“Cavalo de crinas doiradas”
Mário Silva Mário Silva
“Cavalo de crinas doiradas”

A fotografia de Mário Silva retrata um cavalo de crinas doiradas num campo verdejante.
O animal, que é um pónei, com a sua pelagem castanho-clara, está de perfil, com as crinas e a cauda num tom loiro brilhante, destacando-se intensamente contra o fundo.
A iluminação dourada e intensa do sol da tarde ilumina o animal e a erva amarelada à sua volta, fazendo com que as suas crinas e cauda pareçam quase a brilhar.
O enquadramento é amplo, mostrando o animal no seu ambiente natural, com árvores e um campo ao fundo.
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Estória: O Cavalo das Crinas de Ouro
Num vale escondido entre as colinas de Trás-os-Montes, vivia um pónei.
Não era um pónei como os outros.
As suas crinas e a sua cauda eram de um tom loiro tão claro que pareciam ter sido tecidas com fios de sol.
As crianças da aldeia, encantadas, chamavam-lhe o Cavalo das Crinas de Ouro.
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O cavalo, embora pequeno, tinha uma grande missão.
Ele era o guardião do segredo da luz.
Todas as manhãs, quando o sol nascia, ele corria pelo campo, as suas crinas a brilhar ao vento, e, com um bater de cascos, trazia a luz para a terra.
Ao entardecer, ele parava no campo, a sua pelagem a misturar-se com a cor da terra, e as suas crinas, como fios de ouro, guardavam os últimos raios do sol antes que a noite chegasse.
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Uma vez, um pintor da cidade visitou a aldeia.
Ficou fascinado com o Cavalo das Crinas de Ouro.
Tentou pintá-lo, mas a beleza do animal era tão etérea que as tintas do seu pincel pareciam pálidas.
O pintor percebeu então que a beleza do cavalo não estava na sua forma, mas na sua alma.
Era a sua pureza e a sua conexão com a natureza que o tornavam especial.
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A fotografia de Mário Silva capturou um desses momentos.
Não apenas a imagem de um cavalo, mas a essência do seu espírito.
O Cavalo das Crinas de Ouro, com o seu olhar sereno e as suas crinas a brilhar, era a prova viva de que a beleza está na natureza e que a luz do sol é um dom que devemos sempre proteger.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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