"A aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal" de Mário Silva
Mário Silva Mário Silva
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"A aldeia transmontana de Águas Frias - Chaves - Portugal" de Mário Silva
A fotografia de Mário Silva captura uma vista panorâmica da aldeia de Águas Frias, revelando um cenário típico da região transmontana: casas de pedra e telhado de telha, campos cultivados, e uma envolvente natural marcada por colinas e vegetação autóctone.
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A fotografia, tomada de um ponto de vista elevado, proporciona uma visão abrangente da aldeia e da paisagem circundante, realçando a sua integração no meio rural.
A paleta de cores é predominantemente terrosa, com tons de verde, ocre e castanho, que evocam a rusticidade da região e a passagem das estações.
Os telhados vermelhos das casas contrastam com a tonalidade verde da vegetação, criando um efeito visual agradável.
A composição da imagem é equilibrada, com a aldeia a ocupar o centro da fotografia e a paisagem circundante a servir de moldura.
As linhas diagonais das encostas e dos caminhos criam um sentido de profundidade e dinamismo.
A luz natural incide sobre a aldeia de forma suave, realçando as texturas das pedras e das telhas.
As sombras projetadas pelas casas e pelas árvores conferem à imagem um caráter tridimensional.
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A fotografia de Mário Silva, ao mesmo tempo que retrata a beleza natural e a autenticidade da aldeia de Águas Frias, levanta questões sobre o futuro das zonas rurais em Portugal.
A região transmontana, como muitas outras áreas do interior do país, enfrenta desafios como o envelhecimento da população, o êxodo rural e a dificuldade em fixar os jovens.
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A arquitetura tradicional das casas, a organização espacial da aldeia e a relação com a paisagem testemunham séculos de ocupação humana e um património cultural riquíssimo.
A variedade de paisagens, desde os campos cultivados até às áreas florestais, revela a riqueza natural da região e as suas potencialidades para o desenvolvimento de atividades económicas sustentáveis.
A agricultura de subsistência, a pastorícia e os ofícios artesanais são atividades que ainda se praticam em muitas aldeias transmontanas, preservando conhecimentos e técnicas ancestrais.
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A presença de casas em ruínas é um sinal evidente do despovoamento e do envelhecimento da população.
A diminuição da atividade agrícola e a falta de mão de obra levam ao abandono de terras cultiváveis.
A falta de investimento em infraestruturas básicas, como estradas e serviços públicos, dificulta a fixação de população e o desenvolvimento económico da região.
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Em conclusão, a fotografia de Mário Silva é um convite à reflexão sobre o futuro das aldeias transmontanas.
A beleza e a autenticidade destas localidades são um património que deve ser preservado, mas é necessário encontrar soluções para os desafios que estas comunidades enfrentam.
O desenvolvimento de políticas públicas que promovam a fixação de população, a valorização do património cultural e a criação de atividades económicas sustentáveis são essenciais para garantir a vitalidade das aldeias transmontanas.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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