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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

30
Abr25

"Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ..."


Mário Silva Mário Silva

"Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ..."

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Pela Rua da Aldeia ... e uma casa ...", captura uma cena típica das aldeias transmontanas, especificamente em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma casa rústica situada em uma rua estreita, característica dessas regiões.

A casa tem uma fachada de cor amarelada, com sinais de desgaste que revelam o passar do tempo.

A estrutura é composta por paredes de pedra e alvenaria, com uma porta verde na parte inferior e uma janela com cortinas brancas no andar superior.

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No topo da casa, há um terraço com uma grade metálica, de onde se pode ver uma bandeira portuguesa tremulando, sugerindo um toque de orgulho local.

À esquerda, uma parede de pedra empilhada, coberta por musgo, adiciona um elemento natural e tradicional à cena.

À direita, outra construção de pedra, parcialmente em ruínas, com telhado de telhas quebradas, reforça a sensação de antiguidade e autenticidade da aldeia.

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A luz do dia ilumina a cena, criando sombras suaves que destacam as texturas das pedras e da parede.

A assinatura de Mário Silva, está visível no canto inferior direito da fotografia, indicando a autoria da obra.

A descrição do autor sobre as ruas estreitas das aldeias transmontanas que escondem "preciosidades ao virar de cada esquina" reflete bem o charme e a simplicidade capturados nesta imagem, que evoca a essência da vida rural em Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
29
Abr25

"Observando o vale"


Mário Silva Mário Silva

"Observando o vale"

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Observando o vale", captura uma vista serena e melancólica da encosta de uma colina na Serra do Brunheiro, em Chaves, Portugal.

A imagem mostra um vale amplo e suavemente ondulado, com o rio Arcossó visível ao longe, represo pela barragem das Nogueirinhas, que reflete a luz suave do céu.

A paisagem é dominada por tons quentes e dourados, sugerindo que a foto foi tirada durante o entardecer, com uma luz suave que cria uma atmosfera etérea e enevoada.

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No primeiro plano, há árvores despidas, com galhos finos e delicados, algumas cobertas de musgo, o que indica um ambiente natural e possivelmente a transição entre estações, como o final do inverno ou início da primavera.

A vegetação rasteira é verde, contrastando com os tons mais secos e amarelados do vale ao fundo.

As camadas de colinas e montanhas ao longe desaparecem gradualmente na névoa, criando uma sensação de profundidade e vastidão.

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A assinatura "Mário Silva" está visível no canto inferior esquerdo da imagem, escrita em uma caligrafia fluida e branca, que se destaca contra o fundo verde da vegetação.

A moldura da fotografia tem um efeito de vinheta, escurecendo as bordas e direcionando o olhar para o centro da composição, reforçando a sensação de contemplação descrita pelo título.

É uma imagem que transmite tranquilidade e uma conexão profunda com a natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
28
Abr25

"Flores de Pereira (Pyrus calleryana)"


Mário Silva Mário Silva

"Flores de Pereira (Pyrus calleryana)"

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Flores de Pereira (Pyrus calleryana)", captura de forma delicada e vibrante um conjunto de flores brancas de uma pereira, destacadas contra um fundo de céu azul claro.

As flores, agrupadas em cachos, apresentam pétalas brancas com pequenos detalhes em preto e estames amarelos, criando um contraste suave e elegante.

As folhas verdes, brilhantes e bem iluminadas pelo sol, complementam a composição, transmitindo uma sensação de frescura e vitalidade.

A luz natural realça as texturas das pétalas e das folhas, enquanto a assinatura do fotógrafo, "Mário Silva", aparece discretamente no canto inferior direito da imagem, adicionando um toque pessoal à obra.

A moldura cinza ao redor da fotografia dá um acabamento clássico, destacando ainda mais a beleza natural do tema.

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As pereiras, como a “Pyrus calleryana” (comumente conhecida como pereira ornamental, embora outras espécies como a Pyrus communis sejam mais usadas para consumo), desempenham um papel significativo na alimentação humana, especialmente por meio dos frutos que produzem: as peras.

Esses frutos são amplamente apreciados pelo seu sabor doce e suculento, além de serem uma fonte rica de nutrientes essenciais para uma dieta saudável.

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As peras são ricas em fibras dietéticas, que ajudam na digestão, promovem a saúde intestinal e podem reduzir o risco de doenças cardiovasculares e diabetes tipo 2.

Elas também contêm vitaminas como a C (importante para o sistema imunológico e a saúde da pele) e K, além de minerais como potássio, que auxilia na regulação da pressão arterial.

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Com poucas calorias, as peras são uma excelente opção para quem busca manter ou perder peso de forma saudável, oferecendo saciedade devido ao alto teor de fibras e água.

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As peras contêm compostos antioxidantes, como flavonoides e ácidos fenólicos, que ajudam a combater os radicais livres no corpo, reduzindo o stresse oxidativo e o risco de doenças crónicas, como cancro e inflamações.

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Além de serem consumidas frescas, as peras podem ser usadas em diversas preparações culinárias, como saladas, sobremesas, compotas e até pratos salgados, o que as torna um ingrediente versátil para uma dieta equilibrada.

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As pereiras, ao florescerem, também desempenham um papel ecológico importante, atraindo polinizadores como abelhas, que são essenciais para a produção de alimentos em geral.

Isso contribui para a sustentabilidade agrícola e a manutenção da biodiversidade.

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Embora a “Pyrus calleryana” seja mais ornamental e menos usada para produção de frutos comestíveis (devido ao tamanho pequeno e à textura dura de seus frutos), ela simboliza a beleza e a importância das pereiras no contexto mais amplo.

Espécies comestíveis de pereiras, como a “Pyrus communis”, são cultivadas globalmente e têm sido parte da alimentação humana há séculos, oferecendo benefícios nutricionais e culturais em diversas tradições gastronómicas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Abr25

“Capela de Santa Marta” – Lama de Arcos – Chaves – Portugal


Mário Silva Mário Silva

“Capela de Santa Marta”

Lama de Arcos – Chaves – Portugal

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A fotografia, assinada por Mário Silva, retrata a Capela de Santa Marta, localizada em Lama de Arcos, Chaves, Portugal.

A imagem mostra uma pequena capela de pedra com um telhado de telhas vermelhas, situada num ambiente rural.

A capela tem uma entrada coberta por um pequeno alpendre sustentado por colunas de pedra.

À frente da capela, há uma cruz de pedra, que adiciona um elemento simbólico à cena.

O entorno é composto por uma área verde com árvores e arbustos, e o chão parece ser de terra com algumas manchas de ervas.

A luz do sol ilumina a capela, criando sombras suaves e destacando a textura da pedra.

A atmosfera é serena e reflete a simplicidade e a espiritualidade do local.

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Santa Marta é uma figura importante no cristianismo, conhecida pela sua ligação com Jesus Cristo e por ser a irmã de Maria de Betânia e Lázaro, segundo os evangelhos.

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Santa Marta é frequentemente lembrada pela sua hospitalidade.

No Evangelho de Lucas (10:38-42), ela acolhe Jesus na sua casa em Betânia, mas fica ocupada com os afazeres domésticos enquanto a sua irmã Maria escuta os ensinamentos de Jesus.

Marta pede a Jesus que peça a Maria para ajudá-la, mas Jesus responde que Maria escolheu "a melhor parte", ou seja, ouvir a palavra de Deus.

Essa passagem destaca o equilíbrio entre ação e contemplação.

Santa Marta também aparece no Evangelho de João (11:1-44), no episódio da ressurreição do seu irmão Lázaro.

Quando Lázaro morre, Marta vai ao encontro de Jesus e expressa a sua fé, dizendo: "Eu sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires" (João 11:22).

A sua confiança na divindade de Jesus é um momento marcante, e ela testemunha o milagre da ressurreição de Lázaro.

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Por causa da sua dedicação ao serviço e à hospitalidade, Santa Marta é considerada a padroeira das donas de casa, cozinheiras, hoteleiros e todos que trabalham com hospitalidade. Muitas pessoas recorrem a ela em busca de ajuda para organizar assuas tarefas domésticas ou para receber bem os convidados.

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Uma tradição medieval, especialmente popular no sul da França, associa Santa Marta a um milagre em Tarascon.

Segundo a lenda, após a morte de Jesus, Marta, Maria e Lázaro teriam viajado para a região da Provença.

Lá, Marta enfrentou um monstro chamado Tarasca, que aterrorizava a população.

Com a sua fé, ela domou a criatura usando uma cruz e água benta, salvando a cidade.

Por isso, ela é frequentemente representada com um dragão ou monstro aos seus pés.

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O dia de Santa Marta é celebrado em 29 de julho.

Em muitas regiões, como em Portugal, é comum realizar festas e procissões em sua honra, especialmente em capelas dedicadas a ela, como a da fotografia.

Santa Marta é frequentemente retratada com objetos que simbolizam a sua vida, como uma vassoura (representando o trabalho doméstico), uma concha de água benta (pela lenda da Tarasca) ou uma chave (símbolo de hospitalidade e acesso).

Santa Marta é uma santa que inspira tanto a devoção espiritual quanto a dedicação ao trabalho e ao serviço ao próximo, sendo uma figura muito querida em várias culturas cristãs.

A capela em Lama de Arcos, Chaves, é um exemplo de como a sua memória é preservada em pequenos espaços de devoção.

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Texto & Fotografia; ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Abr25

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"


Mário Silva Mário Silva

"Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca"

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca", retrata uma casa rural que parece encapsular a essência da arquitetura tradicional das aldeias transmontanas, uma região no nordeste de Portugal conhecida pela sua rusticidade e ligação profunda com a terra.

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A imagem mostra uma pequena casa de pedra e reboco, com um telhado de telhas vermelhas tradicionais, ligeiramente desgastadas pelo tempo, o que dá um ar de autenticidade e história.

A casa possui uma varanda elevada, acessível por uma escadaria de pedra rústica, que parece ter sido moldada pelas intempéries ao longo dos anos.

A varanda é delimitada por uma grade de madeira simples, com um desenho em treliça na lateral, e é coberta por um telhado inclinado que protege a entrada principal.

A porta de entrada, de madeira escura, é modesta, com uma pequena janela de grades que permite a entrada de luz.

Ao lado da escadaria, há um barril de madeira, possivelmente usado para armazenar vinho, e algumas plantas verdes que crescem ao redor, sugerindo um ambiente natural e integrado à paisagem.

A parede lateral da casa é de pedra exposta, com blocos irregulares unidos por argamassa, enquanto outras partes são rebocadas e pintadas de branco, um contraste típico que dá charme à construção.

Uma lanterna pendurada na varanda adiciona um toque de funcionalidade e nostalgia.

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A iluminação da fotografia é suave, com uma luz natural que parece ser do final da tarde, criando sombras delicadas que realçam a textura da pedra e da madeira.

A composição da imagem é íntima e acolhedora, transmitindo uma sensação de simplicidade e serenidade, como se a casa fosse um refúgio num meio de vida rural.

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As casas rurais transmontanas são conhecidas pela sua arquitetura funcional, construídas para atender às necessidades de uma vida agrícola e resistir às condições climáticas rigorosas da região, que incluem invernos frios e verões quentes.

A fotografia de Mário Silva reflete várias dessas características, e podemos traçar uma analogia poética entre a casa retratada e o espírito das habitações tradicionais de Trás-os-Montes.

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Assim como na fotografia, as casas transmontanas são frequentemente construídas com pedra de granito, materiais abundantes na região, que conferem durabilidade e um aspeto rústico.

A pedra exposta na parede da casa da imagem é um reflexo direto dessa prática, enquanto o reboco branco noutras partes é comum para proteger as paredes e dar um toque de luminosidade.

Esta combinação de pedra e reboco é como uma metáfora para o povo transmontano: resistente e enraizado como a pedra, mas com um coração acolhedor e simples, simbolizado pelo branco.

O telhado inclinado de telhas vermelhas é uma característica marcante das casas transmontanas, projetado para suportar a neve no inverno e facilitar o escoamento da chuva.

Na fotografia, o telhado desgastado parece contar histórias de muitos invernos e verões, assim como as próprias aldeias transmontanas, que carregam a memória de gerações.

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A varanda elevada com escadaria de pedra é um elemento típico das casas transmontanas, especialmente em terrenos inclinados.

Essa característica permite separar a entrada principal do nível do solo, muitas vezes usado para armazenamento ou para abrigar animais.

Na fotografia, a varanda é como um pequeno palco onde a vida acontece: um lugar para descansar, observar a aldeia ou conversar com vizinhos, refletindo a importância da comunidade na cultura transmontana.

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A casa na imagem é desprovida de ornamentos desnecessários, assim como as casas transmontanas, que priorizam a funcionalidade.

A grade de madeira simples, o barril ao lado da escadaria e a lanterna pendurada são detalhes que mostram uma vida prática, onde cada elemento tem um propósito.

Essa simplicidade é um espelho da vida rural transmontana, onde o essencial é valorizado acima do supérfluo.

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As plantas ao redor da casa e a sensação de harmonia com o ambiente são reminiscentes das aldeias transmontanas, onde as construções parecem surgir organicamente da paisagem.

A casa da fotografia não impõe a sua presença, mas se mistura com a terra, como se fosse uma extensão natural do solo rochoso e dos campos ao redor.

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Em conclusão, a fotografia "Uma casa na Aldeia - uma imagem que marca" de Mário Silva é mais do que uma simples captura de uma casa; ela é um retrato da alma transmontana.

A casa, com a sua pedra rústica, telhado de telha, varanda modesta e detalhes funcionais, é uma analogia perfeita para as habitações tradicionais de Trás-os-Montes: sólidas como o granito da região, simples como o modo de vida rural, e acolhedoras como o coração de quem lá vive.

A imagem marca porque consegue transmitir não apenas a aparência de uma casa, mas o sentimento de pertença, resistência e serenidade que define a vida nas aldeias transmontanas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Abr25

"25 de abril de 1974" - Mário Silva


Mário Silva Mário Silva

"25 de abril de 1974"

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A fotomontagem de Mário Silva intitulada "25 de abril de 1974" apresenta uma composição simbólica que remete à Revolução dos Cravos, um marco histórico em Portugal.

Na imagem, há uma mão a segurar um grande ramo de cravos vermelhos, que se destacam em cores vibrantes contra um fundo em preto e branco.

O cravo vermelho é um símbolo icónico da revolução, representando a liberdade e a resistência pacífica.

O fundo em preto e branco mostra um cenário rural, com uma cadeira amarela (outro elemento colorido) e uma estrutura de madeira e pedra que parece ser uma casa em ruínas, sugerindo um contraste entre o passado opressivo e a esperança de um futuro melhor.

A escolha de destacar os cravos e a cadeira em cores vivas, enquanto o resto da imagem permanece monocromático, pode simbolizar a transição de um período sombrio (o regime ditatorial) para um novo tempo de liberdade e renovação.

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A Revolução dos Cravos, também conhecida como o 25 de Abril, foi um golpe militar ocorrido em 25 de abril de 1974, que derrubou o regime autoritário do Estado Novo em Portugal, vigente desde 1933 sob a liderança de António de Oliveira Salazar e, posteriormente, de Marcelo Caetano.

Este regime era caracterizado pela repressão política, censura, falta de liberdades democráticas e pela guerra colonial, que mobilizava jovens portugueses para combater nas colónias africanas (Angola, Moçambique e Guiné-Bissau), gerando grande descontentamento social e económico.

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O movimento foi liderado por militares do Movimento das Forças Armadas (MFA), que, cansados da guerra e da opressão, organizaram um golpe pacífico.

Um dos sinais para o início da revolução foi a transmissão da música "Grândola, Vila Morena", de Zeca Afonso, na rádio, que se tornou um hino da liberdade.

A revolução foi notável pela sua natureza quase sem violência: a população saiu às ruas em apoio aos militares, e as floristas de Lisboa ofereceram cravos para os soldados, que os colocaram nos canos das espingardas, dando origem ao nome "Revolução dos Cravos".

Em poucas horas, o regime caiu, e Marcelo Caetano foi deposto, marcando o fim de 48 anos de ditadura.

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A Revolução dos Cravos trouxe transformações profundas em Portugal, tanto no âmbito político quanto social, cujos efeitos ainda são sentidos na sociedade contemporânea.

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Após o 25 de Abril, Portugal iniciou um processo de transição para a democracia.

Em 1976, foi aprovada uma nova Constituição, que estabeleceu um regime democrático com eleições livres, liberdade de expressão, de imprensa e de associação.

Partidos políticos, antes proibidos, como o Partido Comunista e o Partido Socialista, passaram a atuar livremente.

A censura foi abolida, permitindo o florescimento da cultura, da arte e do debate público.

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Um dos impactos mais imediatos foi o fim da guerra colonial.

As colónias portuguesas – Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe – conquistaram a sua independência entre 1974 e 1975.

Esse processo, embora necessário, trouxe desafios, como o retorno de cerca de 500 mil portugueses (os chamados "retornados") das ex-colónias, que precisaram ser reintegrados na sociedade portuguesa.

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A revolução abriu caminho para reformas sociais significativas.

Houve nacionalizações de setores-chave da economia, como bancos e indústrias, e uma reforma agrária que redistribuiu terras no sul do país.

A educação e a saúde foram democratizadas, com a criação do Serviço Nacional de Saúde (SNS) em 1979, garantindo acesso universal à saúde.

A alfabetização e o acesso à educação também aumentaram, reduzindo as desigualdades sociais herdadas do Estado Novo.

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A democratização permitiu a Portugal integrar-se à Europa.

Em 1986, o país entrou para a Comunidade Econômica Europeia (atual União Europeia), o que trouxe investimentos, modernização das infraestruturas e crescimento económico.

A adesão à UE também consolidou os valores democráticos e abriu portas para a globalização.

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Hoje, Portugal é uma democracia consolidada, com uma sociedade mais igualitária e moderna, embora ainda enfrente desafios como desigualdade económica, envelhecimento populacional e emigração de jovens.

A Revolução dos Cravos é celebrada anualmente como um símbolo de liberdade e resistência, e os cravos vermelhos continuam a ser um emblema de esperança.

A cultura portuguesa floresceu, com maior valorização de artistas, escritores e músicos que antes eram censurados, como José Saramago e Amália Rodrigues.

Além disso, o país tornou-se um destino turístico global, conhecido pela sua história, cultura e qualidade de vida.

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Em conclusão, a fotomontagem de Mário Silva captura a essência da Revolução dos Cravos ao destacar os cravos vermelhos como símbolo de liberdade num cenário que remete ao passado opressivo.

A Revolução dos Cravos foi um divisor de águas na história de Portugal, encerrando décadas de ditadura e abrindo caminho para a democracia, a descolonização e a modernização.

Até os dias de hoje, os valores de liberdade e igualdade conquistados em 1974 continuam a moldar a sociedade portuguesa, que, apesar dos desafios, se transformou numa nação mais justa e integrada ao mundo.

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Texto & Fotomontagem: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
24
Abr25

"À espera de um Novo Dia"


Mário Silva Mário Silva

"À espera de um Novo Dia"

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "À espera de um Novo Dia", apresenta uma imagem poética e simbólica: silhuetas de galhos e folhas de uma árvore em primeiro plano, contrastando com um céu alaranjado e avermelhado, típico de um amanhecer ou pôr do sol.

A luz suave e quente do sol, que parece estar nascendo, criando uma atmosfera de esperança e renovação.

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O título "À espera de um Novo Dia" sugere um momento de transição, de expectativa por algo novo e melhor.

A escolha do amanhecer, com a sua luz crescente, é frequentemente associada a novos começos, renascimento e esperança.

As silhuetas escuras dos galhos, que parecem frágeis, mas resistentes, podem simbolizar a luta e a resiliência de um povo que, apesar das dificuldades, aguarda por um futuro mais luminoso.

A paleta de cores quentes reforça essa sensação de otimismo e transformação.

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Relação com o fim da ditadura do Estado Novo em Portugal

O Estado Novo, regime autoritário que governou Portugal entre 1933 e 1974, foi marcado por repressão, censura e estagnação social e económica.

O fim deste regime, com a Revolução dos Cravos em 25 de abril de 1974, representou um momento de libertação e esperança para o povo português, sendo frequentemente descrito como o "amanhecer" de uma nova era de democracia e liberdade.

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A fotografia de Mário Silva pode ser interpretada como uma metáfora visual para esse período histórico.

O "novo dia" que a imagem evoca reflete o sentimento coletivo de renovação que se seguiu ao fim da ditadura.

Assim como o sol nasce após a escuridão da noite, a Revolução dos Cravos trouxe luz a um país que vivia sob a sombra de um regime opressivo.

As silhuetas dos galhos podem simbolizar o povo português, que, mesmo fragilizado por décadas de repressão, resistiu e se manteve firme, aguardando a chegada de um futuro mais promissor.

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Além disso, a escolha de um amanhecer, em vez de um pôr do sol, reforça a ideia de início, e não de fim.

O fim do Estado Novo não foi apenas o encerramento de um capítulo sombrio, mas o começo de uma nova fase na história de Portugal, marcada pela democracia, pela liberdade de expressão e pela abertura ao mundo.

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Em conclusão, a fotografia "À espera de um Novo Dia" de Mário Silva captura, de forma simbólica, o espírito de esperança e renovação que marcou o fim da ditadura do Estado Novo em Portugal.

A luz do amanhecer e a resiliência das silhuetas dos galhos refletem a transição de um período de escuridão para um futuro de liberdade e possibilidades, ecoando os sentimentos do povo português após a Revolução dos Cravos.

É uma obra que, através da simplicidade da natureza, transmite uma mensagem profunda sobre transformação e esperança.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Abr25

"Olhai os lírios roxos no campo verdejante"


Mário Silva Mário Silva

"Olhai os lírios roxos no campo verdejante"

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A fotografia intitulada "Olhai os lírios roxos no campo verdejante", de Mário Silva, apresenta uma composição que captura a beleza natural de flores roxas, identificadas como lírios ou íris, num ambiente verdejante.

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A imagem mostra duas flores roxas, provavelmente lírios, em primeiro plano, com as suas pétalas delicadas e vibrantes contrastando contra um fundo verde desfocado.

As flores estão em diferentes estágios de desenvolvimento: uma delas está plenamente aberta, exibindo as suas pétalas roxas com detalhes subtis de veios brancos e amarelos, enquanto a outra está parcialmente fechada, ainda em botão, sugerindo um ciclo de vida natural.

Os caules verdes das flores são visíveis, com alguns detalhes de textura, como pequenas manchas e partes secas, que adicionam realismo à cena.

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O fundo é um desfoque de tons verdes, com leves toques de amarelo e roxo, sugerindo um campo ou jardim natural, possivelmente com outras flores ou plantas ao longe.

A profundidade de campo é rasa, o que mantém o foco nas flores e cria um efeito “bokeh” (áreas fora de foco e distorcidas), destacando-as ainda mais.

A fotografia tem uma moldura oval estilizada, com bordas desfocadas, que dá um toque clássico e suave à apresentação.

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A escolha de uma profundidade de campo rasa é um acerto técnico, pois isola as flores do fundo, criando um contraste visual que atrai o olhar do observador diretamente para o tema principal.

O uso do efeito “bokeh” no fundo reforça a sensação de um ambiente natural e tranquilo, evocando a ideia de um "campo verdejante" mencionada no título.

A moldura oval, embora estilizada, pode ser interpretada como uma tentativa de dar um toque nostálgico ou romântico à obra, remetendo a estilos fotográficos mais antigos.

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A iluminação é natural, o que realça as cores vibrantes das pétalas roxas e os tons verdes do caule e do fundo.

A luz suave evita sombras duras, criando uma atmosfera serena e harmoniosa, que combina bem com o tema da fotografia.

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O título "Olhai os lírios roxos no campo verdejante" sugere uma referência bíblica, possivelmente inspirada no versículo de Mateus 6:28 ("Olhai os lírios do campo..."), que fala sobre a beleza e a simplicidade da natureza como uma lição de confiança e desapego.

As flores, nesse contexto, podem simbolizar a efemeridade da vida, a beleza natural e a harmonia com o ambiente.

O roxo das pétalas, uma cor frequentemente associada à espiritualidade e à nobreza, reforça essa leitura simbólica.

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A escolha de capturar as flores em diferentes estágios de florescimento adiciona uma camada de significado: a flor aberta representa a plenitude, enquanto o botão simboliza o potencial e o futuro.

Essa dualidade pode ser interpretada como uma reflexão sobre o ciclo da vida e a beleza em todas as suas fases.

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Mário Silva pretende evocar uma conexão espiritual ou emocional com a natureza, e ele conseguiu.

A fotografia transmite uma sensação de calma e contemplação, convidando o observador a apreciar a simplicidade e a beleza do mundo natural.

No entanto, a obra não inova em termos de estilo ou técnica; ela encaixa-se numa tradição clássica de fotografia de natureza, o que pode ser tanto um ponto forte (para quem aprecia o género) quanto uma limitação (para quem busca algo mais experimental).

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Em conclusão, "Olhai os lírios roxos no campo verdejante" é uma fotografia que cumpre bem o seu propósito de capturar a beleza efêmera da natureza com uma abordagem delicada e contemplativa.

A composição é tecnicamente sólida, com um uso eficaz de foco, luz e cor.

É uma obra que ressoa emocionalmente, especialmente para quem aprecia a simplicidade e o simbolismo da natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Abr25

"Pormenores na Aldeia transmontana"


Mário Silva Mário Silva

"Pormenores na Aldeia transmontana"

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Pormenores na Aldeia transmontana", captura um cenário que, à primeira vista, pode parecer simples: um relógio de parede e uma lanterna fixados numa estrutura de pedra rústica, com uma grade de ferro ao fundo.

No entanto, é exatamente nesses pormenores que reside a essência da imagem e, de forma mais ampla, a importância dos detalhes na construção e expressão da identidade de uma pessoa ou de uma comunidade, especialmente num contexto que mistura influências locais e globais.

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A imagem apresenta elementos típicos de uma aldeia transmontana, região de Portugal conhecida pela sua rusticidade e tradições profundamente enraizadas.

A parede de pedra, com a sua textura irregular e natural, remete à arquitetura vernacular, onde os materiais locais, como o granito, são utilizados de forma prática e funcional.

O relógio, com um design clássico e funcional, pendurado num suporte de ferro forjado, sugere a importância do tempo numa comunidade rural, onde os ritmos da vida são muitas vezes ditados pelo trabalho no campo e pelas estações do ano.

A lanterna, por sua vez, com a sua luz suave, evoca a necessidade de iluminação nas áreas onde mesmo na modernidade elétrica ainda se preserva o charme do passado.

A grade de ferro, com sinais de ferrugem, adiciona um toque de autenticidade, mostrando o desgaste do tempo e a durabilidade dos materiais tradicionais.

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A assinatura de Mário Silva no canto inferior direito da fotografia reforça a autoria e a intenção artística de capturar esses pormenores, que, embora discretos, contam uma história rica sobre o lugar e as pessoas que o habitam.

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Os pormenores, como os retratados na fotografia, são fundamentais para compreender a personalidade e os gostos de indivíduos e comunidades.

Eles funcionam como uma espécie de impressão digital cultural, revelando escolhas, valores e prioridades que muitas vezes passam despercebidos numa análise superficial.

Num universo de influências locais e globais, esses detalhes tornam-se ainda mais significativos, pois representam a forma como as pessoas revelam a sua identidade entre o que é herdado das suas tradições e o que é absorvido do mundo exterior.

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Na aldeia transmontana retratada, os pormenores como a pedra, o ferro forjado e o design simples dos objetos refletem uma ligação profunda com a terra e com as tradições.

A escolha de materiais locais e a estética funcional indicam um modo de vida prático, onde a beleza está na simplicidade e na durabilidade.

Esses elementos são uma herança cultural que molda a identidade dos habitantes, ligando-os às gerações passadas.

O relógio, por exemplo, não é apenas um objeto utilitário; ele simboliza a organização do tempo numa comunidade onde as rotinas agrícolas e as festas tradicionais, como as romarias, são centrais.

A lanterna, por sua vez, pode remeter a noites de convívio ou a caminhos iluminados.

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Por outro lado, a presença de um relógio de parede, mesmo que com um design clássico, pode ser vista como uma influência externa.

A medição precisa do tempo é uma convenção que se disseminou globalmente com a modernização, contrastando com o ritmo mais orgânico das sociedades rurais tradicionais.

Além disso, a fotografia em si, como forma de arte, é um produto de uma prática que transcende as fronteiras locais, ligando Mário Silva a um público mais amplo e a uma linguagem visual universal.

A escolha de enquadrar esses pormenores de forma artística sugere uma sensibilidade que vai além do contexto local, dialogando com uma estética que pode ser apreciada por pessoas de diferentes culturas.

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Os detalhes capturados na fotografia também refletem escolhas individuais que revelam a personalidade de quem os criou ou os mantém.

Alguém decidiu pendurar aquele relógio e aquela lanterna na parede, talvez por necessidade, mas também por gosto estético.

A manutenção da grade de ferro, mesmo com ferrugem, pode indicar um apego ao passado ou uma preferência por preservar a autenticidade em vez de substituir por algo novo e moderno.

Esses pequenos gestos são expressões de identidade, mostrando como as pessoas se posicionam diante das mudanças trazidas pela globalização.

Num mundo onde o acesso a produtos industrializados e a tendências globais é cada vez maior, optar por manter elementos tradicionais é uma forma de afirmar quem se é e de onde se vem.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva lembra-nos que os pormenores, por mais discretos que sejam, são carregados de significado.

Eles são a ponte entre o individual e o coletivo, entre o local e o global, entre o passado e o presente.

Na aldeia transmontana, esses detalhes – a pedra, o ferro, o relógio, a lanterna – contam a história de um povo que valoriza as suas raízes, mas que também vive num mundo em transformação.

Da mesma forma, nas nossas vidas, os objetos que escolhemos, as cores que preferimos, os materiais que nos cercam, todos esses pormenores são reflexos da nossa personalidade e de como navegamos as influências que nos moldam.

Assim, prestar atenção aos detalhes não é apenas um exercício estético, mas uma forma de compreender mais profundamente quem somos e o que nos liga ao mundo ao nosso redor.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Abr25

O alho napolitano (Allium neapolitanum) e a Segunda feira de Páscoa


Mário Silva Mário Silva

O alho napolitano (Allium neapolitanum)

e a Segunda feira de Páscoa

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Alho napolitano (Allium neapolitanum)", apresenta uma imagem delicada e detalhada de um cacho de flores brancas, conhecidas popularmente como alho-sem-cheiro ou cebolinho-cheiroso.

As flores do “Allium neapolitanum” são pequenas, com pétalas brancas e puras, dispostas num formato de umbela, ou seja, um arranjo em que as flores se agrupam no topo de um caule central, lembrando um pequeno buquê natural.

Cada flor exibe um centro com estames e pistilos bem visíveis, e algumas pétalas apresentam pequenas manchas escuras, possivelmente insetos ou detalhes naturais.

O fundo da imagem é um verde suave e desfocado, destacando ainda mais a brancura das flores e criando um contraste sereno, que remete à tranquilidade da natureza.

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O “Allium neapolitanum” é uma planta bulbosa da família “Amaryllidaceae”, nativa da região mediterrânea, e é conhecida pela sua beleza ornamental.

Apesar do nome "alho", ela não possui o odor forte característico de outras espécies do gênero Allium, como o alho comum (Allium sativum), o que justifica o apelido de "alho-sem-cheiro".

As suas flores florescem na primavera, o que as torna particularmente simbólicas para a época da Páscoa, um período que, no hemisfério norte, coincide com o renascimento da natureza.

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Relacionando a fotografia com a Segunda-feira de Páscoa, pode-se explorar tanto o simbolismo quanto o contexto cultural.

A Segunda-feira de Páscoa, também chamada de "Segunda-feira do Anjo" em algumas tradições cristãs, é um dia que prolonga as celebrações pascais, marcado por momentos de convivência familiar, passeios ao ar livre e, em muitas culturas, a apreciação da natureza renovada.

As flores brancas do alho napolitano evocam pureza, renovação e paz, temas centrais da Páscoa, que celebra a ressurreição de Jesus Cristo e a vitória da vida sobre a morte.

Além disso, a floração primaveril do “Allium neapolitanum” liga-se diretamente com a ideia de renascimento, um dos pilares simbólicos dessa festividade.

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Em Portugal, onde Mário Silva, capturou essa imagem, a Segunda-feira de Páscoa é frequentemente um dia de romarias e piqueniques, em que as pessoas saem para o campo para celebrar a vida e a natureza.

A presença do alho napolitano, com a sua simplicidade e beleza, poderia ser vista como um elemento típico desses cenários campestres, adornando os campos e simbolizando a harmonia entre o homem e a criação.

A fotografia, portanto, não apenas captura a essência botânica da planta, mas também reflete o espírito de renovação e contemplação que permeia esse dia especial.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Abr25

"O Compasso - Visita Pascal"


Mário Silva Mário Silva

"O Compasso - Visita Pascal"

A fotografia de Mário Silva, intitulada "O Compasso - Visita Pascal", retrata um grupo de pessoas participando na Visita Pascal (Compasso).

O grupo é composto por várias pessoas, incluindo crianças e adultos, vestidas com túnicas brancas, que são típicas de cerimónias religiosas cristãs.

Alguns dos participantes carregam cruzes penduradas ao pescoço, e um deles, veste uma capa vermelha e segura uma cruz processional dourada, simbolizando a liderança espiritual do grupo.

Outros seguram objetos litúrgicos, como incensários e sinetas, que são usados durante a Visita Pascal.

A luz do sol filtrada pelas árvores cria uma atmosfera serena e espiritual, destacando o caráter sagrado do momento.

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Significado da Páscoa Cristã

A Páscoa cristã é uma das celebrações mais importantes do calendário litúrgico cristão, marcando a ressurreição de Jesus Cristo, que, segundo a tradição, ocorreu no terceiro dia após a sua crucificação.

Este evento é central para a fé cristã, simbolizando a vitória de Jesus sobre a morte e o pecado, e a promessa de vida eterna para os fiéis.

A Páscoa é precedida pela Quaresma, um período de 40 dias de penitência, jejum e reflexão, e culmina na Semana Santa, que inclui eventos como a Última Ceia (Quinta-feira Santa), a crucificação (Sexta-feira Santa) e a ressurreição (Domingo de Páscoa).

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Além do significado teológico, a Páscoa também é um momento de renovação espiritual, esperança e comunhão familiar.

Em muitas culturas, é celebrada com tradições como a troca de ovos de Páscoa (simbolizando nova vida) e a partilha de refeições festivas.

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A Visita Pascal (Compasso) em Portugal

Em Portugal, a Visita Pascal, também conhecida como "Compasso", é uma tradição profundamente enraizada, especialmente nas regiões do norte e centro do país, como o Minho, Trás-os-Montes e Beiras.

Realizada no Domingo de Páscoa ou na Segunda-feira de Páscoa, a Visita Pascal consiste numa procissão liderada pelo pároco da comunidade ou alguém da sua confiança, acompanhado por membros da paróquia, frequentemente vestidos com vestes brancas, como na fotografia.

O grupo percorre as casas da freguesia para anunciar a ressurreição de Cristo e abençoar as famílias.

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Durante o Compasso, aquele que carrega a cruz processional, muitas vezes adornada com flores, e um sino é tocado para anunciar a chegada do grupo.

Em cada casa, a família recebe a visita com respeito e alegria, muitas vezes beijando a cruz como sinal de devoção.

Asperge-se água benta sobre os moradores e a casa, abençoando-os, e pode recitar orações ou cânticos pascais, como o "Aleluia".

É comum que as famílias preparem uma mesa com doces, amêndoas, vinho do Porto ou outras iguarias para oferecer ao grupo, simbolizando hospitalidade e partilha.

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A Visita Pascal é mais do que um ritual religioso; é uma celebração comunitária que reforça os laços sociais e espirituais entre os membros da freguesia.

Em algumas regiões, o Compasso é acompanhado por cânticos tradicionais e até por grupos de jovens que tocam instrumentos, criando um ambiente festivo.

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A fotografia de Mário Silva captura a essência dessa tradição portuguesa, mostrando o grupo em procissão, com os elementos simbólicos típicos do Compasso: as vestes brancas, a cruz processional, os sinos e o incensário.

A escolha de um cenário natural pode simbolizar a ligação entre a espiritualidade e a criação, refletindo a ideia de renovação que a Páscoa representa.

A imagem transmite um sentimento de paz, devoção e união, valores centrais tanto da Páscoa cristã quanto da Visita Pascal em Portugal.

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Texto e Fotomontagem: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Abr25

"Dia do Silêncio" – sábado Santo e uma frase do Papa Francisco


Mário Silva Mário Silva

"Dia do Silêncio"

Sábado Santo e uma frase do Papa Francisco

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Dia do Silêncio", captura um momento de profunda serenidade e introspeção, que ressoa de forma poderosa com o significado do Sábado Santo e uma frase do Papa Francisco.

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A imagem mostra um pôr do sol com tons quentes de laranja e amarelo, que gradualmente se transformam num céu mais escuro à medida que o sol se aproxima do horizonte.

O sol está parcialmente oculto por uma cadeia de montanhas escuras, quase como uma silhueta, e há nuvens suaves que adicionam textura ao céu.

A luz do sol, embora ainda presente, parece estar-se retirando, deixando o cenário envolto numa quietude melancólica.

Há também um pequeno ponto no céu, possivelmente um pássaro, que adiciona um toque de vida no meio da vastidão silenciosa.

A moldura da fotografia tem um efeito de vinheta, com bordas escuras que intensificam a sensação de introspeção e isolamento.

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Relação com o Sábado Santo e a Frase do Papa Francisco

O Sábado Santo, na tradição cristã, é o dia que marca a espera entre a crucificação de Jesus na Sexta-feira Santa e a sua ressurreição no Domingo de Páscoa.

É um dia de silêncio, luto e reflexão, como descrito pelo Papa Francisco: “O Sábado Santo é o dia do silêncio, vivido no pranto e na perplexidade pelos primeiros discípulos, perturbados com a morte ignominiosa de Jesus. Enquanto o Verbo está em silêncio, enquanto a Vida está no túmulo, aqueles que tinham esperança dele são postos duramente à prova, sentem-se órfãos, talvez até órfãos de Deus”.

A fotografia de Mário Silva reflete esse estado de espírito de maneira visual e simbólica.

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O Silêncio e a Quietude: O pôr do sol na imagem simboliza o fim de um ciclo, assim como a morte de Jesus marca o fim da sua vida terrena.

A ausência de elementos vibrantes ou movimentados na fotografia — como pessoas, cores intensas ou ação — reforça a ideia de silêncio e pausa.

O sol pondo-se atrás das montanhas pode ser interpretado como o "Verbo em silêncio", como mencionado pelo Papa, enquanto a escuridão que se aproxima representa o túmulo onde "a Vida" repousa.

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A Perplexidade e o Luto: As cores quentes do céu, que contrastam com a escuridão das montanhas, podem evocar o pranto e a perplexidade dos discípulos.

O laranja e o amarelo, embora belos, têm uma melancolia inerente nesse contexto, como se o céu estivesse "chorando" com tons de fogo, refletindo a dor e a confusão dos seguidores de Jesus que, segundo o Papa, "se sentem órfãos, talvez até órfãos de Deus".

A luz que se desvanece simboliza a esperança que parece estar-se apagando para os discípulos, que ainda não sabem da ressurreição que virá.

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A Espera e a Prova: A frase do Papa Francisco fala de uma prova dura para aqueles que tinham esperança em Jesus.

Na fotografia, o sol está quase completamente escondido pelas montanhas, mas ainda há um brilho, uma promessa de luz.

Isso pode ser interpretado como um símbolo da espera: mesmo no silêncio e na escuridão do Sábado Santo, há uma luz subtil que prenuncia a ressurreição.

A presença do pássaro solitário no céu pode ser vista como um símbolo de esperança ou da alma em busca de sentido, mesmo no meio da desolação.

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Em conclusão, a fotografia "Dia do Silêncio" de Mário Silva é uma representação visual poderosa do Sábado Santo.

Ela captura a essência do silêncio, da melancolia e da espera descrita pelo Papa Francisco, ao mesmo tempo em que oferece um vislumbre de esperança através da luz que persiste no horizonte.

A imagem convida-nos a refletir sobre a experiência dos primeiros discípulos — o luto, a perplexidade e a sensação de abandono — enquanto nos lembra que, mesmo no silêncio mais profundo, a promessa da ressurreição está por vir.

É uma obra que, através da sua simplicidade e beleza, traduz a profundidade espiritual deste dia sagrado.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Abr25

"A cruz" - Sexta-feira Santa, Paixão e Morte de Jesus Cristo


Mário Silva Mário Silva

"A cruz"

Sexta-feira Santa, Paixão e Morte de Jesus Cristo

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "A cruz", apresenta uma cruz de pedra rústica, com sinais de desgaste e musgo, situada num ambiente natural cercado por pinheiros.

A cruz, um símbolo central do cristianismo.

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A moldura roxa ao redor da imagem adiciona um tom solene, frequentemente associado à liturgia cristã, especialmente em períodos como a Quaresma e a Sexta-feira Santa.

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Relação com a Sexta-feira Santa e a Paixão e Morte de Jesus Cristo

A Sexta-feira Santa é o dia em que os cristãos relembram a Paixão e Morte de Jesus Cristo, um momento de profunda reflexão sobre o sacrifício de Jesus na cruz para a redenção da humanidade.

A cruz, como elemento central da fotografia, é o símbolo mais direto desse evento.

Na narrativa cristã, Jesus foi crucificado, sofreu e morreu na cruz, um ato que, segundo a fé cristã, representa o amor supremo e a salvação.

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A cruz como símbolo do sacrifício: A cruz de pedra na fotografia evoca a cruz de madeira na qual Jesus foi crucificado.

A sua aparência desgastada e coberta de musgo pode simbolizar a passagem do tempo e a permanência do sacrifício de Cristo na memória coletiva dos fiéis.

Assim como a cruz da fotografia resiste às intempéries, a mensagem da Paixão de Cristo permanece viva através dos séculos.

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Ambiente natural e solidão: O cenário natural, com pinheiros e um céu claro, pode ser interpretado como um convite à contemplação e à introspeção, sentimentos muito presentes na Sexta-feira Santa.

É um dia de silêncio, jejum e oração, e a simplicidade do ambiente da fotografia reflete essa atmosfera de recolhimento.

A ausência de figuras humanas reforça a ideia de solidão, remetendo ao momento em que Jesus, na cruz, experimentou o abandono e a dor.

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A moldura roxa: O roxo é uma cor litúrgica associada à penitência, ao luto e à preparação espiritual, usada na Quaresma e especialmente na Sexta-feira Santa.

A escolha dessa cor para a moldura da fotografia reforça a ligação com o período da Paixão, sugerindo um tom de reverência e tristeza pela morte de Cristo.

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A assinatura na base da cruz: A assinatura "Mário Silva" na base da cruz pode ser vista como um toque pessoal do fotógrafo, mas também pode simbolizar a ideia de que a cruz, e o que ela representa, é algo que toca a humanidade de forma individual.

Na Sexta-feira Santa, os fiéis são convidados a refletir sobre a sua própria relação com o sacrifício de Cristo, e a assinatura pode ser interpretada como um lembrete dessa conexão pessoal.

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Em conclusão, a fotografia "A cruz" de Mário Silva captura a essência da Sexta-feira Santa ao apresentar a cruz como um símbolo atemporal do sacrifício de Jesus Cristo.

O ambiente natural, a simplicidade da cruz de pedra e a moldura roxa criam uma atmosfera de reflexão e reverência, alinhada com o espírito de luto e contemplação desse dia sagrado.

A imagem convida o observador a meditar sobre a Paixão e Morte de Cristo, ligando o símbolo da cruz ao significado profundo desse evento na tradição cristã.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Abr25

"Agnus Dei"- Quinta-feira Santa e a Última Ceia


Mário Silva Mário Silva

"Agnus Dei"

Quinta-feira Santa e a Última Ceia

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Agnus Dei", apresenta um rebanho de ovelhas pastando num campo verdejante, cercado por vegetação densa.

A imagem transmite uma sensação de serenidade e simplicidade, com as ovelhas brancas e algumas de tons mais escuros (castanho e preto) espalhadas pelo terreno, algumas delas com a cabeça baixada enquanto se alimentam da erva.

A borda da fotografia tem um tom roxo, que pode remeter à liturgia cristã, e há uma assinatura no canto inferior direito do autor, Mário Silva.

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Relação com a Quinta-feira Santa e a Última Ceia

A Quinta-feira Santa é um dia significativo no calendário cristão, marcando a celebração da Última Ceia de Jesus com os seus discípulos, um evento central na Semana Santa que antecede a Páscoa.

Durante a Última Ceia, Jesus institui a Eucaristia, partilhando o pão e o vinho como símbolos do seu corpo e sangue, e também realiza o lava-pés, demonstrando humildade e serviço.

Este dia está profundamente ligado ao sacrifício de Jesus, frequentemente referido como o "Cordeiro de Deus" (em latim, Agnus Dei), que tira os pecados do mundo.

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A fotografia "Agnus Dei" pode ser relacionada à Quinta-feira Santa e à Última Ceia de várias maneiras simbólicas:

O Cordeiro de Deus (Agnus Dei): O título da fotografia, "Agnus Dei", faz uma referência direta a Jesus, que é simbolizado como o Cordeiro de Deus na tradição cristã.

Na Última Ceia, Jesus oferece-se como sacrifício, prefigurando a sua crucificação na Sexta-feira Santa.

As ovelhas na fotografia representam essa simbologia do cordeiro, um animal associado à pureza, à inocência e ao sacrifício.

Na Páscoa judaica, que coincide com o contexto da Última Ceia, um cordeiro era tradicionalmente sacrificado e consumido, e Jesus, ao instituir a Eucaristia, apresenta-se como o novo cordeiro pascal.

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A simplicidade e a humildade: A cena rural com as ovelhas pastando evoca uma sensação de simplicidade e paz, que ressoa com os temas de humildade e serviço presentes na Quinta-feira Santa.

Durante a Última Ceia, Jesus lava os pés dos discípulos, um gesto humilde que simboliza o amor e o serviço ao próximo.

As ovelhas, animais humildes e dependentes do pastor, podem simbolizar os fiéis que seguem Jesus, o "Bom Pastor", e que são chamados a viver com humildade e entrega.

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A cor roxa da borda: O roxo é uma cor litúrgica associada à penitência e à preparação, frequentemente usada durante a Quaresma e a Semana Santa.

Na Quinta-feira Santa, a liturgia ainda reflete esse tom de reflexão e sacrifício, antes da transição para o branco da Páscoa, que simboliza a ressurreição.

A escolha do roxo na borda da fotografia pode ser uma alusão a esse contexto litúrgico, associando a imagem ao período da Semana Santa.

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A comunidade das ovelhas e a comunhão da Última Ceia: O rebanho de ovelhas na fotografia pode ser interpretado como uma metáfora para a comunidade dos discípulos reunidos na Última Ceia.

Assim como as ovelhas estão juntas, pastando em harmonia, os discípulos reuniram-se com Jesus para compartilhar a refeição que simboliza a unidade e a comunhão.

A Eucaristia, instituída nesse momento, é uma chamadao à união dos fiéis, e as ovelhas, que frequentemente simbolizam o povo de Deus na Bíblia, reforçam essa ideia de comunidade.

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Em conclusão, a fotografia "Agnus Dei" de Mário Silva, com o seu rebanho de ovelhas e o título evocativo, ressoa profundamente com os temas da Quinta-feira Santa e da Última Ceia.

As ovelhas simbolizam Jesus como o Cordeiro de Deus, cujo sacrifício é prefigurado na Eucaristia, e a simplicidade da cena reflete a humildade e o serviço exemplificados por Jesus nesse dia.

A cor roxa da borda e a ideia de comunidade reforçam ainda mais a conexão com o contexto litúrgico da Semana Santa, fazendo da fotografia uma representação visual poderosa dos significados espirituais desse momento sagrado.

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Texto & Fotografia: ©Máriosilva

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Mário Silva 📷
16
Abr25

"Flores: duas cores - uma só beleza" – Quarta-feira Santa (Procissão do Encontro)


Mário Silva Mário Silva

"Flores: duas cores - uma só beleza"

Quarta-feira Santa (Procissão do Encontro)

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "Flores: duas cores - uma só beleza", apresenta duas árvores floridas em tons contrastantes: uma com flores vermelhas vibrantes e outra com flores amarelas brilhantes, ambas em frente a uma casa branca com uma varanda.

As cores distintas das flores, embora diferentes, criam uma harmonia visual que reflete a ideia de unidade na diversidade, como sugerido pelo título da obra.

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Relacionando a fotografia com a Quarta-feira Santa e a Procissão do Encontro, podemos traçar um paralelo simbólico.

Na Procissão do Encontro, há uma separação inicial entre os homens, que carregam a imagem de Nosso Senhor dos Passos, e as mulheres, que levam a imagem de Nossa Senhora das Dores.

Esses dois grupos, distintos na sua composição e trajeto, convergem num momento de profundo significado: o encontro entre a Mãe e o Filho, que simboliza a dor compartilhada e a união no sofrimento.

Da mesma forma, na fotografia, as duas árvores com flores de cores diferentes (vermelho e amarelo) estão lado a lado, unidas na sua beleza conjunta, apesar das suas diferenças.

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O vermelho das flores pode ser associado ao sangue e ao sacrifício de Jesus, representado na imagem de Nosso Senhor dos Passos, enquanto o amarelo, uma cor frequentemente ligada à luz e à esperança, pode simbolizar a presença de Nossa Senhora das Dores, que, mesmo na sua tristeza, é um farol de fé e amor.

A harmonia entre as duas cores reflete a mensagem da Quarta-feira Santa: a união entre a Mãe e o Filho no caminho da cruz, que, apesar da dor, aponta para a redenção e a conversão, como destacado no Sermão das Sete Palavras.

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Assim, a fotografia de Mário Silva, com a sua mensagem de beleza unificada no meio à diversidade, ecoa o espírito da Procissão do Encontro, onde a separação inicial dá lugar a uma união espiritual que convida os fiéis à reflexão, à penitência e à esperança na salvação.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
15
Abr25

"O sol poente" & Terça-feira Santa (profecias de Jesus sobre o fim dos tempos e a traição Judas e a negação por Pedro)


Mário Silva Mário Silva

"O sol poente" & Terça-feira Santa

(profecias de Jesus sobre o fim dos tempos e a traição Judas e a negação por Pedro)

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "O sol poente", apresenta uma cena serena e melancólica de um pôr do sol.

O sol, baixo no horizonte, emite uma luz dourada que se filtra através das silhuetas de árvores sem folhas, criando um contraste dramático entre a claridade do céu e as formas escuras e retorcidas dos galhos.

O céu exibe tons suaves de azul e laranja, com camadas de nuvens que adicionam profundidade à paisagem.

No fundo, é possível ver colinas ou montanhas, sugerindo um cenário rural e tranquilo.

A assinatura do fotógrafo, "Mário Silva", está visível no canto inferior direito da imagem, e a borda da fotografia tem um efeito de vinheta em tons de roxo, que intensifica a sensação de introspeção e quietude.

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Relação com a Terça-feira Santa

A Terça-feira Santa, no contexto católico, é um momento significativo da Semana Santa, que marca os eventos que antecedem a crucificação de Jesus.

Nesse dia, segundo a tradição, Jesus vai ao Monte das Oliveiras após escapar de uma emboscada dos líderes religiosos que buscavam prendê-lo.

Lá, ele profetiza aos seus discípulos sobre o fim dos tempos, a destruição do Templo de Jerusalém e os sinais de sua segunda vinda.

Além disso, Jesus fala sobre a traição de Judas Iscariotes, que o entregaria às autoridades, e a negação de Pedro, que, apesar da sua lealdade, negaria conhecê-lo três vezes antes do amanhecer.

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A fotografia "O sol poente" pode ser relacionada a esse momento de forma simbólica e emocional.

O pôr do sol, com a sua luz que se desvanece, pode representar o fim de um ciclo e o prenúncio de tempos difíceis, ecoando o tom das profecias de Jesus sobre o fim dos tempos e os eventos trágicos que se aproximam, como a sua paixão e morte.

A luz dourada que atravessa as árvores sem folhas pode simbolizar a presença divina de Jesus, que, mesmo no meio da escuridão que se aproxima (representada pelas silhuetas escuras e pela noite que cai), ainda oferece esperança e verdade aos seus discípulos.

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As árvores despidas, com galhos secos e retorcidos, podem ser vistas como um reflexo da aridez espiritual e da traição que Jesus enfrentaria.

Judas, ao trair Jesus, e Pedro, ao negá-lo, representam a fragilidade humana e a dificuldade de permanecer fiel em momentos de provação.

A paisagem silenciosa e solitária da fotografia evoca o isolamento que Jesus começa a sentir à medida que se aproxima da sua paixão, especialmente no Monte das Oliveiras, onde ele oraria em angústia na Quinta-feira Santa, pedindo que o "cálice" lhe fosse afastado.

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Por fim, o contraste entre a luz do sol e a escuridão crescente pode ser interpretado como a tensão entre a esperança da redenção e o peso do sacrifício iminente.

A Terça-feira Santa é um dia de preparação e reflexão, e a fotografia de Mário Silva, com a sua atmosfera contemplativa, captura essa essência de transição, mistério e expetativa que marca esse momento da narrativa cristã.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Abr25

"As fragas emersas" & a 2ª feira-Santa


Mário Silva Mário Silva

"As fragas emersas" & a 2ª feira-Santa

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A fotografia de Mário Silva, intitulada "As fragas emersas", apresenta uma cena natural serena e contemplativa.

A imagem mostra um conjunto de rochas empilhadas, emergindo das águas da albufeira das Nogueirinhas, calma, com reflexos quase perfeitos na superfície.

A tonalidade da fotografia é suave, com tons dourados e esverdeados, sugerindo a luz do sol num ambiente tranquilo, possivelmente ao entardecer.

Há também algumas pequenas plantas ao redor, adicionando um toque de vida à composição.

A borda roxa da imagem e a assinatura do autor no canto inferior direito indicam um cuidado estético e artístico.

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As rochas emergindo da água podem ser interpretadas como um símbolo de estabilidade e permanência relativo à fluidez e transitoriedade da água.

A calma do cenário, com o reflexo quase espelhado, evoca uma sensação de paz, introspeção e equilíbrio.

A escolha do título "As fragas emersas" reforça a ideia de algo que se eleva, que resiste e se destaca num ambiente que poderia engoli-lo.

 

Relação com a Segunda-feira Santa

A Segunda-feira Santa, no contexto católico, é o segundo dia da Semana Santa, que começa no Domingo de Ramos e culmina na Páscoa.

Este dia é marcado por momentos de reflexão e preparação espiritual para os eventos centrais da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo.

Na liturgia, a Segunda-feira Santa frequentemente inclui passagens bíblicas que destacam a proximidade da crucificação, como a unção de Jesus em Betânia (João 12:1-11), onde Maria unge os pés de Jesus com um perfume caro, um gesto de amor e devoção, mas também de preparação para sua morte.

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A fotografia de Mário Silva pode ser relacionada à Segunda-feira Santa de forma simbólica:

- Reflexão e calma antes da tempestade: A serenidade da imagem, com a água tranquila e as rochas firmes, pode representar o momento de introspeção e preparação espiritual que caracteriza a Segunda-feira Santa.

Assim como as rochas emergem da água, os fiéis são chamados a se "elevar" espiritualmente, preparando-se para os eventos intensos e dolorosos que se aproximam, como a traição de Judas e a crucificação.

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A unção de Betânia e a permanência do amor: As rochas empilhadas podem simbolizar a solidez do amor e da devoção, como o gesto de Maria ao ungir Jesus.

Apesar da transitoriedade da vida (representada pela água), o amor e a fé permanecem firmes, assim como as rochas que resistem à corrente.

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A presença de Deus na criação: A beleza natural da fotografia remete à criação divina, um tema recorrente na espiritualidade cristã.

Na Segunda-feira Santa, os fiéis são convidados a contemplar a presença de Deus nas suas vidas, e a harmonia da natureza na imagem pode servir como um convite à meditação sobre a obra do Criador.

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A cor roxa da moldura: O roxo é a cor litúrgica associada à Quaresma e à Semana Santa, simbolizando penitência, reflexão e luto.

A escolha dessa cor para a moldura da fotografia reforça a conexão com o período litúrgico, evocando o tom solene da Segunda-feira Santa.

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Em conclusão, a fotografia “A fraga emersa” de Mário Silva, com a sua atmosfera de quietude e simbolismo de estabilidade, ressoa com os temas da Segunda-feira Santa.

Ela pode ser vista como uma metáfora visual para a preparação espiritual, a firmeza da fé num meio às provações e a contemplação da presença divina, elementos centrais desse dia na tradição católica.

A imagem convida o observador a pausar, refletir e a se ligar com o sagrado, em sintonia com o espírito da Semana Santa.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Abr25

"Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém" – Mário Silva (IA)


Mário Silva Mário Silva

"Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém"

Mário Silva (IA)

13Abr Domingo de Ramos

O desenho digital de Mário Silva, intitulado "Entrada triunfal de Jesus em Jerusalém", retrata um momento significativo da tradição cristã, conhecido como a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém, que é celebrada pelos católicos no Domingo de Ramos.

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A ilustração mostra Jesus a entrar em Jerusalém montado num jumento, um símbolo de humildade e paz, em contraste com a entrada de reis ou líderes militares que geralmente usavam cavalos para demonstrar poder.

Ele está no centro da composição, com uma expressão serena, vestindo uma túnica azul e branca, e é recebido por uma multidão entusiasmada.

As pessoas ao seu redor seguram ramos de palmeiras e outras folhagens, que agitam em saudação, enquanto algumas parecem estar em êxtase, com os braços levantados.

A multidão é composta por homens, mulheres e crianças, todos vestidos com trajes típicos da época, como túnicas e mantos.

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Ao fundo, é possível ver a cidade de Jerusalém, com as suas muralhas, torres e construções de pedra, além de palmeiras e ciprestes que adicionam um toque de vegetação à cena.

A atmosfera é de celebração e reverência, capturando o momento em que Jesus é aclamado como um rei espiritual pela população.

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A entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, narrada nos quatro Evangelhos (Mateus 21:1-11, Marcos 11:1-11, Lucas 19:28-44 e João 12:12-19), marca o início da Semana Santa, a semana mais importante do calendário litúrgico cristão, que culmina na Páscoa.

Para os católicos, esse evento tem múltiplos significados:

- A entrada de Jesus num jumento cumpre a profecia de Zacarias 9:9, que diz: "Alegra-te muito, ó filha de Sião; exulta, ó filha de Jerusalém: eis que o teu rei vem a ti, justo e salvador, humilde, montado sobre um jumento."

 Isso reforça a crença de que Jesus é o Messias prometido.

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- Ao escolher um jumento em vez de um cavalo, Jesus demonstra que o seu reinado não é terreno ou militar, mas espiritual.

Ele vem como um rei de paz, amor e salvação, em contraste com as expectativas de um líder político que libertaria Israel do domínio romano.

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- Embora a entrada seja um momento de júbilo, ela também marca o começo dos eventos que levam à Paixão de Cristo.

Poucos dias depois, a mesma multidão que o aclama gritará pela sua crucificação, destacando a volubilidade humana e o sacrifício iminente de Jesus.

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- No contexto católico, o Domingo de Ramos é um dia de celebração, mas também de reflexão.

A liturgia desse dia inclui a bênção dos ramos e a leitura da Paixão de Cristo, preparando os fiéis para a jornada espiritual da Semana Santa, que os leva à morte e ressurreição de Jesus.

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O nome "Domingo de Ramos" vem do costume descrito nos Evangelhos, onde a multidão acolheu Jesus com ramos de palmeiras, um símbolo de vitória e realeza na cultura da época.

João 12:13 menciona especificamente que as pessoas "tomaram ramos de palmeiras e saíram ao seu encontro, clamando: 'Hosana! Bendito o que vem em nome do Senhor, o Rei de Israel!'".

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Na tradição católica, esse dia é celebrado com a bênção e distribuição de ramos (geralmente de palmeiras, oliveiras ou alecrim, dependendo da região), que os fiéis levam para casa como um símbolo de bênção e proteção.

Esses ramos também são queimados no ano seguinte para produzir as cinzas usadas na Quarta-feira de Cinzas, ligando os ciclos litúrgicos.

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Em conclusão, o desenho de Mário Silva captura a essência da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, um evento que, para os católicos, simboliza a realeza espiritual de Cristo, a sua humildade e o início de sua caminhada rumo à cruz.

O Domingo de Ramos, com os seus ramos e celebrações, é um momento de alegria, mas também de preparação para os eventos solenes da Paixão, morte e ressurreição de Jesus, que definem o cerne da fé cristã.

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Texto & Desenho digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
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Abr25

"Indo eu...indo eu... pela rua Central da Aldeia" - Águas Frias - Chaves - Portugal.


Mário Silva Mário Silva

"Indo eu...indo eu... pela rua Central da Aldeia"

Águas Frias - Chaves - Portugal

12Abr DSC01153_ms

A fotografia intitulada "Indo eu...indo eu... pela rua Central da Aldeia", de Mário Silva, retrata uma cena quotidiana e pitoresca da aldeia de Águas Frias, localizada no concelho de Chaves, em Portugal.

A imagem captura a essência de uma pequena localidade rural, com a sua arquitetura tradicional e atmosfera tranquila, típica das aldeias do interior português.

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A fotografia mostra uma rua estreita e inclinada, pavimentada com alcatrão que é a rua central da aldeia.

No centro da imagem, há uma casa de dois andares com características rústicas.

A fachada da casa é composta por uma mistura de materiais: a parte inferior apresenta pedra exposta, enquanto a parte superior é rebocada e pintada em tons de bege e amarelo.

O telhado é de telhas vermelhas, um elemento comum na arquitetura tradicional portuguesa.

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No lado direito da casa, há uma escadaria externa de pedra que leva ao andar superior, onde se encontra uma pequena varanda.

A varanda é decorada com vasos de plantas e flores, adicionando um toque de vida e cor à cena.

Nela, também há roupas penduradas para secar, o que reforça o caráter quotidiano e funcional do espaço.

A escadaria tem alguns vasos de plantas ao longo dos degraus, o que dá um charme adicional.

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À esquerda da casa principal, a rua estende-se, revelando outras construções no mesmo estilo rústico, com paredes de pedra e telhados de telha.

Ao fundo, é possível ver uma paisagem de colinas suaves, cobertas por vegetação esparsa, típica da região de Trás-os-Montes, onde Águas Frias está localizada.

O céu está claro, com poucas nuvens, sugerindo um dia calmo e sereno.

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A fotografia tem uma moldura com efeito de vinheta, que escurece as bordas e dá um ar nostálgico à imagem.

No canto inferior direito, há a assinatura do fotógrafo, Mário Silva, escrita à mão, o que personaliza a obra.

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Mário Silva utiliza uma composição que guia o olhar do observador pela rua, criando uma sensação de profundidade.

A casa em primeiro plano funciona como o ponto focal, enquanto a rua e as construções ao fundo levam o olhar para a paisagem rural ao longe.

A escolha de um ângulo diagonal, com a rua descendo à esquerda, adiciona dinamismo à imagem, contrastando com a quietude da aldeia.

A luz natural, provavelmente de um dia ensolarado, ilumina a cena de forma suave, destacando as texturas das paredes e da pedra.

As sombras são sutis, mas ajudam a dar volume e profundidade à arquitetura.

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A fotografia tem um tom nostálgico e melancólico, que é reforçado pelo efeito de vinheta e pela escolha do tema: uma aldeia pequena, pouco habitada, onde o tempo parece ter parado.

A presença de elementos como as roupas penduradas e os vasos de flores sugere que a casa ainda é habitada, mas o desgaste das construções e a ausência de pessoas na rua evocam uma sensação de isolamento e tranquilidade, típica de aldeias que enfrentam o despovoamento no interior de Portugal.

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O título da obra, "Indo eu...indo eu... pela rua Central da Aldeia", remete a uma canção ou poema tradicional, o que adiciona uma camada de memória cultural à imagem.

Ele sugere um caminhar lento e contemplativo, como se o fotógrafo estivesse imerso nas suas próprias lembranças ou na história do lugar.

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Águas Frias, no concelho de Chaves, é uma aldeia típica da região de Trás-os-Montes, conhecida pela sua paisagem rural, tradições agrícolas e arquitetura vernacular.

A fotografia de Mário Silva captura a essência desse lugar, mostrando a simplicidade e a autenticidade da vida na aldeia.

A escolha de retratar uma rua central sem pessoas pode ser interpretada como um comentário sobre o êxodo rural que afeta muitas aldeias portuguesas, onde os jovens migram para centros urbanos, deixando para trás uma população envelhecida e casas que, embora habitadas, mostram sinais de abandono.

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A fotografia parece ter sido tirada com uma câmara digital, mas o efeito de vinheta e o tom desbotado podem ter sido aplicados na pós-produção para criar uma estética vintage.

Isso reforça a ideia de memória e passado, alinhando-se com o tema da obra.

A escolha de cores é natural, com tons terrosos predominantes, que refletem a paleta da paisagem e da arquitetura local.

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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é uma representação sensível e poética da vida rural em Águas Frias.

Ela combina elementos visuais e emocionais para transmitir uma sensação de nostalgia, simplicidade e ligação com a terra.

A imagem não apenas documenta a arquitetura e a paisagem da aldeia, mas também evoca reflexões sobre o passar do tempo, a memória e as transformações sociais no interior de Portugal.

É uma obra que convida o observador a imaginar as histórias por trás daquela rua e daquela casa, enquanto aprecia a beleza tranquila de um lugar quase esquecido.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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