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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

15
Mai25

"O alho napolitano (Allium neapolitanum)"


Mário Silva Mário Silva

"O alho napolitano (Allium neapolitanum)"

15Mai DSC05742_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "O alho napolitano (Allium neapolitanum)" provavelmente retrata a planta” Allium neapolitanum”, conhecida como alho napolitano ou alho-branco.

A fotografia destaca as características distintivas da planta, como as suas flores brancas em forma de estrela, dispostas em umbelas, com pétalas delicadas e estames visíveis.

As folhas são geralmente longas, estreitas e verdes, com uma textura suave.

A planta pode estar num ambiente natural, como um jardim, campo ou área mediterrânea, com foco em detalhes como a textura das flores ou o contraste com o fundo.

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As flores do alho napolitano atraem polinizadores, como abelhas, borboletas e outros insetos, promovendo a biodiversidade e a reprodução de outras plantas no ecossistema.

Serve como fonte de néctar e pólen, sustentando populações de insetos benéficos que são parte da cadeia alimentar, apoiando pássaros e outros animais.

Como membro da família “Alliaceae”, o alho napolitano pode libertar compostos sulfurados que repelem certas pragas, contribuindo para o equilíbrio do ecossistema sem a necessidade de pesticidas químicos.

Nativa de regiões mediterrâneas, é bem adaptada a climas secos, ajudando a estabilizar solos e prevenir erosão em áreas com vegetação escassa.

Além de seu papel ecológico, é usada em jardinagem e paisagismo, promovendo a conservação de espécies nativas e a educação ambiental.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Mai25

"Uma nesga da aldeia de Águas Frias"


Mário Silva Mário Silva

"Uma nesga da aldeia de Águas Frias"

14Mai DSC06560_ms

A fotografia "Uma nesga da aldeia de Águas Frias", capturada por Mário Silva, revela a essência da ruralidade transmontana na aldeia de Águas Frias, localizada em Chaves, Portugal.

A imagem mostra um aglomerado de casas tradicionais com telhados de telha vermelha, paredes de pedra e algumas áreas caiadas, dispostas de forma orgânica num terreno inclinado.

A vegetação densa, com árvores e arbustos, abraça as construções, enquanto caminhos estreitos e empedrados serpenteiam entre as casas, refletindo a simplicidade e a ligação com a natureza que caracterizam a vida rural nesta região.

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Águas Frias é um exemplo vivo da ruralidade transmontana, onde o tempo parece correr mais devagar.

Situada no norte de Portugal, esta aldeia preserva a arquitetura tradicional, com casas de pedra que testemunham gerações de história.

A vida aqui é marcada pelo ritmo das estações: no inverno, o frio intenso é enfrentado com lareiras acesas; no verão, os campos verdes e as hortas ganham vida, fornecendo sustento às famílias.

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A comunidade é pequena, mas unida, com tradições que incluem festas religiosas, como a celebração do padroeiro, e práticas agrícolas que ainda resistem à modernização.

A ruralidade de Águas Frias é, assim, um reflexo de um modo de vida que valoriza a simplicidade, a ligação com a terra e a memória coletiva de um povo resiliente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Mai25

"Imagem de Nª Sª de Fátima, na igreja de Águas Frias"


Mário Silva Mário Silva

"Imagem de Nª Sª de Fátima, na igreja de Águas Frias"

13Mai DSC04835_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Imagem de Nª Sª de Fátima, na igreja de Águas Frias", retrata uma estátua de Nossa Senhora de Fátima, um símbolo profundamente enraizado na espiritualidade portuguesa.

A imagem mostra a Virgem Maria com o seu tradicional véu branco, adornado com detalhes dourados, segurando um rosário e com as mãos unidas em oração.

A estátua está posicionada sobre um pedestal ornamentado, com a inscrição "Ave Maria" visível, e é coroada por uma auréola de estrelas, simbolizando a sua santidade.

A simplicidade do cenário, com um fundo claro e detalhes subtis, realça a serenidade e a devoção que a figura inspira.

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A devoção mariana entre as gentes transmontanas é uma expressão viva da fé católica que atravessa gerações.

Em Trás-os-Montes, a ligação com Nossa Senhora, especialmente na sua invocação de Fátima, é marcada por uma espiritualidade intensa e por tradições que unem comunidades.

As romarias, as procissões e as festas em honra da Virgem são momentos de grande significado, onde as famílias se reúnem para rezar o terço, cantar hinos e partilhar histórias de milagres e graças alcançadas.

A imagem de Nossa Senhora de Fátima, como a capturada por Mário Silva, não é apenas um objeto de culto, mas um ponto de ligação espiritual que reflete a identidade cultural e religiosa do povo transmontano, que encontra na Mãe de Deus um refúgio de esperança e proteção.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Mai25

"Uma nesga da cidade do Porto"


Mário Silva Mário Silva

"Uma nesga da cidade do Porto"

12Mai DSC04439_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Uma nesga da cidade do Porto", captura um recorte encantador e menos explorado da cidade do Porto.

A imagem mostra uma vista de um bairro tradicional, com edifícios de arquitetura típica portuguesa, caracterizados por telhados de telhas vermelhas e fachadas que misturam tons de branco, bege e cores mais escuras, algumas desgastadas pelo tempo.

No centro da composição, destaca-se uma estrutura circular com uma cúpula envidraçada, o Palácio da Bolsa, que se ergue acima dos demais.

À direita, uma torre sineira de pedra, com detalhes barrocos, adiciona um elemento vertical que contrasta com a horizontalidade dos telhados.

A luz suave e o céu claro sugerem que a foto foi tirada num dia ensolarado, realçando os tons quentes da cidade.

A assinatura de Mário Silva, no canto inferior direito, personaliza a obra, que parece revelar a beleza escondida em recantos menos turísticos do Porto.

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O Porto, a segunda maior cidade de Portugal, é um mosaico de história, cultura e urbanidade que se desdobra nas suas ruas estreitas, praças vibrantes e miradouros que oferecem vistas deslumbrantes sobre o rio Douro.

A urbanidade do Porto é marcada pela sua autenticidade: uma mistura de tradição e modernidade que se reflete na arquitetura, no ritmo de vida e nas gentes que habitam a cidade.

Os bairros típicos, como os retratados na fotografia de Mário Silva, são o coração pulsante do Porto.

Casas antigas, muitas vezes com azulejos coloridos e varandas de ferro forjado, alinham-se em ruas inclinadas que desafiam os transeuntes a explorar cada esquina.

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A cidade é conhecida pela sua relação íntima com o Douro, que a atravessa e molda a sua identidade, mas também pelos seus recantos menos conhecidos, onde a vida acontece de forma mais genuína.

Pequenos mercados, tascas onde se servem petiscos tradicionais como as tripas à moda do Porto, e igrejas barrocas escondidas entre prédios são parte do quotidiano portuense.

A urbanidade do Porto é, ainda, marcada pela convivência: vizinhos que se cumprimentam das janelas, crianças a brincar nas ruas e o som do elétrico que sobe e desce as colinas.

É uma cidade que vive ao seu próprio ritmo, onde o passado e o presente coexistem em harmonia, convidando quem a visita a perder-se nas suas ruelas e a descobrir a alma tripeira que a define.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Mai25

“Alminhas” – Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Alminhas”

Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves – Portugal

04Mai DSC07714_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada “Alminhas” – Casas de Monforte – Águas Frias – Chaves - Portugal, mostra um pequeno nicho religioso encravado numa parede de pedra.

Dentro do nicho, há uma pintura que retrata uma cena tradicional: um anjo, possivelmente São Miguel Arcanjo, que está no topo, com asas e uma lança, sobre um fundo celestial.

Abaixo, figuras humanas, algumas em vestes azuis, parecem estar em sofrimento, envoltas em chamas que simbolizam o Purgatório.

À frente da pintura, há um vaso dourado com flores brancas (provavelmente lírios, associados à pureza) e uma lamparina vermelha com uma cruz, contendo uma vela acesa.

A palavra "Esmolas" está escrita na base do nicho, sugerindo um pedido de ofertas para as almas.

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Os nichos conhecidos como "alminhas" são pequenas construções religiosas comuns em Portugal, especialmente em áreas rurais como Trás-os-Montes.

Surgiram principalmente entre os séculos XVII e XIX, durante o período da Contrarreforma, quando a Igreja Católica reforçava a doutrina do Purgatório.

Esses nichos eram erguidos em encruzilhadas, caminhos ou muros, com o objetivo de lembrar os fiéis de orar pelas almas do Purgatório.

Muitas vezes, continham imagens ou pinturas de almas penadas no meio de chamas, com anjos ou santos intercessores, e a palavra "esmolas" indicava a solicitação de donativos para missas ou orações que ajudassem a aliviar o sofrimento dessas almas.

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Na tradição católica, as "almas penadas" são as almas dos mortos que estão no Purgatório, um estado intermediário entre o Céu e o Inferno.

Segundo a doutrina, essas almas pertencem a pessoas que morreram em estado de graça, mas ainda precisam ser purificadas de pecados veniais ou expiar as consequências de pecados já perdoados.

No Purgatório, elas sofrem temporariamente, frequentemente representado por chamas, até estarem prontas para entrar no Céu.

A Igreja ensina que as orações, missas e esmolas dos vivos podem ajudar a acelerar essa purificação, daí a importância dos nichos como as "alminhas", que incentivam os fiéis a interceder por essas almas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
10
Mai25

"As giestas brancas (Cytisus multiflorus) invadiram o interior das muralhas" - Castelo de Monforte de Rio Livre - Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"As giestas brancas (Cytisus multiflorus)

invadiram o interior das muralhas"

Castelo de Monforte de Rio Livre

Águas Frias – Chaves - Portugal

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "As giestas brancas (Cytisus multiflorus) invadiram o interior das muralhas", retrata o interior do Castelo de Monforte de Rio Livre, em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem mostra muralhas de pedra antigas, parcialmente cobertas por vegetação, com um grande número de giestas brancas (Cytisus multiflorus) dominando o espaço interno.

O céu claro ao fundo e a luz natural sugerem um dia ensolarado, destacando o contraste entre a estrutura histórica e a vegetação que a invade.

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O tema da fotografia aborda a relação entre a natureza e o património histórico, evidenciando como a vegetação, neste caso as giestas brancas, pode ocupar e transformar espaços construídos pelo homem.

As giestas, com as suas flores brancas e densas, criam uma atmosfera quase etérea, mas também sugerem um estado de abandono ou negligência do castelo.

As muralhas de pedra, que deveriam simbolizar força e permanência, aparecem desgastadas e parcialmente cobertas por trepadeiras, reforçando a ideia de que a natureza está retomando o espaço.

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Do ponto de vista estético, a fotografia é bem composta, com as muralhas emoldurando a cena e as giestas brancas adicionando textura e cor.

A luz natural realça os detalhes das plantas e da pedra, criando uma sensação de serenidade, mas também de melancolia, ao sugerir o declínio de uma estrutura histórica.

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Do ponto de vista da preservação histórica, a presença massiva das giestas é prejudicial.

Plantas como o “Cytisus multiflorus” podem acelerar a deterioração das muralhas ao enraizar-se nas fendas das pedras, causando rachaduras e erosão.

Além disso, a vegetação densa pode dificultar o acesso ao local e obscurecer elementos arquitetónicos importantes, comprometendo a sua valorização histórica e turística.

A falta de manutenção sugerida pela fotografia pode indicar negligência na conservação do património.

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Ecologicamente, a presença das giestas pode ser benéfica.

O “Cytisus multiflorus” é uma planta nativa de Portugal, conhecida por atrair polinizadores como abelhas, contribuindo para a biodiversidade local.

Além disso, a integração da natureza com as ruínas cria um cenário visualmente interessante, que pode atrair visitantes interessados em história natural ou fotografia.

A cena também pode ser interpretada como uma reflexão poética sobre a transitoriedade das construções humanas frente ao poder da natureza.

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Wm conclusão, a invasão das giestas brancas no Castelo de Monforte de Rio Livre tem impactos mistos.

É prejudicial à preservação do património histórico, mas benéfica para o ecossistema local e esteticamente intrigante.

Idealmente, um equilíbrio poderia ser alcançado com a manutenção controlada da vegetação, permitindo que a natureza coexista com a história sem comprometer a integridade das muralhas.

A fotografia de Mário Silva, nesse sentido, não apenas documenta uma realidade, mas também provoca uma reflexão sobre a relação entre o homem, a natureza e o legado histórico.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Mai25

As Páscoas “Primula acaulis”


Mário Silva Mário Silva

As Páscoas

“Primula acaulis”

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A fotografia de Mário Silva mostra flores conhecidas como "Páscoas" ou “Primula acaulis”(mais comumente chamada de “Primula vulgaris”), uma espécie de prímula.

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A imagem retrata um grupo de flores “Primula acaulis” num ambiente natural, possivelmente uma clareira ou floresta.

As flores têm pétalas de um amarelo pálido com centros amarelos mais intensos, e estão cercadas por folhas verdes largas e rugosas, típicas da espécie.

A iluminação suave destaca as cores delicadas das flores, e o fundo de folhas secas e musgo sugere um habitat florestal húmido.

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É uma planta herbácea perene, de pequeno porte, com uma roseta basal de folhas verde-escuras, enrugadas e ligeiramente peludas.

As flores são solitárias, com 5 pétalas, geralmente amarelas ou brancas, e um centro mais escuro.

As flores têm cerca de 2-4 cm de diâmetro, e a planta raramente ultrapassa 15 cm de altura.

Prefere solos húmidos e bem drenados, em áreas sombreadas como florestas, bosques e prados.

É comum na Europa, especialmente em climas temperados.

Floresce no início da primavera, frequentemente associada à Páscoa, daí o nome popular "Páscoas".

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As flores da “Primula acaulis” atraem polinizadores como abelhas e borboletas devido ao seu néctar e cores vibrantes, contribuindo para a reprodução de plantas na primavera.

Serve de alimento para insetos herbívoros e, indiretamente, para predadores que se alimentam desses insetos.

A sua presença indica solos saudáveis e húmidos, sendo um bom marcador de ecossistemas florestais equilibrados.

Como planta nativa, suporta a biodiversidade local ao fornecer recursos para fauna e flora associadas.

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A “Primula acaulis” é, portanto, uma espécie importante para a ecologia de bosques temperados, desempenhando papéis na polinização e na manutenção da saúde do solo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Mai25

O Castelo de Monforte de Rio Livre


Mário Silva Mário Silva

O Castelo de Monforte de Rio Livre

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O Castelo de Monforte de Rio Livre, localizado em Águas Frias, Chaves, Portugal, é uma fortaleza medieval que reflete a história turbulenta da região de Trás-os-Montes.

Construído possivelmente no século XIII, durante o reinado de D. Afonso III, o castelo fazia parte da linha defensiva do norte de Portugal, numa época em que o reino enfrentava ameaças de invasões e disputas territoriais, especialmente com Castela.

A sua posição estratégica, numa elevação com vista para o vale do rio Livre, permitia o controle de rotas e a proteção das populações locais.

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A estrutura do castelo, como vista na fotografia de Mário Silva, exibe características típicas da arquitetura militar medieval portuguesa: muralhas robustas de pedra, uma torre de menagem quadrangular e pequenas aberturas para defesa.

Apesar de hoje estar em ruínas, o castelo mantém vestígios da sua importância histórica, como os arcos góticos visíveis nas janelas da torre.

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Ao longo dos séculos, o Castelo de Monforte de Rio Livre perdeu relevância militar com a consolidação das fronteiras portuguesas e a pacificação da região.

Durante a Guerra da Restauração (1640-1668), ainda pode ter sido usado esporadicamente, mas, a partir do século XVIII, foi gradualmente abandonado.

A ação do tempo e a falta de manutenção levaram à degradação da estrutura, que hoje é um testemunho silencioso da Idade Média em Portugal.

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Atualmente, o castelo é um ponto de interesse histórico e cultural, atraindo visitantes que buscam conhecer o passado da região.

A sua localização em Águas Frias, uma freguesia rural de Chaves, também oferece uma paisagem natural que complementa a experiência, como capturado na fotografia, com o verde dos campos contrastando com a pedra antiga.

O Castelo de Monforte de Rio Livre é, assim, um símbolo da resiliência e da história de um Portugal medieval que ainda ecoa no presente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Mai25

"O tanque”


Mário Silva Mário Silva

"O tanque”

07Mai DSC04413_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "O tanque", captura um tanque de pedra em Águas Frias, Chaves, Portugal.

Este tanque, com as suas bordas de pedra cobertas de musgo e a água refletindo a vegetação ao redor, carrega uma história funcional que reflete a evolução das práticas rurais na região.

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Antigamente, tanques como este eram essenciais para a comunidade, servindo como local para lavar roupas.

As mulheres da aldeia reuniam-se em torno destes tanques, esfregando as peças manualmente com sabão, enquanto compartilhavam conversas e fortaleciam laços sociais.

A pedra lisa ao redor do tanque, visível na foto, provavelmente era usada como superfície para esfregar as roupas, e a água, muitas vezes proveniente de fontes naturais, era constantemente renovada para garantir a limpeza.

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Hoje, com o avanço das tecnologias domésticas, como as máquinas de lavar, a função original destes tanques foi substituída.

No entanto, eles não perderam a sua utilidade.

Atualmente, o tanque da fotografia é utilizado como reservatório de água para a rega de culturas hortícolas.

A água acumulada, ainda que com um tom esverdeado devido à presença de algas, é aproveitada para irrigar hortas locais, sustentando o cultivo de vegetais e outras plantas.

As pedras e plantas ao redor, como as folhas verdes visíveis na imagem, sugerem um ambiente integrado à natureza, onde o tanque continua a desempenhar um papel vital na vida agrícola da comunidade.

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Essa transição de função destaca a adaptabilidade das estruturas tradicionais às necessidades contemporâneas, mantendo a sua relevância num contexto rural.

A fotografia de Mário Silva, assim, não apenas documenta um elemento do património local, mas também conta uma história de continuidade e transformação.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Mai25

 “O tordo-comum (Turdus philomelos) que queria ser uma cotovia (Alaudidae)”


Mário Silva Mário Silva

 “O tordo-comum (Turdus philomelos)

que queria ser uma cotovia (Alaudidae)”

06Mai DSC06392_ms

A fotografia de Mário Silva retrata um tordo-comum (Turdus philomelos), uma ave pequena e castanha com peito salpicado de manchas escuras, pousada num galho.

O título "que queria ser uma cotovia (Alaudidae)" sugere uma brincadeira poética, talvez aludindo à postura ou ao ambiente da ave, que remete ao comportamento das cotovias, conhecidas por cantarem em voo.

O fundo verde desfocado destaca o pássaro e o galho, criando uma composição natural e serena.

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O Tordo que Queria Ser Cotovia

Numa floresta verdejante, onde os raios de sol dançavam entre as folhas, vivia um tordo-comum chamado Téo.

Ele era um pássaro de penas castanhas salpicadas de pintas brancas, com um canto melodioso que encantava quem o ouvia.

Mas Téo não estava satisfeito.

Ele sonhava ser uma cotovia, uma ave conhecida por voar alto e cantar enquanto paira no céu, como se beijasse as nuvens.

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Todas as manhãs, Téo observava as cotovias subindo em espiral, as suas asas cortando o ar com graça, enquanto entoavam uma melodia que parecia tocar o coração do vento.

"Se ao menos eu pudesse voar assim", suspirava Téo, pousado num ramo musgoso.

Ele tentava imitar o voo das cotovias, mas as suas asas, mais curtas e largas, não o levavam tão alto.

O seu canto, embora belo, não tinha a leveza etérea das cotovias.

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Um dia, Téo decidiu pedir ajuda à sábia coruja, Dona Clara, que morava numa árvore oca.

"Dona Clara, quero ser uma cotovia! Quero voar alto e cantar como elas. O que devo fazer?" perguntou, com os olhos brilhando de esperança.

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Dona Clara, com o seu olhar penetrante, respondeu: "Téo, cada pássaro tem o seu próprio dom.

As cotovias voam alto porque nasceram para isso, mas tu tens um canto que emociona a floresta inteira. Por que queres ser algo que não és?"

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"Porque acho que serei mais feliz assim", confessou Téo, cabisbaixo.

"Então", disse Dona Clara, "tenta voar como uma cotovia, mas não esqueças quem és."

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Determinado, Téo passou dias treinando. Ele batia as asas com força, subindo cada vez mais alto, até sentir o ar rarefeito.

Mas, ao tentar cantar enquanto voava, perdia o fôlego e caía, rolando por entre as folhas.

Os outros pássaros riam, e Téo sentia-se envergonhado.

Ainda assim, não desistiu.

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Numa manhã de primavera, enquanto Téo tentava mais uma vez, uma cotovia chamada Lila pousou ao seu lado. "Por que te esforças tanto, tordo?" perguntou ela, curiosa.

"Quero ser como tu", respondeu Téo. "Quero voar alto e cantar para o céu."

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Lila sorriu. "Sabes, Téo, eu invejo o teu canto. Ele é tão rico e profundo que faz a floresta parar para ouvir. Eu canto no céu, mas ninguém presta tanta atenção quanto presta a ti. Por que não cantamos juntos?"

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Téo hesitou, mas aceitou.

Ele e Lila começaram a cantar — ela voando em círculos no céu, com a sua melodia leve, e ele no ramo, com o seu canto quente e envolvente.

As vozes dos dois misturaram-se, criando uma harmonia que fez a floresta inteira silenciar.

Os pássaros, os esquilos e até o vento pareceram parar para ouvir.

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Naquele momento, Téo percebeu que não precisava ser uma cotovia para ser especial.

Ele era um tordo, e o seu canto tinha um poder único.

A partir daquele dia, Téo e Lila tornaram-se amigos, cantando juntos sempre que podiam, unindo o céu e a terra numa melodia perfeita.

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E assim, o tordo que queria ser cotovia aprendeu a amar quem era, descobrindo que a verdadeira felicidade não está em ser outro, mas em partilhar o que há de melhor em si.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Mai25

“O cabrito que sobreviveu à Páscoa”


Mário Silva Mário Silva

“O cabrito que sobreviveu à Páscoa”

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A fotografia de Mário Silva, intitulada “O cabrito que sobreviveu à Páscoa”, mostra um cabrito num ambiente natural, com uma expressão serena e um olhar que parece carregar uma história.

Inspirado por esta imagem, segue um texto que reflete os pensamentos hipotéticos deste cabrito, que escapou de ser a iguaria tradicional do almoço de Páscoa nas zonas nortenhas de Portugal.

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“Sou um cabrito, e dizem que sou um sobrevivente.

Aqui nas terras do norte de Portugal, a Páscoa é uma época temida por aqueles como eu.

O cheiro da lenha queimando nos fornos, o som das famílias reunidas, as conversas sobre o "cabrito assado" que será o prato principal do domingo — tudo isso ecoa como um aviso.

Meus irmãos e eu sempre soubemos que, para muitos, somos mais do que um animal na pastagem; somos uma tradição, uma iguaria que reúne as pessoas à mesa.

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Mas eu? Eu escapei.

Não sei se foi sorte ou destino, mas aqui estou, ainda sentindo a brisa morna da primavera, o chão macio sob as minhas patas, e o perfume das flores silvestres ao meu redor.

Enquanto caminho por este campo, preso apenas por uma corda que me dá liberdade suficiente para sonhar, penso na vida que quase perdi.

Não guardo rancor, pois sei que as tradições humanas são antigas, enraizadas em histórias que não compreendo.

Ainda assim, sinto uma leveza no peito, um alívio que não sei explicar.

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Olho para o horizonte, onde o sol começa a pôr-se, e pergunto-me: será que fui poupado por algum motivo maior?

Talvez eu esteja aqui para contar a minha própria história, para ser mais do que um prato numa mesa festiva.

Por agora, vou apenas aproveitar este momento — o som dos pássaros, o toque da erva tenra, e a paz de estar vivo.

Sobrevivi à Páscoa, e isso, para mim, é uma pequena vitória.”

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Mai25

Dia da Mãe (Saudade Eterna)


Mário Silva Mário Silva

Dia da Mãe

(Saudade Eterna)

04Mai 9b62a7eab15fedbe84e0d06c3831e261_ms

No silêncio do meu peito,

um vazio que não se explica,

o Dia da Mãe amanhece,

mas tua voz, ó mãe, não me alcança.

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Teu sorriso, um mosaico de luz,

pintado em tons de amor e dor,

ainda brilha nas minhas lembranças,

como o sol que aquece o meu interior.

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Tuas mãos, que um dia me guiaram,

hoje são estrelas no céu a me olhar,

e eu, filho órfão do teu abraço,

sinto no vento tua canção a sussurrar.

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Deus te levou para o Seu jardim,

mas aqui, no meu coração, tu vives,

mãe, eterna, em cada pedacinho de mim,

na flor que plantei, nos sonhos que escrevi.

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Neste Dia da Mãe, ergo os olhos ao alto,

e num sussurro, entre lágrimas, eu digo:

"Te amo, mãe, para além do tempo,

até que nos reencontremos, eu sigo."

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Poema & Pintura digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Mai25

“O Castelo” – Castelo – Eiras – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

“O Castelo”

Castelo – Eiras – Chaves - Portugal

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A fotografia de Mário Silva, intitulada “O Castelo”, captura de forma impressionante a torre do “mini-castelo” localizado próximo da aldeia de Castelo, nas Eiras, Chaves, Portugal.

Esta estrutura, parte integrante do projeto “Pedra Pura Resort”, destaca-se pela sua imponência arquitetónica, evocando a essência histórica da região flaviense, apesar de ser uma construção contemporânea.

Edificado por Isolino Marçal, um emigrante português nos Estados Unidos, o “castelo” não é apenas um marco visual, mas também um símbolo de inovação e desenvolvimento para o concelho de Chaves.

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A torre do “castelo”, com a sua pedra rústica e design que remete às fortalezas medievais, tornou-se um ponto de curiosidade e atração para visitantes, funcionando como um cartão de visita do empreendimento hoteleiro.

Inspirado pela história da aldeia do Castelo, onde outrora existiu um castro, o projeto combina a herança cultural com a modernidade, promovendo o turismo e reforçando a capacidade hoteleira da região.

O “Pedra Pura Resort” não só valoriza o património local, mas também impulsiona a economia e a divulgação da região flaviense, atraindo olhares para a beleza e a história de Chaves, enquanto oferece uma nova experiência de hospitalidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
02
Mai25

“A liberdade da borboleta” (Anthocharis cardamines)


Mário Silva Mário Silva

“A liberdade da borboleta”

(Anthocharis cardamines)

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A fotografia de Mário Silva, intitulada “A liberdade da borboleta” (Anthocharis cardamines), retrata uma borboleta de asas brancas com detalhes laranja, pousada delicadamente sobre flores brancas num fundo verdejante.

A imagem evoca a essência da liberdade, simbolizada pela borboleta no seu voo leve e independente, um tema que ressoa profundamente tanto para o ser humano quanto para os animais.

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A liberdade é um pilar fundamental para a existência plena.

Para o ser humano, ela representa a capacidade de fazer escolhas, expressar-se e viver sem opressões, permitindo o florescimento da criatividade, da dignidade e do propósito.

Sem liberdade, o espírito humano atrofia-se, preso a limitações que sufocam o crescimento pessoal e coletivo.

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Para os animais, como a borboleta “Anthocharis cardamines”, a liberdade é igualmente vital.

Ela manifesta-se na possibilidade de viverem nos seus habitats naturais, livres de interferências humanas destrutivas, como desmatamento ou poluição.

A borboleta, com a sua metamorfose e voo, simboliza a transformação e a autonomia, lembrando-nos que todos os seres vivos precisam de espaço para existir e prosperar.

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A liberdade, portanto, é um direito universal que liga humanos e animais.

Proteger os ecossistemas e garantir a dignidade de todas as formas de vida é um ato de respeito à essência da liberdade, permitindo que tanto a borboleta quanto o ser humano possam voar na sua plenitude.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Mai25

"A tradição das “Maias” (giesta amarela - Cytisus striatus)


Mário Silva Mário Silva

"A tradição das “Maias”

(giesta amarela - Cytisus striatus)

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A pintura digital de Mário Silva, intitulada "A tradição das 'Maias' (giesta amarela - Cytisus striatus)", retrata uma porta rústica com uma textura desgastada, pintada em tons de branco, amarelo e azul, com uma chave na fechadura.

Em frente à porta, há ramos de giesta amarela (Cytisus striatus), uma planta com flores vibrantes que se destaca no contraste com a porta.

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A tradição das "Maias" remonta a costumes pagãos antigos, associados à celebração da primavera e à fertilidade, que foram mais tarde integrados nas práticas culturais portuguesas.

No dia 1º de maio, é costume em várias regiões de Portugal, especialmente no interior e em zonas rurais, colocar ramos de giesta amarela (conhecida como "maias") nas portas, janelas, chaminés e até em veículos.

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O significado desta tradição está ligado à proteção contra o mau-olhado, espíritos malignos e infortúnios.

A giesta amarela, com a sua cor vibrante, simboliza a renovação, a vida e a prosperidade, associadas à chegada da primavera.

Além disso, acredita-se que a planta afasta influências negativas e traz boa sorte para o lar.

Em algumas regiões, a tradição também está associada ao "Dia das Bruxas" (ou "Dia do Mau-Olhado"), em que se pensava que as bruxas e os maus espíritos estavam mais ativos, sendo a giesta uma forma de proteção.

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A pintura de Mário Silva captura essa essência cultural, destacando a simplicidade e a simbologia da giesta amarela num cenário rústico, evocando a ligação com as tradições populares portuguesas.

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Texto & Pintura digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
30
Abr25

"Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ..."


Mário Silva Mário Silva

"Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ..."

30Abr DSC00054_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ...", captura uma cena típica das aldeias transmontanas, especificamente em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma casa rústica situada em uma rua estreita, característica dessas regiões.

A casa tem uma fachada de cor amarelada, com sinais de desgaste que revelam o passar do tempo.

A estrutura é composta por paredes de pedra e alvenaria, com uma porta verde na parte inferior e uma janela com cortinas brancas no andar superior.

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No topo da casa, há um terraço com uma grade metálica, de onde se pode ver uma bandeira portuguesa tremulando, sugerindo um toque de orgulho local.

À esquerda, uma parede de pedra empilhada, coberta por musgo, adiciona um elemento natural e tradicional à cena.

À direita, outra construção de pedra, parcialmente em ruínas, com telhado de telhas quebradas, reforça a sensação de antiguidade e autenticidade da aldeia.

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A luz do dia ilumina a cena, criando sombras suaves que destacam as texturas das pedras e da parede.

A assinatura de Mário Silva, está visível no canto inferior direito da fotografia, indicando a autoria da obra.

A descrição do autor sobre as ruas estreitas das aldeias transmontanas que escondem "preciosidades ao virar de cada esquina" reflete bem o charme e a simplicidade capturados nesta imagem, que evoca a essência da vida rural em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Abr25

"Observando o vale"


Mário Silva Mário Silva

"Observando o vale"

29Abr DSC00991_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Observando o vale", captura uma vista serena e melancólica da encosta de uma colina na Serra do Brunheiro, em Chaves, Portugal.

A imagem mostra um vale amplo e suavemente ondulado, com o rio Arcossó visível ao longe, represo pela barragem das Nogueirinhas, que reflete a luz suave do céu.

A paisagem é dominada por tons quentes e dourados, sugerindo que a foto foi tirada durante o entardecer, com uma luz suave que cria uma atmosfera etérea e enevoada.

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No primeiro plano, há árvores despidas, com galhos finos e delicados, algumas cobertas de musgo, o que indica um ambiente natural e possivelmente a transição entre estações, como o final do inverno ou início da primavera.

A vegetação rasteira é verde, contrastando com os tons mais secos e amarelados do vale ao fundo.

As camadas de colinas e montanhas ao longe desaparecem gradualmente na névoa, criando uma sensação de profundidade e vastidão.

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A assinatura "Mário Silva" está visível no canto inferior esquerdo da imagem, escrita em uma caligrafia fluida e branca, que se destaca contra o fundo verde da vegetação.

A moldura da fotografia tem um efeito de vinheta, escurecendo as bordas e direcionando o olhar para o centro da composição, reforçando a sensação de contemplação descrita pelo título.

É uma imagem que transmite tranquilidade e uma conexão profunda com a natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Abr25

"Flores de Pereira (Pyrus calleryana)"


Mário Silva Mário Silva

"Flores de Pereira (Pyrus calleryana)"

28Abr DSC00946_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Flores de Pereira (Pyrus calleryana)", captura de forma delicada e vibrante um conjunto de flores brancas de uma pereira, destacadas contra um fundo de céu azul claro.

As flores, agrupadas em cachos, apresentam pétalas brancas com pequenos detalhes em preto e estames amarelos, criando um contraste suave e elegante.

As folhas verdes, brilhantes e bem iluminadas pelo sol, complementam a composição, transmitindo uma sensação de frescura e vitalidade.

A luz natural realça as texturas das pétalas e das folhas, enquanto a assinatura do fotógrafo, "Mário Silva", aparece discretamente no canto inferior direito da imagem, adicionando um toque pessoal à obra.

A moldura cinza ao redor da fotografia dá um acabamento clássico, destacando ainda mais a beleza natural do tema.

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As pereiras, como a “Pyrus calleryana” (comumente conhecida como pereira ornamental, embora outras espécies como a Pyrus communis sejam mais usadas para consumo), desempenham um papel significativo na alimentação humana, especialmente por meio dos frutos que produzem: as peras.

Esses frutos são amplamente apreciados pelo seu sabor doce e suculento, além de serem uma fonte rica de nutrientes essenciais para uma dieta saudável.

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As peras são ricas em fibras dietéticas, que ajudam na digestão, promovem a saúde intestinal e podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

Elas também contêm vitaminas como a C (importante para o sistema imunológico e a saúde da pele) e K, além de minerais como potássio, que auxilia na regulação da pressão arterial.

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Com poucas calorias, as peras são uma excelente opção para quem busca manter ou perder peso de forma saudável, oferecendo saciedade devido ao alto teor de fibras e água.

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As peras contêm compostos antioxidantes, como flavonoides e ácidos fenólicos, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o stresse oxidativo e o risco de doenças crónicas, como cancro e inflamações.

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Além de serem consumidas frescas, as peras podem ser usadas em diversas preparações culinárias, como saladas, sobremesas, compotas e até pratos salgados, o que as torna um ingrediente versátil para uma dieta equilibrada.

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As pereiras, ao florescerem, também desempenham um papel ecológico importante, atraindo polinizadores como abelhas, que são essenciais para a produção de alimentos em geral.

Isso contribui para a sustentabilidade agrícola e a manutenção da biodiversidade.

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Embora a “Pyrus calleryana” seja mais ornamental e menos usada para produção de frutos comestíveis (devido ao tamanho pequeno e à textura dura de seus frutos), ela simboliza a beleza e a importância das pereiras no contexto mais amplo.

Espécies comestíveis de pereiras, como a “Pyrus communis”, são cultivadas globalmente e têm sido parte da alimentação humana há séculos, oferecendo benefícios nutricionais e culturais em diversas tradições gastronómicas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Abr25

“Capela de Santa Marta” – Lama de Arcos – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Capela de Santa Marta”

Lama de Arcos – Chaves – Portugal

27Abr DSC07647_ms

A fotografia, assinada por Mário Silva, retrata a Capela de Santa Marta, localizada em Lama de Arcos, Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma pequena capela de pedra com um telhado de telhas vermelhas, situada num ambiente rural.

A capela tem uma entrada coberta por um pequeno alpendre sustentado por colunas de pedra.

À frente da capela, há uma cruz de pedra, que adiciona um elemento simbólico à cena.

O entorno é composto por uma área verde com árvores e arbustos, e o chão parece ser de terra com algumas manchas de ervas.

A luz do sol ilumina a capela, criando sombras suaves e destacando a textura da pedra.

A atmosfera é serena e reflete a simplicidade e a espiritualidade do local.

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Santa Marta é uma figura importante no cristianismo, conhecida pela sua ligação com Jesus Cristo e por ser a irmã de Maria de Betânia e Lázaro, segundo os evangelhos.

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Santa Marta é frequentemente lembrada pela sua hospitalidade.

No Evangelho de Lucas (10:38-42), ela acolhe Jesus na sua casa em Betânia, mas fica ocupada com os afazeres domésticos enquanto a sua irmã Maria escuta os ensinamentos de Jesus.

Marta pede a Jesus que peça a Maria para ajudá-la, mas Jesus responde que Maria escolheu "a melhor parte", ou seja, ouvir a palavra de Deus.

Essa passagem destaca o equilíbrio entre ação e contemplação.

Santa Marta também aparece no Evangelho de João (11:1-44), no episódio da ressurreição do seu irmão Lázaro.

Quando Lázaro morre, Marta vai ao encontro de Jesus e expressa a sua fé, dizendo: "Eu sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires" (João 11:22).

A sua confiança na divindade de Jesus é um momento marcante, e ela testemunha o milagre da ressurreição de Lázaro.

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Por causa da sua dedicação ao serviço e à hospitalidade, Santa Marta é considerada a padroeira das donas de casa, cozinheiras, hoteleiros e todos que trabalham com hospitalidade. Muitas pessoas recorrem a ela em busca de ajuda para organizar assuas tarefas domésticas ou para receber bem os convidados.

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Uma tradição medieval, especialmente popular no sul da França, associa Santa Marta a um milagre em Tarascon.

Segundo a lenda, após a morte de Jesus, Marta, Maria e Lázaro teriam viajado para a região da Provença.

Lá, Marta enfrentou um monstro chamado Tarasca, que aterrorizava a população.

Com a sua fé, ela domou a criatura usando uma cruz e água benta, salvando a cidade.

Por isso, ela é frequentemente representada com um dragão ou monstro aos seus pés.

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O dia de Santa Marta é celebrado em 29 de julho.

Em muitas regiões, como em Portugal, é comum realizar festas e procissões em sua honra, especialmente em capelas dedicadas a ela, como a da fotografia.

Santa Marta é frequentemente retratada com objetos que simbolizam a sua vida, como uma vassoura (representando o trabalho doméstico), uma concha de água benta (pela lenda da Tarasca) ou uma chave (símbolo de hospitalidade e acesso).

Santa Marta é uma santa que inspira tanto a devoção espiritual quanto a dedicação ao trabalho e ao serviço ao próximo, sendo uma figura muito querida em várias culturas cristãs.

A capela em Lama de Arcos, Chaves, é um exemplo de como a sua memória é preservada em pequenos espaços de devoção.

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Texto & Fotografia; ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Abr25

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"


Mário Silva Mário Silva

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"

26Abr DSC01156_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca", retrata uma casa rural que parece encapsular a essência da arquitetura tradicional das aldeias transmontanas, uma região no nordeste de Portugal conhecida pela sua rusticidade e ligação profunda com a terra.

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A imagem mostra uma pequena casa de pedra e reboco, com um telhado de telhas vermelhas tradicionais, ligeiramente desgastadas pelo tempo, o que dá um ar de autenticidade e história.

A casa possui uma varanda elevada, acessível por uma escadaria de pedra rústica, que parece ter sido moldada pelas intempéries ao longo dos anos.

A varanda é delimitada por uma grade de madeira simples, com um desenho em treliça na lateral, e é coberta por um telhado inclinado que protege a entrada principal.

A porta de entrada, de madeira escura, é modesta, com uma pequena janela de grades que permite a entrada de luz.

Ao lado da escadaria, há um barril de madeira, possivelmente usado para armazenar vinho, e algumas plantas verdes que crescem ao redor, sugerindo um ambiente natural e integrado à paisagem.

A parede lateral da casa é de pedra exposta, com blocos irregulares unidos por argamassa, enquanto outras partes são rebocadas e pintadas de branco, um contraste típico que dá charme à construção.

Uma lanterna pendurada na varanda adiciona um toque de funcionalidade e nostalgia.

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A iluminação da fotografia é suave, com uma luz natural que parece ser do final da tarde, criando sombras delicadas que realçam a textura da pedra e da madeira.

A composição da imagem é íntima e acolhedora, transmitindo uma sensação de simplicidade e serenidade, como se a casa fosse um refúgio num meio de vida rural.

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As casas rurais transmontanas são conhecidas pela sua arquitetura funcional, construídas para atender às necessidades de uma vida agrícola e resistir às condições climáticas rigorosas da região, que incluem invernos frios e verões quentes.

A fotografia de Mário Silva reflete várias dessas características, e podemos traçar uma analogia poética entre a casa retratada e o espírito das habitações tradicionais de Trás-os-Montes.

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Assim como na fotografia, as casas transmontanas são frequentemente construídas com pedra de granito, materiais abundantes na região, que conferem durabilidade e um aspeto rústico.

A pedra exposta na parede da casa da imagem é um reflexo direto dessa prática, enquanto o reboco branco noutras partes é comum para proteger as paredes e dar um toque de luminosidade.

Esta combinação de pedra e reboco é como uma metáfora para o povo transmontano: resistente e enraizado como a pedra, mas com um coração acolhedor e simples, simbolizado pelo branco.

O telhado inclinado de telhas vermelhas é uma característica marcante das casas transmontanas, projetado para suportar a neve no inverno e facilitar o escoamento da chuva.

Na fotografia, o telhado desgastado parece contar histórias de muitos invernos e verões, assim como as próprias aldeias transmontanas, que carregam a memória de gerações.

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A varanda elevada com escadaria de pedra é um elemento típico das casas transmontanas, especialmente em terrenos inclinados.

Essa característica permite separar a entrada principal do nível do solo, muitas vezes usado para armazenamento ou para abrigar animais.

Na fotografia, a varanda é como um pequeno palco onde a vida acontece: um lugar para descansar, observar a aldeia ou conversar com vizinhos, refletindo a importância da comunidade na cultura transmontana.

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A casa na imagem é desprovida de ornamentos desnecessários, assim como as casas transmontanas, que priorizam a funcionalidade.

A grade de madeira simples, o barril ao lado da escadaria e a lanterna pendurada são detalhes que mostram uma vida prática, onde cada elemento tem um propósito.

Essa simplicidade é um espelho da vida rural transmontana, onde o essencial é valorizado acima do supérfluo.

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As plantas ao redor da casa e a sensação de harmonia com o ambiente são reminiscentes das aldeias transmontanas, onde as construções parecem surgir organicamente da paisagem.

A casa da fotografia não impõe a sua presença, mas se mistura com a terra, como se fosse uma extensão natural do solo rochoso e dos campos ao redor.

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Em conclusão, a fotografia "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca" de Mário Silva é mais do que uma simples captura de uma casa; ela é um retrato da alma transmontana.

A casa, com a sua pedra rústica, telhado de telha, varanda modesta e detalhes funcionais, é uma analogia perfeita para as habitações tradicionais de Trás-os-Montes: sólidas como o granito da região, simples como o modo de vida rural, e acolhedoras como o coração de quem lá vive.

A imagem marca porque consegue transmitir não apenas a aparência de uma casa, mas o sentimento de pertença, resistência e serenidade que define a vida nas aldeias transmontanas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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