A velha janela - Águas Frias (Chaves) - Portugal
Mário Silva Mário Silva
A velha janela
Águas Frias (Chaves) - Portugal
No centro da aldeia, numa rua tranquila, havia uma velha casa. A casa era antiga, de paredes brancas e janelas de madeira. Uma das janelas, em especial, chamava a atenção de todos que passavam por ali.
Era uma janela velha, de madeira escura e vidros partidos. A madeira estava rachada e desgastada, e os vidros estavam quebrados, deixando buracos por onde o vento e a chuva podiam entrar.
A janela estava sempre entreaberta, como se convidasse as pessoas a entrar. E, de fato, muitas pessoas paravam para olhar para dentro.
Dentro da casa, havia uma velha senhora. Ela era uma mulher pequena e frágil, com cabelos brancos e olhos azuis. Ela passava os dias sentada numa cadeira, olhando pela janela.
A velha senhora era solitária. Ela não tinha filhos nem netos, e seu marido havia morrido há muitos anos. Ela passava os dias sozinha, relembrando o passado.
Um dia, uma menina chamada Maria passou pela rua e viu a velha senhora. Maria era uma menina curiosa, e ela decidiu parar para conversar com a velha senhora.
Maria entrou na casa e sentou-se ao lado da velha senhora. Elas conversaram durante horas, e Maria ficou sabendo da vida da velha senhora.
A velha senhora contou a Maria sobre sua infância, seus sonhos e seus amores. Ela contou também sobre a aldeia, que havia mudado muito desde que ela era jovem.
Maria e a velha senhora tornaram-se amigas. Elas encontravam-se todos os dias, e conversavam durante horas.
A velha senhora estava feliz por ter encontrado uma amiga. Ela sentia-se menos sozinha, e tinha alguém para conversar sobre as suas memórias.
Maria também estava feliz por ter encontrado uma amiga. Ela gostava de ouvir as histórias da velha senhora, e aprendeu muito sobre a aldeia e sobre a vida.
A velha janela continuou a ficar entreaberta, como se convidasse as pessoas a entrar. E, graças a Maria, a velha senhora não estava mais sozinha.
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Texto & Fotografia: ©MárioSilva
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