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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

20
Mar25

"Início da primavera"


Mário Silva Mário Silva

"Início da primavera"

(Portugal - 9h 01min)

20Mar DSC05944_ms

Na lente de Mário Silva, a flor se revela,

Em Portugal, a primavera, um sonho que desvela.

Pétalas brancas, puras como a neve que se foi,

Anunciam a vida nova, que em breve se constrói.

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O sol beija as flores, com um toque dourado,

E a natureza desperta, num bailado encantado.

O verde renasce, em tons vibrantes e alegres,

E o ar se enche de perfume, que a alma desagrega.

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As amendoeiras em flor, um espetáculo sem igual,

Pintam a paisagem de branco, num festival floral.

As abelhas zumbem, em busca do néctar doce,

E os pássaros cantam, em uníssono, um refrão que nos comove.

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A fotografia de Mário Silva, um poema visual,

Que nos transporta para um mundo, mágico e sensual.

Onde a beleza da natureza, se revela em cada detalhe,

E a primavera se eterniza, num instante que não falhe.

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Em Portugal, a primavera, um renascimento constante,

Onde a vida se renova, num ciclo fascinante.

E a fotografia de Mário Silva, um testemunho fiel,

Dessa beleza efêmera, que nos eleva ao céu.

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Que a primavera nos inspire, a amar a natureza,

E a preservar a sua beleza, com toda a certeza.

Que a fotografia de Mário Silva, nos lembre a cada instante,

Que a vida é um presente, que devemos celebrar constantemente.

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Poema & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Mar25

Dia do Pai (ao meu Pai; ao Pai que sou; ao neto que perdurará os nossos sonhos)


Mário Silva Mário Silva

Dia do Pai

(ao meu Pai;

ao Pai que sou;

ao neto que perdurará os nossos sonhos)

19Mar RCBfZx9KKt1M4eKiMgOR (3)_ms

No céu azul, entre nuvens suaves,
Te vejo, pai, em luz que me abraça.
Teu rosto sereno, nas brisas que dançam,
Guarda o amor que o tempo jamais apaga.
Embora estejas junto ao Divino Lar,
Teu legado em mim brilha, como uma estrela.

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Pai amado, foste minha fortaleza,
Raiz profunda de um lar que floresceu.
Tua voz, um farol nas noites escuras,
Guiou-me com fé, com ternura e calor.
Hoje, sou pai de uma filha tão bela,
E em seus olhos, teu espírito vejo.

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Minha filha, flor rara do meu jardim,
Herdou teu sorriso, teu modo de amar.
Seus passos leves, sua alma brilhante,
Refletem o que em ti sempre admirei.
Com ela, sinto a tua presença, pai,
Um laço eterno que o tempo não desfaz.

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E agora, avô, tornaste-te lenda,
Nos olhos do neto, teu riso se encontra.
Ele corre pelos campos, com alegria pura,
Carregando em si o teu sangue, a tua história.
Seu abraço pequeno, é um eco do teu,
Une gerações num amor sem medida.

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No Dia do Pai, meu coração chora,
Mas também celebra o que em ti encontrei.
Teu exemplo, pai, segue-me em cada dia,
Na força que dou, no amor que semeio.
De Deus, te guardo em preces e memórias,
Sabendo que estás em paz, em luz infinita.

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Assim, caminhamos, a tua linhagem viva,
Pela estrada dourada, sob o céu pintado.
Minha filha, meu neto, e eu, teu reflexo,
Seguramos as mãos, como tu nos ensinaste.
Pai, avô, guardião, tua alma nos guia,
Num amor que transcende, para sempre unido.

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Poema & Pintura digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Mar25

“18 de março - o dia mais belo do ano"


Mário Silva Mário Silva

“18 de março - o dia mais belo do ano"

18Mar DSC04506_ms

No verde campo, a flor se abre em festa,

Um branco manto, a pureza a desvendar,

Mário celebra, a vida que lhe resta,

Em cada pétala, um sonho a desabrochar.

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O sol sorri, em tons de aguarela,

Pincelando o dia, em cores de esplendor,

A natureza canta, em doce capela,

E a alegria floresce, em pleno fulgor.

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No teu olhar, a luz da primavera,

Reflete a alma, em versos de canção,

E a cada passo, a vida se tempera,

Com a doçura da mais bela estação.

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Que este dia, em ti se eternize,

Em cada flor, um verso a te guiar,

E que a felicidade, em ti se organize,

Para que possas sempre amar e sonhar.

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No teu caminho, flores a bailar,

E a brisa leve, a te acompanhar,

Que cada sonho, possa se realizar,

E que a vida te possa abençoar.

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Mar25

“Caminho rural com arbustos a florir” - A Natureza a despedir-se do inverno …


Mário Silva Mário Silva

“Caminho rural com arbustos a florir”

A Natureza a despedir-se do inverno …

17Mar DSC04548_ms

O caminho serpenteia entre a vegetação renascida, como um fio de esperança que se desenrola na paisagem.

A terra, ainda húmida do inverno, guarda a memória das chuvas frias, mas já se veste de um verde vibrante, prenúncio da primavera que se aproxima.

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Os arbustos, outrora adormecidos, despertam com uma explosão de flores brancas, como se a natureza se quisesse despedir do inverno com um último suspiro de beleza.

As pétalas delicadas, como flocos de neve que se renderam ao sol, perfumam o ar com um aroma doce e fresco, convidando à contemplação.

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As árvores, ainda despidas de folhas, erguem-se como esqueletos elegantes, contrastando com a exuberância da vegetação rasteira.

Os seus ramos nus, como braços que se estendem em direção ao céu, parecem ansiar pelo calor do sol e pelo toque das folhas novas.

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A luz, suave e dourada, que banha a cena, confere-lhe um ar de magia e mistério.

As sombras alongadas, que se projetam no chão, criam um jogo de luz e escuridão que realça a beleza da paisagem.

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Neste cenário idílico, onde a natureza se despede do inverno e se prepara para receber a primavera, o amor encontra o seu refúgio perfeito.

O caminho, outrora trilhado por passos solitários, agora convida a um passeio a dois, de mãos dadas, em sintonia com a melodia da natureza.

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O aroma das flores, a brisa suave que acaricia a pele, o canto dos pássaros que anunciam a nova estação, tudo se conjuga para criar um ambiente romântico e apaixonante.

Neste lugar mágico, onde o tempo parece ter abrandado o seu ritmo, o amor floresce como as flores da primavera, intenso e eterno.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Mar25

A Capela de São Miguel - Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

A Capela de São Miguel

Sobreira (Águas Frias – Chaves – Portugal)

16Mar DSC07821_ms

A capela de São Miguel, em Sobreira, Águas Frias, Chaves, ergue-se como um testemunho da fé e da história, capturada com maestria pelo olhar de Mário Silva.

A imagem transporta-nos para um lugar de serenidade, onde o tempo parece ter abrandado o seu ritmo.

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A capela, com a sua arquitetura simples e austera, construída em granito, irradia uma beleza intemporal.

As pedras, desgastadas pelo tempo, contam histórias de gerações que ali encontraram refúgio e conforto espiritual.

O telhado de telha vermelha, com a sua tonalidade quente, contrasta com o cinzento da pedra, criando um jogo de cores que encanta o olhar.

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A torre sineira, com o seu campanário coroado por cruzes de pedra, ergue-se como um farol de esperança, guiando os fiéis e anunciando os momentos de oração.

A porta de madeira, com a sua simplicidade, convida à entrada, a um espaço de paz e introspeção.

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A vegetação exuberante, que abraça a capela, confere-lhe um ar de frescura e vitalidade.

As árvores, com as suas folhas verdes, contrastam com o céu azul, criando uma atmosfera de tranquilidade e harmonia.

O muro de pedra, que delimita o espaço da capela, protege-a do mundo exterior, criando um refúgio de paz e serenidade.

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Nesta imagem, Mário Silva captura a essência da capela de São Miguel, um lugar de fé e história, onde a beleza da arquitetura se funde com a serenidade da natureza.

A luz suave, que banha a cena, realça a beleza dos detalhes, convidando à contemplação e à reflexão.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
15
Mar25

“A Trepadeira-azul (Sitta europaea) – o labor não se mede pelo tamanho”


Mário Silva Mário Silva

“A Trepadeira-azul (Sitta europaea)

o labor não se mede pelo tamanho”

15Mar DSC00481_ms

Na penumbra da floresta, onde a luz dança entre os troncos das árvores, Mário Silva captura a essência da vida selvagem num instante de pura beleza.

A Trepadeira-azul (Sitta europaea), com a sua plumagem delicada em tons de azul, cinzento e laranja, surge em destaque, desafiando a gravidade ao percorrer o tronco rugoso de uma árvore.

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A sua postura, de cabeça para baixo, revela a agilidade e a destreza desta pequena ave, capaz de desafiar as leis da natureza em busca de alimento.

O seu bico fino e comprido, uma ferramenta precisa, explora as fendas da casca em busca de insetos e sementes, revelando a sua incansável busca pela sobrevivência.

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A textura da casca da árvore, coberta de líquenes e musgo, contrasta com a suavidade da plumagem da Trepadeira-azul, criando um jogo de texturas e cores que enriquece a imagem.

A luz suave, que se infiltra entre as árvores, ilumina a ave, realçando a sua beleza e a sua delicadeza.

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Nesta imagem, Mário Silva convida-nos a contemplar a beleza da natureza em pequenos detalhes, a apreciar a força e a resiliência da vida selvagem.

A Trepadeira-azul, com a sua aparente fragilidade, demonstra que o labor não se mede pelo tamanho, mas sim pela determinação e pela capacidade de superar os desafios.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Mar25

“O carrinho de mão e a lenha pitada”


Mário Silva Mário Silva

“O carrinho de mão e a lenha pitada”

14Mar DSC09810_ms

Na quietude do pátio, a porta de madeira gasta pelo tempo guarda segredos sussurrados pelo vento.

A sua tonalidade, outrora vibrante, agora desbotada pelo sol e pela chuva, conta histórias de invernos rigorosos e verões escaldantes.

As ranhuras e os nós da madeira são testemunhas silenciosas do passar dos anos, cada um deles uma marca da resiliência da casa.

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À sua frente, um carrinho de mão de metal verde, outrora vibrante, agora manchado pelo tempo, repousa como um servo cansado.

A sua roda, gasta pelo atrito com a terra, guarda memórias de inúmeras jornadas carregadas de esperança e trabalho árduo.

No seu interior, um monte de lenha, galhos secos e ramos entrelaçados, aguarda o seu destino, a chama que aquece e ilumina.

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A pedra, bruta e irregular, que emoldura a porta, confere-lhe um ar de fortaleza, um refúgio seguro contra as intempéries.

As marcas do tempo esculpidas na pedra contam histórias de mãos calejadas que a ergueram, de vidas que ali se abrigaram.

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A paleta de cores, outrora vibrante, agora dominada pelos tons terrosos e pelo cinzento da pedra, evoca a simplicidade da vida no campo, a ligação profunda com a natureza.

A luz, suave e difusa, que banha a cena, convida à contemplação, à reflexão sobre a passagem do tempo e a beleza das coisas simples.

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Nesta imagem, Mário Silva captura a essência da vida rural, a beleza da simplicidade, a poesia do quotidiano.

A porta, o carrinho de mão, a lenha, a pedra, tudo se conjuga numa sinfonia visual que nos transporta para um mundo de paz e tranquilidade, onde o tempo parece ter abrandado o seu ritmo.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Mar25

"As mimosas (Acacia dealbata) e os carvalhos (Quercus faginea)"


Mário Silva Mário Silva

"As mimosas (Acacia dealbata)

e os carvalhos (Quercus faginea)"

13Mar DSC01746_ms

A fotografia de Mário Silva captura um contraste interessante entre a vivacidade das mimosas em flor e a sobriedade dos carvalhos num ambiente outonal.

A imagem apresenta um plano próximo de mimosas (Acacia dealbata) com as suas flores amarelas vibrantes, contrastando com um plano de fundo de carvalhos (Quercus faginea) com as suas folhas secas e tons acinzentados.

A paisagem, com as suas colinas e vegetação rasteira, evoca um sentimento de tranquilidade e de beleza natural.

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A composição da fotografia é equilibrada, com as mimosas a ocupar o primeiro plano e os carvalhos o segundo plano.

A perspetiva adotada permite apreciar o contraste entre as duas espécies e a sua relação com a paisagem circundante.

A linha diagonal dos galhos das mimosas conduz o olhar do observador para o interior da imagem.

A luz natural incide sobre a paisagem, criando sombras que acentuam a textura das folhas e a volumetria das árvores.

A paleta de cores é marcada pelo contraste entre o amarelo vibrante das mimosas e os tons acinzentados dos carvalhos, que evocam a sensação de outono e de transição.

As mimosas, com as suas flores amarelas vibrantes, representam a beleza, a alegria e a renovação.

Os carvalhos, com as suas folhas secas e seus troncos robustos, representam a força, a resistência e a passagem do tempo.

A imagem como um todo evoca um sentimento de equilíbrio entre a beleza e a força da natureza.

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A Importância dos Carvalhos e a Beleza das Mimosas:

Os carvalhos (Quercus faginea) são árvores nativas da Península Ibérica, com um papel fundamental nos ecossistemas mediterrânicos.

Eles fornecem abrigo e alimento para diversas espécies animais, contribuem para a fertilidade do solo e ajudam a regular o ciclo da água.

As mimosas (Acacia dealbata) são árvores exóticas, originárias da Austrália, que foram introduzidas em Portugal no século XIX.

Elas são apreciadas pela beleza das suas flores amarelas, que florescem no final do inverno e início da primavera.

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A Ação Invasora das Mimosas:

Apesar da sua beleza, as mimosas são consideradas uma espécie invasora em Portugal.

Elas reproduzem-se rapidamente e espalham-se com facilidade, competindo com as espécies nativas por recursos como luz, água e nutrientes.

A ação invasora das mimosas pode levar à perda de biodiversidade e à degradação dos ecossistemas naturais.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva captura um momento de beleza e de contraste na paisagem natural.

A imagem convida-nos a refletir sobre a importância da conservação dos ecossistemas e sobre a necessidade de controlar a propagação de espécies invasoras.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Mar25

"Vista parcial da aldeia de Águas Frias" … onde o Tempo parece parar ... e o relaxamento parece perdurar ...


Mário Silva Mário Silva

"Vista parcial da aldeia de Águas Frias" …

onde o Tempo parece parar ...

e o relaxamento parece perdurar ...

12Mar DSC09759_ms

A fotografia de Mário Silva, "Vista parcial da aldeia de Águas Frias", captura a essência da tranquilidade e da beleza da paisagem rural transmontana.

A imagem apresenta uma vista panorâmica da aldeia, com as casas de telhado vermelho a contrastar com a vegetação verdejante e o céu nublado.

A névoa que paira sobre a paisagem confere à imagem um ar misterioso e intemporal.

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A composição da fotografia é equilibrada, com a aldeia a ocupar o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a extensão da aldeia e a sua integração na paisagem natural.

Os galhos das árvores em primeiro plano criam um enquadramento natural, convidando o observador a entrar na cena.

A luz natural, difusa e suave, cria uma atmosfera de calma e serenidade.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de verde, castanho e vermelho, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento à terra.

A aldeia, com as suas casas de telhado vermelho e a sua atmosfera tranquila, representa um modo de vida tradicional, marcado pela proximidade com a natureza e pela forte ligação à terra.

A névoa que envolve a paisagem confere à imagem um ar de mistério e de tempo suspenso.

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Águas Frias: Um Refúgio da Agitação Moderna:

A descrição da aldeia como um local onde "o Tempo parece parar... e onde o relaxamento parece perdurar..." é um testemunho da paz e da tranquilidade que se sente em Águas Frias.

A aldeia, com a sua atmosfera calma e a sua paisagem bucólica, é um refúgio da agitação moderna, um local onde se pode escapar do stress do dia a dia e desfrutar da beleza da natureza.

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A Importância da Preservação da Vida Rural:

A preservação da vida rural, com as suas tradições e os seus valores, é fundamental para a manutenção da identidade cultural de um país.

As aldeias como Águas Frias são testemunhas de um modo de vida que está a desaparecer, e a sua preservação é essencial para a memória coletiva e para a valorização do património cultural.

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Em conclusão, a fotografia "Vista parcial da aldeia de Águas Frias" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da vida rural e sobre a necessidade de preservar as nossas raízes.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua atmosfera tranquila, é um convite a visitar Águas Frias e a desfrutar da sua paz e da sua beleza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Mar25

Crepúsculo Transmontano (Poema)


Mário Silva Mário Silva

Crepúsculo Transmontano (Poema)

11Mar DSC07927_ms

Nas encostas de telha e pedra,

onde o sol se deita preguiçoso

e o vento sussurra segredos

de eras que se foram,

as aldeias se desvanecem em silêncio.

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Casas de memória,

erguidas como velhas testemunhas

de mãos calejadas e corações pulsantes,

agora repousam solenes,

deixando que o tempo as abrace

num abraço de melancolia e pó.

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Nos caminhos de pedra,

onde os passos se perdem

no eco de histórias antigas,

o arado e a foice jazem esquecidos,

símbolos de um labor que unia vida

se celebrava a terra com fervor ancestral.

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Nas pequenas igrejas quase abandonadas,

a prece ecoa num sussurro distante,

como um hino triste à esperança

que se foi com a brisa,

levando embora os risos e os sonhos

de gerações que partiram rumo ao incerto.

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Oh, Trás-os-Montes!

Na tua paisagem rústica e austera,

a decadência é também poesia,

um lamento que se transforma

em versos de saudade,

e em cada ruína, a semente

de um amor eterno pela terra.

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Poema & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
10
Mar25

Pela Rua das Maias - Uma Viagem no Tempo Através do olhar de Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

Pela Rua das Maias

Uma Viagem no Tempo Através do olhar de Mário Silva

10Mar DSC09704_ms

Emoldurada pelo casario rústico de Águas Frias, a fotografia de Mário Silva, "Pela Rua das Maias", transporta-nos para um universo onde o tempo parece correr mais lento.

A rua de calçada, ladeada por muros de pedra e janelas floridas, convida-nos a um passeio nostálgico pelas tradições ancestrais da aldeia.

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O olhar do fotógrafo captura a essência da alma transmontana, revelando a beleza singela do quotidiano.

A luz que banha a rua, outrora palco de festas e romarias, confere um toque mágico à imagem, despertando em nós a vontade de desbravar cada recanto daquele lugar.

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Ao fundo, a imponente colina ergue-se como testemunha silenciosa da história daquelas terras.

A vegetação densa que cobre a encosta contrasta com a aridez do chão, criando um jogo de cores e texturas que encanta a nossa visão.

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Mário Silva, com a sua sensibilidade ímpar, eterniza um momento único na história de Águas Frias.

A fotografia transcende o seu valor documental, transformando-se numa obra de arte que nos convida a refletir sobre a nossa própria identidade e sobre a importância de preservar as nossas raízes.

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"Pela Rua das Maias" é um convite à contemplação, um portal que nos transporta para um mundo de encantos e tradições.

Um lugar onde o tempo se dilui e a alma se liga com a essência da vida.

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A Aldeia de Águas Frias

Águas Frias é uma aldeia transmontana situada no concelho de Chaves, em Portugal. Conhecida pela sua beleza natural e pela hospitalidade de seus habitantes, a aldeia preserva tradições seculares que encantam os visitantes.

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Deixe-se Levar pela Magia da Fotografia

Permita que a fotografia de Mário Silva o transporte para um universo de beleza e tradição. Caminhe pelas ruas de Águas Frias, admire a paisagem, e deixe que a alma transmontana o envolva na sua magia.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Mar25

As “Alminhas” na Crença do Povo Português (Assureiras – Águas Frias – Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

As “Alminhas” na Crença do Povo Português

Assureiras – Águas Frias – Chaves - Portugal

10Mar DSC07475_ms

Em muitas estradas e encruzilhadas de Portugal, é comum encontrar pequenos nichos de pedra, conhecidos como Alminhas.

São pequenos monumentos religiosos erguidos em honra das almas do Purgatório, representando um dos elementos mais tradicionais da religiosidade popular portuguesa.

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O Que São as Alminhas?

As Alminhas são manifestações de fé, erguidas geralmente por famílias ou comunidades, como forma de lembrar e interceder pelas almas dos falecidos que ainda não alcançaram a salvação eterna.

Muitas vezes, esses oratórios são acompanhados de imagens religiosas, como representações do fogo purificador, santos intercessores e cruzes.

É habitual ver velas acesas e flores junto a essas estruturas, demonstrando a devoção dos fiéis que ali rezam pelos mortos.

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O Que São Almas Penadas?

Na tradição popular portuguesa, as Almas Penadas são espíritos de pessoas falecidas que, por diversos motivos, não encontraram descanso após a morte.

Acredita-se que estas almas vagueiam pelo mundo dos vivos, manifestando-se através de lamentos, luzes estranhas ou até aparições.

Segundo a crença, essas almas buscam orações e boas ações dos vivos para conseguirem redenção e seguir para a luz divina.

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O Que É o Purgatório?

O conceito do Purgatório está enraizado na doutrina católica e refere-se a um estado transitório de purificação após a morte.

Segundo a Igreja, as almas que não morreram em estado de graça plena, mas que também não merecem a condenação eterna, passam por esse processo de purificação para se tornarem dignas do Céu.

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Na tradição portuguesa, essa ideia do Purgatório está fortemente ligada às Alminhas, pois acredita-se que as orações dos vivos podem aliviar o sofrimento das almas que ali se encontram, acelerando a sua ascensão ao Paraíso.

Daí a importância dos monumentos das Alminhas, que servem como pontos de oração e intercessão.

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As Alminhas e a Cultura Popular

As Alminhas fazem parte do imaginário coletivo português e continuam a ser respeitadas, mesmo nos tempos modernos.

Muitas histórias e lendas falam de milagres atribuídos a promessas feitas nesses pequenos altares.

Os viajantes que passam por esses nichos costumam fazer o sinal da cruz ou murmurar uma oração, mantendo viva a tradição que atravessa séculos.

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Assim, as Alminhas são mais do que simples monumentos – são testemunhos da fé e da relação profunda dos portugueses com os seus antepassados, num ciclo de devoção, esperança e memória.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
08
Mar25

“O Olhar do Tempo”


Mário Silva Mário Silva

“O Olhar do Tempo”

08Mar DSC01963_ms

Através do buraco escavado pelo tempo no velho castanheiro, o mundo revela-se como um segredo há muito guardado.

É um portal entre o passado e o presente, onde a rugosidade da casca ressequida contrasta com a suavidade do musgo que cobre o chão.

A moldura natural desenhada pela madeira carcomida recorta a paisagem como um quadro vivo, onde galhos nus sussurram histórias de outonos passados e de primaveras por vir.

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O castanheiro, outrora imponente, viu o tempo correr diante de si.

As suas folhas cobriram gerações, as suas raízes abraçaram séculos de histórias, e agora, com o seu tronco oco e ferido, ainda observa o mundo com a paciência dos sábios.

Quem se aproxima e espreita pelo seu buraco vê mais do que um cenário – vê uma perspetiva diferente, vê com os olhos da própria árvore.

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Há algo de melancólico e belo nesse olhar.

Como um ancião que já não caminha, mas compreende, o castanheiro não se move, mas enxerga longe.

E ali, entre o passado que lhe deu forma e o presente que se desenrola diante dele, há um convite silencioso para que paremos e observemos a vida com mais profundidade.

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Quantas vezes olhamos o mundo com pressa, sem reparar nos detalhes?

Quantas vezes deixamos de perceber a poesia escondida nas coisas simples?

O velho castanheiro, com o seu buraco aberto ao infinito, ensina-nos a ver de novo, a olhar além, a encontrar beleza na passagem do tempo.

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Talvez, se aprendermos a ver o mundo pelos olhos do castanheiro, possamos compreender que, mesmo no envelhecimento e na transformação, há um espaço para a contemplação, para a memória e para o recomeço.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
07
Mar25

"As ovelhas do senhor e As Ovelhas do Senhor"


Mário Silva Mário Silva

"As ovelhas do senhor e As Ovelhas do Senhor"

07Mar DSC01887_ms

A fotografia de Mário Silva captura um momento de serenidade e inocência no campo.

A imagem apresenta duas ovelhas, uma adulta e um cordeiro, num pasto verdejante.

A ovelha adulta, com a sua lã macia e branca, contrasta com a agilidade e a curiosidade do cordeiro, que se volta para a câmara com um olhar atento.

O fundo verde vibrante e a luz natural criam uma atmosfera pacífica e convidativa.

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A composição da fotografia é simples e eficaz, com as ovelhas ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a beleza dos animais e a textura da lã.

A luz natural incide sobre as ovelhas, criando sombras que acentuam a volumetria dos animais.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de branco, verde e castanho, que evocam a sensação de frescura e de vida.

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As ovelhas são animais que, ao longo da história, têm sido utilizados como metáfora para representar a humanidade.

Na Bíblia, Jesus autodenomina-se o "Bom Pastor" e os seus seguidores são comparados a "ovelhas".

A imagem da ovelha e do cordeiro está associada à inocência, à docilidade e à necessidade de proteção.

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A metáfora das ovelhas como seguidores de Cristo é uma das mais antigas e poderosas da tradição cristã.

Jesus autodenomina-se o "Bom Pastor" e os seus discípulos são comparados a ovelhas que precisam ser guiadas e protegidas.

Essa analogia está presente em diversos textos bíblicos e tem sido utilizada por teólogos e artistas ao longo dos séculos para ilustrar a relação entre Deus e o homem.

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A fotografia de Mário Silva, ao representar duas ovelhas num pasto verdejante, evoca essa poderosa metáfora.

A imagem pode ser interpretada como uma representação da relação entre o pastor e o rebanho, ou seja, entre Deus e os seus fiéis.

A ovelha adulta, com a sua experiência e sabedoria, simboliza a figura do pastor, enquanto o cordeiro representa os fiéis, que precisam de orientação e proteção.

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Em resumo, a fotografia "As ovelhas do senhor e as Ovelhas do Senhor " é uma obra que transcende a mera representação de animais.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, convida-nos a refletir sobre a natureza humana, a nossa relação com o divino e a importância da fé.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
06
Mar25

"Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres"


Mário Silva Mário Silva

"Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres"

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres", captura a essência da vida em uma aldeia transmontana, revelando a beleza austera e desafiadora da região.

A imagem retrata uma rua estreita e íngreme, ladeada por casas de pedra tradicionais, na aldeia de Águas Frias, em Chaves, Portugal.

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A composição da fotografia destaca a linha diagonal da rua, criando uma sensação de profundidade e movimento.

As casas de pedra emolduram a rua, guiando o olhar do observador para o topo da colina.

O céu nublado contrasta com o calor da terra e das casas, criando um equilíbrio visual interessante.

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A nitidez da fotografia é notável, especialmente nos detalhes das casas de pedra e do pavimento da rua.

Cada pedra, cada telha, cada janela é revelada com clareza, permitindo que o observador aprecie a rusticidade e a autenticidade da arquitetura local.

O fundo, embora ligeiramente desfocado, sugere a vastidão da paisagem montanhosa.

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A iluminação natural e suave realça a beleza da paisagem sem criar sombras duras ou superexposição.

As cores quentes e terrosas, com tons de castanho, ocre e laranja, dominam a paleta.

O céu nublado contribui para a atmosfera melancólica e introspetiva da fotografia.

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A fotografia transcende a mera representação de uma rua, evocando sentimentos de nostalgia, respeito e ligação com a história e a cultura local.

A rua íngreme pode ser interpretada como uma metáfora da vida nas áreas rurais de Portugal, onde a superação de obstáculos é uma constante.

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A ausência de pessoas na fotografia enfatiza a quietude e a solidão da rua, convidando o observador a imaginar a vida dos habitantes locais.

A vegetação rasteira que cresce entre as pedras do pavimento adiciona um toque de cor e vitalidade à imagem.

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Em resumo, "Rua íngreme de Nª Srª dos Prazeres" é uma fotografia que nos convida à reflexão sobre a natureza, a cultura e a vida nas áreas rurais de Portugal.

Através da sua composição cuidadosa, foco preciso e iluminação suave, Mário Silva captura a beleza e a essência da região de Trás-os-Montes, um microcosmo de um país rico em história e tradições.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Mar25

"Início da Quaresma"


Mário Silva Mário Silva

"Início da Quaresma"

05Mar DSC05967_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Início da Quaresma", captura um momento de profunda reflexão e introspeção.

A imagem apresenta um sol poente, parcialmente oculto pelos galhos de uma árvore sem folhas, num cenário que evoca a melancolia e a espiritualidade.

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A fotografia é composta por linhas simples e cores quentes, que criam uma atmosfera intimista e contemplativa.

O sol, grande e redondo, parece emergir de trás dos galhos da árvore, como se estivesse prestes a esconder-se.

A luz suave e dourada inunda a cena, criando um efeito quase onírico.

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A composição é equilibrada, com o sol ocupando o centro da imagem e os galhos da árvore criando um enquadramento natural.

A perspetiva adotada permite apreciar a beleza da luz e a força da natureza.

A luz, quente e dourada, evoca a sensação de fim de dia e de tranquilidade.

As cores são suaves e harmoniosas, criando uma atmosfera serena e contemplativa.

O sol, como símbolo da vida e da ressurreição, contrasta com a nudez das árvores, que representam a morte e a renovação.

A imagem pode ser interpretada como uma metáfora da Quaresma, um período de penitência e preparação para a Páscoa.

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A Quaresma é um período de 40 dias que antecede a Páscoa, celebrado pelos cristãos como um tempo de preparação espiritual.

A palavra "quaresma" vem do latim "quadragesima", que significa "quadragésimo", em referência aos 40 dias que Jesus passou no deserto, jejuando e sendo tentado pelo diabo.

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Durante a Quaresma, os cristãos são convidados a praticar a penitência, a oração e o jejum, como forma de se preparar para a celebração da Páscoa, que comemora a ressurreição de Jesus Cristo.

A Quaresma é um tempo de reflexão sobre a própria vida e de aproximação a Deus.

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A fotografia de Mário Silva captura a essência da Quaresma, com a sua atmosfera de introspeção e de preparação para o novo.

A imagem do sol poente, parcialmente oculto pelos galhos da árvore, pode ser interpretada como uma metáfora da passagem do tempo e da renovação.

A nudez das árvores representa a morte, mas também a promessa de uma nova vida, simbolizando a ressurreição de Cristo.

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Em conclusão, a fotografia "Início da Quaresma" é uma obra que nos convida à reflexão sobre o significado da vida e da fé.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, é um convite à introspeção e à busca por um sentido mais profundo para a existência.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Mar25

"Carnaval na Aldeia", 2010, na aldeia de Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Carnaval na Aldeia" - 2010

na aldeia de Águas Frias - Chaves - Portugal

04Mar DSC04456_ms

 

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O Carnaval é uma celebração rica e variada em todo o mundo, e nas aldeias transmontanas de Portugal, ele assume um caráter particularmente único, refletindo tradições locais, história e a identidade comunitária.

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O Carnaval, na sua essência, é uma festa de origem pagã que remonta a celebrações antigas como as Saturnais romanas, onde as normas sociais eram temporariamente invertidas.

Com a cristianização da Europa, essas festividades foram incorporadas ao calendário cristão, situando-se antes da Quaresma, um período de jejum e reflexão.

Nas aldeias transmontanas, o carnaval pode ter sido influenciado tanto por essas tradições antigas quanto pela necessidade de comunidades rurais de marcar o fim do inverno e o início da primavera, um momento de renovação e preparação para o trabalho agrícola intensivo.

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Nas aldeias transmontanas, o uso de máscaras e fantasias é central.

Elas servem não apenas para diversão, mas também para a anulação da identidade individual, permitindo que as pessoas se comportem de maneiras que normalmente não fariam.

A foto de Mário Silva mostra pessoas vestidas com roupas coloridas e acessórios, como chapéus e guarda-chuvas, que são típicos em muitas celebrações locais.

O carnaval nessas aldeias frequentemente inclui desfiles ou "cortes" onde grupos de pessoas percorrem as ruas, cantando, dançando e tocando instrumentos, como se vê na imagem com os participantes carregando instrumentos musicais.

Estes desfiles são ocasiões para a comunidade se reunir, fortalecendo laços sociais.

É comum encontrar elementos de sátira e crítica social durante o carnaval.

As pessoas vestem-se para imitar figuras locais ou para zombar de situações sociais, proporcionando uma válvula de escape para tensões e hierarquias sociais.

Algumas celebrações incluem rituais que podem ter raízes pré-cristãs, como a queima de bonecos que simbolizam o inverno ou o mal, ou danças que imitam movimentos de animais, simbolizando a ligação com a natureza e o ciclo agrícola.

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O carnaval é um momento de união, onde todos, independentemente da idade ou status social, participam.

Isso fortalece a coesão comunitária, especialmente importante em áreas rurais onde a vida pode ser isolada.

Estas festividades ajudam a preservar tradições locais que podem estar em risco de se perder com a modernização e a migração para áreas urbanas.

Simbolicamente, o carnaval representa a renovação.

Para as comunidades agrícolas, é um momento de preparação espiritual e social para a primavera, um período de plantio e renascimento.

O carnaval oferece uma oportunidade para a expressão pessoal e a liberdade de comportamento que é normalmente restringida pelas normas sociais e religiosas.

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Em resumo, o carnaval nas aldeias transmontanas é uma rica tapeçaria de tradição, comunidade e renovação.

A imagem de Mário Silva captura apenas um momento desta celebração, mas ilustra bem como o carnaval é uma expressão vital da cultura e da vida rural em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
03
Mar25

"Felosa-comum (Phylloscopus collybita)"


Mário Silva Mário Silva

"Felosa-comum (Phylloscopus collybita)"

03Mar DSC04052_ms

Em "Felosa-comum (Phylloscopus collybita)", Mário Silva captura a essência da fragilidade e da beleza da vida selvagem num instante congelado no tempo.

A fotografia apresenta uma pequena ave, a felosa-comum, empoleirada num galho fino e retorcido, aparentemente num mundo vasto e inclemente.

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A composição da fotografia é notável pela sua simplicidade e elegância.

O galho diagonal cria uma linha condutora que leva o olhar do observador da esquerda para a direita, em direção à ave.

A felosa-comum está posicionada ligeiramente à direita do centro, uma regra de terços clássica, que confere equilíbrio e harmonia à imagem.

O espaço negativo ao redor da ave destaca a sua pequenez e vulnerabilidade, enfatizando a vastidão do seu habitat natural.

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A nitidez da fotografia é impressionante, especialmente no que diz respeito à ave.

Cada detalhe da sua plumagem castanho-esverdeada, bico fino e olhos brilhantes é revelado com clareza.

O fundo, embora ligeiramente desfocado, sugere um céu nublado de inverno, com tons de azul e branco que complementam a paleta de cores da ave.

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A iluminação da fotografia é suave e natural, realçando a beleza da felosa-comum sem criar sombras duras ou superexposição.

As cores são vivas e vibrantes, com tons de castanho, verde e amarelo que se misturam harmoniosamente.

O bico fino e as pernas delicadas da ave são capturados com detalhes notáveis, permitindo que o observador aprecie a complexidade da sua anatomia.

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A fotografia de Mário Silva transcende a mera representação da felosa-comum.

Ela evoca sentimentos de admiração, respeito e até mesmo um sentido de ligação com a natureza.

A pequenez da ave em relação ao seu ambiente lembra-nos da nossa própria insignificância no mundo natural e da importância de proteger a biodiversidade.

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A fotografia também pode ser interpretada como um símbolo de esperança e resiliência.

Apesar da sua aparente fragilidade, a felosa-comum está perfeitamente adaptada ao seu ambiente e capaz de sobreviver em condições adversas.

A sua presença lembra-nos da força e da persistência da vida, mesmo em face a desafios aparentemente intransponíveis.

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Em suma, "Felosa-comum (Phylloscopus collybita)" é uma obra de arte que nos convida à reflexão sobre a natureza, a fragilidade da vida e a importância da preservação ambiental.

 Através da sua composição cuidadosa, foco preciso e iluminação suave, Mário Silva captura a beleza e a essência da felosa-comum, um microcosmo de um mundo natural vasto e complexo.

A fotografia inspira-nos a apreciar a beleza da natureza e a renovar o nosso compromisso de proteger o meio ambiente para as futuras gerações.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
02
Mar25

"As Alminhas" (Águas Frias - Chaves - Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"As Alminhas"

(Águas Frias - Chaves - Portugal)

02Mar DSC04990_ms

A fotografia mostra uma estrutura conhecida como "Alminhas" localizada em Águas Frias, Chaves, Portugal.

As "Alminhas" são pequenas capelas ou nichos geralmente encontrados em encruzilhada de estradas ou caminhos rurais, e são dedicadas às almas do purgatório.

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As "Alminhas" têm origem na tradição católica, especialmente na Península Ibérica, onde eram erguidas como forma de devoção e lembrança das almas dos falecidos que se acreditava estarem no purgatório, precisando de orações para alcançar o céu.

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A crença central é que as almas do purgatório podem ser ajudadas a alcançar a salvação através das orações dos vivos.

As pessoas acreditavam que ao rezar, acender velas ou deixar oferendas nestas capelas, estavam a ajudar essas almas a reduzir o seu tempo no purgatório.

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Existem várias lendas associadas às "Alminhas".

As "Almas Penadas" são uma parte fascinante do folclore português, especialmente relacionado às "Alminhas".

Almas Penadas refere-se a almas dos falecidos que, segundo a crença popular, ainda estão no purgatório, um estado intermediário onde as almas expiam os seus pecados antes de alcançar o céu.

Essas almas são vistas como penadas porque estão num estado de sofrimento ou busca por redenção.

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Segundo a lenda, essas almas podem aparecer aos vivos, muitas vezes à noite, em locais como encruzilhadas, cemitérios, ou perto das "Alminhas".

Elas podem manifestar-se como sombras, luzes fracas, ou até mesmo como figuras humanas translúcidas.

Uma característica comum dessas aparições é que elas pedem orações.

Acredita-se que as orações dos vivos podem ajudar a aliviar o sofrimento destas almas e acelerar o seu caminho para o céu.

Por exemplo, uma alma penada poderia aparecer para alguém e pedir que rezassem por ela para diminuir o seu tempo no purgatório.

Às vezes, as almas penadas são vistas como protetoras ou como portadoras de avisos.

Elas podem alertar sobre perigos iminentes ou proteger aqueles que as ajudam com as suas orações.

Em algumas estórias, elas aparecem para guiar pessoas perdidas ou para evitar que cometam erros graves.

Para honrar e ajudar estas almas, as pessoas deixam oferendas nas "Alminhas", como flores, velas, e até alimentos.

No Dia de Finados (2 de novembro), é comum ver mais atividade em torno das "Alminhas", com muitas pessoas a visitar, para rezar e lembrar os mortos.

A lenda das Almas Penadas reflete a visão cultural sobre a morte, o além-vida, e a importância da comunidade em ajudar os falecidos.

Esta crença fortalece a prática de lembrar e rezar pelos mortos, mantendo uma ligação entre os vivos e os que partiram.

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Ao longo dos séculos, as "Alminhas" têm servido como pontos de encontro espiritual e comunitário, onde as pessoas se reuniam para rezar.

Elas também simbolizam a lembrança contínua dos mortos e a interligação entre o mundo dos vivos e dos mortos na tradição católica.

Além disso, essas estruturas muitas vezes refletem a arquitetura local e a expressão artística da comunidade, tornando-as também um património cultural.

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Na imagem, a data "8-10-1983" pode indicar uma data significativa, possivelmente a data de construção ou uma data de um evento memorial específico.

A presença de flores e a manutenção da estrutura mostram que ainda é um local de devoção e respeito.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Mar25

"A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias ao Castelo de Monforte de Rio Livre"


Mário Silva Mário Silva

"A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias

ao Castelo de Monforte de Rio Livre"

01Mar DSC04061_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "A ligação umbilical da aldeia de Águas Frias ao Castelo de Monforte de Rio Livre" apresenta uma paisagem que retrata a relação histórica e geográfica entre a aldeia de Águas Frias e o Castelo de Monforte de Rio Livre.

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A fotografia mostra um cenário natural com uma elevação de terreno coberto por vegetação. No topo dessa elevação, encontra-se o Castelo de Monforte de Rio Livre, uma estrutura antiga e imponente que domina a paisagem.

Na parte inferior da imagem, há um sinal de trânsito com o nome "Águas Frias", indicando a localização da aldeia.

Este sinal é proeminente e está em primeiro plano, sugerindo a proximidade entre a aldeia e a estrutura do castelo.

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Após o declínio e extinção do concelho de Monforte de Rio Livre, a população migrou para uma área menos agreste e com terras mais produtivas, que é a atual localização de Águas Frias.

Isso sugere uma migração histórica da população da área do castelo para um local mais favorável, mantendo uma conexão simbólica e visual através da paisagem.

A imagem captura a "ligação umbilical" sugerida pelo título, simbolizando a conexão histórica e cultural entre a população de Águas Frias e o seu passado ligado ao castelo.

O termo "umbilical" implica uma ligação vital e profunda, algo que é visualmente reforçado pela proximidade do castelo ao horizonte da aldeia.

A composição da fotografia é interessante.

O castelo, embora distante, é o ponto focal devido à sua posição elevada e estrutura destacada.

O sinal de "Águas Frias" serve como um marcador visual que liga o observador à localização específica da aldeia, criando um diálogo entre o presente (a aldeia) e o passado (o castelo).

A vegetação densa e a paisagem natural ao redor do castelo e da aldeia sugerem uma área rural, talvez menos desenvolvida, que mantém uma certa rusticidade e proximidade com a natureza, o que pode ser um reflexo da busca por terras mais produtivas.

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Esta fotografia não só documenta um lugar específico, mas também conta uma história de migração, adaptação e continuidade cultural através dos séculos.

A escolha do ângulo e da composição por Mário Silva enfatiza essa narrativa, tornando a imagem não apenas um registro visual, mas um meio de contar uma história profunda e enraizada na identidade local.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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