«As casas antigas são construídas de pedra, sendo os interiores sombrios.
As paredes e os tetos das cozinhas são normalmente escuras como breu.
As lareiras estão acesas grande parte do ano para cozinhar e aquecer e, de novembro até março, penduram-se por cima da lareira grandes quantidades de porco salgado e enchidos para serem fumados.
As casas estão tão juntas que se perde a privacidade; com o simples abrir das portas da frente mostram-se imediatamente a qualquer passante as cozinhas e as salas.
Os aposentos ficam no andar de cima e em baixo os estábulos, as arrumações de produtos agrícolas ou a adega.»
1 de maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem a primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886.
Três anos depois, em 1891, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial.
Foram os factos históricos que transformaram o 1 de maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir os seus direitos, apenas trabalhavam.
Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o 1.º de Maio logo em 1890, o primeiro ano da sua realização internacional. Mas as ações do Dia do Trabalhador limitavam-se inicialmente a alguns piqueniques de confraternização, com discursos pelo meio, e a algumas romagens aos cemitérios em homenagem aos operários e ativistas caídos na luta pelos seus direitos laborais.
Com as alterações qualitativas assumidas pelo sindicalismo português no fim da Monarquia, ao longo da I República transformou-se num sindicalismo reivindicativo, consolidado e ampliado. O 1.º de Maio adquiriu também características de ação de massas.
Até que, em 1919, após algumas das mais gloriosas lutas do sindicalismo e dos trabalhadores portugueses, foi conquistada e consagrada na lei a jornada de oito horas para os trabalhadores do comércio e da indústria.
Mesmo no Estado Novo, os portugueses souberam tornear os obstáculos do regime à expressão das liberdades. As greves e as manifestações realizadas em 1962, um ano após o início da guerra colonial em Angola, são provavelmente as mais relevantes e carregadas de simbolismo.
Nesse período, apesar das proibições e da repressão, houve manifestações dos pescadores, dos corticeiros, dos telefonistas, dos bancários, dos trabalhadores da Carris e da CUF. No dia 1 de maio, em Lisboa, manifestaram-se 100 000 pessoas, no Porto 20 000 e em Setúbal, 5000.
Ficarão como marco indelével na história do operariado português, as revoltas dos assalariados agrícolas dos campos do Alentejo, com o grande impulso no 1.º de Maio de 62.
Mais de 200 mil operários agrícolas, que até então trabalhavam de sol a sol, participaram nas greves realizadas e impuseram aos agrários e ao governo de Salazar a jornada de oito horas de trabalho diário.
Claro que o 1.º de Maio mais extraordinário realizado até hoje, em Portugal, com direito a destaque certo na história, foi o que se realizou oito dias depois do 25 de Abril de 1974.
O Movimento das Forças Armadas (MFA) derrubou o Governo de Marcelo Caetano a 25 de Abril de 1974, pondo fim a 48 anos de regime ditatorial.
O objetivo dos capitães era acabar com a guerra colonial, iniciada 13 anos antes, e prometiam eleições livres e um regime democrático.
1974
24 de abril
22h00 – No Regimento de Engenharia 1 na Pontinha é instalado o Posto de Comando do MFA, onde a essa hora já estão seis oficiais, incluindo Otelo Saraiva de Carvalho, que vai liderar as operações.
22h55 – As operações militares começam. Uma das senhas, a canção "E depois do Adeus", cantada por Paulo de Carvalho, é emitida pelos Emissores Associados de Lisboa.
25 de abril
00h20 – É transmitida a canção "Grândola, Vila Morena", de José Afonso, no programa Limite, da Rádio Renascença. Foi a senha escolhida pelos militares do MFA para confirmar que as operações militares estão em marcha e são irreversíveis.
A partir das 00h30 – Começam as operações para ocupar os locais estratégicos considerados fundamentais no plano de Otelo Saraiva de Carvalho, como a RTP, Emissora Nacional, Rádio Clube Português (RCP), Aeroporto de Lisboa, Quartel-General, Estado-Maior do Exército, Ministério do Exército, Banco de Portugal e Marconi.
03h45 – Primeiro comunicado do MFA difundido pelo Rádio Clube Português.
05h45 – Forças da Escola Prática de Cavalaria de Santarém, comandadas pelo capitão Salgueiro Maia, estacionam no Terreiro do Paço, em Lisboa.
09h00 – Fragata "Gago Coutinho" toma posição no Tejo, em frente ao Terreiro do Paço.
11h45 – O MFA anuncia ao país, através de um comunicado no RCP, que domina a situação de Norte a Sul.
12h30 – As tropas de Salgueiro Maia cercam o Largo do Carmo e recebem ordens para abrir fogo sobre o Quartel da GNR para obter a rendição de Marcelo Caetano. Além do presidente do Conselho, no quartel estão mais dois ministros do seu Governo. Vivem-se momentos de tensão no largo, onde centenas de pessoas acompanham os acontecimentos.
15h30 – As forças de Maia chegam a disparar contra a fachada do quartel para forçar a rendição de Marcelo Caetano.
16h30 – Depois de expirar o prazo inicial para a rendição anunciado por megafone pelo capitão Salgueiro Maia e de negociações, Marcelo Caetano anuncia rendição e pede que um oficial do MFA de patente não inferior a coronel se apresente no quartel.
17h45 – O general António de Spínola, mandatado pelo MFA, vai negociar a rendição do Governo no quartel do Carmo. É hasteada a bandeira branca.
18h30 – A chaimite "Bula" entra no quartel e retira Marcelo Caetano e mais dois ministros, Rui Patrício e Moreira Baptista. São transportados para o Posto de Comando do MFA, no Quartel da Pontinha.
20h00 – Da sede da Rua António Maria Cardoso, agentes da PIDE/DGS disparam sobre manifestantes que se concentraram junto ao edifício. Registam-se quatro mortos e 45 feridos.
20h05 – É lida, através dos emissores do RCP, a Proclamação do Movimento das Forças Armadas.
26 de abril
01h30 – É finalmente apresentada a Junta de Salvação Nacional, que inclui o capitão-de-fragata Rosa Coutinho, coronel Galvão de Melo, general Costa Gomes, brigadeiro Jaime Silvério Marques, capitão-de-mar-e-guerra Pinheiro de Azevedo e o general Manuel Diogo Neto. Todos, exceto Diogo Neto, são filmados pelas câmaras da RTP. Spínola lidera.
07h40 – Marcelo Caetano, o Presidente Américo Thomaz, o ministro César Moreira Baptista e outros elementos do anterior Governo partem da Portela com destino à ilha da Madeira.
09h45 – Rendição da PIDE/DGS.
13h00 – Começa a libertação dos presos políticos de Caxias e Peniche.
Até novembro de 1975, procedeu-se à descolonização. As colónias africanas tornaram-se países independentes – Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe.
O país viveu, até finais de 1975, o chamado Processo Revolucionário em Curso (PREC), assistiu a várias tentativas de golpe, e elegeu uma Assembleia Constituinte, em que o PS teve 37,8% e o PCP 12,4%.
A macieira é uma das árvores mais sagradas na mitologia antiga. Ela simboliza a boa saúde e a felicidade futura Desde muito tempo, é conhecida como a árvore do amor e é relacionada com a Deusa do Amor, Afrodite. Na mitologia grega, Gaia deu uma macieira para Hera, quando esta se casou com Zeus.
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Na mitologia nórdica, as maçãs são símbolos de boa saúde, felicidade, sabedoria e amor eterno. A Deusa Idunn é a guardiã da fruta e ela alimentava os deuses e as deusas para que eles fossem jovens para sempre.
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Na mitologia celta a maçã é vista como símbolo de integridade, cura e conexão íntima com a natureza.
Passo os meus dias em longas filas Em aldeias, vilas e cidades As andorinhas é que são rainhas A voar as linhas da liberdade
Eu quero tirar os pés do chão Quero voar daqui p'ra fora e ir embora de avião E só voltar um dia Vou pôr a mala no porão Saborear a primavera numa espera e na estação
Um dia disse uma andorinha Filha, o mundo gira, usa a brisa a teu favor A vida diz mentiras Mas o sol avisa antes de se pôr
Eu quero tirar os pés do chão Quero voar daqui p'ra fora e ir embora de avião E só voltar um dia Vou pôr a mala no porão Saborear a primavera numa espera e na estação
Já a minha mãe dizia Solta as asas, volta as costas Sê forte, avança p'ra o mar Sobe encostas, faz apostas Na sorte e não no azar
Dependendo da região, este folar pode ser mais doce ou mais salgado.
Se no resto do país quem ganha é o folar doce (como o folar de Olhão e o folar Alentejano), no Norte as preferências recaem sobre o folar salgado (como o folar de Chaves ou o folar de Valpaços, em Trás-os-Montes), seguindo-se ainda hoje receitas tradicionais seculares desta iguaria que são de comer e chorar por mais.
Para um folar salgado, as carnes de qualidade são essenciais, já que são elas que vão dar o sabor característico ao folar e torná-lo ainda mais rico e reconfortante.
Páscoa se origina da palavra em latim Pascha, que deriva do hebraico Pessach/ Pesach, que significa “a passagem”. Essa “passagem” está descrita no Antigo Testamento como a libertação do povo israelita da escravidão no Egito. A Páscoa era celebrada pelos judeus para comemorar a liberdade conquistada pelo seu povo.
Já no Novo Testamento, a Páscoa é a celebração da passagem da morte para a vida, através da ressurreição de Jesus Cristo.
Segundo o calendário cristão, a Páscoa consiste no encerramento da chamada Semana Santa. No catolicismo, as comemorações referentes à Páscoa começam na "Quinta Feira Santa" com a Missa da Ceia do Senhor. Em seguida, na "Sexta Feira Santa", é memorada a crucificação de Jesus. No "Domingo de Páscoa" é celebrada a sua ressurreição e o primeiro aparecimento aos seus discípulos, encerrando as comemorações de Páscoa.
A Semana Santa é a última semana da Quaresma, período em que os fiéis cristãos devem permanecer por 40 dias em penitências e períodos de jejum.
Apesar disso, as práticas nesta época variam conforme a religião em questão. Por exemplo, os cristãos católicos e os cristãos protestantes têm práticas diferentes durante a Páscoa.
A Páscoa é recheada de símbolos representativos, assim como quase todas as celebrações religiosas. A maioria destes símbolos, no entanto, foram sincretizados pela igreja a partir de costumes e rituais pagãos ou de outras religiões.
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O coelho da Páscoa, por exemplo, se tornou um dos principais símbolos desta festividade em referência as comemorações realizadas pelos povos antigos durante o começo da primavera. Acreditava-se que o coelho era a representatividade da fertilidade e do ressurgimento da vida.
O ovo também é um símbolo da Páscoa, pois representa o começo da vida. Vários povos costumavam presentear os amigos com ovos, desejando-lhes a passagem para uma vida feliz.
A partir deste costume, surgiram os primeiros Ovos de Páscoa.