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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

29
Mai23

O incidente da carroça na rua íngreme da Aldeia (Rua N.ª Sr.ª dos Prazeres) - UMA ESTÓRIA


Mário Silva Mário Silva

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UMA ESTÓRIA

O incidente da carroça na rua íngreme da Aldeia (Rua N.ª Sr.ª dos Prazeres)

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Era uma manhã ensolarada, numa pequena Aldeia no interior do país.

João, um jovem agricultor, estava levando sua carroça cheia de batatas e legumes para vender na feira do castelo. Ele estava feliz e cantarolava uma canção enquanto conduzia o seu cavalo pela rua de terra.

Ele chegou à rua íngreme que levava ao centro da Aldeia, onde ficava a praça. Era uma rua estreita e sinuosa, cercada por casas antigas e coloridas. João sabia que tinha que ter cuidado ao descer a ladeira, pois a carroça podia perder o equilíbrio e tombar.

Ele segurou firme as rédeas do cavalo e começou a descer devagar.

Mas, de repente, ele ouviu um barulho alto atrás dele.

Era um trator que vinha em alta velocidade pela rua abaixo.

O agricultor do trator tentou … tentou travar, mas não conseguiu e acabou por bater na traseira da carroça do João com força.

A carroça foi lançada para frente com o impacto e João perdeu o controle dela. O cavalo assustou-se e saiu correndo pela rua abaixo, arrastando a carroça atrás dele.

João tentou frear a carroça, mas as rodas não obedeciam. As batatas e os legumes voavam pelo ar e caíam no chão.

As pessoas que estavam na rua ficaram espantadas com a cena. Algumas saíram correndo para se proteger, outras tentaram ajudar João.

Uma senhora que estava na janela de sua casa jogou um balde de água no cavalo, esperando que ele parasse. Mas o cavalo só ficou mais nervoso e acelerou ainda mais.

A carroça chegou à praça, onde havia muita gente e a carrinha do pão e outra do peixeiro. João viu que ia bater em tudo e gritou:

- Saiam da frente! Saiam da frente!

Mas era tarde demais.

A carroça atingiu a carrinha do peixeiro e derrubou-a. Depois bateu na carrinha do pão e bolos e espalhou-os pelo chão. Em seguida, ainda colidiu com uma outra carroça que estava parada e ficou presa nela. O cavalo finalmente parou, ofegante e assustado.

João pulou da carroça e foi ver se o cavalo estava bem.

Ele acalmou o animal e o soltou da carroça.

Depois olhou em volta e viu o estrago que tinha feito.

As pessoas estavam furiosas com ele.

Elas reclamavam pelo pão e peixe espalhados pelo chão. Elas pediam indenização e ameaçavam chamar a GNR.

João não sabia o que fazer. Ele pediu desculpas e disse que não foi culpa dele, mas do homem do trator que bateu na sua carroça. Mas ninguém acreditou nele.

Eles disseram que ele era um irresponsável e um mentiroso.

Foi então que o dono do trator apareceu no largo.

Ele tinha conseguido descer a rua, aos solavancos e roçando pelo muro e paredes das casas e à deriva chegar ao largo até para ver se João estava bem.

Ele aproximou-se de João e disse:

- Desculpe-me, “home”. Eu não conseguir parar porque me falharam os travões e não pude evitar o choque com a sua carroça.

Ele dirigiu-se para o aglomerado de pessoas e disse:

- Foi tudo culpa minha. Eu bati na carroça dele e causei esse acidente. Eu vou pagar por tudo o que eu estraguei.

As pessoas ficaram surpresas com a confissão do agricultor.

Elas pararam de brigar com João e mas começaram a brigar com o dono do trator.

Elas exigiram que ele pagasse imediatamente pelos seus prejuízos.

João ficou aliviado com a atitude do agricultor.

Ele agradeceu-lhe pela honestidade e disse:

- Você é um homem de bem. Obrigado por assumir a responsabilidade.

O agricultor sorriu e disse:

- Não há de quê. Eu sei como é difícil ser agricultor nesse país. Eu também sou um.

Ele pegou na sua carteira e começou a distribuir dinheiro pelas pessoas que tinham sido prejudicadas pelo acidente.

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Perlim … Pim …  Pim … a estória do incidente da carroça na rua íngreme da Aldeia, chegou ao fim.

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Texto & Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
27
Mai23

DE ENXADA ÀS COSTAS


Mário Silva Mário Silva

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DE ENXADA ÀS COSTAS

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De enxada às costas,

O sol a queimar meu rosto,

Caminho lentamente até a lavoura,

Na esperança de uma boa colheita.

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A terra é minha vida,

Minha razão de existir,

Plantar e colher é minha rotina,

E nela eu vou persistir.

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A cada sulco que abro

Sinto o cansaço do meu corpo,

Mas a determinação é maior,

E o amor pela terra nunca morro.

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Muitos podem me julgar pobre,

Mas a riqueza está no meu trabalho,

Na dedicação e na vontade de vencer,

Que me impulsionam a seguir em frente sem parar.

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A enxada é minha aliada,

Ela me ajuda a transformar a terra,

Em um solo fértil para as sementes,

Que futuramente nos alimentará.

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Enquanto o sol se põe,

Eu aprecio o resultado do meu esforço,

A terra já mostra sua gratidão,

Com uma colheita exuberante e um sorriso no rosto.

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De enxada às costas eu caminho,

Em direção ao horizonte infinito,

Não importa quão difícil seja o caminho,

Com trabalho duro eu alcançarei meus objetivos.

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A vida pode ser dura e difícil,

Mas com persistência tudo é possível,

Não desista dos seus sonhos e ideais,

Trabalhe duro e colha frutos imensuráveis.

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Poema & FotoPintura: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
19
Mai23

CASA TRANSMONTANA


Mário Silva Mário Silva

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CASA TRANSMONTANA

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«As casas antigas são construídas de pedra, sendo os interiores sombrios.

As paredes e os tetos das cozinhas são normalmente escuras como breu.

As lareiras estão acesas grande parte do ano para cozinhar e aquecer e, de novembro até março, penduram-se por cima da lareira grandes quantidades de porco salgado e enchidos para serem fumados.

As casas estão tão juntas que se perde a privacidade; com o simples abrir das portas da frente mostram-se imediatamente a qualquer passante as cozinhas e as salas.

Os aposentos ficam no andar de cima e em baixo os estábulos, as arrumações de produtos agrícolas ou a adega.» 

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
14
Mai23

A ilhota – duas fragas e uma árvore


Mário Silva Mário Silva

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A ilhota – duas fragas e uma árvore

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Albufeira das Nogueirinhas – Santo António de Monforte (Curral de Vacas) – Chaves - Portugal

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“É preciso sair da ilha para ver a ilha. Não nos vemos se não saímos de nós.”

José Saramago

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
13
Mai23

13 de maio – Cova da Iria


Mário Silva Mário Silva

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13 de maio – Cova da Iria

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A treze de maio na Cova da Iria

No céu aparece a Virgem Maria

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

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A três pastorinhos, cercada de luz

Visita Maria, a mãe de Jesus

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

-

A mãe vem pedir constante oração

Pois só de Jesus nos vem a salvação

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

-

Da agreste azinheira a Virgem falou

E aos três a Senhora tranquilos deixou

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

-

Então à Senhora o nome indagaram

Do céu a Mãe terna bem claro escutaram

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

-

Se o mundo quiserdes da guerra findar

Fazei penitência de tanto pecar

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

-

A Virgem lhes manda o terço rezar

A fim de alcançarem da guerra o findar

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

-

Com esses cuidados a mãe amorosa

Do céu vem os filhos salvar carinhosa

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

Ave, ave, ave Maria

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
04
Mai23

A CASA da ÁRVORE


Mário Silva Mário Silva

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A CASA da ÁRVORE

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Quero uma casa na árvore

De madeira maciça

De maneira fictícia

Já a criei na mente

Corro pra dentro muitas vezes

Pinto as paredes

Limpo os vidros

Bebo vinho barato

Tou querendo essa casa

Morar eu, os livros, o gato

Dias penso

Dias danço

Dias o som dos pássaros

Um dia descanso

Combinar algumas visitas

Me tragam bebida e boas notícias

E uma carga leve

Que ao pesar dos anos de vida

Pesei muito

Sustento o peso do mundo

Quando deveria desfrutar a paisagem

“Quero uma casa na árvore”.

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__________     Gabriela Scheid     __________

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Fotografia: ©MárioSilva

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Mário Silva 📷
01
Mai23

1.º de maio – DIA do TRABALHADOR


Mário Silva Mário Silva

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1.º de maio

DIA do TRABALHADOR

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1 de maio é o Dia do Trabalhador, data que tem origem a primeira manifestação de 500 mil trabalhadores nas ruas de Chicago, e numa greve geral em todos os Estados Unidos, em 1886.

Três anos depois, em 1891, o Congresso Operário Internacional convocou, em França, uma manifestação anual, em homenagem às lutas sindicais de Chicago. A primeira acabou com 10 mortos, em consequência da intervenção policial.

Foram os factos históricos que transformaram o 1 de maio no Dia do Trabalhador. Até 1886, os trabalhadores jamais pensaram exigir os seus direitos, apenas trabalhavam.

Em Portugal, os trabalhadores assinalaram o 1.º de Maio logo em 1890, o primeiro ano da sua realização internacional. Mas as ações do Dia do Trabalhador limitavam-se inicialmente a alguns piqueniques de confraternização, com discursos pelo meio, e a algumas romagens aos cemitérios em homenagem aos operários e ativistas caídos na luta pelos seus direitos laborais.

Com as alterações qualitativas assumidas pelo sindicalismo português no fim da Monarquia, ao longo da I República transformou-se num sindicalismo reivindicativo, consolidado e ampliado. O 1.º de Maio adquiriu também características de ação de massas.

Até que, em 1919, após algumas das mais gloriosas lutas do sindicalismo e dos trabalhadores portugueses, foi conquistada e consagrada na lei a jornada de oito horas para os trabalhadores do comércio e da indústria.

Mesmo no Estado Novo, os portugueses souberam tornear os obstáculos do regime à expressão das liberdades. As greves e as manifestações realizadas em 1962, um ano após o início da guerra colonial em Angola, são provavelmente as mais relevantes e carregadas de simbolismo.

Nesse período, apesar das proibições e da repressão, houve manifestações dos pescadores, dos corticeiros, dos telefonistas, dos bancários, dos trabalhadores da Carris e da CUF. No dia 1 de maio, em Lisboa, manifestaram-se 100 000 pessoas, no Porto 20 000 e em Setúbal, 5000.

Ficarão como marco indelével na história do operariado português, as revoltas dos assalariados agrícolas dos campos do Alentejo, com o grande impulso no 1.º de Maio de 62.

Mais de 200 mil operários agrícolas, que até então trabalhavam de sol a sol, participaram nas greves realizadas e impuseram aos agrários e ao governo de Salazar a jornada de oito horas de trabalho diário.

Claro que o 1.º de Maio mais extraordinário realizado até hoje, em Portugal, com direito a destaque certo na história, foi o que se realizou oito dias depois do 25 de Abril de 1974.

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Video:

Realização

Banda Sonora “Smoke On The Water”

by ©Mário Silva

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Mário Silva 📷

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