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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

05
Out25

SETEMBRO 2025


Mário Silva Mário Silva

SETEMBRO 2025

Os principais acontecimentos em Portugal durante o mês de setembro de 2025 ficaram marcados por uma tragédia em Lisboa, o reconhecimento político da Palestina e o impacto de uma depressão atmosférica.

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Acidente do Elevador da Glória

O evento mais marcante do mês foi o trágico descarrilamento de uma das cabines do Elevador da Glória, em Lisboa, no dia 3 de setembro.

O acidente provocou dezasseis mortos e duas dezenas de feridos, levando o Governo a decretar Dia de Luto Nacional no dia seguinte, em homenagem às vítimas.

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Passagem da Depressão “Gabrielle”'

No final do mês, Portugal Continental, e em particular as regiões do Norte, Centro e Lisboa, foi afetado pela depressão tropical “Gabrielle”.

A tempestade trouxe ventos fortes e agitação marítima, resultando em mais de 250 ocorrências no continente e levando ao cancelamento de voos nos aeroportos de Lisboa e Porto.

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Política e Sociedade

Eleições na Madeira e Mudanças na IL

Legislativas Regionais na Madeira: O Partido Social Democrata (PSD) foi novamente o vencedor das eleições legislativas regionais, realizadas a 23 de setembro.

O partido elegeu 23 deputados, ficando a um mandato da maioria absoluta, mas com a garantia de alcançar a maioria com o apoio do CDS – Partido Popular, que elegeu um deputado.

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Demissão na Iniciativa Liberal (IL): Rui Rocha demitiu-se da liderança da Iniciativa Liberal, citando os resultados insatisfatórios nas últimas eleições legislativas.

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Reestruturação da Educação e Investigação

O Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre, anunciou uma profunda reestruturação do seu ministério, que viu o número de entidades e organismos centrais ser reduzido de 18 para apenas 7.

Entre as estruturas extintas, destacou-se a Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT).

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Reconhecimento da Palestina

Em termos de política externa, o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Paulo Rangel, realizou uma declaração formal em Nova Iorque, no dia 21 de setembro, para o reconhecimento do Estado da Palestina por Portugal.

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Cultura e Desporto

Arranque da Época Desportiva

O futebol e o desporto em geral retomaram o ritmo intenso, com os clubes portugueses a competir nas provas nacionais (Primeira Liga) e europeias (como a Liga dos Campeões).

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O mês ficou marcado por jogos da Primeira Liga, incluindo o confronto entre Famalicão e Rio Ave (empate a zero) e FC Arouca contra FC Porto.

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Aconteceu também a Rampa de Santa Luzia 2025 em Viana do Castelo, um evento sem carácter competitivo que celebrou a paixão pelo automobilismo.

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Eventos Culturais

Inauguração de Museu: Foi inaugurado em Lisboa, a 22 de setembro, o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins, que ficou instalado no Palácio dos Condes da Ribeira Grande.

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Música: Continuaram a decorrer grandes eventos musicais pós-verão, como o Rockin'1000 no Estádio Municipal de Leiria e concertos do artista brasileiro BaianaSystem em Lisboa.

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A Serenata da Romaria d'Agonia, em Viana do Castelo, realizou-se a 28 de setembro, após um adiamento devido ao mau tempo provocado pela depressão Gabrielle.

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Texto & Video: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
05
Out25

5 de outubro de 1910 - Implantação da República


Mário Silva Mário Silva

Implantação da República

5 de outubro de 1910

05 Outubro1910

A ilustração é uma representação simbólica e histórica da Implantação da República em Portugal, a 5 de outubro de 1910.

A imagem tem uma estética antiga, em tons sépia, reminiscente das gravuras da época.

No centro, uma figura alegórica e imponente, uma mulher de seios nus que simboliza a República, emerge do Paço de Belém, o local da proclamação.

Ela segura a bandeira, representando o poder e a autoridade.

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Ao seu redor, cenas de diferentes momentos do movimento republicano são retratadas:

À esquerda, vemos o fervor revolucionário, com populares e elementos da armada a protestarem.

À direita, soldados marcham e o confronto é evidente, com figuras caídas no chão, simbolizando o conflito e as baixas.

Na parte inferior, uma assembleia de figuras masculinas, com a presença de intelectuais e líderes políticos, representa a nova elite que liderou a revolução.

A presença de um grupo à frente sugere a união e o poder do povo.

Ao fundo, a paisagem de Lisboa, com o rio Tejo e as suas embarcações, e o ambiente urbano, mostram o cenário da revolta.

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A gravura, no seu conjunto, celebra a transição do regime monárquico para o republicano, destacando os seus protagonistas, os símbolos e os eventos marcantes.

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A Revolução de 5 de outubro de 1910: O Nascimento da Primeira República Portuguesa

A Implantação da República em Portugal, a 5 de outubro de 1910, não foi um acontecimento isolado.

Foi o culminar de um longo período de descontentamento social, político e económico que corroía o regime monárquico.

A revolução, liderada por figuras como Afonso Costa, Teófilo Braga e Machado dos Santos, marcou o fim de uma monarquia com quase oito séculos e o nascimento de um novo ideal para a nação.

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Causas e Contexto

O final do século XIX e o início do século XX foram tempos turbulentos para Portugal.

A monarquia constitucional enfrentava uma série de crises que a descredibilizavam aos olhos da população.

O Ultimato Britânico de 1890, que forçou Portugal a desistir dos seus planos de criar um império colonial "do mapa cor-de-rosa", foi um duro golpe na soberania nacional e no orgulho popular.

A crise económica, o aumento da dívida pública e a corrupção na política acentuaram o fosso entre o poder e o povo.

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O Partido Republicano Português soube capitalizar este descontentamento.

Com uma forte base de apoio nas classes médias urbanas, em intelectuais, jornalistas e militares, o partido prometia modernidade, progresso e a moralização da vida pública.

A sua propaganda, através de jornais e manifestações, popularizou os ideais republicanos e preparou o terreno para a revolta.

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A Revolução

O ponto de não retorno foi a noite de 3 para 4 de outubro de 1910.

O Regimento de Artilharia 1, em Lisboa, amotinou-se sob a liderança do Comandante Machado dos Santos.

A revolta, que começou como um motim militar, rapidamente se espalhou, com civis e elementos da marinha a juntarem-se aos revoltosos.

Os combates com as forças leais à monarquia foram intensos, com os republicanos a bombardearem o Paço das Necessidades, residência do Rei D. Manuel II.

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A figura de Machado dos Santos e a tomada da Rotunda (atual Marquês de Pombal) tornaram-se o epicentro simbólico da revolução.

Apesar do Rei ter conseguido fugir para o exílio em Gibraltar, a monarquia já estava irremediavelmente ferida.

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Proclamação e Consequências

Na manhã de 5 de outubro, com a monarquia já sem apoio, o político José Relvas proclamou a Primeira República Portuguesa do balcão da Câmara Municipal de Lisboa.

Seguiu-se a formação de um Governo Provisório, presidido por Teófilo Braga, que rapidamente tomou medidas para consolidar o novo regime.

A Igreja foi separada do Estado, a nova bandeira e o hino nacional foram criados e reformas sociais foram prometidas.

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A Primeira República (1910-1926) foi um período de grandes desafios e instabilidade.

Embora tenha sido um regime com ideais de liberdade, progresso e igualdade, a sua curta duração foi marcada por crises políticas, greves e a participação de Portugal na Primeira Guerra Mundial.

No entanto, o 5 de outubro de 1910 permanece na memória como o momento em que a nação, em busca de um futuro mais justo, virou uma página na sua história.

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Texto: ©MárioSilva

Ilustração: Cândido da Silva (?)

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Mário Silva 📷

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