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MÁRIO SILVA - Fotografia, Pintura & Escrita

*** *** A realidade é a "minha realidade" em imagens (fotografia, pintura) e escrita

23
Fev13

Águas Frias (Chaves) - ... batem leve, levemente ...


Mário Silva Mário Silva

 

 

 

O Inverno está instalado ... muito frio ... bastante chuva ... frequentes geadas ... e até alguma neve.

É assim, nesta pequena mas bela aldeia flaviense - Águas Frias.

 

 

 

Mas como, as palavras têm um outro significado por quem tem o dom de as rendilhar e fazer-nos sentir cada palavra, frase ou trecho, vou deixar-vos com o poema do poeta Augusto Gil, acompanhado por alguns registos fotográficos e um pequeno vídeo, captados em véspera de dia de Carnaval.

 

 

 

Balada de Neve

 

Batem leve, levemente,

como quem chama por mim.

Será chuva? Será gente?

Gente não é, certamente

e a chuva não bate assim.

 

 

É talvez a ventania:

mas há pouco, há poucochinho,

nem uma agulha bulia

na quieta melancolia

dos pinheiros do caminho…

 

Quem bate, assim, levemente,

 

com tão estranha leveza,

que mal se ouve, mal se sente?

Não é chuva, nem é gente,

nem é vento com certeza.

 

 

Fui ver. A neve caía

do azul cinzento do céu,

branca e leve, branca e fria…

. Há quanto tempo a não via!

E que saudades, Deus meu!

 

Olho-a através da vidraça.

Pôs tudo da cor do linho.

Passa gente e, quando passa,

os passos imprime e traça

na brancura do caminho…

 

 

 

Fico olhando esses sinais

da pobre gente que avança,

e noto, por entre os mais,

os traços miniaturais

duns pezitos de criança…

 

 

E descalcinhos, doridos…

a neve deixa inda vê-los,

primeiro, bem definidos,

depois, em sulcos compridos,

porque não podia erguê-los!…

 

 

Que quem já é pecador

sofra tormentos, enfim!

Mas as crianças, Senhor,

porque lhes dais tanta dor?!…

Porque padecem assim?!…

 

 

E uma infinita tristeza,

uma funda turbação

entra em mim, fica em mim presa.

Cai neve na Natureza

e cai no meu coração.

 

Augusto Gil

 

 

 

 

 

 

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Mário Silva 📷
14
Fev13

Águas Frias (Chaves) - Montaria ao Javali (10-02-2013)


Mário Silva Mário Silva

 

 

 

 

No passado dia 10 de fevereiro, logo pela manhazinha, um grupo de caçadores da Associativa de Caça de Águas Frias, realizou uma montaria à caça de javali.

 

 

 

 

O dia estava cinzento, frio e chuvoso, mas nada demoveu estes caçadores de irem pelo monte fora fazer uma batida ao javali.

Goste-se ou não esta é uma realidade muito apreciada nesta zona.

Mas o empenho e arte não se fizeram rogados e como prémio trouxeram 4 belos exemplares deste animal.

 

As peças forams expotas junto ao café do Russo e foram, uma a uma, leiloadas. Havia quem lhe apetecesse rematá-los, mas o "trabalho" de os esfolarem retraíram muitos. Mas depois disso, a sua carne é deveras apreciada.

 

 

Como não sou nem caçador,especialista nem apreciador deste "desporto", deixo-vos aqui algumas curiosidades sobre esta espécie selvagem - O JAVALI.

 

 

 

 

 

"Os javalis são animais de grandes dimensões, podendo os machos pesar entre 130 e 250 kg e as fêmeas entre 80 e 130 kg. Medem entre 125 e 180 cm de comprimento e podem alcançar uma altura no garrote de 100 cm. Os machos são consideravelmente maiores que as fêmeas, além de terem dentes caninos maiores. Na Europa, os animais do norte tendem a ser mais pesados que os do sul. 

O corpo do javali é robusto e estreito, com patas relativamente curtas. Tem uma cabeça grande, triangular, com olhos pequenos, mas quando é criado junto aos porcos domésticos, para criar o híbrido javaporco, o crânio começa a mudar ficando mais assemelhado ao do porco doméstico.

Os quartos dianteiros do javali são mais robustos que os traseiros, enquanto que no porco doméstico ocorre o contrário; a diferença se deve à intensa seleção por variedades de porcos domésticos com mais carne levada a cabo pelos criadores.

A boca é provida de enormes caninos que se projetam para fora e crescem continuamente. Os caninos superiores são curvados para cima, enquanto os inferiores, maiores ainda, chegam a ter 20 cm de comprimento. Os caninos são usados como armas em lutas entre machos e contra inimigos.

Ao contrário de certas raças de porcos domésticos, os javalis são cobertos de pelagem. Os pelos são rijos e nos adultos variam de cor entre o cinza-escuro e o acastanhado. Os filhotes apresentam cor de terra clara com listras negras, o que lhes dá uma camuflagem muito eficiente. A pelagem dos filhotes escurece com a idade.

 

 

 

 

Habitat

Os javalis preferem bosques com bastante vegetação onde possam esconder-se, mas também frequentam à noite áreas abertas, assim como áreas cultivadas. Em sua ampla área de distribuição, ocupam bosques temperados até florestas tropicais. Não ocorrem em desertos nem em alta montanha.

 

 

 

 

Distribuição geográfica e subespécies

O javali tem ampla distribuição geográfica. Ocorrem na maior parte da Europa e no Norte da África, junto ao Mar Mediterrâneo. Na Ásia, se distribuem pela Sibéria, Ásia Menor, Oriente Médio, Ásia Central, Índia, China, Japão e Sudeste Asiático até a Indonésia. Na Ásia, estão excluídos das regiões desérticas e altas cadeias de montanhas.

Antes, ocorriam ao longo do vale do Nilo até o Sudão, mas foram extintos nessa região há alguns séculos.

Na Europa, os javalis foram muito caçados e levados à beira da extinção em várias regiões, mas, nas últimas décadas, os animais têm aumentado em número e até recolonizado áreas de onde haviam desaparecido. As razões da recuperação na Europa incluem êxodo das populações humanas para os centros urbanos, com consequente diminuição de área cultivada, a reflorestação e a eliminação dos predadores naturais do javali, como o lobo e o lince.

Na Grã Bretanha, os javalis foram exterminados ainda em finais do século XIII, mas, na década de 1990, se restabeleceram pequenos grupos selvagens na Inglaterra derivados de animais que escaparam de fazendas de javalis. Na Dinamarca e na Suécia, os javalis foram extintos no século XIX, mas voltaram a partir dos anos 1970. Na região italiana da Toscana, onde o javali foi extinto devido à agricultura intensiva, foram detectados animais nos anos 1990.

Como em toda a Europa, em Portugal a população de javalis foi muito reduzida pela caça e destruição dos seus habitats, mas desde os anos 1970 tem havido um grande aumento em número. Ocorrem em grande parte do território continental português.

 

 

 

 

Subespécies

O número de subespécies de Sus scrofa é um assunto controverso, mas pode-se considerar que existam pelo menos quatro subespécies selvagens:

Sus scrofa scrofa (Norte da África e Europa)Sus scrofa ussuricus (Norte da Ásia e Japão)Sus scrofa cristatus (Ásia Menor, Índia e Sri Lanka)Sus scrofa vittatus (Indonesia)

O porco doméstico é derivado do javali selvagem e é considerado por alguns autores como uma outra subespécie - Sus scrofa domestica.

 

 

 

 

Hábitos alimentares

O javali passa grande parte do dia fuçando a terra em busca de comida. É um animal omnívoro, com preferência por matéria vegetal como raízes, frutos, bolotas, castanhas e sementes. Também invadem terras cultivadas, especialmente campos de batata e milho.

Os javalis também incluem animais em sua dieta, como caracóis, minhocas, insetos, ovos de aves e até pequenos mamíferos. Também consomem animais mortos.

 

 

Comportamento

O javali é de comportamento sociável, mas não é territorialista, ou seja, não marca territórios. Reúne-se em grupos matriarcais, normalmente com três a cinco animais, formados pelas fêmeas e suas crias, embora possam ser encontrados grupos superiores a vinte indivíduos. A javalina (ou gironda - a fêmea do javali, quando já madura) dominante é a de maior idade e tamanho e sempre fica um pouco mais afastada do grupo como uma Guarda, que normalmente dá sua vida para que o restante fuja. Os jovens machos de um ano, chamados "barrascos", vivem na periferia do grupo.

Exceptuando-se o período de cio, os machos em idade reprodutora (barrões, varrões) são bem mais solitários, mas podem ser vistos acompanhados por um ou mais machos jovens, conhecidos por "escudeiros".

O grunhido do javali chama-se "arruar".

 

 

 

Quotidiano

O javali, durante o dia, é normalmente sedentário e descansa em "manchas" (zonas de mato mais ou menos denso), onde faz seu "encame" (a "cama" do javali é constituída por pequenas depressões no terreno, feitas por eles próprios, sendo as destinadas a maternidade autenticos ninhos de vegetação construídos pelas marrãs - fêmeas parideiras). Durante as noites, é bastante ativo, chegando a percorrer distâncias consideráveis, que podem variar de 2 a 14 (?)km por noite, normalmente ao passo cruzado ou ao trote ligeiro (J. Reichholf, 1995), enquanto nas corridas pode praticar um rápido galope, que, no entanto, pode manter por curto período apenas.

Nos bosques, utiliza quase sempre os mesmos caminhos para suas andanças, variando com as estações e disponibilidade alimentar ou de refúgio, mas as fêmeas prenhes ou com crias tornam-se mais sedentárias.

 

 

 

 

Banho de lama

Os banhos na lama têm várias funções para os javalis. Uma função é regular a temperatura corporal, uma vez que os javalis não suam por terem glândulas sudoríparas atrofiadas. De igual modo se considera que os banhos de lama tem importante papel nas relações sociais da espécie, inclusive na seleção sexual. Enquanto no verão usam do banho na lama todos os javalis, sem distinção de sexo ou idade, durante a época do cio parecem reservados quase que exclusivamente aos machos adultos. Tem-se considerado [3] que estes banhos podem ajudar a manter os odores corporais sob um substrato estável como aquele proporcionado por uma camada de barro aderida ao pêlo.

 

Reprodução

Na Europa, o tempo de reprodução vai de Novembro a Janeiro, quando os machos adultos solitários buscam fêmeas receptivas. Ao encontrar uma "vara" (grupo de animais de mesma ninhada), o macho começa por expulsar os jovens do ano anterior. Se necessário, luta contra seus rivais para conquistar as fêmeas, em geral duas ou três, podendo alcançar até mesmo oito. As lutas pelas fêmeas podem ser ferozes: muitas vezes, os machos terminam feridos pelos caninos dos rivais.

A gestação dura cerca de 110 dias, com os nascimentos ocorrendo entre Fevereiro e Abril. As ninhadas tem entre 2 a 10 leitões, que após uma semana já podem acompanhar a mãe em suas andanças. O desmame acontece aos 3-4 meses de idade.

As crias com menos de 6 meses são amarelas, raiadas de castanho escuro e designam-se por listados. A partir dos 6 meses, a pelagem torna-se avermelhada e as crias tomam o nome de farropos. Progressivamente, a pelagem vai escurecendo até tomar uma tonalidade cinzenta escura, momento em que a cria passa a ser considerada um javali de vara.

A maturidade sexual é alcançada aos 8-10 meses, ainda que os machos jovens são impedidos de acasalar-se pelos machos mais velhos. O tempo de vida médio é de cerca de 20 anos em cativeiro.

O javali é o unico animal mamífero que, devidamente estimulado, ejacula depois de morto, sendo esta uma prática comum nas caçadas de besta.

 

 

Os javalis na cultura e mitologia

Túmulo gótico (século XIV) de Pedro Afonso, conde de Barcelos, com cenas de caça ao javali na lateral. Os caçadores usam lanças e cornetas, além de cães (Mosteiro de São João de Tarouca, Portugal).

Desde a Antiguidade Clássica à Idade Média, o javali foi sempre considerado como espécie cinegética de prestígio, especialmente os machos adultos, que eram vistos como o paradigma da coragem e bravura. Antes do advento das armas de fogo, o javali era caçado usualmente com um tipo de lança específico para o objectivo. A caça ao javali é ainda hoje em dia muito popular.

As referências culturais ao javali são abundantes desde pelo menos a Grécia Antiga. Um dos doze trabalhos de Hércules foi caçar o javali de Erimanto. O javali foi também símbolo de legiões romanas como XX Valeria Victrix, I Italica e X Fretensis.

Foi também um animal comum na heráldica medieval europeia; por exemplo como símbolo pessoal do rei Ricardo III de Inglaterra e nos brasões de várias cidades.

Na cultura popular actual, é o prato preferido na irredutível aldeia gaulesa das historietas de Asterix e Obelix.

 

In: http://pt.wikipedia.org/wiki/Javali

 

 

 

 

 

Mário Silva 📷

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