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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

04
Set24

A Beleza Apagada: A Albufeira do Rio Arcossó e os Desafios da Seca


Mário Silva Mário Silva

A Beleza Apagada:

A Albufeira do Rio Arcossó e os Desafios da Seca

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A albufeira do rio Arcossó, localizada junto à barragem das Nogueirinhas em Chaves, Portugal, é um testemunho da intrincada relação entre a natureza e a ação humana.

Em tempos, as suas águas límpidas espelhavam a exuberante vegetação circundante, criando um cenário de serena beleza.

Contudo, a imagem que se apresenta hoje é marcada por uma profunda tristeza, com os níveis de água significativamente reduzidos, expondo um leito seco e rachado.

Essa transformação dramática é um reflexo alarmante das mudanças climáticas e da gestão inadequada dos recursos hídricos.

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A beleza da albufeira do rio Arcossó reside na sua capacidade de evocar uma sensação de tranquilidade e conexão com a natureza.

A sinuosidade das suas margens, a variedade de tonalidades verdes da vegetação e o reflexo do céu nas águas calmas compunham um quadro harmonioso que inspirava a contemplação e o descanso.

A albufeira era um espaço privilegiado para atividades recreativas, como a pesca, o piquenique e o contato com a fauna local.

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No entanto, a seca prolongada e a diminuição drástica do volume de água têm transformado esse cenário idílico numa paisagem desolada.

O leito do rio, antes coberto pelas águas cristalinas, revela agora uma extensão árida e rachada, pontuada por rochas e sedimentos.

A vegetação ribeirinha, antes exuberante, apresenta sinais de stress hídrico, com folhas amareladas e caules secos.

A fauna aquática, que dependia das águas da albufeira para sobreviver, encontra-se em grave risco, com a diminuição drástica dos seus habitats e a escassez de alimento.

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As causas dessa situação complexa são multifacetadas.

As alterações climáticas, com o aumento das temperaturas e a redução das precipitações, são um fator determinante.

A intensificação dos períodos de seca prolongada e a maior frequência de eventos extremos, como as ondas de calor, têm um impacto direto sobre os recursos hídricos, reduzindo significativamente o volume de água armazenada nas albufeiras.

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Além das mudanças climáticas, a gestão inadequada dos recursos hídricos por parte das autoridades competentes agrava a situação.

A falta de investimentos em infraestruturas de armazenamento e distribuição de água, a ineficiência dos sistemas de rega e a ausência de políticas públicas eficazes para a gestão sustentável dos recursos hídricos contribuem para a escassez hídrica e para a degradação dos ecossistemas aquáticos.

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A observação da albufeira do rio Arcossó no seu estado atual desperta sentimentos de tristeza e preocupação.

A beleza que outrora caracterizava esse espaço natural encontra-se seriamente comprometida, e os impactos dessa situação estendem-se além do âmbito ambiental.

A escassez de água afeta diretamente a agricultura, a indústria e o abastecimento humano, gerando conflitos pelo uso desse recurso essencial.

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Diante desse cenário, é urgente a adoção de medidas para mitigar os efeitos da seca e promover a gestão sustentável dos recursos hídricos.

A implementação de políticas públicas que incentivem a eficiência hídrica e a reutilização de águas residuais são algumas das ações necessárias.

Além disso, é fundamental investir em programas de educação ambiental para conscientizar a população sobre a importância da água e a necessidade de economizar esse recurso.

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A albufeira do rio Arcossó é um lembrete da fragilidade dos ecossistemas aquáticos e da necessidade de agirmos de forma responsável para garantir a sua preservação.

A beleza perdida desse espaço natural deve servir como um alerta para a urgência de enfrentarmos os desafios das mudanças climáticas e de promovermos uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos.

A água é um bem essencial para todos os seres vivos, e a sua escassez representa uma ameaça para o presente e para as futuras gerações.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Ago24

A Crise Hídrica na Albufeira das Nogueirinhas: Um Reflexo das Alterações Climáticas e do Desperdício na Rega


Mário Silva Mário Silva

A Crise Hídrica na Albufeira das Nogueirinhas:

Um Reflexo das Alterações Climáticas e

do Desperdício na Rega

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A fotografia da albufeira das Nogueirinhas, com os seus níveis de água dramaticamente baixos, serve como um poderoso testemunho dos impactos combinados das alterações climáticas e das práticas de gestão de recursos hídricos, particularmente no que diz respeito à rega da veiga de Chaves.

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As alterações climáticas, manifestadas através de períodos prolongados de seca, temperaturas extremas e padrões de precipitação irregulares, exercem uma pressão crescente sobre os recursos hídricos de Portugal.

A região de Chaves, como muitas outras, tem sido particularmente vulnerável a estes efeitos.

A diminuição das precipitações e o aumento da evapotranspiração, resultado das temperaturas mais elevadas, contribuem significativamente para a redução dos níveis de água nas albufeiras, como a das Nogueirinhas.

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A agricultura, em particular a rega da veiga de Chaves, é um grande consumidor de água.

A falta de eficiência nos sistemas de rega, a utilização de métodos tradicionais que desperdiçam grandes quantidades de água por evaporação e percolação, e a ausência de uma gestão integrada dos recursos hídricos agravam a situação.

A veiga de Chaves, com as suas vastas áreas cultivadas, representa um grande desafio em termos de gestão sustentável da água.

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A diminuição drástica dos níveis de água na albufeira das Nogueirinhas tem implicações significativas para diversos setores:

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- A escassez de água compromete a produção agrícola, afetando a renda dos agricultores e a segurança alimentar da região.

- A redução do caudal dos rios e a diminuição do volume de água nas albufeiras impacta a biodiversidade aquática e os ecossistemas ribeirinhos.

-  A escassez de água pode afetar o abastecimento às populações, tanto para consumo doméstico como para atividades industriais.

- A produção de energia hidroelétrica, que depende dos níveis de água nas albufeiras, é reduzida.

- A degradação ambiental e a diminuição da disponibilidade de água para atividades recreativas podem afetar o setor turístico.

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Para enfrentar esta crise, é necessário adotar uma abordagem multifacetada que inclua:

- Eficiência hídrica na agricultura: Promover a adoção de sistemas de rega mais eficientes, como a rega localizada, e incentivar a utilização de tecnologias que permitam uma gestão mais precisa da água.

- Gestão integrada dos recursos hídricos: Implementar planos de gestão que contemplem a alocação eficiente da água entre os diferentes usos, considerando as necessidades ambientais, sociais e económicas.

- Sensibilização e educação: Promover a consciencialização da população para a importância da água e a necessidade de poupar este recurso.

- Investigação e desenvolvimento: Apoiar a investigação em novas tecnologias e práticas agrícolas que permitam otimizar o uso da água.

- Adaptação às alterações climáticas: Desenvolver medidas de adaptação às alterações climáticas, como a criação de infraestruturas de armazenamento de água e a diversificação das culturas agrícolas.

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A fotografia da albufeira das Nogueirinhas é um alerta para a urgência de agir.

A crise hídrica é um desafio complexo que exige a cooperação de todos os atores envolvidos, desde os agricultores aos decisores políticos.

A transição para uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos é fundamental para garantir a resiliência das comunidades e dos ecossistemas face às alterações climáticas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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