A Importância da Agricultura de Subsistência no Nordeste Transmontano de Portugal
Mário Silva Mário Silva
A Importância da Agricultura de Subsistência
no Nordeste Transmontano de Portugal
Introdução
A agricultura de subsistência tem um papel crucial na preservação das tradições, na segurança alimentar e na sustentabilidade económica de muitas regiões rurais.
No nordeste transmontano de Portugal, esta prática é não apenas uma forma de vida, mas também uma herança cultural mantida por gerações.
Nesta região, a velhice continua a ser a força humana mais prevalente nos campos, onde o trabalho árduo só cessa com a doença, comorbidades ou óbito.
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Contexto Histórico e Cultural
A agricultura de subsistência no nordeste transmontano tem raízes profundas que remontam a séculos.
Esta prática foi, e continua a ser, uma resposta às condições geográficas e climáticas desafiadoras da região.
Os agricultores locais cultivam uma variedade de culturas, incluindo batatas, milho, feijão e diversos tipos de hortaliças, que são fundamentais para a alimentação das famílias.
Além disso, a criação de gado, especialmente ovinos e caprinos, complementa a subsistência, fornecendo leite, carne e lã.
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Importância Económica e Social
Apesar do avanço tecnológico e da industrialização agrícola em muitas partes do mundo, a agricultura de subsistência no nordeste transmontano mantém-se relevante por várias razões:
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Garante que as famílias tenham acesso a alimentos frescos e nutritivos, minimizando a dependência de mercados externos.
A prática de agricultura orgânica e de baixo impacto ambiental contribui para a preservação do ecossistema local.
A venda de excedentes nos mercados locais gera renda adicional para as famílias agricultoras, fortalecendo a economia da região.
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Desafios e Resiliência
Os agricultores envelhecidos enfrentam inúmeros desafios, incluindo o declínio da saúde física, o isolamento social e a falta de apoio institucional adequado.
No entanto, a resiliência e a determinação destes indivíduos são notáveis.
Muitos continuam a trabalhar nos campos até que a saúde os impeça, demonstrando um profundo compromisso com a terra e com a tradição.
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O Papel da Velhice na Agricultura de Subsistência
A fotografia associada a este artigo mostra dois idosos trabalhando arduamente na lavoura.
Esta cena é representativa da realidade no nordeste transmontano, onde os idosos são a espinha dorsal da agricultura de subsistência.
Eles possuem conhecimento e habilidades que foram passados de geração em geração, assegurando a continuidade das práticas agrícolas tradicionais.
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Futuro da Agricultura de Subsistência
Para garantir a continuidade da agricultura de subsistência no nordeste transmontano, é crucial implementar políticas que apoiem os agricultores idosos, promovam a transferência de conhecimentos para as gerações mais jovens e incentivem a juventude a permanecer no campo.
Investimentos em infraestrutura, acesso a tecnologias apropriadas e programas de apoio financeiro podem ajudar a revitalizar a agricultura na região.
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Conclusão
A agricultura de subsistência no nordeste transmontano de Portugal é um pilar essencial da vida rural, sustentada principalmente pelos idosos que, com sua dedicação incansável, mantêm vivas as tradições e asseguram a segurança alimentar.
Reconhecer e apoiar este esforço é fundamental para a preservação da cultura e do bem-estar económico da região.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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