Andorinha-das-chaminés (Hirundo rustica) - VOO DE ANDORINHAS
Mário Silva Mário Silva
VOO DE ANDORINHAS
Andorinhas voam em bando,
perdida há uma só.
Habituam-se a dizer,
que sozinha não faz verão.
Um só voo de andorinha
é a réplica da solidão.
Somente o voo coletivo
alucinante e altivo
sintetiza integração.
Entre montes e horizontes,
da morte buscando vida,
perdida voa uma só.
Muitas asas se agitam,
no anseio de ser feliz.
Junto à torre da matriz,
ou sobre o teto dos casarões.
Num lenitivo de emoções,
num caracol que se estiliza,
neste adorno que simboliza,
a analogia da paz,
a beleza mais primaz.
Talvez busque-se o infinito
no vigor sereno e bonito
para um rimance de mil canções.
Ao findar a primavera,
saudando outra estação
surgem em arribação
quebrando a monotonia
A formar a sinfonia
no painel desta versão.
Na magia da ilusão
que consegue ser mais linda,
nesta beleza infinda
são milhares de andorinhas,
porque uma voando sozinha
nunca, nunca faz verão.
Miguel Arnildo Gomes
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