O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)
Mário Silva Mário Silva
O encontro entre o vaidoso e colorido abelharuco "Merops apiaster" e o taciturno estorninho-preto “Sturnus unicolor” ... (2.ª parte)
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(continuação …)
Numa manhã de Primavera, encontraram-se duas aves antagónicas, tanto pela sua beleza como pelas suas características: o abelharuco "Merops apiaster" e o estorninho preto “Sturnus unicolor”. Os dois pássaros estavam empoleirados num ramo de árvore, olhando um para o outro de lados opostos.
O colorido abelharuco olhava para o seu reflexo nas penas pretas e brilhantes do estorninho, enquanto este - que se destaca pelo seu comportamento silencioso - se recusava a reconhecê-lo.
O abelharuco era uma visão vívida de penas cor-de-laranja e amarelas brilhantes, com manchas azuis nas asas e um toque de vermelho na cauda. Por outro lado, o estorninho preto ostentava uma pelagem totalmente preta que irradiava um brilho lustroso aos raios de sol.
Os dois pássaros observavam-se de uma altura quase desdenhosa - o abelharuco com o seu bico orgulhoso inclinado para cima e o estorninho com os seus olhos de bico virado para o lado. Naquele momento, eles encapsularam dois estilos contrastantes: um extravagante e vaidoso, e outro solene e digno.
Conclusão
O encontro entre o Abelharuco e o Estorninho-preto é um exemplo fascinante da interação entre espécies na natureza. É certo que o Abelharuco era bastante colorido e o Estorninho Negro bastante conservador, mas foram capazes de ultrapassar as suas diferenças e coexistir pacificamente. Este encontro serve como um ótimo lembrete de que devemos tentar apreciar e respeitar a diversidade do nosso mundo natural e que todos podemos aprender algo uns com os outros. Todos nós podemos ser um pouco mais como o Abelharuco e o Estorninho-preto - abraçando as nossas diferenças e celebrando as nossas semelhanças.
O encontro entre aves tão diferentes serve para lembrar que a diversidade enriquece a natureza. Embora as suas aparências e hábitos fossem muito diferentes, tanto o abelharuco como o estorninho encontraram uma forma de coexistir pacificamente no mesmo ramo. Isto reflete a forma como os seres humanos com diferentes perspetivas, origens e interesses podem aprender uns com os outros se nos aproximarmos com abertura e respeito.
Quando abraçamos a diversidade em vez de tentarmos conformar os outros às nossas próprias preferências, ganhamos novos conhecimentos e ideias que expandem as nossas perspetivas limitadas. Diferentes culturas, religiões e etnias enriquecem a experiência humana quando nos encontramos como iguais. E apesar de, por vezes, surgirem inevitavelmente conflitos, podemos resolver as nossas divergências de forma não violenta através de uma comunicação aberta e de um compromisso.
À medida que continuamos a nossa viagem de descoberta na natureza, devemos esforçar-nos por interagir com os outros da mesma forma que o abelharuco e o estorninho o fizeram - com harmonia, aceitação e vontade de experimentar a beleza que a diversidade traz quando unidos no mesmo ramo. Que possamos aprender a ver para além das diferenças superficiais a maravilha partilhada que une toda a vida no nosso pequeno planeta.
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Texto e fotografia: ©MárioSilva
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