"O sol poente" & Terça-feira Santa (profecias de Jesus sobre o fim dos tempos e a traição Judas e a negação por Pedro)
Mário Silva Mário Silva
"O sol poente" & Terça-feira Santa
(profecias de Jesus sobre o fim dos tempos e a traição Judas e a negação por Pedro)
A fotografia de Mário Silva, intitulada "O sol poente", apresenta uma cena serena e melancólica de um pôr do sol.
O sol, baixo no horizonte, emite uma luz dourada que se filtra através das silhuetas de árvores sem folhas, criando um contraste dramático entre a claridade do céu e as formas escuras e retorcidas dos galhos.
O céu exibe tons suaves de azul e laranja, com camadas de nuvens que adicionam profundidade à paisagem.
No fundo, é possível ver colinas ou montanhas, sugerindo um cenário rural e tranquilo.
A assinatura do fotógrafo, "Mário Silva", está visível no canto inferior direito da imagem, e a borda da fotografia tem um efeito de vinheta em tons de roxo, que intensifica a sensação de introspeção e quietude.
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Relação com a Terça-feira Santa
A Terça-feira Santa, no contexto católico, é um momento significativo da Semana Santa, que marca os eventos que antecedem a crucificação de Jesus.
Nesse dia, segundo a tradição, Jesus vai ao Monte das Oliveiras após escapar de uma emboscada dos líderes religiosos que buscavam prendê-lo.
Lá, ele profetiza aos seus discípulos sobre o fim dos tempos, a destruição do Templo de Jerusalém e os sinais de sua segunda vinda.
Além disso, Jesus fala sobre a traição de Judas Iscariotes, que o entregaria às autoridades, e a negação de Pedro, que, apesar da sua lealdade, negaria conhecê-lo três vezes antes do amanhecer.
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A fotografia "O sol poente" pode ser relacionada a esse momento de forma simbólica e emocional.
O pôr do sol, com a sua luz que se desvanece, pode representar o fim de um ciclo e o prenúncio de tempos difíceis, ecoando o tom das profecias de Jesus sobre o fim dos tempos e os eventos trágicos que se aproximam, como a sua paixão e morte.
A luz dourada que atravessa as árvores sem folhas pode simbolizar a presença divina de Jesus, que, mesmo no meio da escuridão que se aproxima (representada pelas silhuetas escuras e pela noite que cai), ainda oferece esperança e verdade aos seus discípulos.
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As árvores despidas, com galhos secos e retorcidos, podem ser vistas como um reflexo da aridez espiritual e da traição que Jesus enfrentaria.
Judas, ao trair Jesus, e Pedro, ao negá-lo, representam a fragilidade humana e a dificuldade de permanecer fiel em momentos de provação.
A paisagem silenciosa e solitária da fotografia evoca o isolamento que Jesus começa a sentir à medida que se aproxima da sua paixão, especialmente no Monte das Oliveiras, onde ele oraria em angústia na Quinta-feira Santa, pedindo que o "cálice" lhe fosse afastado.
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Por fim, o contraste entre a luz do sol e a escuridão crescente pode ser interpretado como a tensão entre a esperança da redenção e o peso do sacrifício iminente.
A Terça-feira Santa é um dia de preparação e reflexão, e a fotografia de Mário Silva, com a sua atmosfera contemplativa, captura essa essência de transição, mistério e expetativa que marca esse momento da narrativa cristã.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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