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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

09
Out24

“O velho e enferrujado batente” – uma estória intrigante


Mário Silva Mário Silva

“O velho e enferrujado batente”

uma estória intrigante

09Out DSC03094_ms

Na pequena aldeia transmontana de Águas Frias, perto da cidade de Chaves, Portugal, havia uma velha casa de pedra com uma porta de madeira maciça.

A porta estava desgastada pelo tempo, com a tinta descascada e o batente enferrujado.

Mas mesmo assim, a porta tinha um certo encanto, como se guardasse segredos do passado.

Um dia, um jovem chamado Pedro estava a passear pela aldeia quando se deparou com a casa.

Ele ficou fascinado com a porta e decidiu investigar.

Com cuidado, ele abriu a porta e entrou.

O interior da casa era escuro e sombrio, mas Pedro não se deixou intimidar.

Ele começou a explorar as divisões, procurando por algum sinal de vida.

De repente, ele ouviu um barulho vindo do sótão.

Ele subiu as escadas e encontrou uma porta trancada.

Pedro tentou abri-la, mas estava trancada.

Ele então percebeu que havia uma pequena janela no sótão.

Ele aproximou-se e olhou para fora.

Do outro lado da janela, ele viu uma mulher de cabelos brancos sentada numa cadeira de balanço.

Ela estava a olhar para a lua, com um sorriso no rosto.

Pedro ficou surpreso.

Ele não sabia que alguém vivia naquela casa.

Ele bateu na janela para chamar a atenção da mulher.

A mulher olhou para ele e sorriu.

Ela então levantou-se e abriu a porta do sótão.

Pedro entrou e ficou impressionado com o que viu.

O sótão era um grande espaço aberto, com paredes de madeira e um teto inclinado.

Havia uma cama, uma mesa e uma cadeira.

 

A mulher apresentou-se como Dona Maribela.

Ela disse que vivia na casa há muitos anos, desde que era jovem.

Ela disse que a porta estava trancada porque ela não queria que ninguém a perturbasse.

Pedro ficou fascinado com a história de Dona Maribela.

Ele perguntou por que ela não queria que ninguém a perturbasse.

Dona Maribela explicou que ela tinha um segredo.

Ela disse que era uma bruxa.

Pedro ficou surpreso, mas não assustado.

Ele disse que sempre acreditou em bruxas.

Dona Maribela sorriu. Ela disse que era bom saber que alguém acreditava nela.

Eles conversaram por horas, sobre a vida, a morte e o universo. Pedro aprendeu muito com Dona Maribela.

Quando chegou a hora de ir, Pedro agradeceu a Dona Maribela por ter aberto a porta para ele. Ele disse que nunca esqueceria a experiência que teve naquela casa.

Dona Maribela sorriu e disse que estava feliz por ter conhecido Pedro. Ela disse que ele era um bom rapaz.

Pedro saiu da casa, com um sentimento de esperança no coração.

Ele sabia que a vida era cheia de mistérios, mas também de beleza.

E ele estava ansioso para explorar o mundo e descobrir tudo o que ele tinha a oferecer.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Out24

Tortulho (“Boletus aereus”)


Mário Silva Mário Silva

Tortulho

(“Boletus aereus”)

08Out DSC02675_ms

A fotografia de Mário Silva capta de forma precisa e esteticamente agradável a beleza do cogumelo “Boletus aereus”, popularmente conhecido como tortulho.

A profundidade de campo, com o foco nítido no cogumelo e o fundo ligeiramente desfocado, isola o sujeito e realça as suas características distintivas.

A luz natural, que incide suavemente sobre o chapéu do cogumelo, ressalta as suas tonalidades castanhas e a textura aveludada.

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O enquadramento da fotografia é outro ponto forte, com o cogumelo posicionado de forma central e rodeado por um ambiente natural que sugere o seu habitat.

A presença de ramos espinhosos no fundo acrescenta um toque de contraste e realça a forma arredondada e a textura do chapéu do cogumelo.

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O “Boletus aereus” desempenha um papel fundamental no ecossistema, estabelecendo relações simbióticas com árvores como o carvalho e a azinheira.

Através das suas hifas, o fungo explora o solo, absorvendo água e nutrientes que transfere para a árvore, facilitando o seu crescimento. Em troca, a árvore fornece ao fungo compostos orgânicos essenciais para a sua sobrevivência.

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Além da sua importância ecológica, o “Boletus aereus” é altamente valorizado na gastronomia pelo seu sabor intenso e textura firme.

É considerado um dos cogumelos silvestres mais apreciados e é utilizado em diversas preparações culinárias, desde simples acompanhamentos até pratos mais elaborados.

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Para ajudar na identificação correta deste cogumelo, é importante conhecer as suas principais características:

Chapéu: Arredondado, com a superfície aveludada e de cor castanho-escura, quase negra.

Poros: Pequenos e arredondados, inicialmente brancos e posteriormente adquirem tons amarelados.

Pé: Robusto, com forma de clava e coloração amarelada, com uma rede de veias mais escuras.

Carne: Branca e firme, com um ligeiro odor frutado.

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Observação: É fundamental ter em mente que a identificação de cogumelos silvestres requer conhecimento especializado, uma vez que existem espécies tóxicas que podem ser facilmente confundidas com o “Boletus aereus”.

Recomenda-se vivamente a consulta de um especialista em micologia ou a participação em atividades guiadas por pessoas experientes antes de consumir qualquer cogumelo silvestre.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância do “Boletus aereus”, um cogumelo que encanta tanto pela sua estética quanto pelo seu valor ecológico e gastronómico.

A imagem é um convite à exploração da natureza e à descoberta da rica biodiversidade que nos rodeia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Out24

"Até ao Lavar dos Pipos é Vindima" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"Até ao Lavar dos Pipos é Vindima"

Mário Silva

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Até ao Lavar dos Pipos é Vindima", captura um momento quotidiano e essencial da vindima, a época da colheita da uva.

A imagem apresenta dois grandes barris de madeira, elementos centrais da produção vinícola, num ambiente rústico e característico das zonas rurais.

O barril maior, com uma torneira, contrasta com o barril menor, deitado sobre uma tábua de madeira.

Ambos os barris demonstram sinais de uso, com a madeira envelhecida e manchas de vinho, evidenciando a sua função na produção de vinho.

O fundo da fotografia é composto por uma parede de pedra e um chão de terra batida, elementos que reforçam a atmosfera rural e tradicional da cena.

A luz natural incide sobre os barris, criando sombras e destacando a textura da madeira.

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O título da fotografia, "Até ao Lavar dos Pipos é Vindima", revela a intenção do fotógrafo em destacar a importância de cada etapa do processo de vinificação, mesmo as mais simples e quotidianas.

O ato de lavar os pipotes, ou barris, é um momento de preparação para a nova vindima, simbolizando o ciclo da vida e da produção vinícola.

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Os barris são os protagonistas da imagem, representando a tradição e a cultura vinícola.

A sua presença evoca a passagem do tempo, a história e o trabalho humano envolvido na produção do vinho.

O fundo da fotografia, com a parede de pedra e o chão de terra batida, transporta o observador para um ambiente rural e autêntico, onde a vindima é uma atividade fundamental.

A luz natural incide sobre os barris, criando um efeito de realismo e autenticidade.

As sombras e as texturas da madeira conferem profundidade à imagem.

A paleta de cores da fotografia é predominantemente terrosa, com tons de castanho e ocre, que evocam a terra, a madeira e o vinho.

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A fotografia de Mário Silva vai além de um simples registro visual.

Ela convida o observador a refletir sobre o significado da vindima e a importância da tradição na cultura portuguesa.

A imagem celebra o trabalho árduo dos vinhateiros e a beleza da natureza, que se manifesta na transformação da uva em vinho.

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"Até ao Lavar dos Pipos é Vindima" é uma fotografia que emociona e inspira.

Através de uma composição simples e elementos visuais fortes, Mário Silva captura a essência da vindima e convida-nos a apreciar a beleza das coisas simples.

A imagem é um tributo à tradição e à cultura portuguesa, e um convite a celebrar a vida e o trabalho.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Out24

Capela de Santa Marta – Vila de Frade (Lamadarcos) – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

Capela de Santa Marta

Vila Frade (Lamadarcos) – Chaves - Portugal

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À entrada da povoação, encontra-se a capela de Santa Marta dotada de uma galilé.

O alpendre conserva dois fragmentos de miliário, um anepígrafo e o outro do imperador romano Marco Aurélio, datável de 283-285 d.C., pertencente a um ramal da via XVII.

Perto desta capela passava a via romana das Minas.

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A fotografia de Mário Silva captura com precisão a rusticidade e a história da Capela de Santa Marta.

A imagem revela uma pequena construção de pedra, com um telhado de telhas cerâmicas de cor avermelhada, característica da arquitetura rural portuguesa.

O alpendre, sustentado por colunas de pedra, convida à reflexão e ao descanso, evocando um tempo em que os viajantes encontravam abrigo e espiritualidade nesses locais.

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A presença da galilé, um espaço coberto que antecede a entrada principal da capela, é um elemento arquitetónico comum nas igrejas rurais.

Ela servia como local de reunião e proteção contra as intempéries.

Os fragmentos de miliário, com inscrições que remetem ao imperador romano Marco Aurélio, conferem à capela um valor histórico inegável.

Esses marcos de pedra eram utilizados pelos romanos para indicar distâncias ao longo das vias.

A proximidade da capela à via romana das Minas sublinha a importância estratégica e comercial da região na antiguidade.

A via ligava diversas localidades e facilitava o transporte de minérios.

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A fotografia transmite uma sensação de tranquilidade e espiritualidade, convidando o observador a imaginar a vida quotidiana das pessoas que frequentavam a capela ao longo dos séculos.

A presença dos miliários romanos conecta o presente ao passado, lembrando-nos da longa história da região e da importância das vias de comunicação na antiguidade.

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A predominância de tons terrosos (pedra, telhado) confere à imagem uma atmosfera natural e acolhedora.

A luz natural incide sobre a capela, criando contrastes entre as áreas em sombra e as iluminadas, realçando a textura da pedra e a volumetria da construção.

A fotografia está bem composta, com a capela como elemento central e o fundo desfocado, o que direciona o olhar do observador para o assunto principal.

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A fotografia de Mário Silva é um documento visual valioso, que registra um património histórico e cultural de grande importância.

A Capela de Santa Marta, com os seus fragmentos de miliários e a sua localização próxima à via romana das Minas, é um testemunho da passagem do tempo e da evolução da região.

A imagem captura a essência desse lugar, convidando-nos a explorar e apreciar a rica história de Portugal.

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A fotografia desperta a curiosidade e o desejo de conhecer o local pessoalmente, para apreciar a arquitetura, os detalhes históricos e a atmosfera do lugar.

A fotografia é um ponto de partida para aprofundar o conhecimento sobre a história de Chaves, da via romana das Minas e da importância da capela na vida da comunidade local.

A imagem pode ser compartilhada em redes sociais e outros canais de comunicação, para divulgar o património cultural e estimular o debate sobre a preservação do património histórico.

Em resumo, a fotografia da Capela de Santa Marta é uma obra de arte que nos conecta com o passado e nos inspira a valorizar o nosso património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Out24

5 de outubro de 1910 - Implantação da República em Portugal


Mário Silva Mário Silva

5 de outubro de 1910

Implantação da República em Portugal

05Out

A Implantação da República Portuguesa, ocorrida a 5 de outubro de 1910, foi um marco fundamental na história do país, simbolizando o fim de séculos de monarquia e o início de uma nova era republicana.

O evento foi resultado de uma revolução organizada pelo Partido Republicano Português, que tinha como objetivo derrubar o regime monárquico, visto como incapaz de resolver os problemas sociais e económicos que assolavam Portugal no início do século XX.

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No final do século XIX e início do XX, Portugal enfrentava uma série de crises.

A monarquia constitucional, que governava o país desde 1820, estava cada vez mais desacreditada.

Problemas económicos, como o endividamento externo, a perda de prestígio internacional com o ultimato britânico de 1890 (relacionado às possessões coloniais), e a incapacidade de lidar com as demandas populares de reformas, desgastaram o governo.

Além disso, a corrupção e o aumento das tensões entre a monarquia e os republicanos agravaram o cenário.

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Neste contexto, o Partido Republicano Português (PRP) emergiu como uma força política relevante, especialmente nas grandes cidades.

Inspirado pelas ideias do positivismo e do republicanismo francês, o PRP defendia a instauração de uma república como a única forma de resolver os problemas do país.

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O movimento republicano ganhou força nas primeiras décadas do século XX, e a instabilidade política, agravada pelos atentados e revoltas populares, culminou na Revolução de 1910.

A insurreição começou em 3 de outubro de 1910, com levantamentos populares em Lisboa.

Os republicanos contaram com o apoio de setores descontentes do exército e da marinha, além de muitos trabalhadores urbanos.

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A monarquia, já enfraquecida, não conseguiu resistir ao avanço republicano.

Na madrugada de 5 de outubro, as tropas fiéis à república venceram os últimos focos de resistência, e a monarquia foi oficialmente derrubada.

O rei D. Manuel II, último monarca de Portugal, exilou-se em Inglaterra, marcando o fim da dinastia de Bragança.

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A República foi proclamada na manhã de 5 de outubro de 1910, em frente ao edifício da Câmara Municipal de Lisboa.

O novo regime trouxe consigo a adoção de novos símbolos nacionais, como a bandeira e o hino.

O governo provisório, liderado por Teófilo Braga, foi estabelecido para preparar a transição para um regime republicano plenamente democrático.

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A Implantação da República em Portugal representou uma rutura significativa com o passado monárquico.

Entre as primeiras reformas republicanas estavam a separação entre Igreja e Estado, a reforma educacional com foco no ensino laico, e a tentativa de modernizar as instituições políticas e sociais.

No entanto, a Primeira República (1910-1926) enfrentou diversos desafios, como a instabilidade política, várias tentativas de golpe de estado e problemas económicos que persistiam desde o período monárquico.

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A pintura anexa parece retratar uma cena desse importante evento histórico, com uma multidão em frente a um edifício imponente, possivelmente a Câmara Municipal de Lisboa, onde a República foi proclamada.

A presença de bandeiras e figuras a cavalo reflete a atmosfera de revolução e mudança que marcou o início do regime republicano em Portugal.

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Em conclusão, a Implantação da República Portuguesa em 1910 foi um evento de grande relevância histórica, que não apenas derrubou a monarquia, mas também inaugurou um novo ciclo político, social e cultural em Portugal.

Apesar dos desafios enfrentados pelo novo regime, a república trouxe consigo o espírito de modernização e democracia que continuaria a influenciar o país ao longo do século XX.

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Texto & Pintura (AI): ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Out24

Cogumelo - Amanita-pantera (Amanita pantherina) - Um perigo camuflado na floresta


Mário Silva Mário Silva

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Cogumelo - Amanita-pantera (Amanita pantherina)

Um perigo camuflado na floresta

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A Amanita pantherina, também conhecida como pantera, é um cogumelo que, apesar de sua beleza, esconde um perigo mortal.

Pertence à família das Amanitas, um género que inclui algumas das espécies de cogumelos mais venenosas do mundo.

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Geralmente tem um chapéu castanho-acinzentado ou amarelado-acinzentado, com escamas brancas e um centro mais escuro.

A margem do chapéu é estriada.

As lâminas são brancas e livres.

O seu pé é branco, com um anel membranoso branco e uma volva bulbosa, frequentemente enterrada no solo.

A sua carne é branca e com um odor ligeiramente desagradável.

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A Amanita pantherina contém toxinas potentes que afetam o sistema nervoso central.

A ingestão, mesmo de pequenas quantidades, pode causar graves intoxicações, com sintomas que podem incluir:

- Náuseas, vômitos, diarreia, cólicas abdominais.

- Alucinações, delírio, agitação, convulsões, coma.

- Salivação excessiva, lacrimejamento, visão turva, taquicardia.

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A gravidade dos sintomas e o risco de morte dependem da quantidade de cogumelo ingerida e das características individuais de cada pessoa.

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Tanto animais quanto humanos são suscetíveis à intoxicação por Amanita pantherina.

A ingestão deste cogumelo pode ser fatal, especialmente para crianças e animais de pequeno porte.

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Nunca consuma cogumelos silvestres sem ter certeza absoluta da sua identificação.

A identificação de cogumelos comestíveis requer conhecimento especializado e o uso de guias de campo confiáveis.

Ao caminhar na natureza, evite colher ou ingerir qualquer tipo de cogumelo.

Se suspeitar de uma intoxicação por cogumelos, procure imediatamente atendimento médico, mesmo que os sintomas sejam leves.

Lembre-se: a identificação precisa de cogumelos é fundamental para evitar acidentes graves. Em caso de dúvida, não consuma!

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Out24

Antigo pórtico e antiga capela - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

Antigo pórtico, encimado por uma concha de S. Tiago e dois pináculos e anexo, a antiga capela que já foi dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres (antes de ser reformada e descaraterizada, tendo-se perdido a sua essência, significado e interesse cultural e artístico) - Águas Frias - Chaves - Portugal

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A fotografia apresenta um elemento arquitetónico de grande valor histórico e cultural, localizado em Águas Frias, Chaves, Portugal:

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A estrutura principal da imagem é um pórtico, uma espécie de portal ou entrada monumental, que outrora dava acesso a um espaço sagrado.

O pórtico é encimado por uma concha, símbolo tradicionalmente associado ao Apóstolo Santiago, padroeiro de Portugal.

Essa concha, além de seu valor religioso, também possui conotações marítimas e de peregrinação, remetendo às rotas percorridas pelos peregrinos que se dirigiam a Santiago de Compostela.

Dos lados da concha, observam-se dois pináculos, elementos arquitetónicos em forma de torre aguda, que conferem verticalidade e ornamentação ao pórtico.

O pórtico faz parte de um conjunto arquitetónico maior, que no passado abrigava uma capela dedicada a Nossa Senhora dos Prazeres.

A presença da capela indica a importância religiosa do local e a devoção dos habitantes àquela santa.

A capela passou por reformas que a descaracterizaram, resultando na perda da sua essência, significado e valor cultural e artístico.

Essa informação é preocupante, pois indica a perda de um património histórico e religioso importante para a comunidade.

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A fotografia captura um momento de transição e perda.

O pórtico, com sua concha e pináculos, testemunha um passado rico em fé e tradição.

A referência à Nossa Senhora dos Prazeres evoca um tempo em que a religiosidade popular era mais intensa e a comunidade se reunia em torno dos seus símbolos e práticas religiosas.

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No entanto, as reformas sofridas pela capela representam uma rutura com esse passado.

A descaracterização do edifício significa a perda de um elo com a história local e com a identidade da comunidade.

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A descaracterização da capela pode ter levado à perda de um ponto de referência e de um espaço de encontro para os moradores de Águas Frias.

É fundamental encontrar um equilíbrio entre a conservação dos elementos originais e a adaptação dos edifícios às novas funções.

A comunidade local tem um papel fundamental na valorização e proteção do seu património, através da participação em iniciativas de preservação e da sensibilização para a importância da história local.

Em resumo, a fotografia do pórtico em Águas Frias convida-nos a refletir sobre a importância da preservação do património histórico e cultural.

A perda da capela representa uma perda para a comunidade e para o nosso património nacional.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
02
Out24

Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata): Um Retrato Aviário


Mário Silva Mário Silva

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Papa-moscas-cinzento (Muscicapa striata)

Um Retrato Aviário

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O Papa-moscas-cinzento é uma ave passeriforme de pequenas dimensões, conhecida pela sua coloração discreta e hábitos de caça característicos.

A sua plumagem, como o nome sugere, é predominantemente cinzenta, com algumas nuances mais claras no peito e ventre.

Uma das suas características mais distintivas são as manchas brancas na garganta, que se tornam mais evidentes durante a época de reprodução.

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O Papa-moscas-cinzento é uma espécie adaptável, encontrando-se em diversos habitats, desde bosques e florestas até áreas urbanas com jardins e parques.

Prefere locais com árvores esparsas, onde possa se empoleirar e caçar insetos.

A sua dieta consiste principalmente de insetos voadores, como moscas, mosquitos e pequenas borboletas.

Para caçar, costuma posicionar-se num poleiro alto e, de lá, lançar-se no ar para capturar as suas presas.

Essa técnica de caça é uma das suas características mais marcantes.

Durante a época de reprodução, o Papa-moscas-cinzento constrói um ninho em cavidades de árvores, fendas de rochas ou em construções humanas.

A fêmea incuba os ovos e ambos os pais participam da criação dos filhotes.

É uma espécie migratória, passando os invernos em regiões mais quentes, como a África.

No início da primavera, retorna aos seus locais de reprodução.

É um pássaro relativamente tímido e discreto, que passa grande parte do tempo empoleirado, observando os arredores em busca de alimento.

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O Papa-moscas-cinzento desempenha um papel importante no controle de populações de insetos, contribuindo para o equilíbrio ecológico.

Além disso, sua presença em diferentes ambientes é um indicador da qualidade do habitat e da biodiversidade local.

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A espécie enfrenta algumas ameaças, como a perda de habitat devido ao desmatamento e à urbanização, além da utilização de pesticidas que podem afetar a disponibilidade de alimentos.

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A fotografia captura lindamente a essência do Papa-moscas-cinzento, mostrando a sua postura elegante num ambiente natural.

A presença da pinha adiciona um toque especial à fotografia, criando uma composição visualmente agradável.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Out24

Setembro, Tempo de Renovação


Mário Silva Mário Silva

Setembro

Tempo de Renovação

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Setembro chega, a natureza adormece,

As folhas caem, a terra se recolhe,

Mas em nossos corações a chama reacende,

Novos saberes, a mente se envolve.

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O tempo passa, as estações mudam,

E nós, aprendizes, seguimos em frente,

Com livros e cadernos, a mente se acalma,

Em busca do saber, com firme repente.

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As aulas começam, um novo ciclo,

A mente se abre para novos horizontes,

Aprender e crescer, é nosso único foco,

A construir um futuro de grandes horizontes.

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Setembro, tempo de renovar o saber,

De plantar novas sementes, para colher.

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Texto & Video: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
30
Set24

Coleção de “cachorros” figurados da fachada norte - Igreja Românica de São João Baptista - Cimo de Vila da Castanheira (Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Coleção de “cachorros” figurados da fachada norte

Igreja Românica de São João Baptista

Cimo de Vila da Castanheira (Chaves – Portugal)

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A fotografia de Mário Silva captura um detalhe arquitetónico singular da Igreja Românica de São João Baptista, em Cimo de Vila da Castanheira, Chaves.

A imagem focaliza uma série de esculturas zoomorfas, popularmente conhecidas como "cachorros", que adornam a fachada norte do edifício.

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A fotografia apresenta uma composição equilibrada, com as esculturas em destaque contra o fundo do céu azul e da parede de granito.

A luz natural incide sobre as figuras, realçando os detalhes da pedra esculpida e as expressões dos animais.

As esculturas, embora estilizadas, apresentam características realistas, com focinhos proeminentes, orelhas pontudas e olhos expressivos.

A disposição das figuras, em linha horizontal, cria um ritmo visual que conduz o olhar do observador ao longo da fachada.

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A presença de esculturas zoomorfas em fachadas de edifícios religiosos é um elemento comum na arquitetura românica.

Essas representações, muitas vezes associadas a animais reais ou míticos, possuem um significado simbólico profundo, relacionado tanto à fé cristã como a crenças populares.

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Os "cachorros" podem representar guardiões do templo, protegendo-o de influências malignas.

 A figura do cão, associada à lealdade e à vigilância, era frequentemente utilizada em contextos religiosos para simbolizar a proteção divina.

As esculturas podem ter uma função apotropaica, ou seja, serviriam para afastar o mau-olhado e outras forças negativas.

A presença de animais grotescos ou demoníacos era frequentemente utilizada com esse propósito em diversas culturas.

Além do significado simbólico, as esculturas também desempenham uma função decorativa, enriquecendo a fachada do edifício e tornando-a mais expressiva.

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As esculturas apresentam um estilo românico característico, com formas simples e robustas, e uma forte expressão de força e energia.

A utilização do granito, material abundante na região, confere às esculturas uma grande durabilidade e resistência ao desgaste do tempo.

A criação dessas esculturas está inserida num contexto histórico e cultural específico, marcado pela religiosidade popular e pela influência da arte românica.

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Como conclusão, a fotografia de Mário Silva revela um património cultural de grande valor, que merece ser estudado e preservado.

As esculturas da Igreja de São João Baptista são testemunhas de um passado rico e complexo, e constituem um elemento fundamental da identidade cultural da região.

Através da análise desta imagem, podemos aprofundar os nossos conhecimentos sobre a arte românica, a religiosidade popular e a história de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Set24

Nicho com imagens da Sagrada Família na aldeia de Parada (Sanfins- Chaves- Portugal) - A Religiosidade nas Aldeias Transmontanas


Mário Silva Mário Silva

Nicho com imagens da Sagrada Família na aldeia de Parada (Sanfins- Chaves- Portugal)

A Religiosidade nas Aldeias Transmontanas

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A fotografia apresenta um nicho com imagens da Sagrada Família, localizado na aldeia de Parada, em Sanfins, Chaves, Portugal.

A imagem captura um elemento fundamental da religiosidade popular em Portugal, especialmente nas regiões mais rurais e tradicionais como Trás-os-Montes.

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O nicho, construído em granito, material característico da região, apresenta uma arquitetura simples e tradicional.

A cruz no topo e as imagens da Sagrada Família no interior são elementos iconográficos claramente identificáveis com a fé católica.

A presença de velas e flores artificiais sugere que o nicho é um local de devoção e oração, visitado e cuidado pelos habitantes da aldeia.

O fundo da imagem, com campos e árvores, evoca a paisagem rural de Trás-os-Montes, estabelecendo uma conexão entre a fé e a natureza.

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A imagem do nicho em Parada é mais do que um simples registro fotográfico.

Ela representa um conjunto de valores, crenças e práticas religiosas que moldaram a identidade das comunidades rurais portuguesas ao longo dos séculos.

A religiosidade popular, manifesta em elementos como nichos, capelinhas e cruzes, é profundamente enraizada na cultura de Trás-os-Montes.

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Os nichos são pontos de encontro e de expressão da fé comunitária.

Eles servem como locais de oração, de pedidos de proteção e de agradecimento.

A sua presença nas aldeias reforça os laços sociais e a identidade coletiva.

A religiosidade popular em Portugal é marcada por um rico sincretismo, com a mistura de elementos da fé católica com práticas e crenças mais antigas.

Essa hibridização é evidente na presença de elementos naturais, como árvores e fontes, associados a ritos e crenças pagãs.

Os nichos são testemunhos da resistência das tradições populares face à modernidade.

Apesar das transformações sociais e económicas que ocorreram nas últimas décadas, a fé continua a ser um elemento fundamental na vida das comunidades rurais.

Os nichos são parte integrante do património cultural de Portugal.

Eles são testemunhos de um passado rico e complexo, e devem ser preservados como expressão da identidade e da memória coletiva.

Em conclusão, a fotografia do nicho em Parada oferece-nos uma janela para o mundo da religiosidade popular em Trás-os-Montes.

Através dela, podemos compreender a importância da fé na vida das comunidades rurais, a riqueza das tradições populares e a necessidade de preservar esse património cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Set24

A Cancela Vermelha


Mário Silva Mário Silva

A Cancela Vermelha

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No coração das Terras de Monforte, onde as vinhas se estendem como um mar verde-esmeralda, havia uma pequena propriedade vinícola de nome Quinta do Sol.

Era um lugar encantador, com os seus vinhos premiados e a sua vista deslumbrante sobre as colinas e serra do Larouco.

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No entanto, havia um pequeno problema que incomodava o proprietário, o Sr. Oliveira.

A entrada da Quinta do Sol era protegida por uma velha cancela de ferro, que estava enferrujada e com aparência de abandono.

O Sr. Oliveira decidiu que era hora de substituí-la por uma nova cancela, e assim o fez.

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A nova cancela era de ferro, mas era brilhante e vermelha, como um rubi.

Ela estava tão bonita que o Sr. Oliveira ficou orgulhoso de si mesmo.

No entanto, logo percebeu que havia um problema.

A cancela era tão bonita que atraía a atenção de todos que passavam pelo caminho.

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Um dia, enquanto o Sr. Oliveira estava a trabalhar na vinha, viu um grupo de “turistas” parando para admirar a cancela.

Eles tiravam fotos e faziam comentários entusiasmados.

O Sr. Oliveira ficou tão irritado que decidiu trancar a cancela.

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No dia seguinte, quando o Sr. Oliveira foi abrir a cancela, descobriu que estava trancada e não tinha trazido a chave.

Ele tentou de tudo, mas não conseguiu abri-la.

Ele ficou desesperado, pois precisava de entrar na vinha para cuidar das plantas.

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Finalmente, o Sr. Oliveira decidiu chamar um serralheiro.

O serralheiro chegou e, com um pouco de esforço, conseguiu abrir a cancela.

O Sr. Oliveira ficou aliviado, mas também estava irritado.

Ele decidiu que precisava de uma nova cancela, mas desta vez seria uma cancela que não chamasse a atenção.

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No dia seguinte, o Sr. Oliveira foi à cidade de Chaves e comprou uma nova cancela.

Era uma cancela de ferro, mas era castanha e sem graça.

Quando a instalou, ficou aliviado por não ter mais que se preocupar com “turistas” parando para admirar a cancela.

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No entanto, logo percebeu que havia um novo problema.

A cancela castanha era tão sem graça que ninguém a notava.

Ele sentia falta da beleza da cancela vermelha.

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Finalmente, o Sr. Oliveira decidiu que precisava de uma cancela que fosse bonita, mas que não chamasse a atenção.

Ele foi à cidade e comprou uma nova cancela.

Era uma cancela de ferro, mas era de um tom de vermelho suave e discreto.

Quando a instalou, ficou satisfeito.

A cancela era bonita, mas não era tão chamativa quanto a anterior.

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Desde então, o Sr. Oliveira tem sido feliz com a sua nova cancela.

Ela é bonita, mas não chama a atenção.

E o Sr. Oliveira pode finalmente trabalhar em paz na sua vinha.

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Moral da história: É importante encontrar um equilíbrio entre beleza e discrição.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Set24

A Lenda do Medronheiro (Arbutus unedo): A Árvore do Diabo


Mário Silva Mário Silva

A Lenda do Medronheiro (Arbutus unedo)

A Árvore do Diabo

Uma história que se perde no tempo

27Set DSC04791_ms

O medronheiro, árvore tão característica da nossa flora, envolve-se em lendas e mistérios que se transmitem de geração em geração.

Uma das mais conhecidas e intrigantes associa esta árvore ao próprio Diabo.

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Diz a lenda que o Diabo, invejoso da beleza e da abundância dos frutos do medronheiro, lançou sobre ele uma maldição.

Os medronhos, tão saborosos e apreciados, começariam a amadurecer no outono, mas atingiriam o ápice do seu sabor e do seu teor alcoólico justamente na noite de Natal.

E nessa mesma noite, misteriosamente, desapareceriam.

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Diz-se que o Diabo, fiel à sua promessa, volta para colher os frutos que lhe pertencem, para celebrar a sua vitória sobre a criação divina.

Outros acreditam que os animais da floresta, atraídos pelo aroma intenso e pelo sabor inebriante dos medronhos maduros, os devoram todos em uma única noite.

Há ainda quem defenda que a natureza, na sua sabedoria infinita, esconde os frutos para protegê-los e garantir a sobrevivência da espécie.

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Na realidade, a explicação para o desaparecimento dos medronhos é bem mais prosaica.

Os frutos maduros, com alto teor alcoólico, fermentam rapidamente, caindo ao chão e sendo rapidamente consumidos por animais ou se decompondo.

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Apesar de ser uma lenda, a história do medronheiro e do Diabo continua a fascinar e a ser contada por todo o país.

A aguardente de medronho, bebida tradicional obtida a partir da fermentação dos frutos, é muitas vezes associada a esta lenda, reforçando a aura de mistério que envolve esta árvore.

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Para além da lenda, o medronheiro possui um profundo significado cultural e simbólico.

A sua resistência e a sua capacidade de se adaptar a solos pobres representam a força e a perseverança do povo português.

Os seus frutos, símbolo da abundância e da festa, são um lembrete da importância de celebrar a vida e os ciclos da natureza.

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Em conclusão, a lenda do medronheiro é mais do que uma simples história.

É uma expressão da nossa cultura, da nossa relação com a natureza e da nossa busca por explicações para os mistérios que nos rodeiam.

Seja qual for a verdade por detrás desta lenda, o medronheiro continuará a ser uma árvore especial, carregada de história e de significado.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Set24

Pensamentos de um Picanço-barreteiro (Lanius senator) em Águas Frias – Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

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Pensamentos de um Picanço-barreteiro

(Lanius senator)

em Águas Frias – Chaves - Portugal

26Set DSC03979_ms

Pousado num ramo de carvalho, observo o mundo à minha volta.

Sou um picanço-barreteiro, uma ave pequena, mas orgulhosa, e esta floresta de Águas Frias, em Chaves, é o meu lar.

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O aroma da floresta enche-me as narinas.

É uma mistura intoxicante de terra húmida, folhas em decomposição e a fragrância doce das flores silvestres.

Respiro fundo, deixando que o cheiro me inunde os sentidos.

Como é bom ser livre, penso eu.

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A brisa suave agita as folhas dos carvalhos, criando uma sinfonia natural que me acalma.

Fecho os olhos por um momento, saboreando a paz que só a natureza pode oferecer.

Aqui, neste recanto de Portugal, encontrei o meu paraíso.

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Abro os olhos e observo a vida que pulsa à minha volta.

Insetos zumbem de flor em flor, pequenos roedores correm pelo solo da floresta, e ao longe, ouço o canto de outros pássaros.

Cada criatura tem o seu papel neste ecossistema complexo, incluindo eu.

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Penso na minha liberdade, na capacidade de voar para onde quiser, de escolher o meu próprio caminho.

Não há muros nem gaiolas que me prendam.

O céu é o meu limite, e a terra abaixo oferece-me tudo o que preciso para sobreviver.

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Às vezes, pergunto-me se os humanos compreendem verdadeiramente esta sensação.

Será que eles sentem a mesma ligação profunda com a natureza?

Será que apreciam a simplicidade e a beleza de uma vida livre?

 

O sol começa a descer no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa.

É hora de procurar o meu jantar.

Com um último olhar para a paisagem deslumbrante, abro as asas e lanço-me ao ar.

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Enquanto voo sobre as copas das árvores, sinto uma onda de gratidão.

Gratidão pela vida, pela liberdade, e por este lugar maravilhoso que posso chamar de lar.

Sou apenas um pequeno picanço-barreteiro, mas aqui, nas terras de Monforte - Águas Frias - Chaves, sou o rei do meu próprio destino.

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E assim, com o coração cheio e as asas abertas, continuo a minha jornada, livre como o vento que sopra através desta antiga floresta de carvalhos.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Set24

Passar a fronteira e entrar no seu país natal - Portugal (fronteira entre Feces de Abajo e Vila Verde da Raia)


Mário Silva Mário Silva

Passar a fronteira e entrar no seu país natal - Portugal

(fronteira entre Feces de Abajo e Vila Verde da Raia)

25Set DSC07578_ms

Passar a fronteira entre Feces de Abajo e Vila Verde da Raia é mais do que um simples ato de transpor uma linha geográfica.

É o coração que bate mais forte ao avistar o letreiro de "Portugal" e sentir a estrada a abrir-se diante dos olhos, acompanhada pela sombra suave das árvores que acolhem quem chega.

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Ao cruzar essa fronteira, o cheiro do ar parece diferente, mais familiar, como se o vento estivesse carregando consigo memórias de infância, de tempos antigos.

O toque da brisa lembra a presença dos que estão em casa, esperando com um abraço caloroso, e cada quilómetro percorrido traz uma sensação crescente de pertença.

Não se trata apenas de um retorno físico, mas de uma volta às raízes, onde cada curva da estrada, cada sombra e raio de sol evoca histórias de família, conversas à mesa e o som suave da língua portuguesa que conforta.

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O olhar fixa-se no horizonte, mas o coração, esse, já está ancorado no destino final: o lugar onde tudo faz sentido.

O regresso a Portugal é como reencontrar um velho amigo, onde o silêncio entre palavras diz tudo o que é necessário.

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Texto & Fotografia: ©Mário Silva

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Mário Silva 📷
24
Set24

"Relógio de Sol" - (Feces de Abaixo – Verín – Espanha) - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

 

"Relógio de Sol" - Mário Silva

(Feces de Abaixo – Verín – Espanha)

24Set DSC07561_ms

A fotografia de Mário Silva captura a essência do tempo que passa, materializada num relógio de sol adornado na parede de pedra em Feces de Abaixo – Verín – Espanha.

A imagem, com a sua composição simples e elegante, convida o observador a uma reflexão sobre a passagem do tempo e a relação do homem com a natureza.

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O protagonista da imagem é o relógio de sol, esculpido em pedra e integrado na parede.

A sua forma circular e os raios que se irradiam a partir do centro criam um efeito visualmente atraente e transmitem a ideia de movimento e passagem do tempo.

A parede de pedra, com a sua textura rústica e cor ocre, serve como um pano de fundo perfeito para o relógio de sol, contrastando com a suavidade das linhas do instrumento de medida.

A luz do sol, que incide sobre o relógio, cria um jogo de sombras que acentua a tridimensionalidade da escultura e confere à imagem uma atmosfera de serenidade.

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A fotografia de Mário Silva é um exemplo de como a arte pode transcender a mera representação da realidade e convidar o observador a uma reflexão mais profunda.

A imagem é simples, mas poderosa, e a escolha cuidadosa dos elementos visuais contribui para a criação de uma atmosfera atemporal.

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A fotografia remete-nos para uma época em que o tempo era medido pela posição do sol e não por relógios mecânicos.

O relógio de sol, presente em diversas culturas ao longo da história, é um símbolo da passagem do tempo e da nossa conexão com os ciclos naturais.

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O relógio de sol foi o primeiro instrumento utilizado pelo homem para medir o tempo.

A sua invenção remonta à antiguidade e a sua importância perdurou por séculos.

Os relógios de sol eram utilizados em diversas atividades, como a agricultura, a navegação e a astronomia.

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Além da sua função prática, os relógios de sol também tinham um significado simbólico.

Eles representavam a passagem do tempo, a impermanência das coisas e a importância de aproveitar cada momento.

Em conclusão, a fotografia de Mário Silva convida-nos a apreciar a beleza e a simplicidade dos objetos quotidianos, e a refletir sobre a passagem do tempo e a nossa conexão com a natureza.

O relógio de sol, presente na imagem, é um símbolo atemporal que nos lembra da importância de desacelerar e apreciar cada momento da vida.

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A fotografia de Mário Silva poderia ser utilizada como ponto de partida para diversas reflexões e discussões, como:

A relação entre o tempo e o espaço

A importância da preservação do património cultural

A influência da tecnologia na nossa perceção do tempo

A busca por um estilo de vida mais lento e conectado com a natureza

Em suma, a fotografia de Mário Silva é uma obra que transcende o tempo e o espaço, convidando o observador a uma jornada de autoconhecimento e reflexão.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Set24

"Pôr do sol em Trás-os-Montes - Portugal"


Mário Silva Mário Silva

"Pôr do sol em Trás-os-Montes - Portugal"

23Set DSC07336_ms

Em terras transmontanas, onde o tempo se curva,

O sol pinta a tarde em tons de ouro e carmim.

Entre castanheiros milenares, em silhueta curva,

A alma encontra paz, serena e sublime.

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O vento sussurra canções de outrora,

Trazendo o aroma de vinho e de pão.

A natureza, em harmonia, nos mostra a força,

Da vida que pulsa em cada coração.

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Nas aldeias adormecidas, sonhos se acendem,

Sob um céu de estrelas, imenso e profundo.

As tradições ancestrais, em cada dente,

Testemunham a história, rica e fecunda.

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E neste instante mágico, onde o dia se finda,

A gratidão invade o coração, serena e profunda.

Pois em Trás-os-Montes, a cada pôr do sol,

A alma se renova, e a esperança se afunda.

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Poema & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Set24

Interior da igreja de Vila Frade (Lamadarcos - Chaves -Portugal)


Mário Silva Mário Silva

Interior da igreja de Vila Frade

(Lamadarcos - Chaves -Portugal)

22Set DSC07640_ms

A fotografia capturada por Mário Silva apresenta o interior da Igreja de Vila Frade, localizada na freguesia de Lamadarcos, Chaves, Portugal.

A imagem revela um espaço sagrado com rica ornamentação barroca, caracterizada pela sua complexidade e detalhe.

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No centro da imagem, vemos o altar-mor da igreja, que é o ponto focal.

Ele é adornado com detalhes dourados e finamente trabalhados, típicos do estilo barroco.

No altar, há um crucifixo ao centro, ressaltando a presença cristã e a devoção religiosa.

O retábulo atrás do altar exibe colunas com detalhes dourados e tons de mármore.

A simetria é predominante na disposição dos elementos, o que é uma característica importante na arquitetura barroca.

À esquerda, encontra-se a imagem de Nossa Senhora do Rosário, destacada numa posição elevada, dentro de uma nicho ornamentado, o que reforça a sua importância na devoção católica.

À direita do altar-mor, observa-se uma escultura antiquíssima de estilo barroco de Santa Marta, também colocada ñuma área ricamente decorada, refletindo o estilo barroco e sua ênfase em representações visuais detalhadas e dramáticas.

Vê-se um ambão (púlpito) com a inscrição "Palavra de Deus" e a presença de flores sobre a mesa do altar, que adiciona cor e simbolismo à cena.

A luz natural que entra pela igreja e a luz artificial destacam os detalhes dourados e o brilho dos elementos decorativos, criando um contraste que exalta a riqueza dos materiais usados.

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A fotografia de Mário Silva captura a essência do estilo barroco presente na igreja, enfatizando a grandiosidade e o detalhe do altar-mor.

A simetria da composição e o uso de cores quentes e douradas trazem uma sensação de profundidade e riqueza espiritual ao observador.

A escolha do ângulo de captura é eficaz para revelar os detalhes tanto das esculturas como da arquitetura, transmitindo a atmosfera de reverência e admiração que o espaço busca evocar.

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A imagem é um exemplo claro de como a arte sacra e a arquitetura barroca se combinam para criar um ambiente visualmente impressionante e espiritualmente significativo, reforçando o papel da igreja não apenas como um local de culto, mas também como uma expressão artística e cultural.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Set24

"Cruzeiro da aldeia de Parada (Sanfins - Chaves – Portugal)"


Mário Silva Mário Silva

"Cruzeiro da aldeia de Parada

(Sanfins - Chaves – Portugal)"

21Set DSC07115_ms

A fotografia apresenta um "Cruzeiro" localizado na aldeia de Parada, em Sanfins, Chaves, Portugal.

O "Cruzeiro" é uma estrutura de pedra com uma base circular maciça e um fuste cilíndrico, no topo do qual se encontra uma cruz.

O cruzeiro, marcado pelo tempo e pela exposição aos elementos, exibe sinais de desgaste natural, como musgo e manchas de líquen, que se destacam na superfície da pedra.

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Ao fundo, podemos ver uma construção típica da região, com paredes de pedra e um telhado de telhas de barro avermelhadas, evidenciando o estilo arquitetónico tradicional das aldeias do norte de Portugal.

A fachada da construção parece envelhecida, com janelas antigas e portas de madeira envelhecidas pelo tempo.

Algumas roupas penduradas a secar ao sol adicionam um toque de vida quotidiana ao cenário, refletindo a simplicidade e o caráter autêntico da vida rural portuguesa.

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A luz do sol, provavelmente captada no final da tarde, proporciona uma tonalidade quente à fotografia, destacando o contraste entre o cruzeiro de pedra e o fundo rústico da casa.

A composição é centrada no cruzeiro, destacando a sua importância e imponência na praça da aldeia.

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A fotografia de Mário Silva capta com precisão a essência e a atmosfera da ruralidade portuguesa, especialmente no que diz respeito à arquitetura vernacular e à presença histórica dos cruzeiros nas aldeias.

O uso da luz natural e o enquadramento centralizado do cruzeiro permitem que o observador sinta a presença robusta e espiritual desse elemento religioso e cultural, que tem uma importância significativa na cultura local.

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A imagem transmite um sentimento de nostalgia e de respeito pelas tradições e crenças que moldaram o modo de vida das aldeias portuguesas ao longo dos séculos.

O contraste entre a robustez da pedra e a fragilidade da madeira envelhecida nas janelas e portas ao fundo simboliza, de certa forma, a resistência da fé e da cultura perante a passagem do tempo.

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Os cruzeiros são monumentos religiosos comuns em muitas aldeias de Portugal, especialmente no Norte.

Eles desempenham um papel importante tanto do ponto de vista espiritual quanto cultural.

Tradicionalmente, os cruzeiros eram erguidos em locais estratégicos, como entradas de aldeias, encruzilhadas, praças centrais, cemitérios ou caminhos peregrinos, simbolizando proteção divina e demarcação de território sagrado.

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Os cruzeiros são pontos de oração e reflexão para os habitantes locais e peregrinos.

Muitas vezes, são erigidos para comemorar eventos religiosos ou milagres, ou simplesmente como símbolos de fé.

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Representam a identidade das comunidades rurais e a sua herança histórica.

Cada cruzeiro é único, muitas vezes esculpido localmente com estilos e elementos decorativos que refletem a história e a cultura da aldeia.

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Historicamente, os cruzeiros serviam como pontos de orientação para viajantes e como símbolos de proteção para quem entrava ou saía da aldeia.

Acreditava-se que traziam proteção espiritual contra males e infortúnios.

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Muitos cruzeiros datam da Idade Média e do Renascimento, tendo grande valor patrimonial.

Eles são testemunhos da arte sacra portuguesa, mostrando a evolução da escultura em pedra e da iconografia religiosa ao longo dos séculos.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva não apenas captura a estética e a simplicidade do cruzeiro de Parada, mas também convida a refletir sobre a importância cultural e histórica dos cruzeiros nas aldeias de Portugal.

Eles são mais do que monumentos religiosos; são símbolos de fé, história, e identidade que resistem ao tempo e continuam a ser pontos de referência e reflexão para as comunidades que os cercam.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Set24

As águas do rio Arcossó correm ... lentamente ... quase paradas ..., junto à ponte romana do Arquinho, refletindo as árvores das suas margens e fazendo planar as folhas que delas caem. (Vila Verde da Raia - Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

 

As águas do rio Arcossó correm ... lentamente ...

quase paradas ...,

junto à ponte romana do Arquinho,

refletindo as árvores das suas margens e fazendo planar as folhas que delas caem.

(Vila Verde da Raia - Chaves - Portugal)

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A fotografia de Mário Silva captura um momento de serena tranquilidade em Vila Verde da Raia, Chaves.

O rio Arcossó, com as suas águas quase estagnadas, reflete como um espelho a exuberância da vegetação ribeirinha.

A ponte romana do Arquinho, um testemunho do passado, adiciona um toque histórico à cena, convidando o observador a uma jornada temporal.

As folhas que flutuam na superfície da água, impulsionadas por uma brisa suave, completam a composição, criando uma atmosfera bucólica e contemplativa.

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A fotografia apresenta uma composição equilibrada, com a linha horizontal da água dividindo a imagem em duas partes.

A simetria das árvores refletidas e a ponte centralizada reforçam a sensação de harmonia.

A profundidade de campo permite que o observador se perca nos detalhes da paisagem, desde as folhas que flutuam até a textura da ponte de pedra.

A luz natural, suave e indireta, envolve a cena numa atmosfera mágica.

As sombras projetadas pelas árvores na água criam um jogo de contrastes que realça a tridimensionalidade da imagem.

A ausência de elementos artificiais de iluminação preserva a autenticidade do momento capturado.

A paleta de cores é predominantemente verde e castanha, com tons quentes que evocam a sensação de calor e aconchego.

O contraste entre as folhas verdes e as castanhas caídas sugere a transição entre as estações do ano.

A fotografia transmite uma sensação de paz e serenidade, convidando o observador a um momento de reflexão.

A beleza natural da paisagem e a atmosfera tranquila evocam emoções positivas, como calma e bem-estar.

A presença da ponte romana do Arquinho acrescenta um valor histórico e cultural à fotografia.

A ponte é um testemunho do passado e conecta o presente ao passado, conferindo à imagem um significado mais profundo.

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A beleza natural capturada na fotografia destaca a importância da preservação ambiental.

É fundamental conscientizar sobre a necessidade de proteger os recursos hídricos e a biodiversidade.

A fotografia pode ser utilizada para promover o turismo sustentável na região, incentivando a visita a locais com beleza natural e valor histórico.

A fotografia de Mário Silva possui um grande potencial para ser divulgada em diferentes plataformas, como redes sociais e exposições, alcançando um público mais amplo e contribuindo para a valorização da fotografia portuguesa.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é um convite à contemplação da natureza e à reflexão sobre a importância da preservação do património histórico e cultural.

A imagem captura a essência da beleza natural de Vila Verde da Raia, despertando emoções positivas e promovendo a valorização da fotografia como forma de expressão artística e documentária.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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