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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

28
Fev25

O Regresso


Mário Silva Mário Silva

O Regresso

28Fev DSC07924_ms_a

Miguel regressou à aldeia onde nascera depois de quase duas décadas vivendo em Lisboa. Deixara Trás-os-Montes ainda adolescente, com sonhos de estudar, crescer e conquistar um mundo que, para ele, parecia pequeno demais nas serras e vales da sua infância.

Agora, regressava homem feito, com anos de trabalho numa multinacional e o espírito inquieto de quem já não sabia onde pertencia.

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O reencontro com a aldeia foi agridoce.

Os mais velhos ainda se lembravam dele e saudaram-no com abraços demorados e sorrisos carregados de nostalgia.

Mas os mais novos viam-no como um estranho. "O lisboeta", murmuravam quando passava.

Sentiu-se deslocado na própria terra, como se pertencesse a dois mundos e, ao mesmo tempo, a nenhum.

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Nos primeiros meses, Miguel lutou contra o silêncio das noites sem o ruído incessante da cidade.

Estranhou a lentidão dos dias, o tempo que se media pelo nascer e pôr do sol e não pelos ponteiros de um relógio de pulso.

Habituara-se a cafés apressados em esplanadas movimentadas e agora via-se a partilhar longas conversas na tasca local, ouvindo histórias que pareciam suspensas no tempo.

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A adaptação foi difícil.

A internet era lenta, a mercearia mais próxima ficava a mais de meia hora de distância e a solidão impunha-se de forma avassaladora.

Mas, aos poucos, aprendeu a apreciar as rotinas simples: a ida à mercearia para comprar pão fresco, o cheiro da terra molhada depois da chuva, o prazer de colher os próprios legumes da horta do seu avô.

E, sobretudo, redescobriu a alegria da proximidade humana, dos almoços intermináveis à volta da mesa e da solidariedade entre vizinhos.

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Miguel percebeu, então, que a felicidade não era exclusiva dos grandes centros.

O progresso e a modernidade tinham o seu valor, mas também tinham um preço.

Na aldeia, encontrou um sentido de pertença que nunca tivera nos anos apressados da cidade.

Aprendeu que a vida não precisa de ser sempre uma corrida e que, por vezes, voltar às raízes é a melhor forma de avançar.

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Para aqueles que enfrentam um regresso semelhante, Miguel deixa um ensinamento: a adaptação não é imediata, mas é possível.

A saudade da vida anterior vai existir, assim como a incerteza sobre se foi a escolha certa.

Mas, se há algo que Trás-os-Montes lhe ensinou, é que a terra sabe esperar pelos seus filhos.

E quando estes regressam, de coração aberto, a aldeia sempre encontra um lugar para eles.

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Com o passar dos meses, Miguel começou a investir na comunidade.

Restaurou a casa dos avós, plantou uma vinha e começou a colaborar com os produtores locais, trazendo novas ideias que equilibravam tradição e inovação.

Criou um pequeno negócio de turismo rural, mostrando aos visitantes as belezas escondidas da região, partilhando histórias antigas e os sabores únicos da gastronomia transmontana.

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E, enquanto a vida se desenrolava entre colinas e vinhedos, Miguel sentiu que finalmente encontrara o seu lugar.

A aldeia já não o via como o "lisboeta", mas como um dos seus.

E ele, que um dia partira em busca de um futuro melhor, percebeu que o futuro sempre estivera ali, à espera do seu regresso.

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Texto & Desenho digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Fev25

“Cravelho numa velha porta” (caravelho – gravelho - tramela – taramela – ferrolho – travinca)


Mário Silva Mário Silva

“Cravelho numa velha porta”

(caravelho – gravelho - tramela –

taramela – ferrolho – travinca)

27Fev DSC07866_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "Cravelho numa velha porta" retrata um mecanismo de fecho tradicional, conhecido por vários nomes na região de Trás-os-Montes, Portugal: Caravelho, Gravelho, Tramela, Taramela, Ferrolho, Travinca, ...

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A imagem mostra uma porta de madeira antiga, provavelmente de uma construção rústica, possivelmente uma casa ou um celeiro.

A porta é feita de tábuas de madeira envelhecida, com um aspeto rústico e desgastado pelo tempo.

O cravelho, que é o foco da imagem, é um mecanismo de fecho feito de madeira, consistindo em uma peça principal que se encaixa numa estrutura de suporte, também de madeira, para trancar a porta.

A peça de madeira que forma o cravelho é esculpida de forma a permitir que se mova para dentro e para fora da estrutura, garantindo a segurança da porta.

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Para as Gentes transmontanas, o cravelho tem um significado profundo, enraizado na tradição e na simplicidade da vida rural.

Este tipo de fecho é emblemático da engenhosidade e da utilização de materiais locais disponíveis, refletindo um modo de vida que valoriza a sustentabilidade e a simplicidade.

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O uso do cravelho demonstra a continuidade das tradições locais.

Mesmo com o avanço tecnológico, muitos transmontanos mantêm estas práticas antigas, preservando a cultura e o património.

A construção do cravelho é um exemplo de engenharia popular, onde a funcionalidade é alcançada com recursos simples.

Isso destaca a habilidade manual e o conhecimento prático transmitido de geração em geração.

O cravelho não é apenas funcional, mas também simbólico.

Ele representa a proteção do lar, um valor muito importante nas comunidades rurais onde a casa é um refúgio seguro contra os elementos e intrusos.

O uso de madeira e a integração com a construção rústica refletem uma conexão profunda com a natureza, algo característico da cultura transmontana, onde a vida está intrinsecamente ligada ao ambiente natural.

Os diferentes nomes para o mesmo objeto (Caravelho, Gravelho, etc.) mostram a diversidade dentro da própria região, mas também uma unidade na função e na essência do objeto, reforçando a identidade regional.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva não apenas captura um objeto funcional, mas também encapsula um pedaço da alma transmontana, refletindo valores de tradição, engenhosidade, proteção e uma vida em harmonia com a natureza.

O cravelho, com a sua simplicidade e eficácia, é um símbolo duradouro da cultura desta região de Portugal.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
26
Fev25

"As gotas do último aguaceiro e a teia que ainda resiste" - A Naturalidade e a Resiliência


Mário Silva Mário Silva

"As gotas do último aguaceiro e

a teia que ainda resiste"

A Naturalidade e a Resiliência

26Fev DSC08996_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "As gotas do último aguaceiro e a teia que ainda resiste" captura uma cena natural delicada e íntima.

A imagem mostra uma planta com ramos finos e verdes, sobre os quais repousam gotas de água, presumivelmente do último aguaceiro.

As gotas de água são translúcidas e refletem a luz de maneira que brilham, adicionando um toque de magia à imagem.

Além disso, há uma teia de aranha visível, que se estende entre os ramos da planta, adicionando um elemento de resiliência e permanência à composição.

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A composição é minimalista, focando em detalhes pequenos, mas significativos.

O uso do foco seletivo destaca as gotas de água e a teia, enquanto o fundo é desfocado, o que ajuda a manter a atenção do observador nos elementos principais.

A escolha de um fundo verde suave complementa a cor da planta, criando uma harmonia visual.

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A teia de aranha, apesar de ser frágil, ainda resiste após o aguaceiro, simbolizando a resiliência da natureza.

Este tema é reforçado pela presença das gotas de água, que, embora temporárias, são capturadas num momento de beleza efêmera.

A fotografia lembra-nos da força silenciosa e da persistência da natureza.

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A luz é utilizada de maneira magistral para realçar as gotas de água, criando reflexos e brilhos que adicionam profundidade e textura à imagem.

A luz suave também sugere um momento de calma após a tempestade, reforçando o sentimento de tranquilidade e renovação.

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A imagem pode ser interpretada como um comentário sobre a capacidade da natureza de se recuperar e manter a sua beleza mesmo após eventos adversos como um aguaceiro.

As gotas de água simbolizam a vida e a renovação, enquanto a teia representa a continuidade e a resistência.

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Embora a imagem seja bela e poética, poderia haver um maior contraste entre a planta e o fundo para destacar ainda mais a estrutura da planta.

Além disso, uma perspetiva ligeiramente diferente poderia ter incluído mais da teia, mostrando a sua extensão e complexidade, o que poderia aumentar a narrativa de resiliência.

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No geral, Mário Silva conseguiu capturar um momento fugaz da natureza com uma profundidade simbólica e uma estética que celebra tanto a beleza quanto a resistência do mundo natural.

A fotografia não só documenta um evento natural, mas também convida o observador a refletir sobre temas maiores como a resiliência e a beleza efêmera.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
25
Fev25

"Cogumelos Psilocybe semilanceata"


Mário Silva Mário Silva

"Cogumelos Psilocybe semilanceata"

25Fev DSC09209_ms

A fotografia de Mário Silva intitulada "Cogumelos Psilocybe semilanceata" retrata uma espécie de cogumelo conhecida pelas suas propriedades alucinógeneas devido à presença de psilocibina.

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“Psilocybe semilanceata”, é um cogumelo pequeno com um chapéu cónico que se estreita em direção ao caule, frequentemente amarelado ou castanho claro.

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A fotografia mostra os cogumelos a crescer num ambiente natural, entre a vegetação, o que é típico para esta espécie, que prefere pastagens e áreas ricas em matéria orgânica em decomposição.

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Três cogumelos são visíveis, com um foco claro no cogumelo mais próximo à câmara, enquanto os outros dois estão um pouco desfocados, criando uma sensação de profundidade.

A vegetação ao redor é vibrante e verde, contrastando com o tom mais apagado dos cogumelos.

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A composição é bem pensada, com os cogumelos em diferentes planos focais, o que guia o olhar do observador de maneira natural pelo quadro.

O uso do foco seletivo destaca o cogumelo principal, tornando-o o ponto focal da imagem.

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As cores dos cogumelos são suaves e naturais, contrastando bem com o verde vibrante da vegetação.

Este contraste não só destaca os cogumelos, mas também enfatiza a beleza da natureza no seu habitat natural.

No entanto, a imagem poderia beneficiar de um pouco mais de saturação para destacar ainda mais as diferenças de cor.

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A iluminação é natural, provavelmente luz do dia, o que é apropriado para uma fotografia de natureza.

A luz suave evita sombras duras e mantém os detalhes dos cogumelos visíveis.

A iluminação poderia ser um pouco mais direcional para adicionar drama ou textura, mas a escolha aqui mantém a imagem fiel ao ambiente natural.

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A escolha de fotografar “Psilocybe semilanceata” pode ser interpretada de várias maneiras.

Por um lado, pode ser uma celebração da biodiversidade e da beleza dos fungos.

Por outro, pode levantar questões sobre o uso de substâncias psicoativas, dado o contexto cultural em torno da psilocibina.

A imagem, portanto, não apenas documenta a espécie mas também convida a uma reflexão sobre as plantas e fungos com propriedades alucinógeneas e o seu lugar na natureza e na sociedade.

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A nitidez do cogumelo principal é excelente, mostrando detalhes finos da textura do chapéu.

A profundidade de campo é bem utilizada, embora um pouco mais de desfoque no fundo poderia aumentar ainda mais o destaque do cogumelo principal.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva é uma representação eficaz e esteticamente agradável da “Psilocybe semilanceata”.

A imagem é informativa para quem se interessa por micologia, mas também é artisticamente composta, o que a torna atraente para um público mais amplo.

A crítica principal seria sobre a possibilidade de explorar mais a iluminação e o contraste para adicionar uma camada extra de profundidade à imagem.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
24
Fev25

"Se as pedras falassem..."


Mário Silva Mário Silva

"Se as pedras falassem..."

24Fev DSC01568_ms

A fotografia de Mário Silva, intitulada "Se as pedras falassem...", captura a essência da arquitetura rural transmontana, com foco numa casa de pedra.

A imagem apresenta uma fachada de granito, com uma pequena janela e uma porta de madeira, coberta por um telhado de telha.

A casa está parcialmente escondida por uma sebe, que se entrelaça nas pedras e confere à imagem um ar de mistério e abandono.

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A composição da fotografia é vertical, com a casa ocupando a maior parte da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a textura da pedra e a volumetria da construção.

A linha diagonal da sebe conduz o olhar do espectador para o interior da imagem, convidando-o a explorar os detalhes da fachada.

A luz natural incide sobre a fachada da casa, criando sombras que acentuam a textura da pedra e a irregularidade das paredes.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera de nostalgia e de tempo passado.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de cinza, castanho e verde, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento no solo.

A casa de pedra, com as suas paredes grossas e a sua porta de madeira, é um símbolo de resistência e de tradição.

A vegetação que cresce nas paredes e no telhado representa o ciclo da vida e a força da natureza.

O título da fotografia, "Se as pedras falassem...", convida o observador a imaginar a história da casa e das pessoas que a habitaram.

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As casas de granito são um elemento característico da arquitetura rural transmontana.

Estas construções, com as suas paredes grossas e resistentes, foram erguidas com o objetivo de proteger os seus habitantes das intempéries e de garantir a sua segurança.

O granito, uma rocha abundante na região, era o material de construção mais utilizado, devido à sua durabilidade e resistência.

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A preservação do património construído, como as casas de pedra de Águas Frias, é fundamental para a salvaguarda da identidade cultural de uma região.

Estas construções são testemunhas da história e da forma de vida das comunidades locais, e a sua destruição representaria uma perda irreparável para o património nacional.

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Em resumo, a fotografia "Se as pedras falassem..." de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância do património construído e sobre a necessidade de preservar as nossas raízes.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, é um testemunho da sabedoria ancestral e da capacidade do homem de se adaptar ao meio ambiente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
23
Fev25

“A igreja e a sua importância"


Mário Silva Mário Silva

“A igreja e a sua importância"

23Fev DSC00472_ms

A Igreja desempenha um papel fundamental na vida das comunidades rurais de Trás-os-Montes, tanto do ponto de vista arquitetónico, como cultural, social e religioso.

A fotografia de Mário Silva capta essa essência ao destacar uma igreja típica da região, inserida na paisagem natural e refletindo a importância histórica desses edifícios para o povo transmontano.

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As igrejas rurais de Trás-os-Montes apresentam um estilo arquitetónico tradicional, muitas vezes marcado por influências barrocas e românicas.

A igreja na imagem tem uma estrutura simples, com paredes brancas e um telhado de telha avermelhada, características comuns nas construções religiosas do interior português.

A torre sineira, com arcos bem definidos e uma cruz no topo, simboliza a presença divina e a ligação entre o céu e a terra.

O relógio na fachada reforça a sua função como ponto central da aldeia, regulando o tempo e a vida dos moradores.

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A Igreja é mais do que um edifício religioso; é um marco identitário para as comunidades rurais.

Ao longo dos séculos, esses templos foram espaços de celebração, memória e tradição.

As festividades religiosas, como as festas em honra dos santos padroeiros, romarias e procissões, reúnem os habitantes e descendentes da terra, reforçando os laços culturais e perpetuando as tradições locais.

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Além de local de culto, a Igreja é um ponto de encontro e convivência.

Em muitas aldeias transmontanas, é junto à Igreja que se realizam as principais interações sociais, desde reuniões comunitárias a eventos festivos.

Para uma população que historicamente enfrentou isolamento geográfico e dificuldades socioeconómicas, a Igreja sempre representou um espaço de união, onde os moradores partilham alegrias e tristezas.

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A fé tem um papel central na vida das populações rurais de Trás-os-Montes.

A Igreja representa a espiritualidade e a devoção do povo, sendo o local onde ocorrem os momentos mais importantes da vida comunitária, como batismos, casamentos e funerais.

Para muitos, a igreja é um refúgio espiritual, um espaço de oração e esperança, onde encontram conforto e orientação.

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Como conclusão, a Igreja, como a representada na fotografia de Mário Silva, é um símbolo de resistência e continuidade.

Em Trás-os-Montes, ela permanece como um elo entre o passado e o presente, refletindo a fé, a cultura e a identidade de um povo profundamente ligado às suas raízes e tradições.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
22
Fev25

A Névoa que sobe do vale do Tâmega


Mário Silva Mário Silva

"A Névoa que sobe do vale do Tâmega"

22Fev DSC08980_ms

A fotografia "A Névoa que sobe do vale do Tâmega" de fotografia captura um momento sereno e atmosférico na região de Chaves, Portugal.

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A imagem mostra um vale envolto em nevoeiro, com a névoa subindo das partes mais baixas do vale, criando uma sensação de profundidade e mistério.

O céu está coberto de nuvens, com tons suaves de cinza e branco, contribuindo para a atmosfera calma e etérea.

Há uma árvore desfolhada no canto direito, que adiciona um elemento de contraste e textura à composição.

A paleta de cores é predominantemente fria, com tons de cinza, azul e verde, o que reforça a sensação de um ambiente húmido e frio típico de dias nevoentos.

A luz é difusa, provavelmente devido ao nevoeiro, que suaviza as sombras e cria um efeito de iluminação uniforme.

Isso contribui para a suavidade visual da imagem.

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A fotografia de Mário Silva utiliza o nevoeiro de forma magistral para criar uma atmosfera de tranquilidade e isolamento.

O uso do nevoeiro como elemento principal não só adiciona um toque de mistério, mas também destaca a beleza natural do vale do Tâmega.

A composição é bem equilibrada, com a árvore desfolhada adicionando um ponto focal interessante sem distrair do tema principal.

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O nevoeiro cria um ambiente calmo e silencioso, ideal para reflexão e para atividades que requerem paz, como meditação ou caminhadas tranquilas.

Como mostrado na imagem de Mário Silva, o nevoeiro pode ser um excelente elemento fotográfico, proporcionando textura, profundidade e uma qualidade etérea às fotos.

Em algumas regiões, o nevoeiro pode ser benéfico para a agricultura, pois ajuda a manter a humidade do solo e pode proteger as plantas contra geadas leves.

 

A visibilidade reduzida pode ser perigosa para o tráfego, tanto rodoviário quanto aéreo, aumentando o risco de acidentes.

Pessoas com problemas respiratórios podem encontrar dificuldades em dias muito nevoentos, especialmente se o nevoeiro estiver combinado com poluição.

O nevoeiro pode limitar a prática de atividades ao ar livre como desportos ou turismo, pois a humidade e a falta de visibilidade podem ser desconfortáveis ou perigosas.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a atmosfera únicas do nevoeiro no vale do Tâmega, enquanto os dias de nevoeiro têm os seus próprios conjuntos de benefícios e malefícios que dependem do contexto em que são considerados.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
21
Fev25

“Pormenor da fachada da Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo” (Porto – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

“Pormenor da fachada da Igreja da Venerável

Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo”

(Porto – Portugal)

21Fev DSC08966_ms

A fotografia " Pormenor da fachada da Igreja do Carmo" de Mário Silva captura um detalhe arquitetónico desta joia do barroco e rococó situada no Porto, Portugal.

A Igreja da Venerável Ordem Terceira de Nossa Senhora do Carmo, construída entre 1756 e 1768, sendo o projeto do arquiteto José Figueiredo Seixas, reflete o esplendor artístico e religioso do século XVIII.

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A imagem destaca uma escultura em pedra no topo da fachada da igreja, provavelmente representando São Lucas, tradicionalmente associado ao touro, seu símbolo iconográfico.

A figura esculpida segura um livro e um instrumento de escrita, remetendo à sua identidade como evangelhista.

O contraste entre a textura da pedra envelhecida e o céu azul cria uma composição visualmente impactante, ressaltando a riqueza ornamental da igreja.

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A igreja é um dos exemplos mais notáveis do rococó no Porto.

A sua fachada apresenta elementos típicos desse estilo, como curvas dinâmicas, ornamentos exuberantes e uma sensação de movimento nas esculturas e relevos.

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A escultura destacada na fotografia faz parte de um conjunto mais amplo que adorna a igreja, incluindo representações de santos e símbolos religiosos esculpidos em granito.

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Embora não visível na imagem, um dos elementos mais famosos da Igreja do Carmo é o seu grandioso painel lateral de azulejos, instalado em 1912, representando cenas da fundação da Ordem Carmelita.

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O interior da igreja mantém o luxo do barroco, com altares em talha dourada, pinturas e elementos decorativos detalhados.

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A fotografia de Mário Silva consegue capturar a essência do esplendor artístico da Igreja do Carmo, focando-se num detalhe muitas vezes ignorado pelo olhar casual.

A escolha do ângulo e da iluminação realça as texturas da pedra e a expressividade da escultura, enquanto o céu limpo ao fundo confere profundidade à imagem.

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Esta abordagem fotográfica convida o observador a refletir sobre a grandiosidade dos edifícios históricos e o seu papel na identidade cultural.

A preservação deste património é fundamental para manter viva a memória artística e religiosa do Porto.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
20
Fev25

O lago, sob o sol de inverno


Mário Silva Mário Silva

O lago, sob o sol de inverno

20ms DSC09324_ms

Sob o sol de inverno, o lago sereno,

Reflete o céu em tons de azul sereno,

As árvores nuas, em dourado e castanho,

Pintam a paisagem com um toque de encanto.

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O ar é frio, mas a luz aquece,

A natureza em silêncio, paz oferece,

As águas calmas, espelhando a beleza,

Do inverno suave, sem pressa ou tristeza.

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Os juncos ao redor, em tons de ouro,

Marcam o limite do lago, que é puro,

E nas margens, a terra adormecida,

Espera a primavera, em sonho escondida.

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No horizonte, as colinas em verde e amarelo,

Guardam segredos do tempo e do céu,

O sol de inverno, com a sua luz branda,

Abraça a paisagem, em ternura que expande.

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O lago, espelho da estação fria,

Convida-nos a contemplar, sem pressa alguma,

A beleza simples, mas tão sublime,

Do inverno que chega, trazendo a sua rima.

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E assim, em silêncio, o dia se encerra,

Com o lago refletindo a luz que se apaga,

O inverno nos ensina, na sua maneira,

A encontrar beleza na calma e na paz.

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Poema & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Fev25

"Cogumelo (Lactarius pallidus) no meio das folhas secas"


Mário Silva Mário Silva

"Cogumelo (Lactarius pallidus)

no meio das folhas secas"

19Fev DSC09192_ms

A fotografia de Mário Silva captura a delicadeza e a fragilidade de um cogumelo “Lactarius pallidus” no seu habitat natural.

O cogumelo, com o seu chapéu de cor creme e textura aveludada, contrasta com as folhas secas que o circundam, criando uma composição visualmente interessante.

A perspetiva macro permite apreciar os detalhes do fungo, como as lamelas e o estipe.

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A composição da fotografia é simples e eficaz, com o cogumelo a ocupar o centro da imagem.

A perspetiva macro permite apreciar a beleza e a complexidade desse pequeno organismo.

O fundo desfocado, composto por folhas secas, cria uma atmosfera natural e acolhedora.

A luz natural incide sobre o cogumelo, criando sombras que acentuam a textura do chapéu e a humidade do ambiente.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de castanho, amarelo e branco, que evocam a sensação de decomposição.

Os cogumelos, ao longo da história, têm sido associados a diversos significados simbólicos, como a transformação, a espiritualidade e a conexão com o mundo natural.

Na fotografia de Mário Silva, o cogumelo pode ser visto como um símbolo da vida e da morte, da fragilidade e da resiliência da natureza.

Os cogumelos desempenham um papel fundamental no ecossistema, atuando como decompositores.

Ao decompor a matéria orgânica, eles contribuem para a ciclagem de nutrientes e para a formação do húmus, enriquecendo o solo e promovendo o crescimento de outras plantas.

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Os fungos, como os cogumelos, desempenham um papel essencial na manutenção dos ecossistemas.

Eles são responsáveis por diversos processos ecológicos.

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Os fungos decompõem a matéria orgânica morta, como folhas, troncos e animais, liberando nutrientes que são utilizados por outros organismos.

Muitos fungos estabelecem relações simbióticas com as raízes das plantas, formando micorrizas.

Essa associação beneficia tanto o fungo quanto a planta, pois o fungo fornece nutrientes à planta e a planta fornece açúcares ao fungo.

Muitos cogumelos são comestíveis e são utilizados na culinária de diversos países.

Alguns fungos produzem substâncias com propriedades medicinais, como a penicilina.

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Em resumo, a fotografia "Cogumelo (Lactarius pallidus) no meio das folhas secas" de Mário Silva é mais do que uma simples imagem de um fungo.

Ela convida-nos a refletir sobre a importância dos fungos para o equilíbrio dos ecossistemas e sobre a beleza da natureza nas suas diversas formas.

A imagem, com a sua composição delicada e a sua riqueza de detalhes, é um convite à observação e à contemplação da natureza.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
18
Fev25

"Os antigos tanques comunitários da Lampaça" (já demolidos) - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Os antigos tanques comunitários da Lampaça"

(já demolidos)

Águas Frias - Chaves - Portugal

18Fev DSC04221_ms

A fotografia mostra os antigos tanques comunitários da Lampaça, localizados na aldeia de Águas Frias em Chaves, Portugal.

Esses tanques, que já foram demolidos, desempenhavam um papel crucial para as populações rurais em Portugal.

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Os tanques comunitários eram a principal fonte de água para muitas aldeias rurais.

Antes da chegada da água canalizada, as pessoas dependiam desses tanques para obter água potável para beber, cozinhar e lavar roupa.

Além de sua função prática, os tanques também serviam como pontos de encontro social.

As pessoas reuniam-se ao redor desses tanques para conversar, trocar notícias e fortalecer os laços comunitários, especialmente em aldeias onde os habitantes eram geograficamente dispersos.

Em muitas áreas rurais, os tanques comunitários eram essenciais para a higiene pessoal e pública.

A possibilidade de lavar roupas e utensílios num local centralizado ajudava a manter padrões básicos de limpeza, o que era vital para evitar doenças.

Em algumas regiões, esses tanques também eram usados para fornecer água aos animais e para irrigação de pequenas plantações, contribuindo assim para a economia local.

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A imagem captura não apenas a estrutura física dos tanques, mas também evoca a memória de um tempo em que a vida rural dependia fortemente dessas infraestruturas comunitárias.

A demolição desses tanques simboliza a mudança para a modernidade e a evolução das infraestruturas de abastecimento de água, mas também representa a perda de um elemento cultural e social significativo para as comunidades rurais portuguesas.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
17
Fev25

"O Melro" (Turdus merula)


Mário Silva Mário Silva

"O Melro" 

(Turdus merula)

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A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a elegância do melro (Turdus merula) no seu habitat natural.

A imagem mostra um melro macho, com a sua plumagem negra brilhante e o característico bico amarelo, pousado sobre um tronco de árvore coberto de musgo.

O fundo desfocado, com tons verdes e amarelados, proporciona um contraste suave com o preto intenso das penas do pássaro, destacando a sua silhueta elegante.

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A composição da fotografia é simples e eficaz, com o melro ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a beleza da plumagem do pássaro e a delicadeza das suas formas.

O fundo desfocado cria uma sensação de profundidade e isola o pássaro do ambiente circundante.

A luz natural incide sobre o melro, criando sombras que acentuam a textura das penas e a volumetria do corpo.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de preto, branco e verde, que evocam a sensação de equilíbrio e harmonia.

O melro, com o seu canto melodioso e a sua presença em diversos ecossistemas, é um símbolo da natureza e da vida.

A imagem do melro pousado sobre um tronco de árvore evoca um sentimento de paz e tranquilidade.

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O melro desempenha um papel importante no ecossistema, atuando como dispersor de sementes e controlador de populações de insetos.

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Ao alimentar-se de frutos, o melro ingere sementes que são posteriormente dispersas pelas suas fezes, contribuindo para a regeneração das florestas e para a manutenção da biodiversidade.

O melro alimenta-se de uma grande variedade de insetos, incluindo larvas e escaravelhos, contribuindo para o controle de pragas agrícolas e florestais.

A presença do melro num determinado local é um indicador da qualidade do ambiente, pois esta espécie é sensível à poluição e à destruição dos habitats naturais.

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O melro, como muitas outras espécies de aves, desempenha um papel fundamental na manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

Ao dispersar sementes e controlar populações de insetos, o melro contribui para a saúde e a diversidade dos ecossistemas naturais.

A perda de habitat e a fragmentação dos ecossistemas estão a ameaçar a sobrevivência de muitas espécies de aves, incluindo o melro.

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Como conclusão, pode-se dizer que a fotografia "O Melro" de Mário Silva é um convite à reflexão sobre a importância da biodiversidade e da conservação da natureza.

A imagem, com a sua beleza simples e elegante, lembra-nos da importância de proteger as aves e os seus habitats.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
16
Fev25

"O Cruzeiro" (Vila Frade – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"O Cruzeiro"

(Vila Frade – Chaves – Portugal)

16Fev DSC07634_ms

A fotografia de Mário Silva captura a serenidade e a espiritualidade de uma paisagem rural portuguesa, com um cruzeiro de pedra como elemento central.

A cruz, simples e imponente, está erguida sobre um pedestal de pedra, num espaço aberto e tranquilo.

Ao fundo, um muro de pedra e algumas árvores completam a composição, criando um ambiente bucólico e convidativo à reflexão.

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Os cruzeiros são elementos emblemáticos da paisagem rural portuguesa, com uma rica história e um profundo significado cultural.

A sua origem remonta aos primeiros séculos do cristianismo e sua evolução ao longo dos séculos espelha as transformações sociais e religiosas do país.

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Os primeiros cruzeiros em Portugal surgiram nos primórdios da cristianização, no período visigótico.

Eram, na sua maioria, cruzes simples, esculpidas em pedra, erguidas em locais estratégicos, como encruzilhadas e caminhos, com o objetivo de marcar o território cristão e proteger os viajantes.

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Com a consolidação do cristianismo, os cruzeiros adquiriram um significado cada vez mais profundo, tornando-se símbolos da fé e da devoção.

Eram frequentemente associados a milagres, aparições e outras manifestações da religiosidade popular.

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Ao longo dos séculos, os cruzeiros evoluíram em termos de forma e ornamentação.

Inicialmente, eram cruzes simples, esculpidas em pedra.

Com o passar do tempo, tornaram-se mais elaborados, com a adição de elementos decorativos como volutas, flores e figuras humanas.

A partir do século XVI, com a influência do Renascimento, os cruzeiros adquiriram um caráter mais artístico, com esculturas mais elaboradas e detalhes arquitetónicos mais sofisticados.

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Os cruzeiros desempenharam diversas funções ao longo da história:

- Religiosa: Marcar lugares sagrados, proteger os viajantes e celebrar eventos religiosos.

- Social: Servir como pontos de encontro e de referência para as comunidades locais.

- Memorial: Homenagear pessoas ou eventos importantes.

- Divisória: Marcar limites territoriais ou propriedades.

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Os cruzeiros estão profundamente enraizados na cultura popular portuguesa.

Muitas lendas e tradições estão associadas a estes monumentos, como a crença de que os cruzeiros protegiam as aldeias de pragas e desastres naturais.

As romarias aos cruzeiros eram eventos importantes na vida das comunidades rurais, reunindo as pessoas em torno de práticas religiosas e festividades.

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Com a secularização da sociedade, a importância religiosa dos cruzeiros diminuiu.

No entanto, eles continuam a ser um elemento importante do património cultural português, valorizados pela sua beleza estética e pelo seu significado histórico.

Muitos cruzeiros foram alvo de obras de restauro e conservação, garantindo a sua preservação para as futuras gerações.

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Os cruzeiros possuem um significado profundo para o povo português, tanto do ponto de vista religioso como cultural.

Os cruzeiros são elementos fundamentais da paisagem religiosa portuguesa, marcando lugares sagrados e servindo como pontos de referência para as procissões e romarias.

Os cruzeiros eram utilizados para marcar os caminhos entre as aldeias, servindo como pontos de orientação para os viajantes.

Acreditava-se que os cruzeiros tinham o poder de proteger as comunidades das calamidades e dos males.

Os cruzeiros são testemunhas da história e da fé das comunidades locais, muitas vezes associados a lendas e tradições populares.

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Em resumo, a fotografia "O Cruzeiro" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da fé e da tradição na cultura portuguesa.

A imagem, com a sua beleza simples e a sua carga simbólica, é um testemunho da profunda ligação entre o homem e a natureza, e da busca por um sentido transcendente.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
15
Fev25

"Fonte dos Leões" (Porto – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"Fonte dos Leões"

(Porto – Portugal)

15Fev DSC09145_ms

A fotografia de Mário Silva captura a beleza e a imponência da Fonte dos Leões, um marco icónico da cidade do Porto.

A imagem, com uma composição equilibrada, destaca a fonte em toda a sua exuberância, com os leões de bronze a sobressair sobre a água cristalina.

A iluminação noturna, com tons de azul e verde, confere à fonte um ar mágico e misterioso.

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A Fonte dos Leões foi inaugurada a 24 de julho de 1882.

O nome da fonte deve-se às quatro imponentes estátuas de leões que a rodeiam – daí a designação “Fonte dos Leões”.

Estes leões foram esculpidos pelo artista francês Emmanuel Fremiet, conhecido pelas suas esculturas de animais durante os finais do século XIX

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A composição da fotografia é simétrica, com a fonte ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a fonte em toda a sua grandiosidade, destacando os detalhes das esculturas e a beleza da água.

A luz artificial, com tons de azul e verde, cria um ambiente mágico e noturno.

A água, iluminada por baixo, parece brilhar, criando um efeito visualmente impactante.

Os leões, símbolo de força e poder, representam a importância da cidade do Porto como um centro económico e cultural.

A água, por sua vez, simboliza a vida, a renovação e a purificação.

A Fonte dos Leões foi construída no século XIX, durante um período de grande desenvolvimento urbano da cidade do Porto.

A fonte representa a modernização da cidade e a sua aspiração a uma imagem cosmopolita.

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A Fonte dos Leões é um dos monumentos mais emblemáticos da cidade do Porto, desempenhando um papel importante na vida dos portuenses e na identidade da cidade.

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A fonte é um dos cartões de visita da cidade, sendo um ponto de encontro e um local de passeio para turistas e habitantes locais.

A construção da fonte, no século XIX, representou um avanço tecnológico e um símbolo de progresso para a cidade.

A Fonte dos Leões faz parte da memória coletiva dos portuenses e está associada a diversos acontecimentos históricos e culturais.

A fonte tem sido representada em diversas obras de arte, como pinturas, fotografias e esculturas, tornando-se um ícone da cultura portuense.

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Em resumo, a fotografia de Mário Silva captura a beleza e a importância da Fonte dos Leões, um marco histórico e cultural da cidade do Porto.

A imagem, com a sua composição harmoniosa e a sua simbologia rica, convida-nos a refletir sobre a história da cidade e a sua identidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Fev25

"Dia dos Namorados"


Mário Silva Mário Silva

"Dia dos Namorados"

14Fev Dia dos Namorados_ms

A foto-pintura digital de Mário Silva, intitulada "Dia dos Namorados", apresenta um casal envolto num clima romântico sob a luz da lua cheia, numa rua de paralelepípedos iluminada por candeeiros.

A composição evoca uma atmosfera clássica e intemporal, remetendo à ideia de amor eterno e da intimidade partilhada entre dois amantes.

O uso de tons monocromáticos e o contraste entre luz e sombra intensificam o impacto visual, enquanto o cenário antigo cria um ambiente nostálgico.

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O Dia dos Namorados, celebrado em 14 de fevereiro, coincide com o Dia de São Valentim, um evento reconhecido internacionalmente.

A origem dessa celebração remonta ao século III, na Roma Antiga.

Segundo a tradição, São Valentim era um sacerdote que desafiou as ordens do imperador Cláudio II, que havia proibido casamentos para jovens soldados.

O imperador acreditava que homens solteiros seriam melhores guerreiros, já que não teriam distrações emocionais.

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Valentim, no entanto, continuou a celebrar casamentos em segredo, acreditando na força do amor e no valor da união.

Por essas ações, foi preso e condenado à morte.

Durante a sua prisão, acredita-se que ele tenha realizado um milagre ao devolver a visão à filha cega de um carcereiro.

Antes de ser executado, em 14 de fevereiro, enviou uma mensagem à jovem assinando como "Seu Valentim", expressão que perdura até hoje como símbolo de amor.

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Em Portugal, o Dia dos Namorados é uma data especialmente voltada para casais.

É uma ocasião para celebrar o amor romântico, geralmente com trocas de presentes como flores (tradicionalmente rosas), chocolates e cartas com declarações de amor.

Além disso, muitos casais optam por jantares românticos, viagens ou momentos especiais para reforçar os laços afetivos.

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O Dia dos Namorados é repleto de simbolismos.

Os Corações representam o amor e a paixão.

O Cupido, deus romano do amor, frequentemente retratado com arco e flecha.

As Rosas vermelhas são um símbolo clássico de romance e desejo.

Os Cartões e bilhetes são mensagens que expressam sentimentos profundos.

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A obra de Mário Silva captura perfeitamente o espírito dessa celebração, ao retratar o vínculo emocional entre o casal num momento íntimo e inesquecível.

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Texto & Foto- pintura digital: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Fev25

"As casas, abandonadas da antiga Guarda Fiscal, na fronteira entre Portugal e Espanha" (Vila Verde da Raia – Chaves – Portugal)


Mário Silva Mário Silva

"As casas, abandonadas da antiga Guarda Fiscal,

na fronteira entre Portugal e Espanha"

(Vila Verde da Raia – Chaves – Portugal)

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A fotografia de Mário Silva captura a melancolia de um edifício abandonado, testemunha de um passado marcado pela vigilância e pelo controlo fronteiriço.

A imagem retrata um conjunto de casas, com paredes descascadas e janelas tapadas, rodeadas por um terreno ermo e vegetação espontânea.

A ausência de vida e a deterioração das construções evocam uma sensação de abandono e de tempo passado.

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A composição da fotografia é horizontal, com as casas ocupando o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a extensão do edifício e a sua relação com o ambiente circundante.

As linhas horizontais das paredes e do telhado conferem à imagem uma sensação de estabilidade e de permanência.

A luz natural incide sobre as fachadas das casas, criando sombras que acentuam a textura das paredes e a volumetria das construções.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera de mistério e de abandono.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de branco, cinza e ocre, que evocam a sensação de tempo e de decadência.

As casas abandonadas são um símbolo da passagem do tempo e das mudanças sociais.

A sua presença evoca memórias de um passado marcado pela vigilância e pelo controlo.

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As casas da Guarda Fiscal desempenharam um papel fundamental no controlo das fronteiras durante o Estado Novo.

Estas construções, estrategicamente localizadas em zonas de fronteira, tinham como função:

 

- Controlar a passagem de pessoas e bens entre os dois países.

- Garantir a segurança das fronteiras e prevenir a entrada de contrabando.

- Combater o contrabando e a atividade subversiva.

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Com o fim do Estado Novo e a abertura das fronteiras, as casas da Guarda Fiscal perderam a sua função original.

A maioria destas construções foi abandonada e encontra-se em estado de ruína, como a retratada na fotografia de Mário Silva.

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A preservação da memória histórica é fundamental para compreender o presente e construir o futuro.

As casas da Guarda Fiscal são testemunhas de um passado recente e representam um importante capítulo da história de Portugal.

A sua preservação, mesmo em estado de ruína, contribui para a valorização do património cultural e para a memória coletiva.

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Em resumo, a fotografia "As casas, abandonadas da antiga Guarda Fiscal" de Mário Silva é um documento histórico que nos convida a refletir sobre as transformações ocorridas nas fronteiras e na sociedade portuguesa.

A imagem, com a sua beleza melancólica, é um testemunho do passado e um convite à reflexão sobre o futuro.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
12
Fev25

"O Carro de Bois"


Mário Silva Mário Silva

"O Carro de Bois"

12Fev DSC07764_ms

A fotografia "O Carro de Bois" de Mário Silva captura a essência da vida rural e da tradição.

A imagem apresenta um carro de bois antigo, parcialmente coberto por vegetação, encostado a uma cerca de arame farpado.

As rodas de madeira, marcadas pelo tempo, e a estrutura de madeira resistente evocam uma sensação de rusticidade e durabilidade.

O fundo da imagem, com árvores e arbustos, reforça a ideia de um ambiente rural e bucólico.

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A composição da fotografia é diagonal, com o carro de bois a ocupar o centro da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar os detalhes da construção do carro, como as rodas de madeira e os eixos de ferro.

A luz natural incide sobre o carro de bois, criando sombras que acentuam a textura da madeira e a rugosidade da ferrugem.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera de nostalgia e de tempo passado.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de castanho, verde e ocre, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento ao solo.

O carro de bois é um símbolo da vida rural, do trabalho árduo e da tradição.

A imagem do carro abandonado, coberto de poeira e ferrugem, evoca um sentimento de nostalgia e de perda.

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O carro de bois foi durante séculos um instrumento fundamental para a vida nas zonas rurais.

 Ele desempenhava diversas funções, como:

- O carro de bois era utilizado para transportar produtos agrícolas, lenha, água e outros materiais.

- O carro de bois era utilizado para transportar pessoas, especialmente em longas distâncias.

- A posse de um carro de bois era um sinal de riqueza e de status social.

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Com a mecanização da agricultura e o desenvolvimento das infraestruturas de transporte, o carro de bois foi gradualmente substituído por veículos motorizados.

Atualmente, o carro de bois é mais um objeto de decoração do que um instrumento de trabalho.

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A fotografia de Mário Silva é um testemunho de uma época passada, quando o carro de bois era um elemento essencial da vida rural.

A imagem captura a beleza e a simplicidade de um objeto que, apesar de ter sido substituído por tecnologias mais modernas, continua a despertar a nossa curiosidade e a nossa admiração.

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Em resumo, a fotografia "O Carro de Bois" de Mário Silva é uma obra que nos convida a refletir sobre a importância da preservação do património cultural e sobre a evolução da sociedade rural.

A imagem, com a sua beleza poética e o seu significado simbólico, é um convite a valorizar as nossas raízes e a lembrar a importância do trabalho árduo e da vida simples.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
11
Fev25

"Duas Casas na Aldeia" - Águas Frias - Chaves - Portugal


Mário Silva Mário Silva

"Duas Casas na Aldeia"

Águas Frias - Chaves - Portugal

11Fev DSC00395_ms

A fotografia "Duas Casas na Aldeia" de Mário Silva captura a essência da arquitetura rural portuguesa, com foco em duas casas tradicionais localizadas em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem apresenta uma perspetiva de ruela estreita, com as fachadas das casas em destaque.

A casa à esquerda, com um muro de pedra e uma porta verde, contrasta com a casa à direita, que possui uma varanda envidraçada e um portão de madeira.

A composição é marcada pela simplicidade e pela autenticidade, transportando o observador para um tempo mais lento e tranquilo.

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A composição da fotografia é diagonal, com as duas casas formando uma espécie de portal que conduz o olhar do observador para o fundo da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a profundidade da rua e a relação entre as duas casas.

A luz natural incide sobre as fachadas das casas, criando sombras que acentuam a textura da pedra e a volumetria das construções.

A combinação de luz e sombra confere à imagem uma atmosfera acolhedora e intimista.

A paleta de cores é marcada pela sobriedade dos tons de terra, que evocam a sensação de rusticidade e de enraizamento no solo.

O verde da porta e das plantas contrasta com o tom ocre das paredes, criando um ponto de foco visual.

As casas representam o lar, a família e a comunidade.

A rua, por sua vez, simboliza a ligação entre as pessoas e o mundo exterior.

A imagem como um todo evoca um sentimento de nostalgia e de pertença, convidando o observador a refletir sobre a importância das raízes e da tradição.

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A fotografia de Mário Silva é um excelente exemplo da arquitetura rural portuguesa.

As casas retratadas apresentam características típicas desta arquitetura.

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As casas são construídas com materiais locais, como pedra e madeira, que se integram perfeitamente na paisagem.

Os telhados de telha são um elemento característico da arquitetura rural portuguesa, proporcionando um bom isolamento térmico e acústico.

As varandas são elementos importantes da arquitetura popular, permitindo que os habitantes aproveitem o ar fresco e tenham uma vista sobre a paisagem.

As portas e janelas são geralmente de madeira, com ferragens simples e funcionais.

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A preservação do património rural é fundamental para a manutenção da identidade cultural de um povo.

As aldeias, com as suas casas tradicionais, são testemunhas da história e da forma de vida das gerações passadas.

A preservação deste património contribui para a valorização do território e para a promoção do turismo rural.

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Em resumo, a fotografia "Duas Casas na Aldeia" de Mário Silva é uma obra que nos transporta para um universo de paz e serenidade.

A imagem, com a sua composição harmoniosa e a sua simbologia rica, convida-nos a refletir sobre a importância da preservação do património cultural e da valorização das raízes.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
10
Fev25

O Fogo da Lareira (Poema em sextilhas)


Mário Silva Mário Silva

O Fogo da Lareira

(Poema em sextilhas)

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No coração da noite escura,

O fogo da lareira arde,

Com chamas dançantes e puras,

Que a escuridão vem a reverter.

Sua luz, um bálsamo secura,

Nos abraça, o medo a esconder.

.

Com  seu calor, a alma aquece,

Nos dias frios de inverno,

Nos traz recordações, felicidade,

De tempos idos, de aconchego.

Em cada fagulha, uma promessa,

De paz e amor sem desterro.

.

O crepitar, uma melodia,

Que nos embala na sua dança,

Nos faz esquecer a melancolia,

E nos une em doce esperança.

No brilho, vejo a alegria,

Da família em doce aliança.

.

Quando o vento lá fora sopra,

E a noite se faz mais densa,

O fogo da lareira sopra,

Uma chama de eterna essência.

Nessa luz, a vida se compõe,

Amor e calor em profusão.

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Poema (em sextilhas) & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
09
Fev25

"A Torre Sineira e o Relógio de Sol no Pináculo"


Mário Silva Mário Silva

"A Torre Sineira e o Relógio de Sol no Pináculo"

09Fev DSC06501_ms

A fotografia de Mário Silva captura a majestosa torre sineira da igreja em Águas Frias, Chaves, Portugal.

A imagem focaliza a parte superior da torre, onde se encontram os sinos e um relógio de sol.

O céu azul intenso serve como pano de fundo, contrastando com a tonalidade clara da pedra da torre.

A torre, com suas linhas retas e formas geométricas, contrasta com a organicidade das plantas que crescem ao seu redor.

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A composição é vertical, com a torre ocupando a maior parte da imagem.

A perspetiva adotada permite apreciar a altura e a imponência da construção.

A linha diagonal da escada que leva ao relógio de sol conduz o olhar do observador para o topo da torre.

A luz natural incide sobre a torre, criando sombras que acentuam a textura da pedra.

A paleta de cores é limitada, com predominância de tons de cinza, branco e azul, que evocam a sensação de serenidade e espiritualidade.

A torre sineira e o relógio de sol são símbolos carregados de significado.

A torre, com seus sinos, representa a fé e a comunidade.

O relógio de sol, por sua vez, simboliza a passagem do tempo e a relação do homem com a natureza.

A fotografia captura a essência da cultura rural portuguesa, onde a igreja desempenhava um papel central na vida da comunidade.

A torre sineira e o relógio de sol eram pontos de referência para os habitantes da aldeia, marcando o tempo e convocando a comunidade para as celebrações religiosas.

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Os sinos marcavam as horas, as festas religiosas e os eventos importantes da comunidade.

Os sinos convocavam os fiéis para as missas e outras celebrações religiosas.

A torre sineira era um elemento identitário da aldeia, visível a grande distância.

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O relógio de sol permitia aos habitantes da aldeia determinar a hora solar, fundamental para a organização das atividades agrícolas e domésticas.

O relógio de sol era uma constante lembrança da passagem do tempo e da importância de aproveitar cada momento.

O relógio de sol estabelecia uma ligação direta entre o homem e a natureza, mostrando a influência do sol sobre o tempo.

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Em resumo, a fotografia "A Torre Sineira e o Relógio de Sol no Pináculo" de Mário Silva é um testemunho da importância da religião e da tradição na vida das comunidades rurais.

A imagem, com a sua composição harmoniosa e a sua simbologia rica, convida-nos a refletir sobre o papel da arquitetura religiosa na construção da identidade cultural de uma comunidade.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷

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