"A Bruxa de Pedra"
conto fantástico do lendário de Águas Frias –
Chaves – Portugal
1ª parte
Nas profundezas da região montanhosa de Trás-os-Montes, em Portugal, uma pequena aldeia repousava pacificamente, cercada por vales verdejantes e cumes rochosos que desafiavam o céu.
Ali, o ritmo da vida seguia um compasso antigo, ditado pelas estações e pelos ciclos da natureza. As ruas de pedra testemunhavam o passar dos séculos, enquanto os habitantes cultivavam a terra com mãos calejadas, preservando tradições que haviam sido transmitidas de geração em geração.
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No meio dessa tapeçaria rural, erguia-se uma formação rochosa singular, uma fraga imponente que parecia vigiar a aldeia com um olhar pétreo.
A sua silhueta era esculpida pelas forças da natureza, modelada ao longo de eras por ventos implacáveis e chuvas incessantes.
E, como se por uma brincadeira caprichosa do destino, o seu perfil lembrava um rosto humano, com traços severos e uma expressão austera.
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Os habitantes locais chamavam-na de "A Bruxa de Pedra", e a sua presença dominava tanto a paisagem quanto as histórias que se contavam ao redor das lareiras nas noites frias.
Ao cair da noite, quando as famílias se reuniam em torno do calor acolhedor das lareiras, as vozes dos mais velhos se erguiam, repletas de mistérios e segredos ancestrais.
Era nessas ocasiões que a lenda da "Bruxa de Pedra" ganhava vida, transmitida de boca em boca, como um tesouro precioso a ser guardado e compartilhado.
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Alguns contavam que, em tempos imemoriais, uma poderosa feiticeira havia caminhado por aquelas terras, dominando os elementos com os seus feitiços e invocações.
A sua magia era tão intensa que despertava tanto temor quanto admiração nos corações dos aldeões.
Diziam que, num ato de arrogância, ela ousou desafiar as forças da natureza, tentando roubar os segredos mais profundos da terra.
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Como punição pela sua ousadia, a feiticeira foi transformada em pedra pelo próprio poder que buscava dominar.
O seu corpo petrificado ergueu-se como uma sentinela silenciosa, condenada a vigiar eternamente a aldeia que um dia ameaçou subjugar com a sua magia sombria.
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Outros, no entanto, sussurravam que a própria bruxa havia escolhido aquela forma rochosa, renunciando à sua humanidade em troca de uma existência imortal.
Segundo essas histórias, ela havia metamorfoseado-se em pedra para vigiar perpetuamente a aldeia, protegendo-a de ameaças ocultas e preservando os mistérios da terra que tanto amava.
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Enquanto as histórias sobre a "Bruxa de Pedra" ecoavam pelas ruas estreitas da aldeia, uma jovem chamada Marinela bebia avidamente cada palavra, permitindo que a sua imaginação fosse alimentada por essas narrativas fantásticas.
Com apenas doze anos, ela já se havia tornado uma depositária dessas lendas, guardando-as como tesouros preciosos no seu coração.
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Marinela era uma criança curiosa, com olhos brilhantes que pareciam refletir a própria magia da terra.
Ela cresceu ouvindo as histórias contadas pela sua avó, uma mulher sábia que conhecia todos os segredos da aldeia e os ensinamentos antigos que haviam sido passados de geração em geração.
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À noite, quando a lua cheia banhava a aldeia com sua luz prateada, Marinela sentava-se aos pés da sua avó, hipnotizada pelas narrativas que fluíam dos seus lábios.
Ela ouvia atentamente as descrições da feiticeira poderosa que desafiou as forças da natureza, ou da bruxa que escolheu uma forma rochosa para vigiar eternamente a aldeia.
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Cada detalhe, cada nuance dessas lendas, era cuidadosamente absorvido por Marinela, que as guardava na sua mente como pequenas joias preciosas.
Ela sonhava em explorar os mistérios que envolviam a "Bruxa de Pedra", imaginando-se como uma intrépida aventureira desvendando os segredos daquela formação rochosa enigmática.
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Segundo alguns anciãos, em tempos remotos, uma feiticeira de poder inigualável havia percorrido aquelas terras, dominando os elementos com sua magia antiga.
O seu conhecimento era tão vasto que ela ousou desafiar as próprias forças da natureza, buscando roubar os segredos mais profundos da terra.
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Essa ousadia, no entanto, não passou despercebida pelas entidades que governavam o equilíbrio do mundo natural.
Como punição pela sua arrogância, a feiticeira foi transformada em pedra, seu corpo petrificado erguendo-se como um monumento à sua ambição desmedida.
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Outras vozes, no entanto, contavam uma história diferente.
Elas sussurravam que a própria bruxa havia escolhido aquela forma rochosa, renunciando à sua humanidade em troca de uma existência imortal.
Segundo essas narrativas, ela havia metamorfoseado-se em pedra para vigiar perpetuamente a aldeia, protegendo-a de ameaças ocultas e preservando os mistérios da terra que tanto amava.
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Algumas variações dessas lendas sugeriam que a bruxa havia sido uma guardiã benigna, enquanto outras a retratavam como uma força sombria e ameaçadora.
Independentemente da versão, todas essas histórias convergiam para a imponente fraga que dominava a paisagem, a sua silhueta esculpida pelo tempo e pelas forças da natureza.
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Marinela bebia avidamente cada uma dessas narrativas, permitindo que a sua imaginação fosse alimentada por essas lendas fantásticas.
Ela sonhava em desvendar os mistérios que envolviam a "Bruxa de Pedra", explorando cada nuance e cada detalhe que pudesse revelar a verdade por trás daquela formação rochosa enigmática.
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Se você é fascinado por histórias de magia, mistério e lendas antigas, não perca a oportunidade de explorar a rica cultura e as tradições encantadoras de Trás-os-Montes, Portugal.
Planeie a sua viagem hoje mesmo e mergulhe nesse mundo de contos fantásticos, onde a natureza e a imaginação se fundem numa tapeçaria deslumbrante.
Descubra os segredos da "Bruxa de Pedra" e deixe-se encantar por esta região mágica, onde o passado e o presente se entrelaçam numa dança eterna de mistério e encantamento.
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(A estória continua … amanhã, se, entretanto, não houver algum encantamento que o impeça)
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva (com a colaboração e testemunho de Marinela)
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