém sua identidade cultural.

A assinatura de Mário Silva no canto inferior direito indica que a fotografia pode ter um valor artístico, além de documental, capturando a essência da vida rural com sensibilidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Fev25

“A igreja e a sua importância"


Mário Silva Mário Silva

“A igreja e a sua importância"

23Fev DSC00472_ms

A Igreja desempenha um papel fundamental na vida das comunidades rurais de Trás-os-Montes, tanto do ponto de vista arquitetónico, como cultural, social e religioso.

A fotografia de Mário Silva capta essa essência ao destacar uma igreja típica da região, inserida na paisagem natural e refletindo a importância histórica desses edifícios para o povo transmontano.

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As igrejas rurais de Trás-os-Montes apresentam um estilo arquitetónico tradicional, muitas vezes marcado por influências barrocas e românicas.

A igreja na imagem tem uma estrutura simples, com paredes brancas e um telhado de telha avermelhada, características comuns nas construções religiosas do interior português.

A torre sineira, com arcos bem definidos e uma cruz no topo, simboliza a presença divina e a ligação entre o céu e a terra.

O relógio na fachada reforça a sua função como ponto central da aldeia, regulando o tempo e a vida dos moradores.

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A Igreja é mais do que um edifício religioso; é um marco identitário para as comunidades rurais.

Ao longo dos séculos, esses templos foram espaços de celebração, memória e tradição.

As festividades religiosas, como as festas em honra dos santos padroeiros, romarias e procissões, reúnem os habitantes e descendentes da terra, reforçando os laços culturais e perpetuando as tradições locais.

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Além de local de culto, a Igreja é um ponto de encontro e convivência.

Em muitas aldeias transmontanas, é junto à Igreja que se realizam as principais interações sociais, desde reuniões comunitárias a eventos festivos.

Para uma população que historicamente enfrentou isolamento geográfico e dificuldades socioeconómicas, a Igreja sempre representou um espaço de união, onde os moradores partilham alegrias e tristezas.

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A fé tem um papel central na vida das populações rurais de Trás-os-Montes.

A Igreja representa a espiritualidade e a devoção do povo, sendo o local onde ocorrem os momentos mais importantes da vida comunitária, como batismos, casamentos e funerais.

Para muitos, a igreja é um refúgio espiritual, um espaço de oração e esperança, onde encontram conforto e orientação.

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Como conclusão, a Igreja, como a representada na fotografia de Mário Silva, é um símbolo de resistência e continuidade.

Em Trás-os-Montes, ela permanece como um elo entre o passado e o presente, refletindo a fé, a cultura e a identidade de um povo profundamente ligado às suas raízes e tradições.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Fev25

“Pormenor da fachada da Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo” (Porto – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

“Pormenor da fachada da Igreja da Venerável

Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo”

(Porto – Portugal)

21Fev DSC08966_ms

A fotografia " Pormenor da fachada da Igreja do Carmo" de Mário Silva captura um detalhe arquitetónico desta joia do barroco e rococó situada no Porto, Portugal.

A Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, construída entre 1756 e 1768, sendo o projeto do arquiteto José Figueiredo Seixas, reflete o esplendor artístico e religioso do século XVIII.

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A imagem destaca uma escultura em pedra no topo da fachada da igreja, provavelmente representando São Lucas, tradicionalmente associado ao touro, seu símbolo iconográfico.

A figura esculpida segura um livro e um instrumento de escrita, remetendo à sua identidade como evangelhista.

O contraste entre a textura da pedra envelhecida e o céu azul cria uma composição visualmente impactante, ressaltando a riqueza ornamental da igreja.

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A igreja é um dos exemplos mais notáveis do rococó no Porto.

A sua fachada apresenta elementos típicos desse estilo, como curvas dinâmicas, ornamentos exuberantes e uma sensação de movimento nas esculturas e relevos.

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A escultura destacada na fotografia faz parte de um conjunto mais amplo que adorna a igreja, incluindo representações de santos e símbolos religiosos esculpidos em granito.

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Embora não visível na imagem, um dos elementos mais famosos da Igreja do Carmo é o seu grandioso painel lateral de azulejos, instalado em 1912, representando cenas da fundação da Ordem Carmelita.

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O interior da igreja mantém o luxo do barroco, com altares em talha dourada, pinturas e elementos decorativos detalhados.

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A fotografia de Mário Silva consegue capturar a essência do esplendor artístico da Igreja do Carmo, focando-se num detalhe muitas vezes ignorado pelo olhar casual.

A escolha do ângulo e da iluminação realça as texturas da pedra e a expressividade da escultura, enquanto o céu limpo ao fundo confere profundidade à imagem.

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Esta abordagem fotográfica convida o observador a refletir sobre a grandiosidade dos edifícios históricos e o seu papel na identidade cultural.

A preservação deste património é fundamental para manter viva a memória artística e religiosa do Porto.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Fev25

"O Portelo” - Um Olhar Sobre o Passado


Mário Silva Mário Silva

"O Portelo”

Um Olhar Sobre o Passado

03Fev DSC09253_ms

A fotografia "O Portelo" de Mário Silva, ao apresentar um portão de ferro enferrujado encravado em muros de pedra, transporta-nos para um universo rural, carregado de história e tradição.

O portelo, elemento central da imagem, revela-se mais do que uma simples passagem: é um portal para o passado, um testemunho da vida que outrora se desenrolou por trás daqueles muros.

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A composição da fotografia é marcada pela simplicidade e pela força evocativa.

O portão, com as suas linhas retas e verticais, contrasta com a organicidade da vegetação que o circunda.

A ferrugem que cobre o ferro evoca o passar do tempo, a ação dos elementos naturais sobre o objeto construído pelo homem.

A luz, suave e dourada, confere à imagem uma atmosfera melancólica, convidando à reflexão.

O portelo é um elemento característico das aldeias transmontanas.

Ele delimita propriedades, separa o espaço público do privado, mas também conecta os habitantes entre si.

A fotografia de Mário Silva captura a essência desse elemento arquitetónico, revelando a sua importância no quotidiano das comunidades rurais.

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A fotografia "O Portelo" convida-nos a refletir sobre a importância da propriedade privada nas aldeias transmontanas.

Esses pequenos pedaços de terra, muitas vezes herdados de geração em geração, são mais do que simples propriedades: são alicerces de identidades, testemunhos de histórias familiares e elementos essenciais da paisagem cultural.

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As aldeias transmontanas enfrentam desafios como o envelhecimento da população, o êxodo rural e a desvalorização do património rural.

Nesse contexto, a propriedade privada encontra-se ameaçada.

Muitas terras estão abandonadas, os muros caem e os portelos enferrujam.

A preservação do património rural, incluindo a propriedade privada, é fundamental para a salvaguarda da identidade das aldeias transmontanas.

É preciso valorizar a história e a cultura desses lugares, promovendo a sua preservação e revitalização.

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Em conclusão, a fotografia "O Portelo" de Mário Silva é mais do que uma simples imagem: é um convite à reflexão sobre a importância do património rural e da propriedade privada nas aldeias transmontanas.

Ao capturar a essência desse elemento arquitetónico, o fotógrafo convida-nos a valorizar a história e a cultura desses lugares, contribuindo para a sua preservação e revitalização.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Jan25

"A Igreja de São João Batista de Cimo de Vila da Castanheira"


Mário Silva Mário Silva

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"A Igreja de São João Batista

de Cimo de Vila da Castanheira"

12Jan DSC05543

A fotografia de Mário Silva captura a essência da Igreja de São João Batista de Cimo de Vila da Castanheira, um monumento nacional de grande valor histórico e arquitetónico.

A imagem revela a simplicidade e a solidez da construção românica, destacando os elementos mais característicos deste estilo arquitetónico.

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A fotografia apresenta uma perspetiva frontal da igreja, com a torre sineira à esquerda e o corpo principal à direita.

A construção em pedra, com tonalidades quentes e envelhecidas, contrasta com o telhado de telha vermelha.

A porta principal, com arco de volta inteira, é o elemento central da fachada, convidando o observador a entrar no interior do templo.

A vegetação circundante, com tons outonais, adiciona um toque de romantismo à imagem.

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A composição é equilibrada, com a igreja a ocupar o centro da imagem e a vegetação servindo como enquadramento.

A linha diagonal formada pelo telhado da igreja e pela vegetação cria uma sensação de profundidade e conduz o olhar do observador para o ponto focal da imagem.

A luz natural, suave e difusa, envolve a cena, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

As sombras suaves e alongadas contribuem para a sensação de profundidade e tridimensionalidade da imagem.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de terra e ocre, que evocam a sensação de antiguidade e tradição.

O contraste entre a pedra da igreja e o telhado vermelho cria um efeito visual interessante.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, permitindo que todos os elementos da imagem estejam nítidos, desde o primeiro plano até ao fundo.

A escolha do diafragma e da velocidade do obturador permitiu capturar a textura da pedra e a atmosfera do local.

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A utilização da pedra como material de construção é uma característica marcante do estilo românico.

A porta principal, com arco de volta inteira, é um elemento típico da arquitetura românica, conferindo à igreja uma sensação de solidez e robustez.

As linhas simples e as formas geométricas são características marcantes do estilo românico, que se manifesta na ausência de ornamentos excessivos.

A torre, com as suas características defensivas, evidencia a importância das igrejas românicas como refúgios em tempos de guerra.

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A fotografia evoca uma série de emoções e sensações no observador:

- A atmosfera serena da fotografia, com a igreja isolada no campo, transmite uma sensação de paz e tranquilidade.

- A igreja, com a sua arquitetura imponente e a sua história milenar, evoca um sentimento de respeito e admiração pelo passado.

- A igreja, integrada na paisagem natural, estabelece uma conexão entre o homem e a natureza.

-  A igreja, como lugar de culto, evoca sentimentos de espiritualidade e fé.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância histórica da Igreja de São João Batista de Cimo de Vila da Castanheira.

Através de uma composição cuidadosa e de uma paleta de cores harmoniosa, o fotógrafo convida o observador a uma viagem no tempo, permitindo-lhe apreciar a riqueza do património cultural português.

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Texto & Fotofrafia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Out24

Fonte de mergulho - VILA FRADE– Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

Fonte de mergulho

VILA FRADE – Chaves – Portugal

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Fonte de chafurdo, ou de mergulho, é uma fonte em que se retira a água, de uma cova pouco funda, submergindo as vasilhas (por exemplo, cântaros de barro). Estão geralmente num nível inferior ao do solo, existindo escadas que dão acesso à água. A água está, habitualmente, protegida por uma abóbada feita de pedra.

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"Fonte chafurdo, ou de mergulho” Vila Frade– Chaves – Portugal"

Fonte de chafurdo, ou de mergulho, é uma fonte em que se retira a água, de uma cova pouco funda, submergindo as vasilhas (por exemplo, cântaros de barro).

Estão geralmente num nível inferior ao do solo, existindo escadas que dão acesso à água.

A água está, habitualmente, protegida por uma abóbada feita de pedra.

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A fotografia de Mário Silva captura a essência de uma fonte de mergulho, um elemento arquitetónico e funcional que evoca um passado rural e tradicional.

A imagem, além de documentar um património histórico e cultural, convida-nos a uma reflexão sobre a importância da água e das fontes como elementos centrais na vida das comunidades rurais.

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A fotografia apresenta uma fonte de mergulho em pedra, com uma abóbada semicircular que protege a água.

A estrutura, rústica e envelhecida pelo tempo, contrasta com a delicadeza das grades de ferro que fecham a abertura.

A luz natural incide sobre a cena, criando sombras e destacando as texturas da pedra.

A envolvente da fonte, com vegetação rasteira e um caminho de terra batida, sugere um ambiente rural e tranquilo.

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A fotografia documenta um elemento fundamental da vida rural em Portugal, as fontes de mergulho.

Essas estruturas, muitas vezes esquecidas, são testemunhas de um modo de vida mais simples e ligado à natureza.

As fontes de mergulho fazem parte do património cultural de muitas comunidades rurais.

A fotografia de Mário Silva contribui para a preservação da memória e da identidade dessas comunidades.

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A fotografia demonstra o equilíbrio entre a forma e a função da fonte.

A abóbada em pedra, além de proteger a água, confere à estrutura uma beleza estética.

O contraste entre a aspereza da pedra e a delicadeza das grades de ferro cria uma dinâmica visual interessante.

A fotografia utiliza uma profundidade de campo que permite ao observador apreciar os detalhes da fonte, desde a textura da pedra até as plantas que crescem ao redor.

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A água, elemento vital, está presente em todas as culturas como símbolo de vida, renovação e purificação.

A fonte de mergulho, como ponto de captação da água, representa este ciclo.

As fontes eram locais de encontro e socialização, onde as pessoas se reuniam para buscar água e trocar notícias.

A fotografia, embora mostre a fonte vazia, evoca a ideia de comunidade e de partilha.

A fonte de mergulho é um elemento atemporal, que conecta o passado ao presente.

A fotografia convida-nos a refletir sobre a passagem do tempo e a importância de preservar as nossas raízes.

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Em conclusão, a fotografia "Fonte de mergulho - Vila Frade– Chaves – Portugal" é mais do que uma simples imagem.

É uma obra que nos transporta para um tempo e um lugar diferentes, convidando-nos a uma reflexão sobre a nossa história e a nossa relação com a natureza.

A fotografia de Mário Silva é um testemunho da importância de valorizar e preservar o nosso património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Out24

Antigo pórtico e antiga capela - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

Antigo pórtico, encimado por uma concha de S. Tiago e dois pináculos e anexo, a antiga capela que já foi dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres (antes de ser reformada e descaraterizada, tendo-se perdido a sua essência, significado e interesse cultural e artístico) - Águas Frias - Chaves - Portugal

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A fotografia apresenta um elemento arquitetónico de grande valor histórico e cultural, localizado em Águas Frias, Chaves, Portugal:

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A estrutura principal da imagem é um pórtico, uma espécie de portal ou entrada monumental, que outrora dava acesso a um espaço sagrado.

O pórtico é encimado por uma concha, símbolo tradicionalmente associado ao Apóstolo Santiago, padroeiro de Portugal.

Essa concha, além de seu valor religioso, também possui conotações marítimas e de peregrinação, remetendo às rotas percorridas pelos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.

Dos lados da concha, observam-se dois pináculos, elementos arquitetónicos em forma de torre aguda, que conferem verticalidade e ornamentação ao pórtico.

O pórtico faz parte de um conjunto arquitetónico maior, que no passado abrigava uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres.

A presença da capela indica a importância religiosa do local e a devoção dos habitantes àquela santa.

A capela passou por reformas que a descaracterizaram, resultando na perda da sua essência, significado e valor cultural e artístico.

Essa informação é preocupante, pois indica a perda de um património histórico e religioso importante para a comunidade.

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A fotografia captura um momento de transição e perda.

O pórtico, com sua concha e pináculos, testemunha um passado rico em fé e tradição.

A referência à Nossa Senhora dos Prazeres evoca um tempo em que a religiosidade popular era mais intensa e a comunidade se reunia em torno dos seus símbolos e práticas religiosas.

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No entanto, as reformas sofridas pela capela representam uma rutura com esse passado.

A descaracterização do edifício significa a perda de um elo com a história local e com a identidade da comunidade.

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A descaracterização da capela pode ter levado à perda de um ponto de referência e de um espaço de encontro para os moradores de Águas Frias.

É fundamental encontrar um equilíbrio entre a conservação dos elementos originais e a adaptação dos edifícios às novas funções.

A comunidade local tem um papel fundamental na valorização e proteção do seu património, através da participação em iniciativas de preservação e da sensibilização para a importância da história local.

Em resumo, a fotografia do pórtico em Águas Frias convida-nos a refletir sobre a importância da preservação do património histórico e cultural.

A perda da capela representa uma perda para a comunidade e para o nosso património nacional.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
30
Set24

Coleção de “cachorros” figurados da fachada norte - Igreja Românica de São João Baptista - Cimo de Vila da Castanheira (Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Coleção de “cachorros” figurados da fachada norte

Igreja Românica de São João Baptista

Cimo de Vila da Castanheira (Chaves – Portugal)

30Set DSC07125_ms

A fotografia de Mário Silva captura um detalhe arquitetónico singular da Igreja Românica de São João Baptista, em Cimo de Vila da Castanheira, Chaves.

A imagem focaliza uma série de esculturas zoomorfas, popularmente conhecidas como "cachorros", que adornam a fachada norte do edifício.

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A fotografia apresenta uma composição equilibrada, com as esculturas em destaque contra o fundo do céu azul e da parede de granito.

A luz natural incide sobre as figuras, realçando os detalhes da pedra esculpida e as expressões dos animais.

As esculturas, embora estilizadas, apresentam características realistas, com focinhos proeminentes, orelhas pontudas e olhos expressivos.

A disposição das figuras, em linha horizontal, cria um ritmo visual que conduz o olhar do observador ao longo da fachada.

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A presença de esculturas zoomorfas em fachadas de edifícios religiosos é um elemento comum na arquitetura românica.

Essas representações, muitas vezes associadas a animais reais ou míticos, possuem um significado simbólico profundo, relacionado tanto à fé cristã como a crenças populares.

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Os "cachorros" podem representar guardiões do templo, protegendo-o de influências malignas.

 A figura do cão, associada à lealdade e à vigilância, era frequentemente utilizada em contextos religiosos para simbolizar a proteção divina.

As esculturas podem ter uma função apotropaica, ou seja, serviriam para afastar o mau-olhado e outras forças negativas.

A presença de animais grotescos ou demoníacos era frequentemente utilizada com esse propósito em diversas culturas.

Além do significado simbólico, as esculturas também desempenham uma função decorativa, enriquecendo a fachada do edifício e tornando-a mais expressiva.

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As esculturas apresentam um estilo românico característico, com formas simples e robustas, e uma forte expressão de força e energia.

A utilização do granito, material abundante na região, confere às esculturas uma grande durabilidade e resistência ao desgaste do tempo.

A criação dessas esculturas está inserida num contexto histórico e cultural específico, marcado pela religiosidade popular e pela influência da arte românica.

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Como conclusão, a fotografia de Mário Silva revela um património cultural de grande valor, que merece ser estudado e preservado.

As esculturas da Igreja de São João Baptista são testemunhas de um passado rico e complexo, e constituem um elemento fundamental da identidade cultural da região.

Através da análise desta imagem, podemos aprofundar os nossos conhecimentos sobre a arte românica, a religiosidade popular e a história de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Ago24

"Igreja de costas voltadas para a aldeia  Águas Frias - Chaves - Portugal, inundada pela luz do sol poente." Será que isso é sinal Divino?!!!


Mário Silva Mário Silva

"Igreja de costas voltadas para a aldeia 

Águas Frias - Chaves - Portugal,

inundada pela luz do sol poente."

Será que isso é sinal Divino?!!!

18Ago DSC07179_ms

A fotografia captura um cenário rural característico de Portugal, com uma igreja em destaque contra o pano de fundo de uma colina arborizada e um castelo em ruínas.

A composição e a iluminação da imagem revelam um cuidado estético e uma sensibilidade para a fotografia paisagística.

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A igreja é posicionada no terço direito da imagem, criando uma diagonal visual que conduz o olhar do observador para o castelo no topo da colina.

Esse enquadramento confere à imagem uma dinâmica visual e estabelece uma relação hierárquica entre os elementos.

A perspetiva utilizada confere à imagem uma sensação de profundidade, com a igreja em primeiro plano e o castelo no plano de fundo.

Essa perspetiva enfatiza a hierarquia visual e a relação entre os elementos.

A luz natural do final da tarde incide sobre a fachada da igreja, criando contrastes entre as áreas iluminadas e as sombras. Essa iluminação confere à imagem um efeito dramático e destaca a textura das pedras e dos telhados.

A paleta de cores é predominantemente quente, com tons de ocre, dourado e vermelho, típicos de paisagens rurais ao pôr do sol.

Essas cores transmitem uma sensação de tranquilidade e nostalgia.

A presença de árvores, campos de cultivo e a colina arborizada conferem à imagem um caráter natural e bucólico.

Esses elementos contrastam com a arquitetura da igreja e do castelo, estabelecendo uma relação entre o homem e a natureza.

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A fotografia de Mário Silva pode ser interpretada em diversos níveis:

-  A imagem retrata um património cultural de grande valor histórico e arquitetónico: a igreja e o castelo.

Essa representação visual contribui para a valorização e preservação desse património.

-  A coexistência da arquitetura humana com a natureza é um tema recorrente na fotografia.

A imagem de Mário Silva estabelece um diálogo entre esses dois elementos, mostrando a harmonia entre o construído e o natural.

-  A presença do castelo em ruínas evoca um passado histórico e cultural rico.

A igreja, como edifício religioso, representa a continuidade da tradição e da fé ao longo dos séculos.

A imagem, assim, estabelece um diálogo entre o passado e o presente, entre a memória e o tempo presente.

-  A atmosfera serena e bucólica da imagem, associada à presença da igreja, evoca sentimentos de tranquilidade e espiritualidade.

A luz suave do final da tarde contribui para essa atmosfera contemplativa.

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A fotografia de Mário Silva é uma obra de grande beleza estética e riqueza interpretativa.

A composição cuidadosa, a iluminação eficaz e a escolha dos elementos visuais conferem à imagem uma força expressiva e uma capacidade de evocar emoções e reflexões.

Essa fotografia pode ser apreciada tanto pela sua qualidade técnica quanto pelo seu valor simbólico e cultural.

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A composição da imagem segue a regra dos terços, um princípio básico da fotografia que divide a imagem em nove partes iguais por duas linhas horizontais e duas verticais.

Os pontos de interseção dessas linhas são considerados os pontos mais fortes da composição.

A igreja é fotografada em plano americano, ou seja, dos joelhos para cima, o que permite visualizar a figura humana em sua totalidade e enfatizar a relação entre a figura e o ambiente.

A fotografia apresenta uma grande profundidade de campo, o que significa que tanto a igreja em primeiro plano quanto o castelo no fundo estão nítidos.

Essa técnica permite que o espectador explore a imagem em diferentes planos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Jul24

Casas Rurais no Norte Transmontano: Importância para o Turismo e Economia


Mário Silva Mário Silva

Casas Rurais no Norte Transmontano:

Importância para o Turismo e Economia

Jul09 DSC06506_ms

A fotografia mostra uma casa rural localizada em Castelo, uma freguesia do concelho de Chaves, no norte de Portugal.

As casas rurais são uma parte integrante do panorama arquitetónico e cultural da região transmontana, oferecendo uma janela para o passado e uma oportunidade para o desenvolvimento económico através do turismo rural.

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As casas rurais da região norte de Trás-os-Montes, como a exemplificada na imagem, possuem características únicas que refletem a história e a cultura da região:

Feitas de pedra e com telhados de telha vermelha, essas casas têm um charme rústico e uma durabilidade impressionante.

As paredes espessas de pedra proporcionam isolamento térmico natural, mantendo o interior fresco no verão e quente no inverno.

A presença de grandes ânforas de barro, como as mostradas na imagem, não é apenas decorativa, mas também funcional, pois eram tradicionalmente usadas para armazenamento de vinho e azeite.

As casas estão frequentemente localizadas em áreas de grande beleza natural, rodeadas por vegetação densa e montanhas, oferecendo um refúgio tranquilo e pitoresco.

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O turismo rural tem crescido significativamente na região de Trás-os-Montes, atraindo visitantes que buscam uma experiência autêntica e relaxante.

As casas rurais desempenham um papel crucial neste setor:

Os turistas podem experimentar a vida rural autêntica, desfrutando de atividades como caminhadas, colheita de frutas, e participação em festividades locais.

Muitas dessas casas foram convertidas em alojamentos turísticos, conhecidos como "turismo de habitação" ou "agroturismo", oferecendo acomodações confortáveis com um toque de tradição.

A proximidade com quintas e produtores locais permite aos turistas degustar produtos regionais frescos, como queijos, vinhos, e azeites, muitas vezes produzidos de forma artesanal.

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Além de atrair turistas, as casas rurais têm um impacto positivo na economia local de várias maneiras:

A manutenção e operação das casas rurais, bem como os serviços associados ao turismo (como guias, restaurantes, e lojas de artesanato), geram empregos para os residentes locais.

O turismo rural promove práticas sustentáveis e a preservação do património cultural e natural, incentivando o uso responsável dos recursos locais.

A revitalização das casas rurais e a afluência de turistas ajudam a manter vivas as tradições e costumes locais, além de proporcionar um fluxo constante de renda para as comunidades rurais.

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As casas rurais, como a situada em Castelo, Chaves, são mais do que simples construções antigas; elas são um símbolo da rica herança cultural de Trás-os-Montes e um pilar para o desenvolvimento do turismo e da economia local.

Ao preservar e promover essas casas, a região não só celebra a sua história, mas também assegura um futuro próspero e sustentável.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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