Aldeia transmontana deÁguas Frias (Chaves) – Portugal
e ocastelo de Monforte de Rio Livre…
É o REINO MARAVILHOSO …
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Trás-os-Montes“fica no cimo de Portugal, como os ninhos ficam no cimo das árvores para que a distância os torne mais impossíveis e apetecidos”
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“(…) Reino Maravilhoso. Embora muitas pessoas digam que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite.”
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“Serra, seio de pedra Onde mamei a infância Amor de mãe, que medra Quando medra a distância.”
“Monforte de Rio Livre foi uma vila e sede de concelho localizada na atual freguesia de Águas Fias no município de Chaves.
A importância da vila esteve ligada ao seu castelo, mandado construir pelo rei Afonso III em 1253 aquando visitou a região. Em 1273 a povoação recebeu foral do mesmo rei, altura em que devem ter-se iniciado as obras de reforma do conjunto que, na sua maior parte, chegou até aos nossos dias.
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Logo a seguir Afonso III alçou a vila a cabeça de território, dentro do mesmo processo de organização da fronteira setentrional, e concedeu-lhe uma série de facilidades, entre as quais, um couto de homiziados, sede duma das 4 judiarias de Trás-os-Montes (junto a Chaves, Mogadouro e Bragança) e instituiu-lhe uma feira na região de dous dias, célebre até recentemente.
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Estes privilégios, para além duma localização perto da fronteira com a Galiza, facilitou a instalação de Judeus que, como no caso da Judiaria galega de Monte-Rei, moravam dentro da fortaleza, mas na área murada que envolve o castelo, permitindo o desenvolvimento de toda classe de negócios.
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Porém, a zona nunca se desenvolveu muito e pensa-se que muitos dos judeus que moraram aqui no século XIV foram para Chaves. No final do século XVIII habitavam junto do castelo 5 famílias judaicas.
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No início do século XIX a vila encontrava-se despovoada e, numa reforma administrativa, em 1836 a sede do município é transferida para a freguesia de Lebução, e em 1853 o concelho é extinto, passando parte das suas freguesias para Chaves ou Valpaços. Com a extinção do Concelho, o castelo foi abandonado, assim como a povoação.”
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Artigo redigido a partir de informações do historiador Jorge Alves Ferreira
Vou deixar aqui um excerto da descrição feita pelo site “Fortalezas” sobre esta fortificação, do início do séc. XX até à data da sua publicação.
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Do século XX aos nossos dias
. “No início do século XX ainda se realizava uma feira junto ao antigo castelo. . O castelo encontra-se classificado como Monumento Nacional pelo Decreto n.º 37.728, publicado no Diário do Governo, I Série, n.º 4, de 5 de janeiro de 1950.
. Em visita às ruínas do castelo em setembro de 1961, o poeta Miguel Torga registou: . "(...) Também eu sinto neste momento não sei que despeitada revolta, que surdo desespero. Do lado de lá da fronteira, Monterrey, altaneiro, majestoso, ufano das suas aladas torres, do seu palácio senhorial, da sua igreja românica, cofre dum retábulo de pedra de cegar a gente; deste, quatro paredes toscas de desilusão, que a hera aguenta de pé por devoção à pátria. É, realmente, de um homem perder a paciência de vítima passiva do destino. Sempre pequenas muralhas de fraqueza e pobreza! Sempre um prato de figos ao fim de cada fome!" (Miguel Torga, in: "Diário IX").
. A intervenção do poder público fez-se sentir nesse momento, através de obras de consolidação de muralhas e reposição de elementos ruídos, nomeadamente a cobertura de betão e telha da torre de menagem (1962). Posteriormente, procedeu-se a trabalhos de beneficiação: preparação de vãos de portas, refechamento de juntas com argamassa hidrófuga, impermeabilização de coberturas, revestimento da cobertura com telha nacional dupla, colocação de portas, beneficiação e recuperação de carpintarias (IPPAR, 1983), e de beneficiação e recuperação de carpintarias (DGEMN com verbas do IPPAR, 1987).
. Na segunda metade do século XX foram desenvolvidos vários projetos de adaptação do espaço do castelo a empreendimentos hoteleiros, mas sem qualquer viabilidade. . Mais recentemente, na década de 1990, procedeu-se a uma nova campanha de beneficiação, tendo-se procedido a uma investigação arqueológica elementar. O local foi dotado de um parque de estacionamento para automóveis, parque de merendas, sanitários, espaços verdes, e outros melhoramentos como por exemplo iluminação dos panos de muralhas, limpeza no interior, obras variadas nas coberturas e enchimento das juntas com argamassa.
. O imóvel foi afeto ao Instituto Português do Património Arquitetónico (IPPAR) pelo Decreto-lei n.º 106F/92, publicado no Diário da República, I Série-A, n.º 126, de 1 de junho. - Atualmente, a zona envolvente do castelo é palco, anualmente no verão, de uma concorrida recriação da feira medieval com trajes, jogos e artigos de época.”
Vista panorâmica da aldeia transmontana de Águas Frias, concelho de Chaves, distrito de Vila Real – PORTUGAL.
Esta deslumbrante paisagem pode ser observada no cimo da muralha norte do castelo de Monforte de Rio Livre (monumento nacional).
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Como é linda a minha aldeia
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É tão linda a minha aldeia, o lugar onde eu nasci Sob a luz de uma candeia, lembro a terra onde eu vivi É tão lindo o amanhecer, cai o sol sobre as verdades Lá não pudeste viver, hoje choras de saudades
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Na hora de Ave Maria, quando os sinos vão tocando É chegar do fim do dia, nossa gente vai rezando Nessa hora de alegria, logo se prepara a ceia A hora de Ave Maria... como é linda a minha aldeia
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O jardim das oliveiras, guarda os teu lindos tribais Essa expressa verdadeira, és a terras dos meus pais É tão lindo o amanhecer, cai o sol sobre as verdades Lá não pudeste viver, hoje choras de saudades
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Na hora de Ave Maria, quando os sinos vão tocando É chegar do fim do dia, nossa gente vai rezando Nessa hora de alegria, logo se prepara a ceia A hora de Ave Maria... como é linda a minha aldeia
Localização: 41º 45' 48'' N | 7º 21' 20'' W Águas Frias 5400-601 ÁGUAS FRIAS - Chaves - PORTUGAL
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A maior parte do conjunto atualmente edificado data de finais do século XIII e primeira metade do seguinte.
O castelo compõe-se por um pátio retangular, delimitado por muralhas de aparelho cuidado, a que se acede por duas portas: a do lado Sul é de arco em volta perfeita e vão relativamente estreito; a do lado ocidental, mais larga e de arco quebrado, era a porta principal, colocando em comunicação o reduto defensivo com a vila medieval.
Esta tinha três portas e era cercada por uma muralha que se ligava à do castelo e que rompia a simetria do conjunto para proteger uma pequena fonte. No seu interior existia a Casa da Câmara, a igreja paroquial e a capela de Nossa Senhora do Prado.
E toda refulgente de pérolas e rubis era a linda porta do palácio, através da qual passava, passava e passava, a refulgir sem cessar, uma turba de ecos cuja grata missão era apenas cantar, com vozes de inexcedível beleza, o talento e o saber de seu rei. . V
Mas seres maus, trajados de luto, assaltaram o alto trono do monarca; (ah, lamentemo-nos, visto que nunca mais a alvorada despontará sobre ele, o desolado!) e, em torno de sua mansão, a glória, que, rubra florescia, não passa agora, de uma história quase esquecida dos velhos tempos já sepultados. .
VI
E agora os caminhantes, nesse vale, através das janelas de luz avermelhada, vêem grandes vultos que se movem fantasticamente ao som de desafinada melodia; enquanto isso, qual rio rápido e medonho, através da porta descorada, odiosa turba se precipita sem cessar, rindo - mas sem sorrir nunca mais. .
No mais verde de nossos vales, habitado por anjos bons, antigamente um belo e imponente palácio - um palácio radiante - se erguia. Nos domínios do rei Pensamento, lá se achava ele! Jamais um serafim espalmou a asa sobre um edifício só metade tão belo. . II
Estandartes amarelos, gloriosos, dourados, sobre o seu telhado ondulavam, flutuavam. (Isso, tudo isso, aconteceu há muito, muitíssimo tempo.) E em cada brisa suave que soprava, naqueles doces dias, ao longo do muros pálidos e empenachados, se elevava um aroma alado.
. III
Caminhantes que passavam por esse vale feliz viam, através de duas janelas iluminadas, espíritos que se moviam musicalmente ao som de um alaúde bem afinado, em torno de um trono onde, sentado, (Porfirogênito!) com majestade digna de sua glória, aparecia o senhor do reino.
Amar não é só a Natureza e Pessoas, mas passa por todas as coisas boas da Vida, exercitando todos os nossos sentidos: visão; audição; olfato e também o sabor ....
... imagem de rara beleza, mas ainda melhor será a sua degustação.
Este fumeiro não é industrial,
mas sim fruto, de mãos hábeis e fiéis à ancestral tradição ...
... o branco é a cor dominante em dias de nevada ...
"Quando está frio no tempo do frio, para mim é como se estivesse agradável, Porque para o meu ser adequado à existência das cousas O natural é o agradável só por ser natural.
... a importância da caixa de correio ...
Aceito as dificuldades da vida porque são o destino, Como aceito o frio excessivo no alto do Inverno — Calmamente, sem me queixar, como quem meramente aceita, E encontra uma alegria no facto de aceitar — No facto sublimemente científico e difícil de aceitar o natural inevitável.
... o ferrolho (a fechadura que não precisava de código nem ligação à Central de Segurança) ...
Que são para mim as doenças que tenho e o mal que me acontece Senão o Inverno da minha pessoa e da minha vida? O Inverno irregular, cujas leis de aparecimento desconheço,
Mas que existe para mim em virtude da mesma fatalidade sublime, Da mesma inevitável exterioridade a mim,Que o calor da terra no alto do Verão E o frio da terra no cimo do Inverno.
... carregando os fardos de feno para as vacas ...
Aceito por personalidade. Nasci sujeito como os outros a erros e a defeitos, Mas nunca ao erro de querer compreender demais,
... uma casa, restaurada, na Aldeia ...
Nunca ao erro de querer compreender só corri a inteligência, Nunca ao defeito de exigir do Mundo Que fosse qualquer cousa que não fosse o Mundo."
Alberto Caeiro, in "Poemas Inconjuntos" Heterónimo de Fernando Pessoa
... o cavalo que interrompeu a sua refeição para posar para a foto ...
Ontem o dia amanheceu sem cor, sem rumo e sem graça.
O sol morno do inverno brilhava tão intensamente que chegava a incomodar os meus olhos cansados de enxergar um mundo que se esconde tão longe de mim.
... a água corre com movimento lento e cadenciado pelos ribeiros ...
Meus pensamentos flutuavam no vazio e as minhas esperanças fugiram em revoada pelo céu.
Acordar no limiar da tristeza é como abrir as janelas da alma e ver um jardim soterrado pelos escombros do tempo.
... o branco da igreja matriz destacando-se por entre o castanho do arvoredo ...
A vida se paralisa quando sorrir se torna um fardo.
Ontem eu fui assim, mas eu me resignei por saber que eu já estive presente em dias melhores e piores também.
Viver é um risco que se corre aos pouquinhos.
Não adianta ter pressa e nem ficar esperando que novidades caiam do céu.
... a concha no alto do pórtico de Cimo de Vila (símbolo do Caminho de Santiago ?) ...
E, ao caminharmos nessa toada que acontece a deriva da nossa vontade, jamais viveremos um dia igual ao outro.
É inevitável que bons e maus momentos se alternem durante a nossa trajetória.
Mas, graças a Deus, se ontem as coisas não estiveram tão bem quanto eu desejei pra mim, hoje tenho pela frente a grande chance de mudar tudo e fazer do meu dia, um dia muito melhor de se viver.
... apoiados nos seus cajados, os pastores vigiando o rebanho de ovelhas ...
Nem sempre tão doce, nem sempre tão amargo. O que pode nos inundar de esperança é a possibilidade permanente de podermos misturar um pouco dos prazeres e das dores que vivemos, para atingirmos uma medida ideal de alegria que possa nutrir as nossas vidas.
Ontem o dia amanheceu sem cor, sem rumo e sem graça...
... parcela da Aldeia por entre os grelos floridos ...
Mas, apesar de qualquer contratempo que eu possa ter pela frente, sempre terei a oportunidade de poder dizer a mim mesmo que um dia triste é coisa que passa, mas a felicidade quando chega, chega cheia de vontade de parar as horas e se eternizar.
Embora muitas pessoas digam que não, sempre houve e haverá reinos maravilhosos neste mundo. O que é preciso, para os ver, é que os olhos não percam a virgindade original diante da realidade, e o coração, depois, não hesite.
... vista sobre Cimo de Vila ...
Ora, o que pretendo mostrar, meu e de todos os que queiram merecê-lo, não só existe, como é dos mais belos que se possam imaginar. Começa logo porque fica no cimo de Portugal, como os ninhos ficam no cimo das árvores para que a distância os torne mais impossíveis e apetecidos.
E quem namora ninhos cá de baixo, se realmente é rapaz e não tem medo das alturas, depois de trepar e atingir a crista do sonho, contempla a própria bem-aventurança.
Vê-se primeiro um mar de pedras. Vagas e vagas sideradas, hirtas e hostis, contidas na sua força desmedida pela mão inexorável dum Deus criador e dominador.
Tudo parado e mudo. Apenas e move e se faz ouvir o coração no peito, inquieto, a anunciar o começo duma grande hora. De repente, rasga a crosta do silêncio uma voz de franqueza desembainhada:
– Para cá do Marão, mandam os que cá estão!…
... o cão atento, vigiando a entrada de casa ...
Sente-se um calafrio. A vista alarga-se de ânsia e de assombro. Que penedo falou? Que terror respeitoso se apodera de nós?
Mas de nada vale interrogar o grande oceano megalítico, porque o nume invisível ordena: – Entre!
A gente entra, e já está no Reino Maravilhoso.
... ó lua que vais tão alto, iluminando a noite desta terra do Reino Maravilhoso ...
A autoridade emana da força interior que cada qual traz do berço. Dum berço que oficialmente vai de Vila Real a Chaves, de Chaves a Bragança, de Bragança a Miranda, de Miranda a Régua.
Um mundo! Um nunca acabar de terra grossa, fragosa, bravia, que tanto se levanta a pino num ímpeto de subir ao céu, como se afunda nuns abismos de angústia, não se sabe por que telúrica contrição.
Terra-Quente e Terra-Fria. Léguas e léguas de chão raivoso, contorcido, queimado por um sol de fogo ou por um frio de neve. Serras sobrepostas a serras. Montanhas paralelas a montanhas. Nos intervalos, apertados entre os rios de água cristalina, cantantes, a matar a sede de tanta angústia.
E de quando em quando, oásis da inquietação que fez tais rugas geológicas, um vale imenso, dum húmus puro, onde a vista descansa da agressão das penedias. Mas novamente o granito protesta. Novamente nos acorda para a força medular de tudo. E são outra vez serras, até perder de vista.
... planta encarnada que rompe por entre as folhas já a entrarem em decomposição ...
Não se vê por que maneira este solo é capaz de dar pão e vinho. Mas dá. Nas margens de um rio de oiro, crucificado entre o calor do céu que de cima o bebe e a sede do leito que de baixo o seca, erguem-se os muros do milagre.
Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas como os manjericos às janelas. No Setembro, os homens deixam as eiras da Terra-Fria e descem, em rogas, a escadaria do lagar de xisto. Cantam, dançam e trabalham. Depois sobem.
E daí a pouco há sol engarrafado a embebedar os quatro cantos do mundo. A terra é a própria generosidade ao natural. Como num paraíso, basta estender a mão.
Bata-se a uma porta, rica ou pobre, e sempre a mesma voz confiada nos responde: – Entre quem é! Sem ninguém perguntar mais nada, sem ninguém vir à janela espreitar, escancara-se a intimidade duma família inteira. O que é preciso agora é merecer a magnificência da dádiva.
... nicho de S.ta Rita - manifestação da devoção cristã das Gentes da Aldeia ...
Nos códigos e no catecismo o pecado de orgulho é dos piores. Talvez que os códigos e o catecismo tenham razão. Resta saber se haverá coisa mais bela nesta vida do que o puro dom de se olhar um estranho como se ele fosse um irmão bem-vindo, embora o preço da desilusão seja às vezes uma facada.
Dentro ou fora do seu dólmen (maneira que eu tenho de chamar aos buracos onde vive a maioria) estes homens não têm medo senão da pequenez. Medo de ficarem aquém do estalão por onde, desde que o mundo é mundo, se mede à hora da morte o tamanho de uma criatura.
... na estreita rua D.ª Alice Chaves ...
Acossados pela necessidade e pelo amor da aventura emigram. Metem toda a quimera numa saca de retalhos, e lá vão eles. Os que ficam, cavam a vida inteira. E, quando se cansam, deitam-se no caixão com a serenidade de quem chega honradamente ao fim dum longo e trabalhoso dia.
O nome de Trasmontano, que quer dizer filho de Trás-os-Montes, pois assim se chama o Reino Maravilhoso de que vos falei.
in: "Trás-os-Montes, o Reino Maravilhoso" de Miguel Torga
Para você ganhar belíssimo Ano Novo cor do arco-íris, ou da cor da sua paz, Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido (mal vivido talvez ou sem sentido) para você ganhar um ano não apenas pintado de novo, remendado às carreiras, mas novo nas sementinhas do vir-a-ser; novo até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior) novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota, mas com ele se come, se passeia, se ama, se compreende, se trabalha, você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita, não precisa expedir nem receber mensagens (planta recebe mensagens? passa telegramas?)
Não precisa fazer lista de boas intenções para arquivá-las na gaveta. Não precisa chorar arrependido pelas besteiras consumadas nem parvamente acreditar que por decreto de esperança a partir de janeiro as coisas mudem e seja tudo claridade, recompensa, justiça entre os homens e as nações, liberdade com cheiro e gosto de pão matinal, direitos respeitados, começando pelo direito augusto de viver.
Para ganhar um Ano Novo que mereça este nome, você, meu caro, tem de merecê-lo, tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil, mas tente, experimente, consciente. É dentro de você que o Ano Novo cochila e espera desde sempre.
... placa sinalizando a entrada para o centro da Aldeia ...
... e a água já corre por entre as árvores e encharca os lameiros ...
... monumento em forma de estrela, com as seguintes gravações na pedra: M P F (será Mocidade Portuguesa Feminina); a data de 1965 e a identificação: Águas Frias ...
... cruzeiro do Senhor dos Milagres ...
... cogumelos (amanita parcivolvata) que têm tanto de vistosos
como de tóxicos ...
... café /restaurante "Quim Russo" ...
... vista da Aldeia em dia de nevoeiro ...
... o edifício da Junta de Freguesia, em tempo outonal ...
... uma cesta com saborosas castanhas, acabadas de apanhar ...
... folhas de "parreira" (videira) - "Vitis vinifera", com as suas cores vivas mas indicando o fim da sua função ...
O Dia Mundial da Gratidão celebra-se a 21 de setembro.
O verbo do Dia Mundial da Gratidão é agradecer. Neste dia, as pessoas são convidadas a agradecer a todos aqueles que fazem parte das suas vidas.
Este é o dia do ano de parar e de refletir em tudo o que de bom há na vida, um gesto que acaba por ter impacto no bem-estar da pessoa e por fazê-la mais feliz.
Por isso, para celebrar esse dia, envie mensagens de agradecimento aos seus familiares e amigos.
Demonstre às pessoas especiais o quanto elas são importantes para si, mas não se deixe ficar por aí: sorria e agradeça a todos os que o rodeiam e a todas as pessoas com que se cruza. Contribuirá para a alegria dos outros e também para a sua.
Origem do Dia Mundial da Gratidão
Este dia teve origem em 1965 no Havaí, onde se realizou um encontro internacional sobre a ideia de tirar um dia do ano para agradecer formalmente por todas as coisas de bem que se encontram no mundo.
De regresso à casa, no ano seguinte, no mesmo dia 21 de setembro, muitos dos participantes no encontro mantiveram o gesto. Desde então, o Dia Mundial da Gratidão ganhou mais adeptos, passando a se celebrado um pouco por todo o mundo.
ÁGUAS FRIAS, não é só um conjunto de casas na base do Brunheiro e o seu Castelo de Monforte de Rio Livre, de onde teve a sua origem.
A Aldeia é muitíssimo mais:
* é a sua igreja;
* é a sua Escola e Cantina Escolar;
* são os seus cruzeiros;
* são os seus nichos (demonstrando a religiosidade da população antiga e atual (cada vez menos);
* são os seus campos agrícolas (cada vez menos);
* são os seus velhos tanques e fontes (cada vez menos);
* são as suas vinhas (cada vez menos);
* são as suas ribeiras (cada vez mais secas);
* são as suas casas tradicionais (já raras ou em ruínas);
* é toda a sua fauna (animais, dos minúsculos aos corpolentos) e flora (desde a minúscula planta às imponentes árvores - embora cada vez, com mais espécies em extinção, devido às caçadas descontroladas, incêndios e uso indescreminado de inseticidas e pesticidas ;
* mas é essencialmente a sua população (cada ano mais reduzida, pois os jovens "fugiram" para ter uma melhor qualidade de vida, para os grandes centros urbanos e estrangeiro) ...
* é a esses valentes "resistentes" que ainda dão alguma Vida à Aldeia, nos 11 meses do ano, que a Aldeia ainda vai sobrevivendo, lutando contra as adversidades do esquecimento da interioridade e recebe com entusiasmo os que regressam no mês de férias ou os persistentes que ousam "investir" para terem um local onde se sentem bem, e que esporádicamente "voltam" à sua (ou não) "Terra".
É este conjunto de fatores e muitos mais que fazem a Aldeia ... Por isso é que as "recordações" que vou deixando neste espaço não são somente casas e ruas. Se formos atentos, Águas Frias tem muitos encantos que poderemos descobrir ...
No seu conjunto, ÁGUAS FRIAS, é uma linda e agradável, aldeia transmontana.
... vista (quase geral) da Aldeia ...
... torre sineira da igreja matriz ...
... borboleta e abelha partilhando o polén das flores campestres de amarelo vivo ("Dittrichia viscosa" _ "False Yellowhead")...
... vista do interior da igreja desde o coro ...
... arrancando batatas com as guinchas ...
... três cabecitas de andorinhas dos beirais ("Delichon urbicum"), no ninho, esperando que os progenitores lhes tragam alimento ...
... torre de menagem do castelo de Monforte de Rio Livre, por entre o verdejante arvoredo ...